sábado, 31 de julho de 2010

A REUNIÃO DE PARTIDOS

Na última quarta-feira, dia 28/07, o PCB participou da 4ª reunião entre partidos políticos organizados no município de Campos. Além do PCB, participaram da reunião o PCdoB, o PV, o PPS, PMDB, e o PT.

Esta blogueira(PCB) iniciou a reunião convidando as lideranças presentes para uma reflexão necessária, de maneira honesta e fraterna, na qual para início de conversa para o encaminhamento de um novo cenário político em Campos, na pespectiva de uma ruptura, há de se pensar no compromisso dos partidos com a lisura do processo eleitoral no sentido de extirpar a corrupção manifestada na compra de votos, nos mais variados abusos e crimes eleitorais. Deve ser um compromisso de cada partido político zelar pelo cumprimento de princípios morais e legais. Não há como pensar num novo tempo para Campos se o processo eleitoral burguês continuar sendo alimentado pelos vícios que tem perdurado há anos.

Dito isto, a proposta de reflexão posterior foi que os partidos devem se voltar para um debate mais consistente sobre o novo modelo de gestão a ser implantado em Campos dos Goytacazes. Não há como atrair os movimentos sociais, e a população em geral sem propostas concretas para a Educação, para a Saúde e demais setores.

Não há como o encontro semanal dos partidos se ater a superficialidade do discurso. É necessário apresentar um conjunto de propostas bem alicerçadas. Está desgastado o modelo que a população do município tem vivenciado nos últimos 20 anos. Hoje não cabe mais propor políticas assistencialistas, clienteleistas e populistas.

Pensar um novo modelo implica em romper com as práticas atrasadas e investir no fortalecimento do serviço público, pondo fim as terceirizações, investimento na educação, na saúde, etc.

Enfim, foi esta a contribuição que o PCB conferiu ao encontro e que foi reforçada na fala do PCdoB na proposta da criação de grupos de trabalho para debater as propostas para cada um dos setores. O professor Amaro(PCB) falou da necessidade de se criar um programa mínimo que sinalize com algum avanço para a superação das mazelas vigentes.

O PMDB mostrou-se disposto à fazer esta discussão. E assim, neste ponto da reunião o PCB pediu licença e se retirou devido a outros compromissos assumidos naquela noite manifestando a intenção de se fazer representar no próximo encontro.

O GOVERNO LULA

POR PCB

O governo Lula usa com maestria a combinação eficiente de consenso e coerção, que garante a reprodução do domínio da ordem monopolista burguesa. Lula usa a cooptação dos trabalhadores pela ordem burguesa, que os mantém nos limites da ordem do capital, controlados pelas determinações do mercado e por um conjunto de mecanismos que envolve a manipulação dos corações e mentes pelos meios de comunicação, ações permanentes no interior das empresas para a colaboração de classe, promoção da cultura do individualismo, incentivos materiais como participação nos lucros e resultados das empresas e até a cooptação pura e simples das lideranças sindicais. Quando esses métodos não funcionam, as classes dominantes apelam para a repressão contra todos aqueles que se levantam contra essa ordem. Isso explica a criminalização dos movimentos sociais, da militância anticapitalista e da pobreza.

Lula promove a integração da economia brasileira ao mercado internacional tendo como papel-chave a exportação de matérias-primas e produtos agrícolas, a importação de capitais e a conquista de “nichos” nestes mercados – e, em alguns outros, bem demarcados, de produtos industriais – com a criação de grandes empresas transnacionais lastreadas em capital brasileiro. No plano político, Lula vem ocupando um espaço de alguma independência em relação aos países capitalistas desenvolvidos, como no caso da América Latina, adotando posições que até podem, eventualmente, contrapor-se aos interesses dos EUA e seus aliados, mas que, na essência, significam a defesa dos interesses dos grupos econômicos brasileiros no exterior.

A política econômica do governo Lula tem se baseado na oferta de apoio irrestrito aos interesses dos grandes bancos e empresas industriais, brasileiras ou estrangeiras, não faltando concessões a grupos madeireiros ou apoio financeiro a bancos e empresas industriais em dificuldade, em meio à crise econômica, como foi o caso do grupo Votorantim.

O crescimento, tímido, da economia brasileira, nos últimos anos, se deu basicamente às custas da expansão da fronteira agrícola, das divisas provenientes da exportação de minérios e produtos agrícolas, do impacto do crescimento da atividade de exploração e produção de petróleo no mar e do efeito de uma demanda interna de equipamentos e bens de consumo duráveis, fomentada com uma política de crédito ao consumidor – uma política praticamente ausente, até recentemente, no Brasil – que tem um perfil de autossustentação que, mesmo com uma escala limitada, gerou uma relativa expansão das camadas médias.

Lula acena com algumas medidas de fortalecimento do Estado, como no projeto do regime de partilha para a exploração do petróleo da camada pré-sal e na retomada de algumas empresas estatais como a Brasil Telecom. Ao mesmo tempo, mantém o programa de bolsas-família (criado no governo FHC, a partir de sugestão do Banco Mundial) e adota outras medidas de caráter assistencialista.

No entanto, o quadro geral da distribuição de renda no país alterou-se muito pouco, sendo alarmante o número de residências precárias e sem saneamento básico (mais de 50%) e situadas em áreas desprovidas de infraestrutura urbana, o elevado patamar de desemprego, a alta incidência de verminoses e doenças decorrentes da subnutrição e outras que já haviam sido erradicadas, a total falta de proteção previdenciária aos trabalhadores, a insuficiência e fragilidade dos sistemas públicos de saúde de educação, de transportes e outras áreas de interesse social.

ANIVERSÁRIO DA UJC

A União da Juventude Comunista (UJC) nasceu em 1º de agosto de 1927. É o
que se pode chamar de juventude experiente: 83 anos de história.

A UJC já viu duas ditaduras, já foi fechada várias vezes e muitos camaradas
nossos tombaram ao longo desta longa história.

Mas a UJC só passou por tudo isto porque nunca deixou de estar ao lado da
juventude brasileira, lutando por um futuro mais justo e solidário para o
nosso povo.

A UJC merece os parabéns, até porque, ela está mais viva do que nunca!

SAUDAÇÕES À UNIÃO DA JUVENTUDE COMUNISTA!!!

NAS MONTANHAS DA COLÔMBIA


PELA PAZ DEMOCRÁTICA COM JUSTIÇA SOCIAL

* Ivan Pinheiro

Nos últimos anos, venho cumprindo tarefa partidária no sentido de restabelecer e estreitar as relações do PCB com organizações e partidos revolucionários, com destaque para a América Latina. Este trabalho político tem como objetivo principal o reforço do internacionalismo proletário, na luta anti-imperialista e pelo socialismo.

A América Latina é palco de uma intensa luta de classes, antagonizando forças populares dispostas a aprofundar mudanças sociais e as oligarquias associadas ao imperialismo, sobretudo o norte-americano.

Ao XIV Congresso Nacional do PCB, realizado em outubro do ano passado, compareceu a grande maioria dos Partidos Comunistas da região. Além de viagens recentes de camaradas da direção do PCB e da UJC (União da Juventude Comunista) a Argentina, Chile e Uruguai e outros países, pessoalmente estive na Bolívia, Cuba, Colômbia, Equador, Honduras, Paraguai, Peru e Venezuela. Nestas viagens, tive contatos com camaradas de Costa Rica, El Salvador, Haiti, Nicarágua, Panamá, Porto Rico e República Dominicana.

Numa dessas viagens, fui convidado a conhecer presencialmente a mais antiga e importante organização insurgente do continente: as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo (FARC-EP), que há 46 anos luta nas montanhas pela libertação nacional e pelo socialismo na Colômbia. A organização foi criada em função de uma necessidade objetiva de os camponeses colombianos defenderem seus pedaços de terra, suas casas e suas famílias da violência do Estado e de milícias a serviço do latifúndio.

Tive que tomar solitariamente a decisão de aceitar o convite e viajar no dia seguinte para as montanhas andinas, já que era o único membro do PCB naquela viagem e, por razões óbvias, não poderia consultar meus camaradas da direção do Partido no Brasil. Portanto, resolvi passar alguns dias num acampamento das FARC na Colômbia por iniciativa própria, sob minha exclusiva responsabilidade, e não por decisão partidária. Mas estava convicto de que minha atitude era compatível com a linha política do Partido.

Valeram a pena as duras viagens, de ida e volta, por regiões e países dos quais não me recordo, até porque toda aquela região é habitada pelo mesmo povo, dividido artificialmente em vários países, pelos interesses do capital. Passei por belas paisagens, conheci uma fauna e uma flora exuberantes, alternando meios de transporte os mais variados, como automóveis, canoas e mulas, além de saudáveis mas cansativas caminhadas.

Ficarão para sempre em minha memória os diálogos que mantive com os jovens guerrilheiros e guerrilheiras que conheci e as fotografias que não pude tirar do trabalho dos camponeses, das creches, escolas e postos de saúde criados e mantidos pelo “Estado” guerrilheiro em seu território, do cotidiano do acampamento.

Foram momentos que me marcaram, reforçando valores como a disciplina partidária, o trabalho coletivo, a camaradagem. O aprendizado nas reuniões diárias do coletivo, ao anoitecer, para repercutir documentos políticos e notícias atualizadas, da Colômbia e do mundo todo, ouvidas nos rádios que fazem parte do enxoval dos militantes. As bibliotecas volantes, onde não faltam clássicos do marxismo e da literatura.

Impossível esquecer a entrevista que fiz em “portunhol” para todo o contingente guerrilheiro, através da Rádio Rebelde.

