terça-feira, 31 de agosto de 2010

ELEIÇÕES SUPLEMENTARES EM CAMPOS II

A reunião de ontem no TRE/RJ com o Presidente Nametala Jorge além de esclarecer aos presidentes de partidos presentes sobre a real possibilidade da eleição suplementar em Campos ocorrer até o final do deste ano, foi tranquilizadora no sentido de ter ficado evidente o temor do presidente do TRE/RJ diante do risco de eleições indiretas. Se esta possibilidade, ainda que remota,é uma preocupação para nós campistas não é menor do que a do Nametala que afirmou que "isso fere o princípio da democracia".

Numa análise apressada da conjuntura municipal arriscaria afirmar que eleições indiretas no município de Campos representaria o verdadeiro caos. Diante de tanta instabilidade política com a sucessiva cassação de prefeitos e escândalos políticos abrir mão do voto popular seria um grande prejuízo para a democracia e especialmente para o povo campista.

Se a Câmara de Vereadores não tem sido eficiente sequer para cumprir o papel que lhe é conferido na fiscalização do executivo, perdendo seu viés em meio a "acordos" e alianças em nome de projetos pessoais, como esta poderia ser competente para escolher o prefeito em detrimento da participação direta do povo campista?

Aqueles que defendem o contrário(eleição indireta)para o municipio estão na contramão da História e ofendem o Estado Democrático de Direito(ainda que seja uma democracia burguesa). Dão provas de que não desejam contribuir para a superação da crise eminente que se instalou por aqui há algum tempo e não tem nenhum compromisso com nossa gente por isso querem destruir o que resta de esperança neste povo sofrido.

Além disso é um contrassenso da parte de alguns poucos tecer especulações acerca de quaisquer alianças neste momento em que os vários partidos de orientações, em sua maioria, antagônicas se dispõe a defender as eleições suplementares para Campos dos Goytacazes. Isso é próprio dos oportunistas acostumados a "ficar em cima do muro" a espera do vento, para ver para onde ele vai soprar para só depois escolher para que lado vai cair.

O QUE É O PROJETO ORLA?

O Projeto Orla é uma ação no âmbito do Governo
Federal, conduzida pelo Ministério do Meio ambiente, por meio da
Secretaria de Qualidade Ambiental, e pela Secretaria do Patrimônio da
União do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, buscando
implementar uma política nacional que harmonize e articule as práticas
patrimoniais e ambientais com o planejamento de uso e ocupação desse
espaço que constitui a sustentação natural e econômica da Zona
Costeira.
A finalidade do Projeto Orla é identificar as irregularidades e
problemas ambientais da orla estudada, analisando os usos dos espaços
das áreas da União (terrenos e acrescidos de marinha), de forma a
elaborar um Plano de Gestão Integrada da Orla. A União, aprovando o
PGI, passa ao município a gestão da orla para que o mesmo desenvolva
os projetos de acordo com o PGI, permitindo usos de acordo com a
legislação patrimonial e ambiental
O Projeto Orla começa pelos Ministérios do Meio Ambiente e de
Planejamento e Gestão, a nível federal. No Estado, o INEA – Instituto
Estadual do Ambiente é o parceiro que acompanha o projeto e a SPU –
Superintendência do Patrimônio da União. No município, forma-se uma
equipe técnica com representantes de várias secretarias envolvidas,
sendo a coordenação da Secretaria de Meio Ambiente. Estes
representantes de governo, unidos aos representantes dos segmentos da
sociedade civil organizada formam uma parceria de trabalho que, depois
de aprovado o PGI, criarão um Comitê Gestor que irá desenvolver e
fiscalizar o Plano de Gestão Integrada.
Após a aprovação do Plano de Gestão Integrada – PGI, as ações
que forem propostas no mesmo deverão ser implementadas na orla do
Farol, visando a preservação, conservação e recuperação ambiental.
A 1ª Oficina do Projeto Orla foi realizada entre os dias 26 a 30
de Julho de 2010, na Biblioteca Cultural no Farol de São Tomé.
As oficinas são os trabalhos de capacitação dos gestores municipais,
que reúnem os representantes do município e os representantes dos
segmentos da sociedade organizada, em especial aqueles diretamente
relacionados à orla e ao uso de seus espaços.
Elas servem para que os próprios moradores locais compreendam aquilo
que está certo e que está errado, capacita-os com relação às leis
patrimoniais e ambientais e os orienta na elaboração de um Plano que
levará à orla do Farol de São Tomé aos usos permitidos e ao
desenvolvimento sócio-econômico aliado à preservação ambiental.
É a população do Farol de São Tomé planejando e decidindo o futuro
de sua orla para as presentes e futuras gerações, com
sustentabilidade.

