segunda-feira, 19 de julho de 2010

CRIME DO ESTADO

Fiquei horrorizada com a morte de mais um inocente, vítima de bala perdida dentro da sala de aula. O menino Wesley de apenas 11 anos foi apenas mais uma vida ceifada brutalmente, dentre muitas outras, nesta guerra urbana no Rio de Janeiro.

Não há nenhuma palavra que possa ser dita à este pai e à esta mãe que possa aplacar a dor da perda de um filho numa situação assim.

Além disso é um absurdo as notícias veiculadas em jornais sobre a troca de farpas entre o governador e o comando da PM. Não há entre estes quem seja menos culpado do que outro. A política de segurança pública há muito apresenta falhas que a cada dia se mostram irremediáveis. É necessário que se discuta com responsabilidade o papel da Polícia Militar e as implicações que o seu caráter repressor tem trazido para a sociedade.

Ou se faz isto ou continuaremos a contabilizar mortos inocentes cujo único "crime" é ser pobre e morar em áreas onde a presença do Estado só é percebida num evento lamentável como o que ocorreu com Wesley. Neste sentido, podemos dizer que o crime é do Estado pela sua incapacidade de oferecer à população um direito precípuo e constitucional que é o da SEGURANÇA PÚBLICA.

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