Como não guardar com carinho o único objeto físico que pude trazer da viagem, um caracol que ganhei do jovem guerrilheiro que me serviu de guia e apoio durante a estadia, no dia em que nos despedimos sem que pudéssemos conter as lágrimas que misturavam sentimentos de fraternidade e paternidade.

Muito mais do que a curiosidade, o espírito de aventura e a simpatia pelas FARC, falou mais alto em minha decisão o dever revolucionário de contribuir, de alguma forma, para os esforços para uma solução política da complexa questão colombiana. Muito antes da viagem e da instalação de mais sete bases militares norte-americanas na Colômbia, eu já tinha consciência de que esse país vinha se transformando numa cabeça de ponte do imperialismo na América Latina, onde cumpre o papel que Israel exerce no Oriente Médio.

Num artigo que publiquei há alguns anos (“Impedir a guerra imperialista na América Latina”), já dizia textualmente:

”... para dar solidariedade aos povos venezuelano, boliviano, equatoriano; para lutar para que possam avançar as mudanças e a luta de classes na América Latina, mesmo em processos mais mediados e contraditórios; para evitar que haja guerra e retrocesso em nosso continente; para tudo isso, há um pré-requisito: derrotar o verdadeiro eixo do mal, os braços do imperialismo norte-americano em nosso continente: o governo fascista e o Estado terrorista da Colômbia!”

Já tinha claro, quando resolvi aceitar o convite, que não interessa à oligarquia colombiana, tampouco ao imperialismo, reconhecer o caráter político da guerrilha e, muito menos – para não lhe dar protagonismo - estabelecer com ela um processo de diálogo que possa pôr fim ao conflito armado na Colômbia, que dificilmente será solucionado pela via militar.

Estamos diante de uma espécie de empate, em que nem as guerrilhas (FARC e também a ELN, que segue lutando) têm muitas possibilidades para expandir o território sob seu controle (quase um terço do país), nem as forças militares e paramilitares conseguem derrotá-las.

À oligarquia colombiana interessa a manutenção do conflito, para se locupletar dos bilhões de dólares dos programas militares bancados pelos EUA e atribuir cinicamente aos insurgentes a mais rendosa atividade do grupo que detém o poder no país: exatamente o narcotráfico.

Aos EUA, não interessa a solução do conflito, para poder justificar a “guerra contra o narcoterrorismo”, que lhe permite manipular a opinião pública para reinstalar a Quarta Frota, criar mais sete bases militares na Colômbia, dar um golpe em Honduras, botar milhares de soldados no Haiti e agora na Costa Rica e firmar acordos militares com vários países na região, lamentavelmente inclusive com o Brasil, assinado recentemente.

O objetivo do imperialismo é reforçar sua presença militar para tentar desestabilizar e derrubar governos progressistas, em especial o da Venezuela, apertar o cerco a Cuba, evitar o fortalecimento da ALBA (Alternativa Bolivariana para as Américas), frear o processo de mudanças na Bolívia e outros países, tudo isso de olho grande nas extraordinárias riquezas naturais do continente, como petróleo e gás, água e minerais.

Nos anos 90, houve na América Latina um processo negociado de desmilitarização de grupos guerrilheiros. Na América Central, todos esses entendimentos resultaram em acordos, com a transformação das guerrilhas em organizações políticas legais. Duas delas, aliás, estão hoje no governo de seus países: a FMLN (El Salvador) e a FSLN (Nicarágua). Na Colômbia, entretanto, este processo terminou com o cruel assassinato de mais de 4.000 membros da União Patriótica, partido político então legal, que incorporava parte dos militantes das FARC que desceram das montanhas, do Partido Comunista Colombiano e de outras organizações de esquerda.

Portanto, as FARC não podem promover uma rendição unilateral, incondicional, uma paz de cemitérios, jogando fora um patrimônio de décadas de luta e submetendo seus militantes a um genocídio. O que pretendem é um diálogo que torne possível uma paz democrática, que ponha fim não só ao conflito, mas ao terrorismo de Estado, à expulsão de camponeses de suas terras, às milícias paramilitares, ao assassinato e à prisão de milhares de militantes e que assegure liberdades democráticas e verdadeiras mudanças econômicas e sociais.

Mas o início de um diálogo de paz na Colômbia – que interessa a todas as forças e personalidades democráticas, pacifistas e anti-imperialistas e não apenas aos comunistas – só será possível através de uma ampla campanha internacional pela paz com justiça social e econômica na Colômbia, cujo êxito tem como pré-requisito o reconhecimento das FARC e do ELN como são em verdade: organizações políticas beligerantes.

Foi para contribuir para essa necessária e urgente campanha – conhecendo e divulgando um pouco mais a história, a realidade, os pontos de vista e as perspectivas das FARC – que resolvi conviver alguns dias com os guerrilheiros e conversar, sem preocupação com o relógio e o celular, com alguns de seus comandantes, em especial Iván Marquez e Jésus Santrich, que me visitaram no acampamento em que me hospedei.

Não voltei ao Brasil para fazer proselitismo sobre uma forma de luta que considero incompatível com a atualidade brasileira, mas que respeito como legítimo direito dos povos na luta contra a opressão. Voltei determinado a contribuir para a abertura de um diálogo político na Colômbia.

O PCB e outras organizações e personalidades entendem a importância desse diálogo para o avanço dos processos de mudança na América Latina, que depende da neutralização da agressividade do imperialismo em nosso continente, cujo centro de gravidade é o terrorismo de Estado colombiano.

A Colômbia é o segundo destino mundial de ajuda financeira para fins militares e de material bélico dos EUA, após Israel; tem as Forças Armadas mais numerosas, armadas e treinadas da América do Sul. Um dos objetivos principais do imperialismo, diante da crise sistêmica do capitalismo, é fomentar guerras localizadas, sobretudo contra países fora de sua esfera de dominação e, preferencialmente, possuidores de riquezas naturais.

O Estado narcoterrorista colombiano é o instrumento para provocar conflitos militares na região, como foi o caso da invasão do espaço aéreo equatoriano para o ataque ao acampamento do comandante Raul Reyes, o Secretário de Relações Internacionais das FARC, que tinha como tarefa exatamente promover trocas humanitárias de prisioneiros e abrir espaço para uma solução negociada do conflito militar.

No caso da Venezuela - onde o processo de mudanças na região mais avança – as provocações são mais ousadas, constantes e perigosas. A Colômbia, que já infiltrou milhares de paramilitares no território venezuelano, para preparar um golpe contra Chávez, agora acusa a Venezuela de abrigar guerrilheiros das FARC, utilizando-se de manipulações tecnológicas, como as que vem fazendo até hoje com o inacreditável computador pessoal de Raul Reyes, que resistiu incólume a um bombardeio aéreo intenso, em que todo o acampamento foi destruído e morreram 26 pessoas.

Os EUA já se associaram a estas “denúncias” do governo colombiano e já agitam propostas de levar o caso para organismos multilaterais que hegemonizam. As relações diplomáticas entre a Colômbia e a Venezuela estão cada vez mais tensas. É necessária uma urgente ação política para evitar o agravamento do conflito, que só interessa ao imperialismo e à direita, não só colombiana, mas de todos os países da América Latina, que fazem de tudo para ajudar a derrubar o governo venezuelano, através de sua satanização e manipulação.

Aqui no Brasil não é diferente. Toda a mídia burguesa se associa às denúncias do governo colombiano e a direita aproveita o momento eleitoral para criticar o governo brasileiro exatamente em relação a um dos poucos aspectos que os internacionalistas nele valorizamos. Apesar da vacilação, da dubiedade e das contradições - em face do objetivo principal da política externa brasileira de transformar o país numa grande potência mundial -, ao Estado brasileiro não interessa a guerra imperialista, mas sim a expansão do capitalismo brasileiro.

A direita, para instigar a guerra entre a Colômbia e a Venezuela, tenta desqualificar o Brasil como mediador da crise. Para isso, acusa o partido do Presidente da República de relações e atitudes que infelizmente não são verdadeiras, pois poderiam ter ajudado a solucionar o conflito colombiano.

Na Colômbia, é expressivo o movimento conhecido como “Colombianos pela Paz” – que estimula a troca de prisioneiros e tenta criar um ambiente favorável ao diálogo –, liderado pela Senadora Piedad Córdoba, com quem participei, em outra ocasião, de reunião em Bogotá para tratar do tema da paz naquele país, juntamente com outros militantes latino-americanos, dentre os quais Carlos Lozano, do Burô Político do Partido Comunista Colombiano, um dos dirigentes internacionalistas mais dedicados à solução do impasse em seu país.

Mas essa campanha não será exitosa se não contar com a ampla participação de governos, instituições e personalidades democráticas e progressistas de vários países, sobretudo da América Latina.

E, na América Latina, o Brasil – em função de sua importância e sua liderança - é o país que reúne as melhores condições para viabilizar o diálogo colombiano, como fiador político, liderando um conjunto de países e organizações multilaterais da região, de preferência a UNASUL (União das Nações Sul-Americanas), que não conta com a presença indesejável dos Estados Unidos.

É correta a iniciativa da diplomacia brasileira de levar a discussão do novo conflito para o espaço da UNASUL e tentar ajudar a mediá-lo. Mas não se pode ter ilusão de que o novo Presidente colombiano, que tomará posse em alguns dias, recuará nos projetos belicistas do consórcio EUA/Colômbia. Este não é o último gesto raivoso de Uribe, como muitos imaginam. Este é o primeiro gesto de Santos antes da posse, combinado com Uribe, para iniciar seu governo com voz grossa, mas com pouco desgaste. Santos não foi só o candidato de Uribe. Foi seu Ministro da Defesa, responsável pela aplicação do famigerado “Plano Colômbia”. É o uribismo sem Uribe. Não nos esqueçamos da invasão de Israel à Faixa de Gaza, antes da posse de Obama, para preparar a transição para o imperialismo sem Bush.