Foram realizadas reuniões locais, para planejar uma 2º Oficina.
Na semana passada as reuniões locais iniciarem dia 24/08 no Porto de Farol de São Tomé, e se estenderam nos dias 26 e 27/08 na colonia de Férias de Farol de São Tomé.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

ELEIÇÕES SUPLEMENTARES EM CAMPOS

Presidentes de partidos políticos de Campos dos Goytacazes, dentre eles o PARTIDO COMUNISTA BRASILEIRO (PCB), estiveram hoje reunidos com o Presidente do TRE-RJ Nametala Jorge no Rio de Janeiro. Na pauta a convocação de eleições suplementares no município ainda este ano.

O presidente do TRE ouviu a todos com total atenção e afirmou que é do seu interesse garantir o processo democrático em Campos e que se, as eleições gerais do dia 03 de outubro forem decididas no primeiro turno conforme indicam as pesquisas eleitorais será possível publicar edital convocando novas eleições para Campos, para que a população tenha o direito de escolher novo(a) prefeito(a) para exercício até o final de 2012.

Caso isso se confirme a eleição suplementar em Campos deverá ser realizada em 21 de novembro e o possível segundo turno deverá ser realizado em dezembro.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

PARTIDOS PEDEM URGÊNCIA PARA ELEIÇÃO SUPLEMENTAR

FOLHA ON LINE

Por suzy, em 26-08-2010 - 22h02
Cinco partidos protocolaram ofício na Justiça Eleitoral, pedindo urgência na marcação da eleição suplementar em Campos. PT, PDT, PCB, PT do B e PPS se basearam no direito de o campista escolher seu prefeito. Se o caso estender-se para o próximo ano, a eleição poderá ser indireta. A notícia foi dada em primeira mão no blog de Graciete Santana (aqui) e de Ricardo André Vasconcelos (aqui).

Graciete (PCB) afirma que as eleições deveriam ser o quanto antes para não “cair nas eleições indiretas: seria mais um prejuízo para o campista”

O mesmo pensamento tem o presidente municipal do PT, Eduardo Peixoto. Segundo ele, é preciso regularizar a vida burocrática e administrativa de Campos o mais rápido possível: “Não é possível mais quebra de continuidade. Campos tem que gerar essas questões”.

A matéria completa está na edição de amanhã(27/08) da Folha.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

SEPE NA JUSTIÇA PARA PRORROGAR CONCURSO

matéria ne edição de hoje no Jornal Folha da Manhâ


Após ter o pedido negado pela Prefeitura de Campos para a prorrogação do prazo do concurso na área da Educação realizado em 2008, o Sindicato dos Profissionais de Educação do Estado (Sepe) entrou com uma ação na Justiça para a extensão do prazo e ainda espera a decisão. Enquanto isso, a categoria deve marcar uma reunião com o prefeito interino Nelson Nahim para tratar do assunto, conforme informou o diretor de imprensa do Sepe, Amaro Sérgio Azevedo. “Como houve mudanças na Prefeitura, quem sabe desta vez conseguimos conversar e abrir negociação”, disse.

