quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

PARA ONDE VÃO OS SANJOANENSES???

O jornal britânico “The Guardian” entrevistou o empresário Eike Batista, e este afirmou que um de seus objetivos é transformar o Estado do Rio “em um dos lugares mais dinâmicos e ricos do Brasil” e que investirá a bacatela de R$ 32 bilhões na Estado do Rio nos próximos dois anos

Ele afirmou ao jornal que “se eu olhar para o Rio daqui a 10, 15 anos, será inacreditável”. Para ele, a cidade será “uma mistura de Califórnia, Nova York e Houston, combinando praias estonteantes com importância financeira e arquitetura ultramoderna”.

Entre os investimentos para que isso aconteça, Eike cita a Cidade X, uma “cidade digital supermoderna para cerca de 250 mil pessoas”. A Cidade X citada por ele é a que este pretende construir no quinto distrito de São João da Barra e que está envolvida na polêmica da desapropriação.

Ora senhores! Isso é muito sério e merece reflexão!

O quinto distrito de São João da Barra corresponde a, mais ou menos, 50% da área total do município e desta, 70% está sendo desapropriada para ser ENTREGUE à Eike Batista a revelia da população local.

Os maiores prejudicados com a novidade "X" são os pequenos produtores rurais que não sabem fazer outra coisa senão trabalhar na sua terrinha, pastorear as poucas cabeças de gado de onde sai o sustento da sua família com a venda do leite e do queijo feito por eles mesmos. Alguns, possuem pequenas plantações de abacaxi e ali eles são donos da terra onde construíram suas famílias e sua História.

São estes, os pequenos produtores que vivem a ameaça de serem expulsos de seu lugar para tornar possível o projeto ambicioso de Eike Batista.

Dizer que, quem questiona a situação imposta aos moradores do quinto distrito é contra o desenvolvimento é no mínimo falta de sensibilidade. Quem pensa que é simples assim é só fazer uma visita ao quinto distrito sanjoanense e conversar com algumas pessoas para concluir em pouco tempo o quanto aquela gente está se sentido lesada em seus direitos.

Para piorar ainda mais as coisas, os latifundiários já venderam suas propriedades ao projeto do Eike por excelente preço enquanto que, os pequenos proprietários sofrem a ameaça de terem suas terras desapropriadas por um baixo valor.

Se eles saem de suas terras e deixam suas casas para onde irão e como irão garantir o sustento de suas famílias?

Conversando com uma moradora de lá, esta relatou que estão oferecendo como possibilidade de moradia a criação de uma agrovila onde as casas terão em média 60 metros quadrados do programa Minha Casa Minha Vida. Então, o sujeito trabalha para construir sua casa - e por lá existem boas casas - para abrigar sua família, faz melhorias a cada ano para no fim deixar tudo para o capitalista selvagem Eike Batista?

Sugiro que, quem esteja lendo este post se coloque em pensamento no lugar destas pessoas. Como reagiria a isso?

Ao ler a entrevista de Eike sobre o seu projeto de construção de uma cidade futurista, a Cidade X, fui remetida a lembrança de algo semelhante a que assistíamos - quando criança - nos desenhos animados que se dedicavam a projetar cidades, naves, etc do futuro. Naquele tempo parecia algo muito distante. Eis que hoje, bem pertinho de nós, surge um quase "alienígena capitalista' que sonha construir seu sonho destruindo os dos outros.

Vale lembrar que a população de São João da Barra hoje é de aproximadamente 32 mil habitantes e, a cidade digital, a cidade X pensada por Eike é para 250 mil habitantes.

A pergunta que não quer calar é:

PARA ONDE VÃO OS SANJOANENSES???




SÃO JOÃO DA BARRA X CAMPOS: QUANTO CUSTA O VERÃO ?

O Poder Executivo de São João da Barra enviou à Câmara de Vereadores um projeto para ser aprovado em relação aos gastos estimados com o Verão e o Carnaval sanjoanense.

O valor pretendido foi de R$ 10.338.282,00 e o aprovado pela Câmara foi na ordem de R$ 6,5 milhões. Com esta quantia polpuda dá para fazer o Verão sem prejuízo dos eventos esportivos, shows e demais programações.

O melhor mesmo seria que a economia imposta pela Câmara (R$ 3.838.282,00) servisse para iniciar as obras de um Hospital Público do qual o povo sanjoanense tanto necessita.

Em Campos a programação do verão está pronta mas, quanto ao valor do "investimento", deconheço. Bom que não haja desperdício do dinheiro público afinal, este pertence a população campista que tanto quanto a população sanjoanense necessita de políticas públicas voltadas para as áreas de saúde e educação.

Está comprovado que a política de "pão e circo" não garante futuro a ninguém...ou será que garante???

RECEBI, GOSTEI E COMPARTILHO COM VOCÊS...

Dentro de alguns dias, um Ano Novo vai chegar a esta estação.
Se não puder ser o maquinista, seja o seu mais divertido passageiro.
Procure um lugar próximo à janela desfrute cada uma das paisagens que
o tempo lhe oferecer, com o prazer de quem realiza a primeira viagem.
Não se assuste com os abismos, nem com as curvas que não lhe deixam
ver os caminhos que estão por vir.
Procure curtir a viagem da vida, observando cada arbusto, cada riacho,
beirais de estrada e tons mutantes de paisagem.
Desdobre o mapa e planeje roteiros.
Preste atenção em cada ponto de parada, e fique atento ao apito da partida.
E quando decidir descer na estação onde a esperança lhe acenou não hesite.
Desembarque nela os seus sonhos...
Desejo que a sua viagem pelos dias do próximo ano, seja de
PRIMEIRA CLASSE

LANÇAMENTO DE LIVRO

Pra fechar bem nossa programação de 2010, o escritor e pesquisador Hélvio Cordeiro autografa, nesta quarta-feira, os livros "Carukango, o Príncipe dos Escravos" e "Escravidão e Abolição, a luta pela Igualdade", a partir das 20h no MPBar. A noite será ao som de discos de vinil com a temática africana, sob o comando de Wellington Cordeiro. Hélvio lançou "Escravidão e Abolição...", com grande sucesso, na última Bienal do Livro de Campos. Os livros são gratuitos. esquinampbar.blogspot.com

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Patrícia Bueno
Jornalista

VIRGÍNIA FONTES: O BRASIL E O CAPITAL - IMPERIALISMO TEORIA E HISTÓRIA

Neste texto, Mauro Iasi apresenta-nos o último livro de Virgínia Fontes, O Brasil e o capital-imperialismo. Teoria e história, uma reflexão profunda sobre “as formas contemporâneas do modo de produção capitalista, o sistema internacional da dominação do capital, a dinâmica da luta de classes atual, as manifestações do inconformismo e do amoldamento da classe trabalhadora, a questão da democracia.”

Certos temas são fundamentais para uma reflexão de esquerda em nossos tempos: as formas contemporâneas do modo de produção capitalista, o sistema internacional da dominação do capital, a dinâmica da luta de classes atual, as manifestações do inconformismo e do amoldamento da classe trabalhadora, a questão da democracia. Virgínia Fontes nos apresenta uma rica reflexão na qual articula todas estas dimensões na perspectiva de uma totalidade econômico-política daquilo que denomina ‘capital-imperialismo’.