Por isso, será importante, mas insuficiente, a distensão do atual conflito entre Colômbia e Venezuela. Isto resolve uma parte da questão no curto prazo, mas não resolve a causa do problema. O Brasil deve ir além dessa iniciativa e se empenhar numa solução negociada do conflito interno colombiano. E isto só será possível se sentarem à mesa, com observadores internacionais credenciados pelas partes, os verdadeiros atores em conflito: as organizações políticas insurgentes e, mais do que o governo, o Estado colombiano.

Para ser conseqüente com o objetivo do Estado brasileiro de transformar o nosso país em uma referência no âmbito mundial, seria muito mais eficiente patrocinar um diálogo que pode distensionar o pesado ambiente interno colombiano, que paira sobre a América Latina, do que liderar tropas de ocupação no Haiti.

Além do mais, desmontar o “Cavalo de Tróia” montado pelo imperialismo na Colômbia não serve apenas para evitar uma guerra com a Venezuela ou a derrubada de seu governo. Como disse Fidel Castro, as bases militares ianques na Colômbia são punhais no coração de toda a América Latina, inclusive, não nos iludamos, sobre o Brasil, cujas extraordinárias riquezas naturais - entre elas a biodiversidade da Amazônia, as imensas reservas de água doce e o pré-sal - são os principais objetos da cobiça dos Estados Unidos em todo o continente.

*Ivan Pinheiro é Secretário Geral do PCB

25 de julho de 2010

OS GRANDES EIXOS DO PROGRAMA DO PCB III

– Uma Nova Economia: controle dos meios de produção pelos trabalhadores e reordenação da produção

O PCB defende a estatização dos principais meios de produção em substituição à grande propriedade privada, industrial, comercial e agrária, assim como de todo o setor financeiro, com o controle progressivo de todas as grandes empresas pelo Estado e pelo Poder Popular.

São consideradas prioritárias as áreas de infraestrutura – portos, estradas, silos, geração e transmissão de energia, da indústria de base, de máquinas e equipamentos, e todas aquelas consideradas estratégicas e essenciais para a garantia de condições dignas de vida à classe trabalhadora.

Uma nova política econômica deve ser pensada visando à construção das bases para a superação do capitalismo, na direção da economia socialista. Isto implica na necessária substituição do desenvolvimento econômico determinado pelos imperativos do mercado pelo desenvolvimento voltado ao atendimento das necessidades sociais e da qualidade de vida dos trabalhadores e das camadas populares.

A nova política econômica também deve prever:

a) A produção em larga escala de materiais de construção, medicamentos, roupas, livros e todos os produtos essenciais para a vida, garantida a sua distribuição a preço de custo ou subsidiados, ao passo que todos os produtos considerados supérfluos terão sua produção sobretaxada;

b) A reordenação espacial do desenvolvimento econômico e social, com a criação de polos de desenvolvimento no interior e planos diretores para as grandes cidades visando à harmonização e equalização do processo;

c) Ampla reforma urbana, visando à democratização do uso do solo e a redução das desigualdades sociais, bem como o macroplanejamento urbano, com a criação de entes administrativos para as regiões metropolitanas; garantia da mobilidade urbana, da universalização do provimento de infraestrutura, de serviços sociais e dos serviços urbanos;

d) Reforma Agrária sob controle das organizações dos trabalhadores, de forma a democratizar a posse da terra, especialmente com a construção de grandes fazendas estatais e cooperativas agropecuárias, estas em regime de usufruto e propriedade estatal;

e) Política agrícola voltada para a produção de alimentos para o mercado interno, com garantia de financiamento e preços mínimos, oferta de infraestrutura de armazenagem e escoamento da produção, apoio técnico e incentivo à cooperativização;

f) Política de incentivo à pesquisa e desenvolvimento tecnológico, envolvendo universidades, institutos de pesquisas governamentais e empresas públicas, voltada para as necessidades da maioria da população e em consonância com as potencialidades do país;

g) Produção de energia a partir de fontes renováveis; aceleração do programa de utilização do álcool combustível, do biodiesel e de pesquisa para o uso mais intensivo da biomassa, das energias eólica e solar; tratamento estratégico para as reservas de petróleo e de outros recursos minerais brasileiros, com seu ritmo de extração determinado para a garantia do suprimento de longo prazo das necessidades internas e com o reinvestimento de parte majoritária das receitas geradas na pesquisa de novas fontes de energia renováveis e no provimento de infraestrutura produtiva e social.

O Programa do PCB prevê ainda a implantação do sistema de planejamento centralizado, visando à introdução progressiva de mecanismos de regulação e controle de mercados e a implementação de instâncias decisórias nas grandes empresas, com a participação direta dos trabalhadores.

Por isso, como medidas imediatas, propomos:

a) Criação de grandes empresas produtivas estatais, com a participação direta dos trabalhadores na sua gestão;

b) Monopólio estatal do petróleo, com a reestatização plena da Petrobrás, a extinção da Agência Nacional de Petróleo (ANP) e a anulação de todos os contratos de risco e leilões realizados em território brasileiro;

c) Gerência dos recursos do pré-sal pela Petrobrás, garantida sua distribuição aos Estados na proporção inversa do IDH;

d) Reestatização da Vale do Rio Doce, da Embraer e de todas as empresas estatais estratégicas que foram privatizadas;

e) Reestatização do sistema de geração e distribuição de energia elétrica;

f) Fim das agências reguladoras, passando suas atribuições para os respectivos Ministérios;

g) Controle sobre a entrada e saída de capitais, com a estatização do sistema bancário e do câmbio, o monopólio cambial e a adoção do regime de câmbio fixo;

h) Reforma tributária e política fiscal orientada para a taxação dos lucros das grandes empresas privadas, dos ganhos do sistema financeiro e das grandes fortunas, voltada para o financiamento desenvolvimento social;

i) Isenção de imposto de renda sobre salários;

j) Redução das taxas de juros para geração dos investimentos necessários à retomada do desenvolvimento social voltado à garantia de qualidade de vida da população;

l) Declaração da moratória da dívida interna, com a instituição de uma auditoria e a imediata suspensão dos pagamentos de todas as formas de juros dessa dívida;

m) Fim da autonomia do Banco Central.

OS GRANDES EIXOS DO PROGRAMA DO PCB II

Um Estado de Novo Tipo e uma Nova Sociabilidade

É necessário transformar o atual Estado – moldado segundo os interesses da classe dominante – com a criação de novas instituições, sob controle dos trabalhadores.

O Estado precisa desenvolver o papel planejador, produtor e provedor de serviços sociais e de bem-estar em geral para todos os brasileiros, em substituição à regulação feita pelo mercado, conforme o interesse dos grandes grupos capitalistas e monopolistas.

É preciso garantir e apoiar a maior organização dos trabalhadores em sindicatos, associações e partidos políticos. Será imprescindível promover permanente mobilização dos trabalhadores e dos setores populares visando à conquista e a efetiva implementação dos mais amplos direitos sociais e políticos, como o direito à vida, ao trabalho, à informação, à participação no processo político-decisório, à educação plena e a outros direitos sociais, assim como à propriedade coletiva dos principais meios de produção.

O Programa Anticapitalista e Antiimperialista do PCB prevê a superação de toda a exclusão social e cultural, como resultante do processo de lutas construído em conjunto com os movimentos organizados dos trabalhadores, para a retomada da prática do convívio entre todos, para a promoção dos valores do altruísmo e do coletivismo, para a superação dos conflitos e preconceitos raciais, de gênero, de etnias e comportamentais.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

OS GRANDES EIXOS DO PROGRAMA DO PCB I

1 – Uma Democracia de Novo Tipo: o Poder Popular

O PCB luta pela inversão da base do poder político atual – lastreado no domínio econômico dos grandes grupos capitalistas –, pela construção da democracia direta dos trabalhadores, com o fortalecimento do poder popular e a reformulação do sistema partidário-eleitoral atual.

Propomos a instituição de novas formas de representação direta dos trabalhadores – o Poder Popular –, que viabilizarão a mais ampla liberdade de opinião, com a participação de movimentos organizados e partidos políticos.

Entendemos ser necessárias: a reforma do sistema de representação político / institucional / partidário / eleitoral vigente, com a proposição de um Congresso Nacional unicameral, com o fim do Senado e a abertura das Tribunas parlamentares para organizações de trabalhadores e de lutas sociais; uma reforma eleitoral, com a adoção do financiamento público de campanha, a mais ampla liberdade de organização partidária, acesso ampliado dos partidos à mídia, fortes restrições ao uso do poder econômico nas eleições, a adoção do sistema de listas partidárias; a ampliação da participação popular nas decisões através da convocação de plebiscitos e referendos para os temas de maior interesse dos trabalhadores; ampliação do direito de iniciativa legislativa popular; a mais ampla liberdade de opinião para todos, para as organizações sindicais e partidárias e para os movimentos sociais e populares em geral; abertura imediata de todos os arquivos da ditadura e criação de uma efetiva Comissão de Verdade; luta pela revogação da decisão do STF de anistia aos torturadores.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

UM PROGRAMA ANTIIMPERIALISTA E ANTICAPITALISTA PARA O BRASIL

POR PCB

O PCB participa das eleições de 2010 combatendo a institucionalidade política que, consolidada nos marcos da hegemonia liberal burguesa, se apresenta hoje como a rendição a formas viciadas e tradicionais de fazer política, de fisiologismo, corrupção, manipulação de massas para fins eleitorais, controle autoritário das máquinas políticas, personalismo e caciquismo, simbiose com o capital para financiar as campanhas, comprometimento dos candidatos com os esquemas que os financiaram e desvios burocráticos no controle dos mandatos e cargos governamentais.