Segundo Amaro, o pedido de prorrogação foi negado às vésperas da expiração do prazo, no dia 31 de março, porém o edital prevê a possibilidade de prorrogação por mais dois anos. Logo depois, a categoria teria entrado na Justiça e aguarda julgamento da ação que tramita há cinco meses. Ele adiantou que o Sepe deve convocar uma assembléia no próximo mês, quando diversos pontos serão postos em debate: o plano de cargos e salários, que, segundo Amaro, contém distor-ções, e a contratação de professores feita pela Prefeitura em detrimento dos concursados. Ele acrescentou que há uma necessidade de contratação de cerca de 500 profissionais.

A aparente morosidade do andamento desse processo foi questionada pelo leitor da Folha Online, do Grupo Folha, Alecsandro da Silva Viana.

A secretária de Educação, Joilza Rangel, e o secretário de Administração, Fábio Ribeiro, explicaram que o concurso não foi prorrogado devido ao preenchimento de todas as vagas oferecidas e em função da carga horária, prevista no edital, de 25 horas, ser inferior à de 40 horas determinada pelo Conselho Nacional de Educação. Eles lembraram, ainda, que é preciso cumprir os critérios da Lei de Responsabilidade Fiscal e que benefícios foram concedidos à categoria como o Plano de Cargos e Salários, além de in-vestimentos que atendem à população nesta área como o Programa Saúde na Escola, Bolsa de Estudos, aquisição de novos uniformes e material didático, além de reforma e construção de creches e escolas.

Em relação aos casos de afastamentos temporários, como os de licença médica e maternidade, eles afirmam que geram carências pontuais e não vagas reais, e têm sido tratados com intervenções administrativas previstas. Entre elas a relotação de profissionais.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

VARRENDO A SUJEIRA...

Já que Nelson Nahim foi confirmado prefeito interino que tal fazer uma "faxina" geral na prefeitura?

Para começar deveria exonerar o secretário "chupa-cabra" da prefeitura. Aquele que foi mentor do fechamento de 20 escolas municipais na zona rural do município a título de economia e ainda, fica devendo a quem presta diversos serviços à prefeitura para mostrar números baixos nas contas.

TAC NA EDUCAÇÃO???

Mais uma vez correm boatos de que a secretaria de Educação do município estaria buscando costurar um TAC para a educação com o MPE a fim de suprir através de contratos as inúmeras carências de professores nas escolas da rede municipal.

Tem escola que chega ao absurdo de amargar a carência de 08 professores em turmas de 1º ao 5º ano de escolaridade com as crianças totalmente ociosas no pátio da escola.

Enquanto isso, a ação civil pública impetrada pelo SEPE corre e os concursados de 2008 da educação de Campos estão de olhos bem abertos.

ELEIÇÕES JÁ!!!

O Partido Comunista Brasileiro(PCB), protocolou na semana passada na Justiça Eleitoral um ofício solicitando urgência na marcação da eleição suplementar para prefeito de Campos dos Goytacazes.

Não é admissível que, diante da decisão unânime do TSE em manter a prefeita cassada afastada do cargo enquanto aguarda julgamento do mérito da sua cassação, haja dúvida quanto a necessidade de marcar nova eleição.

Apesar da efervecência eleitoral das eleições gerais de 2010 este assunto não deve ser relegado ao esquecimento já que o risco de eleição indireta representaria mais um grande prejuízo para a população campista.

MORADORES DO FAROL DE SÃO THOMÉ DEBATEM O PROJETO ORLA

Os moradores do Farol tem se reunido para discutir e debater o Projeto Orla já que, pesa sobre aquela localidade o risco de demolição do quiosques construídos na orla da praia há mais de 20 anos e que fazem parte do projeto turístico e urbanístico
local.

Hoje os quiosques fazem parte da economia do Farol como também é,o porto onde o pescado é comercializado diariamente.

Existe uma lei federal que diz que, nos 300m de distância da praia não deve haver nenhuma construção e em muitos locais Brasil afora as contruções irregulares tem sido demolidas.

Tratando-se do Farol, com uma população tão sofrida e abandonada pelo poder público a notícia caiu como uma bomba. As autoridades locais precisam dar uma resposta e se fazerem presentes para intervir em prol dos anseios dos moradores que residem naquele distrito.