A originalidade deste trabalho — que é o culminar de uma extensa pesquisa e fruto do longo amadurecer de um debate que parte das reflexões acadêmicas da autora, mas que se tempera no profícuo debate político com a militância e resistência da classe trabalhadora diante das manifestações inquietantes de «apassivamento» da rebeldia que marcou os anos 1970 e 1980 — consiste no paciente trabalho de articular as dimensões da determinação econômica próprias da essencialidade do capital e de seu irresistível processo de valorização do valor, com as diversas manifestações que passam a incidir em todo o tecido da vida social, cultural, ideológica e política da sociabilidade subsumida ao capital.

Para quem espera um mero atualizar do caráter imperialista da forma contemporânea do capital, um eterno repetir de si mesmo como fase terminal e parasitária do capitalismo, a análise de Fontes surpreende com argumentos que nos mostram que os elementos essenciais deste momento do modo de produção capitalista, tal como anunciados por Lenin em seu famoso trabalho sobre o tema, estão sim mais atuais que nunca, tais como a concentração e centralização de capitais, a fusão do capital industrial com o capital bancário formando o capital financeiro, a exportação de capitais e a subsequente partilha e repartilha constante do globo, primeiro entre os monopólios e depois entre as nações que os representam; no entanto, não basta reafirmar a máxima manifestação destes fatores, mas afirmar que, em um determinado ponto, seu desenvolvimento aponta para uma nova fase contemporânea, que seria o capital-imperialismo.

Mauro Iasi

O grau de concentração e centralização, o esquadrinhar do globo pelos monopólios e o ápice do processo de valorização e de consequente crise do capital, potencializando a formação do capital portador de juros, criou um cenário no qual a exportação de capitais e a sua constante valorização se dão necessariamente em uma teia internacional de relações, num sistema mundial de Estados que são obrigados a pensar suas formas de dominação a partir desta internacionalização, formando o capital-imperialismo. O essencial no conceito apresentado é a possibilidade de compreender o fenômeno não apenas como uma dominação de um centro sobre uma periferia, mas como uma relação na qual é possível que a subordinação das economias de «capitalismo tardio» não impeça o protagonismo de países nas diferentes frentes de valorização do capital-imperialismo.

É bom que se destaque que aquilo que se internacionaliza ainda é o modo de produção capitalista e isso é essencial, pois a autora, com qualidade teórica, sustenta sua análise da forma atual do capitalismo nos fundamentos da crítica da econômica política e na centralidade do trabalho e da lei do valor, configurando uma valiosa trincheira contra as versões que se popularizaram fundadas na afirmação de uma contemporaneidade «pósindustrial», «pós-capitalista», ou qualquer outra metafísica que busca obscurecer os reais fundamentos da exploração do trabalho como base real do ciclo do capital total.

Nesse sentido, Fontes recusa as saídas fáceis dos termos como «finaceirização» ou «globalização», resgatando não apenas o fundamento capitalista da forma presente como o imperialismo como base para compreender as feições da dominação do capital em nossos tempos. Como já confessou o próprio Galbraith: «Globalização não é um conceito sério. Nós, americanos, a inventamos para dissimular nossa política de entrada econômica nos outros países».

Entretanto, o esforço da autora não se restringe a validar tais fundamentos, vai além. Ainda que as bases econômicas sejam essenciais, recupera a mais cara tradição da renovação dialética do marxismo, ou seja, a perspectiva da totalidade.

Seria aqui, talvez, a nota distintiva de originalidade do trabalho. O capital-imperialismo não é apenas uma expressão da forma atual da dominação dos monopólios e da partilha do mundo, formando áreas de exportação de capitais, mas um sistema que tem que equacionar os meios e formas de dominação e «consentimento», em outras palavras, no conjunto dos meios políticos, ideológicos e culturais através dos quais a burguesia monopolista enfrenta seu antípoda – os trabalhadores –, com a intenção de subordiná-los á lógica hegemônica do capital.

VIRGINIA FONTES

Assim é que não nos surpreende, ao lado de Lenin, a presença de Gramsci. Os dois pensadores marxistas buscam compreender suas formações sociais específicas no contexto de um capitalismo mundial que envolve em seu processo de desenvolvimento as nações «retardatárias», assim como se defrontam com as manifestações de um «apassivamento» reformista da classe trabalhadora.

Desta forma, o fenômeno do imperialismo se mescla com o processo político de busca de estratégias de impor uma hegemonia burguesa que desarme os trabalhadores de sua necessária independência de classe no sentido de um projeto societário para além do capital.

Ora, as formas econômicas e políticas da dominação da burguesia monopolista se aprofundaram e alteraram sensivelmente após a Segunda Grande Guerra, da mesma forma que o gigantismo da valorização do valor exigiu formas políticas capazes de administrar as contratendências à tendência à queda da taxa de lucro, entre elas a formação do capital portador de juros, e desarmar os trabalhadores, levando a um papel diferenciado do Estado burguês, seja na versão clássica do pacto social-democrata, no Welfare State, seja nas ditaduras na América Latina e Ásia. No bojo das novas e necessárias formas de dominação/consentimento, a questão da democracia representativa passa a ocupar lugar central nas formas de amoldamento do proletariado aos limites da ordem do capital.

É a partir deste enquadre teórico e conceitual que a autora olha para a formação social brasileira de maneira provocativa, polêmica e, por isso mesmo, instigante. O desenvolvimento do capitalismo brasileiro não pode mais ser analisado com os precários meios conceituais do «desenvolvimento» ou «subdesenvolvimento», ou da «dependência», uma vez que tal análise acaba deformando o fenômeno imperialista como uma mera dominação «externa», abrindo espaço para a concepção de uma «burguesia nacional» ou estratégias de desenvolvimento capitalista fundadas no pacto social entre dominados e dominadores.

O capitalismo brasileiro não apenas fez seu percurso até o capital monopolista, concentrou e centralizou seus capitais, desenvolveu as instituições de uma sociedade civil burguesa e de um Estado burguês que completa sua transição até uma «democracia representativa», como o fez integrando-se dinamicamente à ordem internacional do capital-imperialismo. Sua subalternidade inconteste diante do centro irradiador e determinante do sistema não impede — pelo contrário, impõe — um papel ativo e diferenciado daquelas formações sociais que se convertem em ‘plataformas de expansão’ do capital-imperialismo.

É evidente que a autora não nega as diferenças que marcam a subalternidade (o peso e o tamanho comparativo dos monopólios nacionais em relação aos do centro, a dimensão militar irrelevante das FFAA etc.), mas isso não pode ofuscar a percepção do peso econômico dos monopólios, sua presença no cenário internacional e mesmo seu caráter evidente de exportador de capitais não apenas no cenário latino-americano como em outras partes do globo.

O Brasil, como parte ativa do sistema do capital-imperialismo, exigia um equacionamento da luta de classes, neutralizando a pressão dos «de baixo». São vistos como unidade o papel de plataforma do capital-imperialismo e o desfecho da luta de classes no Brasil em uma forma pactuada de transformismo e apassivamento da rebeldia proletária, expressa de forma didática pela trajetória que leva da contestação ao amoldamento das organizações inicialmente contra-hegemônicas, como a CUT e o PT.