Esta institucionalidade consolidou uma cultura passiva da maioria dos brasileiros em relação às eleições, com uma divisão social e técnica do trabalho político-eleitoral na qual cabe a militantes profissionais a condução das campanhas, apenas para certas lideranças o papel de candidatos e, aos trabalhadores, o papel de meros eleitores. Descaracterizaram-se os programas como expressão de interesses reais das classes, transformando-os em peças de marketing político, quando não em puro oportunismo eleitoral. Há um evidente desgaste no que se refere à capacidade de que o processo eleitoral conduza à real solução dos problemas vividos pela população, e a desigualdade das condições de disputa eleitoral é cada vez mais desfavorável para candidaturas contestadoras da ordem.

Mesmo sob condições adversas, o PCB entende que as eleições são um momento importante na vida política do país. Um momento em que os partidos e forças políticas podem apresentar-se diretamente, levando sua visão e sua avaliação quanto às condições de vida dos trabalhadores, seu entendimento quanto às causas profundas dos problemas que afligem a maioria da população e, principalmente, suas propostas para a construção de uma nova sociedade.

Para o PCB, as precárias condições de vida da maioria dos trabalhadores e a exclusão de grandes contingentes da população da possibilidade de ter um emprego formal, com os direitos trabalhistas garantidos, de ter direitos sociais – como uma aposentadoria digna, moradia, assistência à saúde e acesso à educação – são causadas pelo sistema capitalista e a dominação imposta sobre a classe trabalhadora pela burguesia, que se traduz na propriedade das fábricas, dos bancos, das fazendas, no controle do poder político sobre a difusão das informações pela grande mídia e outros meios.

Propomos, como alternativa, a construção revolucionária do Socialismo , formulado a partir do balanço crítico das experiências socialistas do século XX, do acúmulo gerado pelos governos progressistas da América Latina e de países de outras regiões, das lutas, dos experimentos e das proposições dos movimentos dos trabalhadores, dos partidos comunistas, socialistas e de outros grupamentos que lutam contra a exploração capitalista e contra o imperialismo.

O PCB tem plena clareza de que, no Brasil, não será apenas pela via eleitoral que a justiça social será alcançada, e de que o capitalismo só poderá ser superado por meio de um grande movimento de massa, com a vitória dos ideais socialistas e comunistas na disputa de ideias, valores, visões de mundo e projetos de futuro que se trava no seio da sociedade, com a organização dos trabalhadores num patamar superior: a revolução socialista.

É com este espírito que apresentamos, nestas eleições, um programa político que aponta para o exercício do poder como um elemento de organização e de apoio à classe trabalhadora na luta contra a classe burguesa, um programa de execução possível e viável, mas que, pela sua natureza anticapitalista e antiimperialista, requererá, para a sua execução, grande apoio, mobilização e participação popular e a transformação profunda do próprio aparelho de Estado.

O programa que apresentamos se pretende um eixo de lutas contra a ordem burguesa, na perspectiva da formação do Bloco Revolucionário do Proletariado e da construção de uma contra-hegemonia, numa aliança de segmentos da classe trabalhadora capaz de contrapor ativa e decididamente ao poder liberal burguês um poder proletário e popular, organizado e centralizado, para unificar as diversas demandas particulares em um programa geral de lutas e de ação do poder político.

O programa aponta para a construção de uma ordem institucional e política própria dos trabalhadores, capaz de impulsionar a criação de uma nova cultura proletária e popular e de contribuir para colocar o bloco proletário em movimento na luta contra a ordem conservadora.

A governabilidade, assim, será garantida pela mobilização, pela criação de referências claras, para os trabalhadores, desta nova ordem de cunho socialista, com mudanças estruturais no país, novas conquistas e formas ativas de participação e de exercício coletivo do poder político.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

O QUE ESTÁ EM DISPUTA NAS ELEIÇÕES DE 2010

As eleições deste ano dividem, aparentemente, os dois blocos que representam os interesses da burguesia: de um lado, o PSDB e seus aliados, sustentados pelo grande capital financeiro, propondo mais neoliberalismo, menos direitos para os trabalhadores, mais liberdade para os capitais, mais dependência aos EUA e seus aliados; de outro, o PT e seus aliados, mantendo o domínio burguês e a política econômica neoliberal, com algumas concessões de caráter assistencialista e alguma dose de maior independência no campo internacional. Na essência, a disputa se dá em torno da gestão do aparelho de Estado, com poucas distinções quanto ao projeto político em si.

Para o PCB, a disputa eleitoral se insere estrategicamente na luta pela superação revolucionária do capitalismo e pela construção do Socialismo. A ação eleitoral se soma às manifestações de dissidência contra a ordem e na defesa das conquistas e direitos dos trabalhadores.

A Campanha Movimento do PCB , estruturada na perspectiva de contribuir para a organização da Frente Anticapitalista e Antiimperialista e do seu programa de superação do capitalismo, aponta para a construção de um bloco político contra-hegemônico – de partidos, organizações políticas e movimentos populares – , cuja força estará ligada à capacidade de a classe trabalhadora entrar em cena novamente com independência e autonomia histórica, bem como à iniciativa das vanguardas que resistiram à acomodação e mantiveram-se em luta contra a ofensiva do capital monopolista.

terça-feira, 27 de julho de 2010

segunda-feira, 26 de julho de 2010

CHORO NA PRAÇA DE GRAÇA

O choro sai do foyer e vai para as ruas

Projeto Choro & Cia., que acontecia no Trianon, agora será itinerante

Considerado como a primeira música urbana tipicamente brasileira, o choro novamente ganha espaço em Campos com a volta do Choro & Cia., promovido pela Fundação Teatro Municipal Trianon e pelo Clube do Choro de Campos. A novidade é que o projeto assumirá um caráter itinerante. As apresentações do Conjunto Regional Carinhoso levarão a genuína música brasileira a diversos pontos da cidade. Antes, o projeto era desenvolvido no foyer do Teatro Municipal Trianon, sempre com entrada franca.

A primeira parada dos chorões do Choro & Cia. será na Praça São Salvador, na próxima sexta-feira, a partir das 17h30. O fim de tarde ao som de violões e bandolins deverá trazer de volta a atmosfera de tempos remotos, já que os primeiros conjuntos de choro teriam surgido por volta de 1880, no Rio de Janeiro. Os músicos se reuniam nos subúrbios cariocas, dando um toque diferente à música importada que era consumida, a partir da metade século 19, nos salões da alta sociedade.

No repertório do Carinhoso, só feras: de Chiquinha Gonzaga e Joaquim Calado a Pixinguinha e Jacob do Bandolim. Vale lembrar que o Choro & Cia, sob a coordenação de Renato Arpoador, prossegue até o final do ano e conta ainda com a participação de convidados especiais, sempre valorizando músicos locais. Os primeiros, que estarão na praça na próxima sexta serão Magno Filho (trumpete), Amaro Santana (sax) e Dalton Freire (flauta).

Unindo música e poesia também foi mantido o intervalo poético que agora passa a se chamar Intervalo Poético Antonio Roberto Fernandes, uma homenagem ao poeta fidelense, que faleceu em 2008.

Então, na próxima sexta, o choro na praça é de graça. Aguardamos vocês!

NOTA:

Amigos,

Para quem quiser conhecer e prestigiar o trabalho do grupo, informo que o Carinhoso fará um ensaio/apresentação no MPBar, amanhã (terça), a partir das 19h. Rua Alonso Coelho da Silva, 34, esquina com Major Euclides Maciel. Flamboyant. Será um prazer recebê-los.

Informações e entrevistas: 98348833

Patrícia Bueno

ENDEREÇO DE MSN

Meu endereço de MSN é:

gracietesantana21@hotmail.com

Será bom estreitar nosso contato.
Até lá!

VACINAÇÃO DE CÃES E GATOS COMEÇA HOJE

FONTE:NF10

Campanha de vacinação contra a raiva começa em Campos

Animais podem ser imunizados de hoje até a próxima sexta-feira, dia 31

Foto: Reprodução

O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) inicia hoje (segunda-feira, 26 de julho), a campanha de vacinação contra a raiva em cães e gatos no município. Na primeira semana entre os dias 26 e 31, a vacinação será feita em postos volantes na região norte da cidade, sempre das 8h às 17h. Lembrando que a vacina anti-rábica deve ser aplicada em cães e gatos com mais de 45 dias de vida. Os responsáveis devem levar os gatos em caixas de transporte ou sacolas de tecido; cachorros com coleira, no caso de cães bravos com focinheira; e, serem maior de idade.

"Nossa expectativa é vacinar cerca de 3000 animais nesta primeira semana. Uma equipe composta por supervisores, que já conhecem a área, e agentes do CCZ irá aos locais realizar a vacinação. Vale ressaltar que a raiva é uma zoonose que em 99,9% dos casos é mortal, ela é transmitida pela mordedura dos animais e está erradicada a mais de 15 anos na cidade", explicou o coordenador do Canil do CCZ, Márcio Muniz.

A doença – A raiva, também conhecida como hidrofobia, é uma doença causada por um vírus da família rhabdoviridae, gênero lyssavirus. O agente causador da raiva pode infectar qualquer animal de sangue quente, porém só irá desencadear a doença em mamíferos, como cachorros, gatos, ruminantes e primatas (como o homem). O CCZ disponibiliza o telefone 0800 2828822 para tirar quaisquer dúvidas.