O debate está aberto e o povo tem se reunido a fim de buscar uma solução para o impasse criado. É óbvio que a demolição dos quiosques é repudiada por todos. Neste sentido a associação de moradores, de pescadores, quiosqueiros e comerciantes estão mobilizados para o enfrentamento do problema e oficinas estão sendo realizadas a fim de apresentar ao poder público as possíveis saídas. Sustentáveis tanto para o meio ambiente como para a população.

Estamos juntos nesta luta, sempre!

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

ELES ESTÃO CERTÍSSIMOS:EU APÓIO

da Sociedade Blog...

Humoristas protestam no Rio



Vários humoristas se reuniram nesta tarde na praia de Copacabana, na cidade maravilhosa, para protestar contra a legislação eleitoral que restringe e muito a atuação de programa de humor em época de eleições.Entre os presentes na caminhada "Humor sem Censura", estavam Cláudio Manoel, Hélio de La Peña e Marcelo Madureira, do Casseta e Planeta, o cartunista Jaguar, Castrinho, Lúcio Mauro Filho, Sérgio Mallandro, Nelson Freitas (Zorra Total), Maurício Menezes (Plantão de Notícias) ,o cantor Léo Jaime, Danilo Gentili, do CQC, e Sabrina Sato, do Pânico.


O site Terra ainda traz outras informações:

"A logomarca do Humor Sem Censura - um palhaço com a boca tapada por uma rolha - foi desenhada pelo cartunista Nani, ameaçado de processo pelo PT em julho, após fazer uma charge da candidata Dilma Rousseff como prostituta, comparando seu programa de governo a um "programa" conforme o gosto dos fregueses - no caso, partidos aliados, como PMDB e PDT.
Na caminhada, havia gente fantasiada tanto de Dilma "da esquina" quanto de "Serra Comedor", em alusão à piada criada no site YouTube sobre o programa eleitoral de TV em que o tucano usa seguidas vezes a palavra "como" - na forma de conjunção - para se referir a diversas pessoas que citava.
Cláudio Manoel, do Casseta e Planeta, lembrou que o grupo já estampou capas de revistas com montagens com os ex-presidentes José Sarney com cinta-liga e Fernando Collor "de bunda de fora" e que "não houve nenhuma ameaça". Embora a determinação seja do TSE, outro Casseta, Marcelo Madureira, afirmou que sua aplicação "reflete esse momento de 'hegemonia petista', em que não temos oposição". "

domingo, 22 de agosto de 2010

AGENDA

AGENDA DA CANDIDATA A DEPUTADA ESTADUAL GRACIETE SANTANA PCB 21123

SEGUNDA-FEIRA - dia 23/08
MANHÃ- FAROL DE SÃO TOMÉ
13 ÀS 15H- RODOVIÁRIA ROBERTO SILVEIRA
15 as 17 h - FACULDADE DE MEDICINA DE CAMPOS
18h - UNIVERSO

TERÇA - FEIRA - dia 24/08
MANHÃ- FAROL DE SÃO TOMÉ
13 AS 16h - FACULDADE DE DIREITO DE CAMPOS
16 as 18h UNIVERSO

QUARTA - FEIRA - 25/08
MANHÃ- BAIXA GRANDE
13 AS 17H -UFF
17 AS 18H ESTÁCIO DE SÁ

QUINTA- FEIRA - 26/07
MANHÃ- HELIPORTO DO FAROL
15 AS 20 HORAS - IFF

SEXTA - FEIRA - 27/08
MANHÃ- BOA VISTA
13 AS 15 - UFF
15:30 AS 17 FAFIC

SÁBADO 28/08
MANHÃ - FAROL
TARDE GOYTACAZES

DOMINGO 29/09
MANHÃ -FAROL
TARDE- SANTO AMARO

GOSTO DISSO...

