Ao ler no Blog do SIMEC "O DESABAFO DE UMA MÉDICA" imediatamente me identifiquei com seu "desabafo" e compartilho deste mesmo sentimento há algum tempo.
Lembro-me bem que à época das eleições municipais, num debate na TV, fui a primeira candidata sorteada para escolher a quem iria direcionar a primeira pergunta.
A pergunta que não quis calar naquele momento foi direcionada a ELA, Prefeita Rosinha Garotinho:
-Se eleita for qual será sua relação com a Educação e com os profissionais de Educação?
Ela, prontamente respondeu que seria boa, blá,blá,blá...
Imediatamente retruquei que não era essa a impressão que os Profissionais de Educação da rede estadual tinham dela, já que quando esteve à frente do Governo do Estado tratou o funcionalismo com truculência. Nunca recebeu os Professores para uma audiência sequer, ao contrário a recepção em frente do Palácio Guanabara era a base do splay de pimenta, gás lacrimogênio, cacetete e cães ferozes.
Não tenho a menor dúvida de que, naquele momento tentei dar minha contribuição à todos funcionários públicos da rede municipal, para que não se iludissem com o "canto da sereia". Afinal eu vivi os momentos de terror promovidos pela então Governadora Rosinha Garotinho.
Então, cara Doutora, estamos diante do óbvio. A Prefeita Rosinha Garotinho criminaliza os trabalhadores da Saúde, da Educação e o funcionalismo público em geral. Ela tem seu olhar voltado somente para a precarização da mão-de-obra dos trabalhadores através das terceirizações e só. Motivo? Não posso afirmar que se deve a algum trauma. A lógica da política do "casal" tem vagado por caminhos obscuros e sombrios.
É preciso urgente encontrar uma luz no fim do túnel!
Quanto a nós trabalhadores, o melhor caminho é a mobilização da categoria da Saúde e da Educação para enfrentarmos as adversidades e exigir respeito e valorização profissional.
DESABAFO DA MÉDICA:
"Disseram-me na época da eleição, não vote nela, o casal odeia médico. Sim, sou médico, sim, é muito pior do que todos nós imaginávamos. Senhora prefeita, não somos criminosos, não nos trate como tal. Somos profissionais essenciais na área da saúde, nos dedicamos a salvar vidas, investimos muito tempo e dinheiro no nosso aprendizado para praticar o bem ao próximo. São seis longos anos de faculdade em horário integral, seguidos de dois, três, quatro, às vezes cinco anos de especialização. São cursos e dedicação extrema em estudo para ingressar numa concorrida vaga de residência médica. É uma vida inteira de reciclagens, onde temos que nos virar para arranjar tempo para congressos, cursos de atualização, pós-graduação, mestrado, doutorado. É entrega! NOSSO TRABALHO TEM VALOR!
Não sei se trata-se de algum trauma passado ou algum grande problema pessoal, ou se é apenas uma tática política ."
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