Veja o calendário com os locais da primeira semana de vacinação:
Dia 26 Brejo Grande
Dia 27 Chave do Paraíso, Murundu e Palmares
Dia 28 Fazenda Colégio, Matutu e São Roque
Dia 29 Guandu, Vila de Palha e Ribeiro do Amaro
Dia 30 Posse do Meio
Dia 31 Espírito Santinho, Santa Maria e Santo Eduardo

Tags: Raiva Vacinação contra a Raiva Campanha de Vacinação contra a Raiva

DÍA DE LA REBELDÍA NACIONAL

Mar de pueblo inunda amanecer
en Santa Clara

FONTE: GRANMA

SANTA CLARA, 26 de Julio (AIN).- Un mar de pueblo alegre y entusiasta inundó hoy las principales arterias de esta ciudad mucho antes del amanecer, para asistir a la celebración del Acto Central por el Día de la Rebeldía Nacional.

Desde distintos puntos de la urbe, oleadas de personas avanzaron hasta la Plaza de la Revolución Ernesto Guevara , escenario una vez más de la conmemoración del Asalto a los cuarteles Moncada y Carlos Manuel de Céspedes y donde se esperaba la asistencia de 100 mil personas.

Innumerables banderas y carteles alegóricos a la histórica fecha colman desde hace varios días las calles de la cabecera provincial, que amaneció vestida con sus mejores galas tras largas jornadas de esfuerzo popular en tareas de embellecimiento.

Entre cantos y consignas, la movilización hacia la Plaza se ha caracterizado por un alto grado de disciplina y organización, sin dejar de lado la alegría natural del cubano.

En representación de todo el pueblo de Cuba, los villaclareños celebrarán en breve el Día de la Rebeldía Nacional, conmemoración que también rendirá tributo al Libertador Simón Bolívar y el Bicentenario del inicio de las luchas por la independencia en Nuestra América.

O DESEMPENHO DAS ESCOLAS DE CAMPOS NO ENEM


FOLHA ON LINE

Karla Cynthia Quintanilha da Costa Peixoto (doutoranda da UENF)


O município de Campos dos Goytacazes teve uma queda no número de participantes no Exame Nacional do Ensino Médio, o ENEM. Em 2008, 2160 estudantes concluintes do Ensino Médio participaram do exame e na última edição de 2009 foram 1745. Dentre estes participantes, 72% estavam matriculados na rede pública de ensino e os 28% restantes em escolas particulares. Os alunos são oriundos de 57 escolas do município, distribuídas nas seguintes dependências administrativas: 38 estaduais, 15 particulares, duas federais e duas municipais.


As médias totais de desempenho (objetiva e redação) dos alunos do município participantes nesta primeira edição reformulada do ENEM ficaram entre 646,92 e 430,47 numa escala que vai de 0 a 1000. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa Educacionais Anísio Teixeira (INEP) divulgou a média nacional na faixa de 500 pontos. Dentre as escolas que tiveram alunos participantes no exame 26 alcançaram média acima da nacional, 9 abaixo da nacional e 22 escolas (18 estaduais e 4 particulares) não tiveram suas médias divulgadas por terem tido menos de 10 alunos participantes.

CLIQUE PARA VER O RANKING


Assim como nos anos anteriores, a instituição federal de ensino situada no município, com seus dois campi, ocupou o 3º e o 4º lugares no ranking, ficando entre as particulares que anualmente se destacam não só no município, mas que reproduzem uma realidade do Brasil. Ainda é evidente a diferença das médias de desempenho no ENEM de alunos participantes de uma mesma escola, mas que sejam frequentadores da modalidade ensino de Educação de Jovens e Adultos (EJA).


Tendo em vista que o exame é de caráter voluntário, sabemos que essas médias podem camuflar as reais condições de cada instituição de ensino, mas acreditamos que os resultados gerados podem conduzir a uma reflexão sobre a qualidade da educação nas escolas. Talvez, uma tendência emergente seja a adoção do ENEM como um instrumento de avaliação obrigatório para a certificação do Ensino Médio. Se isso ocorrer, o exame poderá retratar com mais fidedignidade a educação básica do nosso país.


Desde a sua implantação, o exame em si e a divulgação dos seus resultados auxilia na mobilização dos envolvidos na educação pela melhoria da qualidade do ensino, visto que se pode observar boas práticas que conduzem resultados mais satisfatórios.


Por enquanto, o que vemos é que os resultados do ENEM e o IDEB de 3,3 para o Ensino Médio do estado do Rio de Janeiro estão longe da qualidade do ensino que desejamos para os nossos estudantes...

domingo, 25 de julho de 2010

O CONTEXTO EM QUE SE DÃO AS ELEIÇÕES DE 2010

Apor PCB
s eleições deste ano se dão em um momento em que o sistema capitalista mostra a sua real natureza. A atual crise econômica internacional é uma crise de superprodução e superacumulação, acelerada pela vigência, nas duas últimas décadas, de políticas neoliberais, em que o capitalismo, mundializado, seja nos mercados de matérias primas, nas cadeias produtivas de produtos e serviços, seja na presença dominante de grandes conglomerados internacionais – oligopolistas ou mesmo monopolistas – ou na financeirização da riqueza, revela, ao mesmo tempo, a sua fragilidade e os seus efeitos para a classe trabalhadora: o desemprego generalizado, a perda de direitos, a desesperança.


As respostas dadas à crise, pelo lado do mercado, são a maior concentração de capital, com a absorção das empresas "quebradas" pelos grandes grupos mais "eficientes"; pelo lado do poder público, a íntima ligação entre os Estados capitalistas e os grandes grupos econômicos privados se traduz na enorme "ajuda" dada pelos governos aos bancos e empresas financeiras, industriais e comerciais em estado falimentar.

No plano político, as lideranças burguesas dividem-se entre as que, de um lado, defendem um Estado promotor de políticas compensatórias e incentivador de um "desenvolvimentismo" capaz de acelerar o crescimento capitalista e pretensamente resolver as desigualdades sociais através do ciclo virtuoso da produção, emprego, consumo. De outro, há os que defendem a ampliação das políticas neoliberais, com mais retirada de direitos dos trabalhadores, mais privatização, mais dependência do Estado ao capital financeiro internacional.

A classe trabalhadora, ainda desarticulada pela perda de garantias e não menos fragilizada em sua organização pela ameaça constante do desemprego e pelos processos articulados à chamada "reestruturação produtiva", começa, no entanto, a mobilizar-se em amplas manifestações e greves, como vem ocorrendo na Grécia, na Espanha, na França, em Portugal. No plano político, os exemplos dos governos progressistas da América Latina, eleitos com o apoio de movimentos populares organizados e impulsionados por eles, têm demonstrado que há alternativas reais ao capitalismo e ao imperialismo capazes de elevar, de fato, o nível de qualidade de vida e de participação política da classe trabalhadora.

sábado, 24 de julho de 2010

ODORICO PARAGUAÇU "PRA FRENTEMENTE" NAS TELAS DE CINEMA

Estréia no cinema "O bem amado”, que já foi tema da telenovela de Dias Gomes, exibida em 1973, e o seriado que foi no ar entre 1980 a 1984. Trata-se de uma história sobre os tipos pitorescos que habitam a fictícia Sucupira e guarda ainda grande semelhança com algumas abnomináveis práticas políticas da atualidade.

“O bem amado” conta a história de Odorico Paraguaçu, o prefeito que tem como principal objetivo conseguir um defunto para inaugurar a sua grande obra, o cemitério municipal de Sucupira. O prefeito Odorico conta com o apoio das irmãs Cajazeiras e a oposição do jornal da cidade, tulmutuada pela presença de Zeca Diabo um cangaceiro, e Ernesto o moribundo que não morre.

É sem dúvida uma sátira divertidíssima da elite brasileira. Passada no início dos anos 60, a história é narrada por Neco Pedreira, um jovem que se apaixona por Violeta, a filha do prefeito, moça moderna que estuda na capital. Marco Nanini, José Wilker, Maria Flor, Matheus Nachtergaele e Caio Blat atual sob direção de Guel Arraes.

Vale a pena conferir!

ASSINE ESTE ABAIXO ASSINADO

Destinatário: Congresso Nacional

Eu apoio emenda constitucional para inserir inciso V ao artigo 186 da Constituição Federal, estabelecendo que para cumprir a Função Social a Propriedade rural terá limite máximo de 35 módulos fiscais, como forma de garantir a democratização do acesso à terra e a soberania territorial e alimentar.

JUSTIFICAÇÃO

Para garantir efetivamente a função social da propriedade rural como determina a Constituição Federal em seus artigos V, XXIII e 186, é necessário que se estabeleça um limite de extensão para os imóveis rurais.

A realidade é que o Brasil apresenta um dos maiores índices de concentração fundiária do mundo: 1,5% dos 5 milhões de imóveis rurais cadastrados concentra 52% de toda a área , no outro extremo tem-se que 98,50% do total de imóveis cadastrados, detém somente 48%.Diante deste quadro de grave desigualdade, não se pode admitir que imensas propriedades rurais possam pertencer a um único dono, impedindo o acesso democrático à terra que é um bem natural, coletivo, porém limitado.

Como os recursos naturais devem estar disponíveis para todos, sob pena de não se respeitar sua função social, não é compatível com a Constituição que uma insignificante minoria tenha em seu poder a grande maioria das melhores terras do país em prejuízo de tantos brasileiros que são forçados a abandonar seu habitat natural.

A limitação do tamanho da propriedade rural também se justifica como um estímulo ao aumento da produção de alimentos, da preservação dos recursos naturais, do emprego rural e da fixação do homem no campo, além de impedir ainda maiores ofensas à soberania territorial brasileira.

A proposta não ofende nenhum princípio constitucional, pelo contrário, se adeqüa perfeitamente ao que estabelece a Constituição ( art. 3º) quando inclui entre os objetivos da República Brasileira a construção de uma sociedade justa e solidária e a redução das desigualdades sociais.