Por tudo isso, o livro de Virgínia Fontes torna-se uma referência para o debate da esquerda brasileira e daqueles que não abandonaram a perspectiva de ruptura com a ordem do capital. Mais do que uma conclusão definitiva, o livro é um profícuo ponto de partida para uma análise necessária.

Nota: Virginia Fontes, Professora da Iniversidade Federal Fluminense, Brasil, participou activamente nos Encontros Civilização ou Barbárie, organizados por odiario.info

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* Mauro Luis Iasi é professor-adjunto da Escola de Serviço Social da UFRJ, membro do conselho editorial da Editora Expressão Popular.





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SÁBIA DECISÃO!!!



A Folha on line noticiou que o presidente Lula decidiu não extraditar o ex-militante italiano Cesare Battisti, que foi condenado à prisão perpétua na Itália pelo assassinato de quatro pessoas na década de 70, quando participava de um grupo armado.


Em novembro do ano passado, o Supremo Tribunal Federal autorizou a extradição do italiano, mas definiu que a decisão final caberia ao presidente da República. Lula deve anunciar essa decisão política até o dia 31 de dezembro.

A VERGONHA DA EDUCAÇÃO NA REDE MUNICIPAL DE CAMPOS

DO BLOG DO BASTOS

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PROFESSORA RELATA PROBLEMAS DA E.M JOÃO GOULART

A Escola Municipal João Goulart situa-se em Venda Nova, quarto distrito de Campos dos Goytacazes, à Avenida Pedro Pereira s/nº. Atende a Educação Infantil, 1º e o 2º Ciclo do 1º segmento do Ensino Fundamental e da Fase I a Fase IV da Educação de Jovens e Adultos, que funciona das dezoito às vinte e duas horas com duas turmas multisseriadas: a MF301 (Fase I e Fase II) e a MF302 (Fase II e Fase IV).
Venda Nova é um distrito rural que acolhe pessoas oriundas de outros distritos, municípios e até estados, o que contribui para que ocorra uma variedade no quadro de alunos da escola, porém no que diz respeito aos alunos da Educação de Jovens e Adultos, a clientela desta modalidade de ensino possui características específicas e certa homogeneidade.
A escola possui dez professores regentes, um professor para a Sala de Leitura, um professor para a Sala de Informática, um Auxiliar de Secretaria, quatro professores readaptados que atuam auxiliando na Secretaria, na Coordenação de Turno, como Responsável pela Merenda Escolar, uma Orientadora Pedagógica, uma Animadora Cultural, uma Diretora, uma Vice-diretora, uma Secretária, cinco Auxiliares de Serviços Gerais e um Vigia.
Este estabelecimento encontra-se instalado num prédio cheio de problemas estruturais, entre os quais, instalações elétricas e hidráulicas comprometidas pelo péssimo estado de conservação. Possui quatro salas de aula, sendo que duas delas foram construídas por um antigo vereador que, penalizado com a situação da escola, construiu com recursos próprios, duas salas de aula, uma secretaria e uma cozinha. O prédio pré-moldado onde antes funcionava a escola, e que fica na parte da frente do espaço escolar, encontra-se interditado há alguns anos pela Defesa Civil por ser uma ameaça real ao bem estar e segurança de todos que por ali circulam e frequentam o local.
Os alunos não possuem refeitório nem área de lazer. A escola não possui um profissional para lecionar Educação Física e a professora da Sala de Informática não possui ambiente para que possam ocorrer as aulas; só existem os equipamentos que ainda não foram instalados. Neste estabelecimento de ensino, a Educação de Jovens e Adultos teve início no ano de 2007 e, atualmente neste segundo semestre de 2010, são ofertadas as Fases I, II, III, e IV, tendo suas conclusões por semestre.
No momento desta pesquisa em 2010, o funcionamento da EJA na Escola Municipal João Goulart encontra-se comprometido em relação à continuidade desta modalidade de ensino para 2011, pois não há incentivo por parte do poder público e nem da direção da escola. As professoras, a Auxiliar de Secretaria, a Orientadora Pedagógica e a Coordenadora de Turno do turno da noite que atuam diretamente com a Educação de Jovens e Adultos tentam sem muito sucesso, amenizar a situação incentivando alunos e comunidade através de ações como distribuição de kits (escolares, de higiene e de guloseimas).
Faz-se necessário, pois, refletir sobre o perfil e o comportamento destes alunos desta modalidade de ensino na Escola Municipal João Goulart, a partir da análise dos dados apresentados, que podem auxiliar educadores que atuam na Educação de Jovens e Adultos, de um modo geral, como também auxiliarem a administração desta escola, em particular, para que junto à Orientação Pedagógica, possam planejar e traçar ações tanto administrativas quanto pedagógicas que visem um melhor atendimento e incentivo a este público exclusivo, objetivando a continuação deste segmento da Educação Básica nesta comunidade.

LUCIANA SOARES MARQUES
Professora da Rede Municipal da 1º ao 5º Ano do 1º Segmento do Ensino Fundamental da Escola Estadual Municipalizada Jacques Richer, Campos dos Goytacazes/RJ.

domingo, 26 de dezembro de 2010

A EDUCAÇÃO NA PLANÍCIE GOYTACÁ...

Não há como deixar de fazer comparações entre a relação estabelecida pelo governo municipal de Campos com a Educação com a de municípios vizinhos.

Vimos que São João da Barra tem a valorização profissional como prioridade já que, paga o abono do FUNDEB, tem escolas em boas condições físicas - com algumas em construção e outras sendo reformadas - oferece transporte escolar próprio, paga do 13º salário e além deste está previsto o pagamento de um abono extra - no valor do piso salarial da categoria - com resíduos do FUNDEB no próximo dia 30 de dezembro.

Em Quissamã as escolas municipais tem instalações físicas em condições favoráveis, piso salarial razoável, paga abono extra em dezembro e abono no mês de aniversário dos profissionais de Educação. Cambuci oferece aos professores um abono de FUNDEB de R$ 1.500,00. São Fidélis também paga abono com o FUNDEB.

Em Campos estamos há 1 ano solicitando esclarecimentos sobre o FUNDEB até que, finalmente obtivemos a informação que o município - com orçamento previsto para 2011 de aproximadamente 2 bilhões de reais - usa o dinheiro do FUNDEB para pagar parte dos salários dos professores e ponto.

Daí a revolta dos profissionais de educação que se sentem atacados em seus direitos, tanto no que tange a valorização profissional como nas péssimas condições de trabalho que tem causado adoecimento pela exposição constante ao assédio moral no interior das escolas promovido, na maioria das vezes, pelos diretores indicados por vereadores.

Para piorar a situação, muitos professores sofreram descontos em seus contracheques no mês de dezembro por ter participado do Fórum de Educação promovido pelo SEPE no mês de outubro e/ou pela paralisação do dia 21 de outubro. Tanto os dias do Fórum como da paralisação foram devidamente negociados pela direção do SEPE com o governo municipal.