DO BLOG ESTOU PROCURANDO...
Mana Chica
Rita Ribeiro
Composição: Domínio Popular - Adaptação: Rita Ribeiro

Aí vem a Mana Chica
Mana Chica do caboio
Quem nunca comeu pimenta
Não sabe que coisa é moio

Mana Chica minha nega
Chega teu rosto ao meu
Quem te ama quem te adora
Quem gosta de ti sou eu
Nanina
Ninê nênê
Se o sol se tornasse preto
Nunca mais o céu se via
Vale mais que o sol teus olhos
Que são preto e alumia
Eu vou dar a despedida
Como deu o passarinho
Que se despediu cantando
Deixando as penas no ninho
Nanina
Ninê nênê
Eu vou dar a despedida
Seu dotô foi quem pediu
Não quero que o povo diga
Que o cantador não serviu

DIREITO A MORADIA

Programa Repórter Justiça confere a realidade sobre o direito constitucional à moradia

O Repórter Justiça desta semana trata o problema da falta de moradia no Brasil. As conseqüências de um processo que tem seu começo no êxodo da população rural que, em efeito dominó, provoca o inchaço populacional nas capitais e regiões metropolitanas, culminando com aumento especulativo dos preços dos imóveis e contribuindo para o aumento das desigualdades sociais. O resultado é o aumento da violência urbana que, por sua vez, não recebe a devida atenção do Estado.

Ter um lugar para morar é direito de todos os brasileiros e está garantido pela Constituição Federal de 1988 (capítulo II – Dos Direitos Sociais – Art. 6º), mas no país o déficit habitacional é grandioso, preocupante e sem sinal de solução a curto ou médio prazos. Cerca de seis milhões de famílias não têm acesso ao direito à moradia.

O problema fica mais grave nas regiões urbanas onde os aglomerados espontâneos avançam sobre encostas de morros e áreas de preservação ambiental. As conseqüências são os registros sucessivos e freqüentes de desastres com vitimas fatais após períodos de chuvas volumosas ou seca intensa.

O programa mostra a realidade de quem vive em assentamentos e sonha com a segurança da casa própria, e o que precisa ser feito para assegurar esse direito. Especialistas garantem que investir no direito à moradia não basta, é preciso garantir também a preservação do ambiente, a geração de empregos e a oferta de serviços públicos de qualidade.

Para a secretária nacional de habitação do Ministério das Cidades, Inês Magalhães, “normalmente essas famílias saem de situações muito precárias, de risco, e vão para uma unidade habitacional onde terão que pagar água, energia, condomínio. Elas necessitam de um acompanhamento para mudar a maneira pela qual elas se relacionam com a própria casa”, avalia.

VII SEMINÁRIO SOBRE TRABALHO ESCRAVO

O comitê popular de erradicação do trabalho escravo NF estará realizando o VII Seminário sobre trabalho escravo e o seminário pelo limite da propriedade da terra.
Data- 25 e 26 de agosto de 2010
Local - IFF Centro
Hora - 18h às 22h

DEFESA DA ALEGRIA

Defensa de la alegría

Mario Benedetti

Defender la alegría como una trinchera
defenderla del caos y de las pesadillas
de la ajada miseria y de los miserables
de las ausencias breves y las definitivas
defender la alegría como un atributo
defenderla del pasmo y de las anestesias
de los pocos neutrales y los muchos neutrones
de los graves diagnósticos y de las escopetas
defender la alegría como un estandarte
defenderla del rayo y la melancolía
de los males endémicos y de los académicos
del rufián caballero y del oportunista
defender la alegría como una certidumbre
defenderla a pesar de dios y de la muerte
de los parcos suicidas y de los homicidas
y del dolor de estar absurdamente alegres
defender la alegría como algo inevitable
defenderla del mar y de las lágrimas tibias
de las buenas costumbres y de los apellidos
delpoema enviado por e-mail por Luis Claúdio Duarte azar y también también de la alegría

sábado, 21 de agosto de 2010

A GRANDE FAMÍLIA

"Esta família é muita unida..."
do blog DIGNIDADE
Hoje em programa de rádio, a prefeita cassada de Campos, Rosinha Garotinho, após se lamentar sobre a decisão unânime dos ministros do TSE, que na noite de ontem, negaram o recurso impetrado pelos seus advogados, para que “ela” retornasse ao cargo, enquanto espera o julgamento do mérito de sua cassação, anunciou que já foram informados do resultado do julgamento que acontecerá na próxima segunda-feira da sua filha Clarissa, que é vereadora do Rio e que perderá o mandato.