Esta não deve ser uma preocupação apenas dos que vivem do campo, porém uma luta de toda a população em favor da efetividade dos princípios constitucionais e do aprimoramento da democracia em nosso País.

Por isso eu apoio a Campanha Nacional pelo limite da propriedade da terra, em 35 módulos fiscais, manifestando a minha vontade como cidadão de que o Congresso Nacional venha a aprovar, sem demora, emenda constitucional que estabeleça esta limitação como avanço imprescindível da sociedade brasileira.


FONTE: AQUI
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OS GRANDES EIXOS DO PROGRAMA DO PCB VI

Uma nova inserção internacional: inserção comercial de novo tipo, soberania e solidariedade

No que tange à inserção internacional do Brasil, propomos:


a) No campo econômico, inversão da atual inserção brasileira no mercado mundial como exportador de matérias-primas e importador de capitais, voltando parte das áreas agrícolas para o consumo interno; equilíbrio na composição das trocas comerciais, diversificando a pauta de exportações – que não mais priorizará as commodities agrícolas; prioridade para as importações de máquinas e equipamentos e para políticas de proteção ao mercado interno; parcerias com os países latino-americanos e os países em desenvolvimento de outras regiões para o estabelecimento de trocas comerciais mais justas; ruptura com as políticas do FMI, com a denúncia da dívida externa e a suspensão dos seus pagamentos, com auditoria; fim dos contratos de empréstimos com os grandes grupos financeiros internacionais;


b) No campo político, busca de alianças entre os países em desenvolvimento, assumindo uma posição soberana e independente com os países desenvolvidos; prioridade para as alianças na América Latina e para a construção das bases econômicas com vistas ao desenvolvimento econômico e social da região em bases igualitárias; política externa antiimperialista, trabalhando pela paz e pela solidariedade efetiva aos povos e países em luta pela autodeterminação e soberania; fortalecimento dos instrumentos atualmente existentes, como a ALBA, Banco do Sul e Unasul e criação de outros mecanismos que possibilitem uma integração mais rápida dos países latino-americanos;


c) No campo institucional, a reformulação do sistema das Nações Unidas, com vistas à construção de uma nova rede de instituições multilaterais igualitária e capaz de intervir para a superação das desigualdades econômicas e sociais entre os povos; a criação de uma União Latino-Americana voltada para a classe trabalhadora, para o desenvolvimento econômico e social equilibrado e harmonioso de toda a região, visando um novo patamar de integração internacional soberano e fundado nos princípios da paz e da justiça social, iniciativa que deve estender-se para além do comércio e da produção material, cobrindo as áreas da saúde, da educação, da cultura, do meio-ambiente e de todas as demais áreas afins; participação nos fóruns internacionais incentivando encontros de governos de países não desenvolvidos e em desenvolvimento para o enfrentamento comum das desigualdades; fortalecimento das alianças internacionais com os governos progressistas da América Latina; luta pelos acordos internacionais para o combate aos problemas ambientais.


d) No campo militar, fortalecimento da defesa do país, com todos os equipamentos necessários para que haja condições efetivas contra as ameaças do imperialismo, enquanto nação soberana, tanto no que se refere ao território, especialmente a Amazônia, bem como as águas territoriais brasileiras e as riquezas nelas encontradas; reestruturação das Forças Armadas, dentro de uma nova doutrina de segurança popular, cujos elementos centrais serão sua transformação em instrumento a serviço da população e do Poder Popular; busca de alianças nos marcos da América Latina para a defesa comum e o desenvolvimento integrado da região; fortalecimento do programa nuclear, em aliança com a Argentina e outros parceiros, para a geração de energia e demais fins pacíficos;


e) Respeito à autodeterminação dos povos e a seu direito de resistência frente à opressão e à dominação estrangeira; pelo reconhecimento das FARC como organização política insurgente, condição para negociações de paz com justiça social na Colômbia, país que vem se transformando numa base militar norte-americana e numa ameaça para toda a América Latina;


f) Retirada imediata das tropas brasileiras do Haiti e sua substituição por médicos, engenheiros e professores; posicionamento pelo fim do bloqueio a Cuba e contra a base dos Estados Unidos em Guantánamo; pelo fim da ocupação militar imperialista no Iraque, no Afeganistão e na Palestina; apoio à criação do Estado Palestino democrático, popular e laico, sobre o solo pátrio palestino; devolução do Arquivo Nacional do Paraguai e renegociação do acordo de Itaipu; apoio aos processos de mudanças na Bolívia, na Venezuela e em outros países; pela retirada da Quarta Frota dos mares da América do Sul, das bases militares na Colômbia e outros países; pela revogação do acordo militar Brasil/Estados Unidos.

OS GRANDES EIXOS DO PROGRAMA DO PCB V

Fim da destruição capitalista do meio-ambiente

O PCB defende tratamento prioritário para a questão ambiental, tendo como principal eixo a retirada dos recursos ambientais não renováveis e a preservação ambiental da influência e dos ditames dos interesses do mercado capitalista. É preciso garantir a sustentabilidade do meio-ambiente, com a recuperação de áreas degradadas, o reflorestamento e a reordenação da produção para a redução dos gastos com recursos naturais e de energia. Por isso propomos:


a) A criação de áreas de desenvolvimento especiais, com destaque para a Amazônia, o Nordeste, visando a implantação de um modelo de desenvolvimento autossustentado, com a proibição da ocupação de áreas como a floresta amazônica para a pecuária e a formulação de um projeto para a sua exploração econômica racional;


b) Programas especiais de proteção aos biomas, de controle e redução da poluição do ar, de uso racional dos recursos naturais, de reciclagem, remanufatura e tratamento de resíduos;


c) Programas voltados para a melhoria do desempenho ambiental de todas as atividades da vida social, com destaque para a reordenação geral da produção, a desmaterialização de produtos e a introdução de sistemas produtivos de ciclo fechado;


d) Uso racional e soberano das reservas de recursos naturais brasileiros, visando garantir a sustentabilidade intertemporal e a substituição progressiva do uso dos recursos não-renováveis pelos recursos renováveis, no que se refere ao consumo de matérias primas e à geração de energia;


e) Prioridade para o desenvolvimento dos modos de transporte ferroviário e aquaviário.


OS GRANDES EIXOS DO PROGRAMA DO PCB IV

Uma Nova Política Social: mais qualidade de vida, mais e melhores direitos

O desenvolvimento científico e tecnológico, a Educação, a Saúde, a Habitação, a Cultura, os transportes públicos e as demais áreas vitais para o desenvolvimento social devem ter caráter predominantemente estatal, de acesso universal e alta qualidade, com o aumento radical de sua participação nos orçamentos e com a instauração de mecanismos de controle direto pelos trabalhadores.

O Programa do PCB prevê novas metas para o desenvolvimento econômico e social, com destaque para:

a) Criação de um sistema previdenciário único e universal para todos os trabalhadores, com a garantia de pensões e aposentadorias plenas; fim do fator previdenciário; eliminação do desemprego e dos empregos informais; garantia de renda mínima, alimentação e abrigo em caráter emergencial para toda a população; imediata redução da jornada de trabalho, sem redução dos salários; fim do banco de horas e elevada taxação das horas extras; elevação imediata do salário mínimo, de acordo com o DIEESE, e dos salários médios, visando recompor o poder de compra dos trabalhadores, com o atendimento às necessidades fundamentais e a melhoria da qualidade de vida;

b) Garantia da vida, com a caracterização do acesso à saúde pública, gratuita e de qualidade como um direito; estatização do sistema privado de saúde e expansão da rede pública, com garantia de acesso a todos os níveis; instituição do programa de saúde da família em todo o país; elevação dos salários dos profissionais da área e implementação de uma política associada de produção e comercialização de medicamentos a baixo preço; universalização do acesso ao saneamento básico; legalização do aborto e fim da criminalização das mulheres que o praticam; políticas públicas universais que garantam assistência à gestação, ao parto e ao puerpério, assim como os cuidados necessários ao desenvolvimento pleno da criança: creche, escola, lazer, saúde.

c) Universalidade do acesso à educação, com apoio à expansão dos sistemas de ensino pré-escolar, fundamental, médio e superior; apoio à expansão e melhoria das redes de ensino tecnológico, com elevação dos salários dos profissionais e melhoria da qualificação do magistério; oferta de bolsas de estudo e apoio material para os estudantes; erradicação do analfabetismo em todo o país; ação cultural voltada para o resgate dos valores e referências nacionais e para a participação na construção de uma nova sociedade;

d) Garantia do direito à moradia, com uma política habitacional voltada para o financiamento público de habitações de baixa renda integradas à infraestrutura urbana, apoiada em pesquisa e desenvolvimento tecnológico dirigido para este setor; realização de uma reforma urbana, com a desapropriação de espaços urbanos ociosos destinados à especulação, para a construção de praças, parques e habitações populares nas grandes metrópoles, de forma a zerar o déficit habitacional nessas regiões e expandir o programa para todas as cidades do país;

e) Desenvolvimento de uma política de transportes públicos de qualidade nos grandes centros urbanos, com ênfase no metrô e veículos leves sobre trilhos; elaboração de um planejamento integrado dos transportes, com a estatização das ferrovias, a recuperação do sistema atual e a construção de uma rede ferroviária e aquaviária para o transporte de produtos industrializados e mercadorias em geral; reestatização dos portos;

f) Ampla reforma do sistema judiciário, com a garantia do acesso à assistência jurídica para todos, acompanhamento dos trabalhos da Justiça pelos trabalhadores e cumprimento das leis; elevação do patamar dos direitos sociais e políticos dos trabalhadores;

g) Pleno direito dos trabalhadores organizados e da sociedade em geral à divulgação e ao acesso à informação, à livre circulação das ideias, à ampla divulgação dos debates políticos e à produção cultural; fortalecimento do Estado e organização de foruns participativos e decisórios no âmbito do Poder Popular para definição das políticas públicas de comunicação; criação de rede estatal de televisão e rádio, com programação voltada para a cultura e a livre circulação de informações; revisão das concessões atuais das emissoras de rádio e tv, para a garantia de mais densidade cultural na programação e de não interferência política dos interesses econômicos na geração e difusão de informações.