Tânia Mara e Claudiana levaram ofício à SMEC e conversaram tanto com Joilza como com Dayse e foi acordado que o SEPE forneceria declaração e Certificado aos participantes. Sómente na véspera do evento, às 17:24 minutos - horário em que os professores já haviam saído de suas unidades escolares - chegou e-mail com circular limitando a participação de 2 profissionais por turno, em cada escola ou creche.

Diante do impasse criado, com as inscrições já feitas e confirmadas, as referidas diretoras procuraram a SMEC para resolver a questão e, após receber denúncias de que as diretoras teriam atribuído FALTA aos profissionais de educação, Prof. Amaro e eu (Graciete), fomos à SMEC solicitar da Secretária Joilza que mantivesse a posição inicial e, pela 2ª vez protocolamos ofício constando tal solicitação.

Dia 21 de outubro foi negociado diretamente com o então Prefeito Nelson Nahim e este abonou o ponto referente a paralisação.

Fizemos, no dia 20/12, contato telefônico com o secretário Fábio Ribeiro e este se comprometeu a averiguar a situação a fim de solucioná-la. Amanhã (27/12) tentaremos novo contato a fim de obter alguma informação sobre o assunto.

Esperamos que este equívoco seja desfeito e que, os profissionais descontados sejam ressarcidos.

Do contrário, será mais um motivo de vergonha e revolta para nosso município bilionário que, além de estar aquém de municípos vizinhos quanto a valorização profissional, não exita em penalizar a categoria da educação por participar do debate qualificado através do Fórum de Educação promovido pelo SEPE.

Manifestação Pública de Organizações de Direitos Humanos sobre os acontecimentos no Alemão e na Vila Cruzeiro

Há três semanas, as favelas do Alemão e da Vila Cruzeiro, no Rio de Janeiro, se tornaram o palco de uma suposta “guerra” entre as forças do “bem” e do “mal”. A “vitória” propagada de forma irresponsável pelas autoridades – e amplificada por quase todos os grandes meios de imprensa – ignora um cenário complexo e esconde esquemas de corrupção e graves violações de direitos que estão acontecendo nas comunidades ocupadas pelas forças policiais e militares. Mais que isso, esta perspectiva rasa – que vende falsas “soluções” para os problemas de segurança pública no país – exclui do debate pontos centrais que inevitavelmente apontam para a necessidade de profundas reformas institucionais.

Desde o dia 28 de novembro, organizações da sociedade civil realizaram visitas às comunidades do Alemão e da Vila Cruzeiro, onde se depararam com uma realidade bastante diferente daquela retratada nas manchetes de jornal. Foram ouvidos relatos que denunciam crimes e abusos cometidos por equipes policiais. São casos concretos de tortura, ameaça de morte, invasão de domicílio, injúria, corrupção, roubo, extorsão e humilhação. As organizações ouviram também relatos que apontam para casos de execução não registrados, ocultação de cadáveres e desaparecimento.

Durante o processo, a sensação de insegurança e medo ficou evidente. Quase todos os moradores demonstraram temor de sofrerem represálias e exigiram repetidamente que o anonimato fosse mantido. E foi assim, de forma anônima, que os entrevistados compartilharam a visão de que toda a região ocupada está sendo “garimpada” por policiais, no que foi constantemente classificado como a “caça ao tesouro” do tráfico.

A caça ao tesouro

É um escândalo: equipes policiais de diferentes corporações, de diferentes batalhões, se revezam em busca do dinheiro, das jóias, das drogas e das armas que criminosos teriam deixado para trás na fuga; em lugar de encaminhar para a delegacia tudo o que foi apreendido, as equipes estão partilhando entre elas partes valiosas do “tesouro”. Aproveitando-se do clima de “pente fino”, agentes invadem repetidamente as casas e usam ameaças e técnicas de tortura como forma de arrancar de moradores a delação dos esconderijos do tráfico. Não bastasse isso, praticam a extorsão e o roubo de pequenas quantias e de telefones celulares, câmeras digitais e outros objetos de algum valor.

Apesar deste quadro absurdo, o governo do estado do Rio de Janeiro tenta mais uma vez esvaziar e desviar o debate, transformando um momento de crise em um momento triunfal das armas do Estado. Nem as denúncias que chegaram às páginas de jornais – como, por exemplo, as que apontam para a fuga facilitada de chefes do tráfico – foram respondidas e investigadas. Independente disso, os relatos que saem do Alemão e da Vila Cruzeiro escancaram um fato que jamais pode ser ignorado na discussão sobre segurança pública no Rio de Janeiro: as forças policiais exercem um papel central nas engrenagens do crime. Qualquer análise feita por caminhos fáceis e simplificadores é, portanto, irresponsável. E muitas vezes, sem perceber, escorregamos para estas saídas.

Direcionar a “culpa” de forma individualizada, por exemplo, e fazer a separação imaginária entre “bons” e “maus” policiais é uma das formas de se esquivar de debates estruturais. Penalizar o policial não altera em nada o cenário e não impede que as engrenagens sigam funcionando. Nosso papel, neste sentido, é avaliar os modelos políticos e as falhas do Estado que possibilitam a perversão da atividade policial. Somente a partir deste debate será possível imaginar avanços concretos.

Diante do panorama observado após a ocupação do Alemão, as organizações de direitos humanos cobram a responsabilidade dos Governos e exigem que o debate sobre a reforma das polícias seja retomado de forma objetiva. Nossa intenção aqui não é abarcar todos os muitos aspectos desta discussão, mas é fundamental indicarmos alguns aspectos que achamos essenciais.

Falta de transparência e controle externo

A falta de rigor do Estado na fiscalização da atuação de seus agentes, a falta de transparência nos dados de violência, e, principalmente, a falta de controle externo das atividades policiais são fatores que, sem dúvida, facilitam a ação criminosa de parte da polícia – especialmente em comunidades pobres, distantes dos olhos da classe média e das lentes da mídia. E os acontecimentos das últimas semanas realmente nos dão uma boa noção de como isso acontece.

Apesar dos insistentes pedidos de entidades e meios de imprensa, até hoje, não se sabe de forma precisa quantas pessoas foram mortas em operações policiais desde o dia 22. Não se sabe tampouco quem são esses mortos, de que forma aconteceu o óbito, onde estão os corpos ou, ao menos, se houve perícia, e se foi feita de modo apropriado. A dificuldade é a mesma para se conseguir acesso a dados confiáveis e objetivos sobre número de feridos e de prisões efetuadas. As ações policiais no Rio de Janeiro continuam escondidas dentro de uma caixa preta do Estado.

Na ocupação policial do Complexo do Alemão em 2007, a pressão política exercida por parte deste mesmo coletivo de organizações e movimentos viabilizou, com a participação fundamental da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência, um trabalho independente de perícia que confirmou que grande parte das 19 mortes ocorridas em apenas um dia tinham sido resultado de execução sumária. Foram constatados casos com tiros à queima roupa e pelas costas, disparados de cima para baixo, em regiões vitais, como cabeça e nuca. Desta vez, não se sabe nem quem são, quantos são e onde estão os corpos dos mortos..

