segunda-feira, 12 de julho de 2010

COM A PALAVRA VÍTOR MENEZES

Vítor Menezes expressa com precisão um sentimento do qual também comungo. A terceira via não deve se limitar a uma escolha de nome ou arco de alianças em torno deste. Precisa ir além, para a construção de um programa comum que possa oferecer possibilidades de um novo projeto político para o município. Qualquer coisa diferente disso não passa de uma repaginada ou maquiagem mal feita do que já temos e conhecemos. A degeneração da política em Campos está tão banalizada e generalizada que muitas lideranças locais não se dão conta da importância de um novo pleito eleitoral diante de uma população descrente e que, carece de total ruptura com a política que só trouxe atraso por estar descolada do compromisso com a qualidade de vida do povo e do desenvolvimento social.

Com a palavra Vítor Menezes:

Sobre a tal terceira via

Há tempos sou entusiasta da criação de uma terceira via em Campos. Era isso, por exemplo, o que animava o “Chega de Palhaçada”, única manifestação na histórica recente da cidade que se colocou contra os dois lados tão iguais que dominam há duas décadas a política local.

Digo isso para desejar boa sorte aos representantes dos partidos políticos que se reuniram no último sábado para discutir essa possibilidade. Vi ali gente que considero séria e tomara que dessa iniciativa surja algo realmente novo.

Tenho, no entanto, as minhas resistências pessoais. Uma delas é que não topo qualquer coisa contra Garotinho. E muita gente que fala em terceira via não é favor da cidade, apenas contra o ex-governador. Eventualmente é até ex-aliado.

Embarcando nesse discurso do todos contra Garotinho é que fabricaram um Mocaiber. E deu no que deu. É preciso ver, portanto, se essa terceira via é terceira mesmo ou uma segunda disfarçada de terceira.

Outra, é que não acredito em terceira via gestada em escritório de dono de jornal, em rodada de uísque com empreiteiros ou por neo-esquerdistas que nunca vi em uma passeata sequer.

Uma coisa é reunir esforços sinceros para tirar a cidade do buraco em que se meteu. Outra é aproveitar a onda da insatisfação para ver se mais um projeto pessoal decola.

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