O CONTEXTO BRASILEIRO

POR PCB

A estrutura de classes, no Brasil, se caracteriza pela formação de uma burguesia monopolista e suas diversas facções: a burguesia industrial, a burguesia bancária/financeira, a burguesia comercial, a burguesia agrária, a burguesia do setor de transportes e um setor que controla serviços diversos formados pela mercantilização crescente de setores como o da saúde, educação e outros. Generalizou-se o assalariamento, formou-se um numeroso proletariado, majoritariamente urbano, e um grande proletariado precarizado, além de camadas urbanas intermediárias que vão desde setores de profissionais assalariados, pequenos e médios comerciantes, técnicos especializados, professores, pesquisadores, médicos, advogados e outras categorias.

Aos efeitos da exploração capitalista, no Brasil, somam-se a vigência das políticas neoliberais dos governos Collor, Itamar Franco, FHC I e II e a aplicação do programa social liberal de Lula I e II, associadas a uma grande fragmentação da classe trabalhadora, com a terceirização e a precarização do trabalho. Além disso, os trabalhadores perderam, em parte, sua unidade e identidade política pela degeneração de grande parcela dos dirigentes sindicais e partidários burocratizados.

A construção do Estado burguês no Brasil se deu pela ação dos grupos dominantes que o controlaram, e marcou a formação de um tipo de sociedade civil burguesa e uma forma particular de constituição da hegemonia capitalista. As instituições do Estado sempre foram espaços de organização do poder da classe dominante, com predominância dos aspectos repressivos e coercitivos.

O período da ditadura empresarial-militar e a fase posterior de retomada da legalidade democrática marcaram a consolidação de um bloco dominante, formado pela aliança de classes entre a burguesia monopolista, o latifúndio tradicional e o imperialismo, que aprofundou o processo de construção do Estado burguês no Brasil, um Estado fundado em um ordenamento jurídico estabelecido, reconhecido e legitimado, com instituições igualmente consolidadas no Executivo, Legislativo e Judiciário. Formou-se, assim, uma sociedade civil-burguesa com um conjunto de instituições enraizadas e, em parte, legitimadas no corpo da sociedade, tendo se consolidado uma hegemonia liberal burguesa e um regime formalmente democrático. Este processo se completa com o estabelecimento de poderoso monopólio capitalista nas comunicações, na informação e na organização da cultura, responsável por aprimorar e fortalecer a dominação ideológica burguesa em nosso país.

A socialdemocracia brasileira formou-se tardiamente, em um período em que não mais havia a possibilidade de mitigar os efeitos da exploração do capital sobre o trabalho. Ao contrário de muitos países europeus no pós-guerra, tais como Suécia, Dinamarca, Inglaterra e outros, que adotaram programas sociais avançados em meio a condições específicas como a presença do Bloco Socialista, a mobilização de forças populares e comunistas gerada pela luta contra o nazifascismo e a necessidade de contar com o Estado para enfrentar as condições de destruição geral causadas pela guerra, o capitalismo brasileiro, nos anos 1980, já apresentava um caráter monopolista e desenvolvido, e a burguesia brasileira já se encontrava em pleno processo de integração mundial. Naquele momento, não havia mais espaço, no Brasil, para uma mediação política entre os dois polos do capitalismo que pudesse resultar em ganhos materiais e direitos sociais significativos para a classe trabalhadora.

As principais representações políticas da socialdemocracia – o PT, a CUT, a UNE e a UBES (aos quais também podemos associar o PC do B e a recém-criada CTB) – mostram-se adaptadas à ordem dominante. Suas ações limitam-se a meras proclamações formais, sem capacidade ou intenção de reverter o quadro geral. Esta situação se explica pela cooptação das direções e pelo amoldamento de sua burocracia, que encontra um ponto de existência e privilégio na própria estrutura burocrática partidária, estudantil ou sindical e em espaços na institucionalidade do Estado Burguês. O mesmo ocorre com parte dos movimentos sociais e populares e a base do movimento sindical, que respondem com o adiamento ou abandono das reais demandas da classe. Assim, a institucionalidade burguesa logrou deslocar o eixo da luta para a representação política e a jurisdicionalização das demandas políticas.

UM PROGRAMA ANTICAPITALISTA E ANTIIMPERIALISTA

por PCB [*]

O lançamento da candidatura própria do CB às eleições presidenciais brasileiras representa um divisor de águas e um importante factor de esclarecimento. A divisão de águas é entre a falsa esquerda, representada pelo governo Lula, e a verdadeira. Um governo que tem como seu mentor económico um ex-ministro da ditadura (Delfim Netto), como seu patrão da política monetária e financeira um homem da Wall Street (Meirelles), que incumpriu as suas promessas de realizar a Reforma Agrária, que está ao serviço do capital monopolista e dos seus apetites sub-imperialistas na América Latina e em África, que não teve pejo em vender ao narco-governo colombiano aviões destinados a massacrar os insurgentes das FARC, com um ministro da Defesa (N. Jobim) que compra ao estado nazi-sionista aviões de guerra destinados a massacrar o seu próprio povo, que como serviçal do imperialismo envia tropas para reprimir o povo do Haiti, que adopta uma política social regressiva contra a maioria pobre da sua população (a onda de emigrantes brasileiros que hoje se vê em Portugal é um indício disso), um governo como esse acaba objectivamente por em nada se diferenciar da direita quimicamente pura.

Assim, a candidatura de Ivan Pinheiro à presidência e de Edmilson Costa à vice-presidência assinala um marco na política brasileira (a par de outras candidaturas dignas, como a do Dr. Plínio de Arruda Sampaio e a do PSTU). Entretanto, que não haja ilusões. Estas eleições estão formatadas para servirem a classe dominante e só a ela. É um jogo de cartas marcadas. Seja qual for o vencedor – a candidata apoiada por Lula ou o candidato apoiado pelo ex-presidente F. H. Cardoso – os interesses da classe dominante brasileira (que está aliada ao capital imperialista) estarão muito bem servidos. As falsas oposições entre ambos fazem parte da comédia eleitoral.


O manifesto-programa da candidatura hoje publicado é uma afirmação corajosa e lúcida de uma política baseada em princípios. Ele, ao mesmo tempo, prepara o terreno para o mais importante: o período que se seguirá às eleições e a constituição de uma frente anti-capitalista e anti-imperialista para que o povo brasileiro possa se tornar o sujeito da História.

BRASIL OCUPA 9º LUGAR EM DESIGUALDADE NA AMÉRICA LATINA

Entre os países da América Latina, o Brasil ocupa a 9ª colocação no ranking que mede o efeito da desigualdade no desenvolvimento humano.
As informações são do IDH-D (Índice de Desenvolvimento Humano ajustado à Desigualdade), novo indicador criado pelo Pnud, Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento.

Esse novo parâmetro é calculado com base em dados de 2006, considerando informações sobre rendimento, educação e saúde nos países, assim como o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), que é divulgado desde a década de 90.

Correio Braziliense

DATAFOLHA: EDUARDO SERRA (PCB) COM 3%

Cássio Bruno - O Globo

RIO - O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), seria reeleito no primeiro turno, se as eleições fossem hoje. É o que mostra pesquisa Datafolha publicada neste sábado pelo jornal "Folha de S.Paulo". De acordo com a sondagem, Cabral tem 53% das intenções de voto, contra 18% de Fernando Gabeira (PV). Uma diferença de 35 pontos percentuais.

Ainda de acordo com o levantamento, Cyro Garcia (PSTU) e Eduardo Serra (PCB) têm 3% cada um. Mais atrás estão Fernando Peregrino (PR) e Jefferson Moura (PSOL), com 1% cada. Os entrevistados que não sabem quem escolher somam 12%, enquanto 9% pretendem votar nulo ou em branco. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

A pesquisa mostra também que o governador Cabral lidera com mais folga no interior, onde venceria de Gabeira por 56% a 14%. Na região metropolitana, eles têm 52% e 20%, respectivamente. De acordo com o levantamento, a melhor performance do candidato verde é na capital, onde ele aparece com 25%, e Cabral, 48%. Em 2008, Gabeira chegou a disputar o segundo turno da eleição para a prefeitura do Rio.

A sondagem revela ainda que a rejeição ao candidato verde é de 31%, contra 18% de Cabral.

O instituto ouviu 1264 eleitores no estado, entre os dias 20 e 23 de julho. A pesquisa foi registrada no Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ) sob o nº 59653/2010.

PLEBISCITO PELO LIMITE DA PROPRIEDADE DA TERRA

Está acontecendo a nivel nacional o plebiscito popular pelo limite da propriedade da terra, contra a concentração de terras no país, que é o segundo concentrador de terras do mundo, perdendo apenas para o Paraguai.

Esta campanha foi criada com o objetivo de conscientizar e mobilizar a sociedade brasileira sobre a importância de se estabelecer um limite para a propriedade. O objetivo final é pressionar o Congresso Nacional para que seja incluído na Constituição Brasileira um novo inciso que limite a terra em 35 módulos fiscais.

Áreas acima de 35 módulos seriam destinados à reforma agrária. Cada cidadã e cidadão brasileiro será convidado a votar entre os dias 1 e 7 de setembro!!