Para que se tenha uma ideia, em uma favela do Complexo do Alemão representantes das organizações estiveram em uma casa completamente abandonada. No domingo, dia 28, houve a execução sumária de um jovem. Duas semanas depois, a cena do homicídio permanecia do mesmo jeito, com a casa ainda revirada e, ao lado da cama, intacta, a poça de sangue do rapaz morto. Ou seja, agentes do Estado invadiram a casa, apertaram o gatilho, desceram com o corpo em um carrinho de mão, viraram as costas e lavaram as mãos. Não houve trabalho pericial no local e não se sabe de nenhuma informação oficial sobre as circunstâncias da morte. Provavelmente nunca saberemos com detalhes o que de fato aconteceu naquela casa.

“A ordem é vasculhar casa por casa...”

Por outro lado, o próprio Estado incentiva o desrespeito às leis e a violação de direitos quando informalmente instaura nas regiões ocupadas um estado de exceção. Os casos de invasão de domicílio são certamente os que mais se repetiram no Alemão e na Vila Cruzeiro. Foi o próprio coronel Mario Sérgio Duarte, comandante da Polícia Militar do Rio de Janeiro, quem declarou publicamente que a “ordem” era “vasculhar casa por casa”, insinuando ainda que o morador que tentasse impedir a entrada dos policiais seria tratado como suspeito. Mario Sérgio não apenas suprimiu arbitrariamente o artigo V da Constituição, como deu carta-branca à livre atuação dos policiais.

Em qualquer lugar do mundo, a declaração do coronel seria frontalmente questionada. Mas a naturalidade com que a fala foi recebida por aqui reflete uma construção histórica que norteia as ações de segurança pública do estado do Rio de Janeiro e que admite a favela como território inimigo e o morador como potencial criminoso. Em comunidades pobres, o discurso da guerra abre espaço para a relativização e a supressão dos direitos do cidadão, situação impensável em áreas mais nobres da cidade. De fato, a orientação das políticas de sucessivos governos no Rio de Janeiro tem sido calcada em uma visão criminalizadora da pobreza.

Em meio a esse caldo político, as milícias formadas por agentes públicos – em especial por policiais – continuam crescendo, se organizando como máfia por dentro da estrutura do Estado e dominando cada vez mais bairros e comunidades pobres no Rio de Janeiro. No Alemão e na Vila Cruzeiro, comenta-se que parte das armas desviadas por policiais estaria sendo incorporadas ao arsenal destes grupos. Especialistas avaliam com bastante preocupação a forma como o crime está se reorganizando no estado.

Mas isto continua tendo importância secundária na pauta dos Governos. De olhos fechados para os problemas estruturais do aparato estatal de segurança, seguem apostando em um modelo militarizado que não é direcionado para a desarticulação das redes do crime organizado e do tráfico de armas e que se mostra extremamente violento e ineficaz.

Rio de Janeiro, dezembro de 2010

Assinam:

Justiça Global

Rede de Comunidades e Movimentos contra a Violência

Conselho Regional de Psicologia – RJ

Grupo Tortura Nunca Mais - RJ

Instituto de Defensores de Direitos Humanos

Centro de Defesa dos Direitos Humanos de Petrópolis

NÃO DEVEMOS ESQUECER QUE CABRAL...

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

ORÇAMENTO 2011...

Participei em outubro, representando o SEPE, da audiência pública sobre o orçamento de 2011 e, tendo sido o mesmo aprovado sem alterações da contribuição deixada por vários participantes, devo admitir que foi pura perda de tempo.

Os movimentos sociais são chamados a participar da referida audiência com intervenções pertinentes entretanto, cumprem o papel de figurantes já que não há respeito pelas propostas apresentadas.

Sempre ouvi queixas de vários representantes de movimentos sociais a respeito disso tanto que, muitos desistiram de participar de tal evento.

Constatada a veracidade destas queixas diante da arrogância, prepotência e autoritarismo do poder executivo, acatada pelos vereadores da base do governo em não incorporar propostas feitas na audiência, não há porque continuar a participar daquilo que não passa de uma farsa promovida pela Prefeita Garotinho.

A EDUCAÇÃO EM SÃO JOÃO DA BARRA

Ontem, dia 22, a prefeitura de São João da Barra promoveu bela confraternização para os profissionais de educação.

A festa em alto estilo aconteceu no Balneário de Atafona, onde foi servida boa comida e sobremesa imperdível acompanhadas da música de uma banda local.

Houve sorteio de prêmios e foi apresentada a bela agenda que será entregue aos professores no início do próximo ano letivo e o secretário de Educação, Antonio Neves, por elegância presenteou-me com uma.

O ponto alto da confraternização foi a Prefeita confirmar o que muitos já sabiam: a categoria da educação de SJB vai receber um abono de valor equivalente ao piso salarial e a data prevista é 30 de dezembro já que, não houve tempo hábil para incluí-lo na folha do dia 20.

É bom lembrar que, a prefeitura de São João da Barra paga R$ 250,oo mensais de abono do FUNDEB e os resíduos serão pagos a categoria como abono extra.

Sabemos que existem problemas na educação em SJB mas, a abertura para o diálogo é fator positivo para a superação dos mesmos.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

PREFEITA DE SÃO JOÃO DA BARRA HOMENAGEIA OS PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO E ANUNCIA 14º SALÁRIO PARA DIA 30 DE DEZEMBRO

Participei hoje de uma festa de confraternização promovida pela Prefeita Carla Machado e a Secretaria de Educação de São João da Barra.

Amanhã repasso mais informações.

'NOVELA' COM FINAL FELIZ! RESTA SABER PARA QUEM...

Finalmente as contas do Mocaiber foram votadas e aprovadas na sessão de hoje na Câmara de Vereadores de Campos.

O placar de 12 a 4 é bastante significativo. Fica evidente quem são os verdadeiros aliados de Mocaiber. Apesar de indícios mostrarem até então que o aliado era "X", a partir da votação de hoje está revelado que o verdadeiro aliado de Mocaiber, num passado recente, foi e continua sendo "Y". Basta observar que, a base do governo na Câmara votou pela aprovação das contas de Mocaiber e Henriques.

A contradição está no fato de que aqueles que outrora "encenaram" o papel de opositores ferrenhos hoje, mostram-se "amigos" desde garotinhos.

As máscaras caíram e, alguns vereadores devem explicação ao povo sobre a motivação da aprovação das contas de Mocaiber, afinal é ao povo campista que estes devem os votos que os elegeram.

OS VEREADORES DE CAMPOS DEVIAM OBSERVAR OS EDIS DE SÃO JOÃO DA BARRA

Mais uma vez as contas de Mocaiber e Henriques não foram votadas.

Os vereadores deviam estar mais comprometidos com suas atribuições e votar as matérias de acordo com o que é correto em respeito ao povo de Campos do contrário, muitos sairão inevitavelmente queimados de situações como esta.

O acordo dos vereadores deve ser com o povo e não com outros setores em detrimento deste. Não deviam se submeter a nenhum tipo de pressão. A mais importante vontade a ser acatada é a popular já que, é ao povo que os elegeu que devem satisfação.

É aconselhável que observem o exemplo salutar dos vereadores de São João da Barra. Negar -se a votar pedido de suplementação em que a finalidade não está especificada e clara é o papel a ser desempenhado pela Câmara apesar, da maneira covarde da chefe do Executivo responder a isso.