Participe você também!!!!

AS AMEAÇAS E OS NEGÓCIOS DA CHINA

POR AMARO SÉRGIO

A China que vemos hoje está entrelaçada ao mercado dos EUA, um comércio de centenas de bilhões de dólares mais favorável à potência asiática, de modo que induzida por seu capitalismo já está pronta para alterar sua história como vítima dos vários imperialismos nos últimos 120 anos, que a invadiram e exploraram _ Japão e potências européias _ além de esvaziar o socialismo.

Ela já está amaciada para aceitar um ataque dos EUA contra a República Popular da Coréia (RPC) ?

A dúvida é crescente e algo inaceitável há dez ou vinte anos. O fato de manter símbolos comunistas na aparência mas com conteúdo capitalista na economia e na sociedade confundiu muita gente dentro e fora desse fabuloso país que é a China.

As notícias dos últimos dias onde o imperialismo dos EUA sente-se motivado para usar o que pode ser um acidente com um navio de guerra do Sul como pretexto para provocar a RPC, repete o velho hábito de disfarçar crises internas com cínicos chamados patrióticos e derramamento de sangue.

Obama mostra-se um presidente fraco para disciplinar os especuladores de Wall Street, e se refugia nesse tipo de apelação.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

CONTRA O FECHAMENTO DA FÁBRICA!!!

ESTATIZAÇÃO DA FÁBRICA SOB CONTROLE OPERÁRIO!!!

Em 16 de julho, cerca de 200 pessoas manifestaram seu apoio aos trabalhadores da Flaskô, fábrica ocupada pelos trabalhadores há sete anos. Essa manifestação foi uma resposta dos trabalhadores da fábrica, bem como dos partidos de esquerda e dos movimentos populares da região, à decisão do juiz André Gonçalves Fernandes, da 2ª Vara Cível de Sumaré, estado de São Paulo, que em 1º de julho decretou o fechamento da fábrica.

Mais do que uma decisão embasada em argumentos técnicos, a decisão do referido juiz possui um fundo político. Este mesmo Juiz afirmou no ano passado, diante de uma ocupação do MTST na mesma cidade de Sumaré, que esta organização junto com o MST e a FARC, “fazem parte da Via Campesina, uma organização terrorista internacional”.

Para quem não conhece, a Flaskô foi ocupada pelos trabalhadores em 12 de junho de 2003, ante a possibilidade do fechamento da empresa e dos trabalhadores perderem o seu emprego. Ao longo desse período muitas conquistas foram garantidas, como jornada de trabalho de 30 horas, criação de uma estação de rádio comunitária (Rádio Luta), ocupação de um terreno para a formação da Vila Operária e criação da Fábrica de Esportes e Cultura, projeto mantido pela fábrica ocupada que se destina a criar um espaço de lazer e cultura para a juventude pobre e proletária de Sumaré.

A tentativa de fechamento da Flaskô, portanto, é um ataque a uma série de conquistas garantidas pela luta dos seus trabalhadores. Fechá-la é uma forma do capital, aliado ao aparelho judicial, de inibir experiências que ao aliarem a produção material com a cultural, demonstram a viabilidade de uma sociedade onde não haja exploração e opressão.

O Partido Comunista Brasileiro, junto a outros partidos de esquerda e organizações sindicais e populares, se fez presente com seus militantes na manifestação em apoio aos companheiros da Flaskô.

Graças à resistência dos companheiros e à pressão dos aliados, em 15 de julho o mesmo juiz que decretou o encerramento da empresa aceitou rever sua posição. De qualquer maneira os companheiros se mantêm em guarda contra novos ataques e reafirmam a necessidade de estatização da fábrica sob controle operário.

NOVA GUERRA DE GIAP - O CAPITALISMO CHINÊS

Vo Nguyen Giap tem 98 anos de idade e derrotou franceses e norte-americanos nas guerras pela libertação da antiga Indochina, o Vietnã. Ao lado de Ho Chi Min e do povo vietnamita.

Um dos maiores estrategistas militares do século passado e chamado pelo jornal LA REPPUBLICA de “general de dois séculos”, acusa o governo de seu país de ser tolerante com o capitalismo chinês, com graves prejuízos para o ambiente e povo do Vietnã.

Seu discurso, duro e preciso, com a autoridade moral de quem se entregou à tarefa de viver pela dignidade e independência de seu país, não foi contestado pelas autoridades comunistas – como ele – do Vietnã.

Giap denuncia o capitalismo chinês, conhecido no Vietnã como “sinistro”, pelo absoluto e total desrespeito ao ambiente e aos países onde põe o seu tacão.

É difícil dizer que o regime chinês seja comunista. Num país onde a corrupção gerada pelo capitalismo, é intrínseca, é cada vez maior o número de milionários num clube menor de privilegiados e maior o de escravos num clube de mais de um bilhão de pessoas, não há como escapar de uma conclusão simples. Uma ditadura cruel e perversa de um partido traindo os ideais revolucionários que, por um tempo, libertaram o povo chinês.

Giap denunciou a cessão de direitos sobre minas quase intocadas de bauxita na província de Cao Bang. A linguagem é típica de países capitalistas, países e negócios. A formação de “joint ventures com empresas chinesas. A região, como narra Raimondo Bultrini, que conversou com o general e publicou suas declarações na edição de 19 de julho, “é uma encantadora cascata de montanhas e colinas cultivadas, justamente na fronteira com a China.

Em 1979 os chineses invadiram o Vietnã em represália à condenação do governo de Ho Chi Min ao Khmer Vermelho do Camboja. A invasão teve apoio dos EUA (o Khmer matou milhões de pessoas no Camboja). Terá sido a última grande batalha do velho general. Giap, numa espetacular manobra só possível aos grandes estrategistas militares, cortou as linhas chinesas de suprimento, isolou os chineses e um acordo para aquele tipo de retirada nem tão devagar que parece provocação e nem tão depressa que pareça medo, foi a conseqüência. No duro mesmo foi vem rápida.

Os acordos feitos pelo governo comunista (o pragmatismo em determinados momentos cheira a rendição, submissão, partidos revolucionários viram empresas) do Vietnã com o governo sei lá o que da China, vão “mudar para sempre o rosto ainda não contaminado dos altiplanos centrais e setentrionais”. A região faz parte da História das lutas do Vietnã pela independência, foi local de um dos refúgios de Ho Chi Min
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Breve o tacão capitalista chinês sufocando e destruindo o povo e o ambiente.

Os discursos e as entrevistas de Giap, além do apelo do prêmio Nobel Nguyen Huu Ninh, do manifesto de intelectuais, acadêmicos, veteranos das guerras de libertação, não foram capazes de sensibilizar o governo submetido a Pequim.

“É meu parecer que nós não devemos explorar a bauxita. A sua extração irá causar conseqüência graves ao ambiente, à sociedade e à defesa nacional”.

O acordo do governo do Vietnã foi firmado com a chinesa CHINALCO, uma das gigantes do setor de alumínio e em 2012 todo o aparato capitalista estará montado e destruindo a região.

Para Nguyen Tan Dung, primeiro-ministro do “novo comunismo” vietnamita, subordinado ao imperialismo chinês, todo esse amontoado de acordos e joint ventures é “uma das principais políticas econômicas do partido e do governo”.

Rios como o BA e o SEREPOK em breve estarão contaminados por agentes químicos e tóxicos derivados da “exploração, em uma região habitada pelo maior número de etnias indígenas não vietnamitas”.

Quinze milhões de dólares foi o valor pago a empresa estatal do Vietnã VINACOMIN, pela chinesa CHINALCO.

Comprou um país na chamada visão “social capitalista” do governo atual da antiga Saigon, hoje Cidade de Ho Chi Min.

O discurso e vários pronunciamentos e entrevistas do general Giap calaram fundo em seu povo. A idade avançada e a doença, no entanto, impedem-no de uma luta maior e essa deve ser a primeira derrota de um dos maiores generais da História. Um raro general revestido de dignidade, numa seara onde a barbárie é quase regra geral.

“O ataque de Giap teve efeitos milagrosos. Deu coragem a outras vozes de dissenso, em uma sociedade que se moderniza velozmente. Quem se colocou como escudo do general de 98 anos, expondo-se, foram 135 acadêmicos, economistas e cientistas”. Eles também assinaram um pedido ao governo, com tons duros para com a China:

A REPÚBLICA POPULAR TEM UMA FAMA SINISTRA PELOS DESASTRES AMBIENTAIS QUE ESTÁ PROVOCANDO”

O comunismo na China é rótulo. Mero capitalismo disfarçado e imposto a chineses, agora se estendendo por vários países da Ásia e alcançando a África.
O que se vê é apenas o embate de dois monstros predadores. EUA e China.

Deve servir de exemplo para o processo de integração latino-americana. Como não deve ser.

Giap e Fidel são os últimos governantes com estatura de estadistas, como Oscar Niemeyer, centenário em sua fidelidade a princípios. Giap não foi propriamente um governante, foi comandante militar de seu povo na luta pela independência, contra colonizadores e invasores.

O que se vê hoje são apenas homens de negócios vestindo essa ou aquela roupa segundo as conveniências, onde nada é pessoal, pois é um mundo em que pessoas são cada vez mais objetos.

CHINALCO, GENERAL MOTORS, CITY BANK, entre nós VALE, ARACRUZ, no mundo inteiro matando pessoas BAYER, MONSANTO, e os gerentes, Obama, Sarkozy, o primeiro-ministro inglês, etc, etc.

Não é um “Admirável Mundo Novo”, não, não é. É o mundo “O Macaco e a Essência”.

FONTE: AQUI
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Acentuam os riscos da restauração capitalista.Pg,140.I 92

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