A tentativa de demonizar os vereadores no cumprimento dos seus deveres é algo para o qual a população deve estar atenta, lembrando da independência que o poder legislativo e executivo devem guardar um em relação ao outro.

A parceria entre o governo sanjoanense e Eike Batista deve estar servindo para a propaganda perversa instalada contra os vereadores. Ou será que o dinheiro público esta sendo usado para este fim?

De qualquer forma fica a dica para os vereadores de Campos: cumprir o papel que lhes foi conferido pelo voto popular, doa a quem doer – como os vereadores de São João da Barra – deve ser o caminho a ser seguido pelos edis campistas.

ESTADO PAGA GRATIFICAÇÃO

JORNAL O DIA DE 20 de dezembro de 2010

Estado paga gratificação extra para mais de 70 mil profissionais da Educação

Benefício de R$ 500 é para os servidores que atuam diretamente nas unidades escolares

Rio - O governador Sérgio Cabral vai conceder gratificação extraordinária de R$ 500 a mais de 70 mil servidores

da Secretaria de Estado de Educação
que trabalham diretamente nas unidades escolares do Rio de Janeiro. A ação faz parte da política de valorização
e aprimoramento dos educadores e demais profissionais que atuam em contato direto com os alunos. O pagamento será depositado na próxima quinta-feira.

Receberão a gratificação extraordinária os 50.949 professores regentes - aqueles que estiverem em sala de aula -, 9.746 servidores extra-classe e 14.065 funcionários de apoio nas unidades escolares. Um investimento
de R$ 37,3 milhões.

“Nossa política visa a valorização não apenas do indivíduo, mas das relações institucionais. Essa remuneração indireta, na forma de gratificação, é também um estímulo ao potencial criativo de cada docente e de cada servidor”, disse o secretário de Estado de Educação, Wilson Risolia.

O decreto sobre o pagamento da gratificação extraordinária sai publicado no Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro nesta terça-feira


MANIFESTO DA FRENTE DEMOCRÁTICA DE CAMPOS

FRENTE DEMOCRÁTICA DE CAMPOS DOS GOYTACAZES
Nós, dirigentes partidários, signatários deste manifesto, comunicamos ao povo de Campos dos Goytacazes que, em face da instabilidade institucional do município, provocada por práticas políticas condenáveis dos governantes de plantão, nos últimos anos, com prejuízos de toda ordem, sobretudo, econômica e social, atuaremos de forma orgânica e conjuntamente na defesa intransigente da população, preservando nossas diferenças programáticas, mas superando-as em nome do interesse coletivo.
Nos reafirmamos Frente Democrática, uma instância de Poder Popular.
Marcaremos posição, especialmente, no movimento comunitário e através da bancada de vereadores dos nossos partidos, na Câmara Municipal de Campos, Poder soberano ao qual compete a fiscalização rigorosa dos atos do Executivo.
Campos vive, no momento, uma aguda crise institucional, com intervalos cada vez mais curtos de estabilidade, além da ameaça que paira sobre todos nós de confisco dos royalties do petróleo, o que, se consumado, pode representar a falência total do município, com maior sacrifício para as camadas mais pobres da sociedade, hoje, em parte amparadas por frágeis programas sociais.
Esse cenário compromete o curso da história desse município, que, ao longo do tempo, tem se notabilizado como vanguardista e altaneiro.
Não é mais possível que a sociedade assista, passivamente, o Poder Público, no exercício de suas atribuições constitucionais, comportar-se de forma partidária e personalista.
Podemos asseverar que não nos move sentimentos subalternos de vingança ou oposição sistemática, mas o compromisso inegociável de busca por um Estado democrático, moderno, justo, capaz de atender aos anseios de um município que está imobilizado pela ausência de políticas públicas que atendam as necessidades da população. Sabemos que o presente e o futuro de Campos dos Goytacazes podem e devem ser grandiosos e lutaremos para que esse sonho se torne realidade.

DESCAMINHOS DA REVOLUÇÃO BRASILEIRA

Descaminhos da Revolução Brasileira: o PCB e a construção da estratégia nacional-libertadora (1958-1964)

Ricardo da Gama Rosa Costa*

Este artigo pretende desenvolver um breve exame crítico da atuação política, entre os anos de 1958 e 1964, do Partido Comunista Brasileiro (PCB), então o principal partido da esquerda brasileira, buscando alguns elementos para melhor compreensão sobre as razões que levaram à derrota das esquerdas e dos movimentos sociais com o golpe de 1964. A análise foi centrada na “imagem do Brasil” que dirigentes e intelectuais ligados ao PCB construíram acerca da realidade brasileira naquele período histórico, quando o PCB, ao privilegiar o combate ao monopólio da terra exercido pelo latifúndio e ao imperialismo, vistos como parasitas da economia, baseou sua ação na estratégia nacional-libertadora, que demonstrou ser incapaz de hegemonizar os setores populares na resistência e na luta contra as frações mais dinâmicas da burguesia brasileira, as quais pretendiam, ao contrário de participar de um projeto nacionalista, garantir a plena afirmação do capitalismo monopolista no país.

O golpe perpetrado em 1964 pelas frações monopolistas das classes dominantes no Brasil foi responsável, dentre outras inúmeras consequências que deixaram marcas profundas na sociedade brasileira até os dias atuais, pelo início do desmonte, no seio do pensamento de esquerda, da chamada concepção dualista da realidade brasileira, que começou então a ser revista e gradualmente abandonada após a derrota imposta aos setores populares pelas forças de direita. A tese, na época hegemônica entre os opositores do capitalismo, havia produzido um projeto político marcado pela viabilidade de uma alternativa nacional ao imperialismo e pela aposta de que este movimento de libertação, no qual se destacava o viés nacionalista, poderia contar com a participação e até mesmo a condução da burguesia industrial nativa.

A burguesia brasileira, no entanto, manteve a aliança já alinhavada com o capital internacional, fazendo parte das articulações em torno do golpe civil-militar de 1964 e contribuindo para desbaratar o movimento de massas então em ascensão no país. A efervescência política e cultural experimentada pelos brasileiros em princípios da década de 1960 denotava a passagem para uma sociedade de tipo “ocidental”, para usar terminologia gramsciana, consolidando um processo que já se verificava nas décadas anteriores. O célere desenvolvimento capitalista no país criava novas situações de conflitos e contradições sociais que eram acompanhadas pela formação e dinamização de novos sujeitos coletivos, os aparelhos privados de hegemonia, possíveis de se identificar tanto nas organizações comprometidas com a formulação de projetos alternativos ao capitalismo, quanto nos grupos representativos das classes que agiam em favor da manutenção e do aprofundamento do sistema.

O quadro de uma clara socialização da política, com a participação de amplas camadas trabalhadoras, urbanas e rurais nos embates políticos do período, demonstrava ser este o verdadeiro fato novo na vida brasileira. Se a mobilização social não colocava imediatamente em xeque a ordem capitalista, não deixava de representar uma séria ameaça aos interesses das classes dominantes, pois poderia desaguar num processo profundo de reformas democráticas e sociais, de caráter anti-imperialista e antilatifundiário, conforme apontavam os movimentos articulados em torno das reformas de base (NETTO, 1998: 22­24). A resposta dos setores mais dinâmicos das classes dominantes, constituídos pela burguesia industrial e financeira monopolista, foi a preparação de um movimento reacionário para conter de pronto a ameaça que vinha das massas trabalhadoras, excluindo-as de qualquer possibilidade de participação em instâncias do aparelho estatal.

Todo este processo de embates políticos que explodiu no início da década de sessenta, redundando na solução de força adotada por setores da classe dominante, expressou o acirramento da luta de classes no Brasil, num quadro que pode ser descrito como o da “crise orgânica” indicada por Gramsci. Seu conteúdo foi a crise de hegemonia no interior da classe dirigente, provocada, entre outros fatores, pela ativa movimentação de amplas massas, as quais, em seu “conjunto desorganizado”, podiam fazer emergir uma situação revolucionária. No entanto, como afirma Gramsci, a crise cria situações imediatas perigosas, já que os diversos estratos da população não possuem a mesma capacidade de se orientar rapidamente e de se reorganizar com o mesmo ritmo (GRAMSCI, 2000: 60­61). Sendo assim, frações da classe dominante foram capazes de se articular para retomar o controle da situação e esmagar o seu adversário principal, impondo uma “solução orgânica” evidenciada na unificação de forças em torno de uma só direção, um único “partido”, eficaz na política repressiva necessária para afastar o “perigo mortal” naquele momento.

Esta solução representou o rearranjo das forças políticas no núcleo central do poder, ao desfazer o “pacto populista” existente, afastando os setores burgueses considerados ultrapassados para o modelo de desenvolvimento econômico que se pretendia fazer aprofundar. Através de seus aparelhos privados de hegemonia, com destaque para as associações empresariais e entidades como o IPES e o IBAD, além dos aparatos tipicamente coercitivos, como o Exército e a Escola Superior de Guerra, a burguesia monopolista organizou a difusão da ideologia anticomunista e do discurso do “perigo vermelho” que contagiou parcelas significativas das camadas médias, atraindo-as para o apoio ao golpe de 1964. Deste modo, a solução para a crise de dominação burguesa, inscrita num processo de “revolução passiva”, significou o desfechar de duro golpe no movimento operário em ascensão, para que a atualização do projeto capitalista se desse sem maiores obstáculos, garantindo a consolidação e a expansão do capitalismo monopolista no Brasil.

O PCB e a estratégia nacional-libertadora

As bases empíricas e teóricas adotadas para a elaboração da estratégia revolucionária do Partido Comunista Brasileiro, calcadas, respectivamente, numa interpretação imprecisa da realidade brasileira e na tradição do pensamento oriundo da III Internacional, acabaram por dificultar a capacidade de vislumbrar toda a preparação dos grupos fundamentais da classe dominante em direção ao golpe de Estado, por não permitirem enxergar as transformações estruturais na sociedade brasileira, responsáveis pela promoção de novos arranjos de classe, a prever a necessidade de uma nova forma de dominação burguesa no país.

O PCB, por um lado, com a Declaração de Março de 1958, havia imprimido importante mudança de rumo na sua linha política, ao reconhecer o desenvolvimento capitalista em curso dentro do país, ao mesmo tempo em que passava a perceber a importância de se lutar pela consolidação e ampliação da legalidade democrática, resgatando o papel da democracia, há muito negligenciada nas discussões internas. Tais conclusões passavam a indicar a necessidade da interferência dos comunistas nos rumos deste processo, organizando as pressões populares sobre o Estado, e apontavam ainda para a possibilidade real de se conduzir a revolução brasileira por meios pacíficos. Daí a participação cada vez maior do PCB junto aos movimentos nacionalistas e, em princípios dos anos de 1960, na campanha pelas reformas de base, compondo um amplo arco de alianças que apostava numa alternativa de desenvolvimento econômico anti-imperialista.

Por outro lado, os dirigentes do PCB ainda viam como necessária a ultrapassagem dos “resquícios feudais” que insistiam em identificar na realidade brasileira, o que os mantinham presos à perspectiva etapista da plena realização do capitalismo como forma de iniciar a transição para a sociedade socialista. Havia a firme compreensão de que o desenvolvimento econômico capitalista no Brasil entraria em choque com a exploração imperialista, fazendo aprofundar a contradição entre as forças nacionais e progressistas em crescimento e o imperialismo norte-americano, visto como principal obstáculo para a sua expansão.

A etapa da revolução brasileira, naquele momento histórico, seria, portanto, principalmente, nacional e anti-imperialista e, secundariamente, em favor do desenvolvimento das forças produtivas para ultrapassar a sobrevivência das relações “feudais” e “escravistas” no campo. Disso resultava a estratégia centrada na formação de uma frente única nacionalista e democrática, partindo do princípio segundo o qual o embate central se daria entre nação e povo contra interesses imperialistas estrangeiros e não entre proletariado e burguesia.

É preciso levar em consideração que o ambiente intelectual das esquerdas no pré­64, tendo o PCB como centro hegemônico, mas incluindo socialistas, trabalhistas, nacionalistas e desenvolvimentistas que se opunham ao domínio imperialista, só fazia estimular a crença na viabilidade de um projeto nacional autônomo no âmbito do capitalismo, num contexto internacional reforçado pelas vitórias dos movimentos de libertação nacional na Ásia e na África e da Revolução Cubana.

Não se tornara ainda perceptível para muitos a inevitabilidade da associação dos capitais privados nacionais com os monopólios estrangeiros, como uma tendência inerente à conjuntura econômica caracterizada pelo aprofundamento das relações capitalistas no Brasil e no mundo. Na avaliação de Ricardo Bielschowsky:

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

GOVERNO DO ESTADO E VÁRIOS MUNICÍPIOS VIZINHOS DÃO EXTRA AOS SERVIDORES

O governo do Estado do Rio de Janeiro publica no DO de hoje, 21 de dezembro, gratificação de R$ 500,00 para os professores da rede a ser paga na próxima quinta, 23 de dezembro.

Além deste, os municípios de São João da Barra, Quissamã e outros estarão fazendo o mesmo só que, extensivo à todos funcionários públicos municipais.

Em Campos dos Goytacazes esta possibilidade foi sequer pensada pelo poder público com o agravante dos professores estarem amargando desconto em seus salários por ter participado do Fórum de Educação promovido em outubro pelo SEPE.

Continuo acreditando que esta distorção será corrigida, do contrário será evidenciado a truculência do poder público municipal com os profissionais de educação ao penalizá-los pela participação em um Fórum de qualidade inquestionável promovido pelo SEPE.

O Fórum de Educação contou com a participação de palestrantes renomados na área de educação tais como Vítor Paro, Hiran Roedel, Denise Gualberto, etc e atividades culturais importantes.

É bom lembrar que a preparação do Fórum foi consequente e houve negociação com a SMEC para liberação dos profissionais para participação no evento, portanto é inadimissível quaisquer descontos nos salários dos profissionais de educação.

GLOBALIZAÇÃO ENTRA EM CONCORDATA E RISCO DE FALÊNCIA É INEVITÁVEL

Laerte Braga

E os riscos de barbárie e selvageria também. É clássica a história do cidadão que ameaçado por outro com uma faca vai recuando, recuando, até que num determinado momento encontra uma parede às suas costas.

Laerte Braga
Fica com duas alternativas. Ou aceita dar tudo o que tem, ou resiste, se aventura a levar a facada, mas tenta salvar-se e ao que tem.

Por trás da desvalorização do dólar existe mais que perversidade do governo de Obama e de todo o mundo financeiro norte-americano, na tentativa de exportar inflação, resgatar uma dívida impagável, salvar dedos e anéis.

Existe o inacreditável arsenal militar capaz de destruir o mundo cem vezes. E tanto quanto a cobiça das conquistas levaram impérios à ruína, acaba sendo a última alternativa desses grandes conglomerados – os EUA são um conglomerado de empresas – de múltiplos interesses, mas todos numa espécie de frente comum para manter intocados os tronos dos senhores do mundo.

Bancos, grandes empresas, em países como o Brasil o latifúndio (hoje parceiro desse processo de globalização – "globalitarização" segundo o brasileiro Milton Santos –, no chamado agronegócio) e exércitos fantásticos/fanáticos, recheados de mercenários, forças terceirizadas para distribuir "democracia" e "liberdade" para o mundo.

Quando um boçal como Silvéster Stallone fala em defender a "pátria" Samuel Johnson dá um sorriso no túmulo e percebe o quanto estava certo ao classificar esse tipo de patriota de canalha.

O modelo está em concordata há tempos, nasceu concordatário e caminha a passos largos para a falência.

O resto do mundo (Tancredo Neves, ex-presidente do Brasil, não gostava da expressão "resto". Dizia que resto é de comida) ou reage, está encostado numa parede, ou aceita resignado o poder de Washington que é bem menor que o de Wall Street.

A máquina de fazer dinheiro nos EUA não está em mãos do governo, mas de bancos que detêm o controle acionário do banco central desde o governo de Woodrow Wilson (1912/1921). Está despejando dólares oficiais/falsos.

A derrota de Obama nas chamadas eleições de meio de mandato (perdeu a maioria na Câmara dos Representantes) não foi só consequência da crise que abala o país, mas da absoluta incompetência do presidente democrata de dar alguma resposta a alguma coisa que não seja determinada por um conjunto de marqueteiros. Foi emparedado por republicanos.

Obama é show. Primeiro presidente supostamente negro dos EUA, produto de um pânico coletivo em seu país diante do desgoverno Bush não percebeu as centenas, ou milhares de bombas relógios deixadas pelo antecessor. Estão explodindo agora.

O risco que a crise tome dimensões de um tsunami nunca visto, capaz de levar de roldão economias "sólidas" como Alemanha, Japão, arrastar a Europa a um vendaval jamais visto, faz com que os malucos de Washington e do Pentágono comecem a pensar no que Stanley Kubrick chamou de "corrida às cavernas" no filme Doutor Fantástico.

As medidas drásticas anunciadas por Washington, mas ainda em estudos, contrariam interesses de políticos norte-americanos, de grandes empresas, das classes dominantes, já que implicam em aumento de impostos, cortes de verbas em setores privilegiados – mas também na assistência social, o que aumenta o desemprego, a pobreza – e para complicar, redução de 700 bilhões de dólares no orçamento militar. Aí mexe com a macacada, que me perdoem os macacos.

Como é que ficam os generais que adoram brincar de atacar países como o Iraque, o Afeganistão, demonizar o Irã e como vão sustentar a base terrorista chamada Israel, no Oriente Médio?

Não me recordo com precisão, mas acho que foi Neville Chamberlain, primeiro-ministro inglês (1937/1940) quem disse que "a guerra é um negócio sério demais para ficar nas mãos de generais".

É como economia, importante demais para ficar restrita a economistas. Boa parte está a soldo dos donos do mundo e outra boa parte pensa que ser humano é um número, que tudo pode ser resolvido com uma equação, duas ou três no máximo.

São poucos, em relação ao todo, como Celso Furtado.

A junção generais (alguns os chamados R/3, aqueles civis que diante do espelho ficam em posição de sentido e se imaginam cheios de medalhas, Ramsey, por exemplo, ex-secretário de Defesa de Bush), com economistas digamos da General Motors, mais Citibank, etc, resulta nesse estado falimentar do modelo e na ameaça de uma catástrofe econômica e militar, logo política (a essência de tudo), se levarmos em conta que o presidente da maior potência do mundo (potência militar) não percebeu ainda que os chineses inventaram a bússola.

Obama hoje é só um fantoche à procura de um milagre. É possível que não controle nem o salão oval da Casa Branca. Que dirá o botão que aperta a ordem para o ataque.

A decisão do governo chinês de rebaixar a classificação dos EUA para créditos é inédita e mostra a extensão da crise.

A atitude do governo brasileiro de começar a controlar capitais estrangeiros especulativos é outra jamais sonhada, pelo menos nesse modelo, onde a mídia privada brasileira (brasileira?) se regalava ao dizer que bilhões entraram na bolsa na segunda-feira e na terça, acrescida de outro tanto, saiam numa demonstração de pujança do nosso País.

A globalização na forma que se deu é quimera. Conversa fiada de vendedor da Torre Eiffel, com a diferença que se o comprador não comprar e pagar, as tropas de marines chegam.

Países europeus começam a dar sinais de esgotamento de suas economias na lógica perversa de um círculo que começa e termina em Washington/Wall Street e mesmo colônias norte-americanas na Europa (Grã Bretanha e Alemanha) já fazem estrugir gritos de intolerância diante da violência do colonizador.

No caso específico da América Latina significa que o governo de Dilma Rousseff vai de fato ter que matar um leão por dia e buscar alternativas ao modelo imposto desde a queda da União Soviética.




Acuado, sem vontade de abrir mão de seus privilégios, mas tentando o conto do paco (aquele que você troca um bilhete premiado por um suposto monte de dinheiro, mas na verdade por baixo é só jornal cortado), os Estados Unidos devem tentar reforçar suas políticas de agressão a países na Ásia, na África e particularmente na América Latina, ainda mais agora que o Brasil emerge como potência.

Deve ser por aí que a mídia colonizada começou semana passada uma campanha de críticas ao chanceler Celso Amorim, principal responsável pela dimensão de potência mundial que o Brasil ganhou nesses oito anos de Lula.

Essa mídia gosta, porque fala a linguagem de Washington, de chanceleres que ao chegar ao aeroporto de Nova York tirem os sapatos para a revista e caiam de quatro, enquanto andam descalços na indigência dos colonizados.

A globalização já começou em concordata e está em vias de falir. O problema é que a falência pode vir no troar dos canhões, se é que canhões ainda são usados em guerras dos dias de hoje.

O império norte-americano não é nada mais que uma grande Babel. Ou um tigre de papel como dizia Mao Tse Tung.

Foi o que ficou claro na reunião do G-20. Pior que essa história que aflige brasileiro sobre G-4 ou G-3 na Libertadores da América, ainda mais depois que Ricardo Teixeira (chefe da quadrilha CBF – Confederação Brasileira de Futebol) determinou que os juízes deem o título ao Corinthians.

Não houve propriamente fracasso na reunião do G-20. O que se decidiu foi não fechar o cemitério e deixar os coveiros de plantão, a qualquer momento chega o corpo putrefato do neoliberalismo.