VOTO NÃO É MERCADORIA

do blog do Maxsuel...

Reproduzo Aqui postagem do blog do colega Marcelo Bessa, onde enfatiza que na venda de voto há dois criminosos, leiam:

Comprar voto é crime. Vender também...

Muito se fala daqueles que erradamente compram votos. Convém lembrar que vender o voto também é crime. Veja a previsão do Código Eleitoral para o crime de "corrupção eleitoral":

Art. 299. Dar, oferecer, prometer, solicitar ou receber, para si ou para outrem, dinheiro, dádiva, ou qualquer outra vantagem, para obter ou dar voto e para conseguir ou prometer abstenção.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

TV BRASIL

O PCB convida o conjunto de sua militância, simpatizantes e amigos a assistirem a sabatina com o candidato a presidência pelo Partido, Ivan Pinheiro, no programa “3 a 1”, pela TV Brasil, nesta Sexta Feira (20/08) às 22:00h.

Também estendemos o nosso convite às pessoas que tem divergência com nossa linha política, que nos assistam que confrontem suas opiniões com as nossas e exerça o importante elemento do questionamento.

Saudações Comunistas

Partido Comunista Brasileiro.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

PROFESSORES E FUNCIONÁRIOS DA UENF EM GREVE DESDE SEGUNDA -FEIRA

Os professores e técnicos da UENF estão em greve desde o dia 16/08 e nesta quarta-feira (18/08) os servidores da UENF ocuparam as ruas do centro da cidade para denunciar o descaso do governo estadual com a universidade.

De acordo com publicação do blog da ADUENF " Mais uma vez o governo do estado obriga os servidores da Universidade Estadual do Norte Fluminense a irem para as ruas, esclarecer a população das dificuldades salariais da nossa universidade."

A greve dos servidores da UENF é legítima e para abreviá-la só depende do governo para abrir o canal de negociações.

Estão de parabéns os professores, técnicos e alunos que na tarde de quarta-feira fizeram concentração na Praça São Salvador e caminhada pelo calçadão. Não há dúvida de que unidos somos mais fortes.

CENSO 2010







quarta-feira, 18 de agosto de 2010

DENÚNCIA PÚBLICA DA FALSA DEMOCRACIA BURGUESA

(Aos Camaradas e companheiros de Luta)

Fábio Bezerra*

Hoje 12 de agosto, o PCB entrou com uma petição junto ao Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais, alegando inconstitucionalidade na elaboração do debate eleitoral entre os candidatos ao Governo de Minas que acontecerá nesta data, na Rede de Televisão Bandeirantes, solicitando a nossa participação junto aos demais candidatos confirmados pela emissora.

Infelizmente, fomos barrados pela emissora de participar do debate sob a alegação de não possuirmos representação congressual.

Porém, apelamos para o direito dos eleitores e da população em geral de nosso estado, ter acesso às concepções e programas governamentais que cada um dos candidatos representa nesse processo eleitoral, pois entendemos que todos deveriam ter as mesmas condições de igualdade na exposição de seus programas e no confronto de idéias que, sem dúvida, exporia as diferenças de opiniões sobre a condução do poder público e os respectivos compromissos de classe, dando à população condições de julgar não apenas as candidaturas, mas ajudando a politizar esse rico momento onde tudo o que está acontecendo e já aconteceu em relação ao poder público e à sociedade, estaria sendo visto e revisto.


Baseado em uma regra eleitoral que norteia o processo de debates pelos meios de comunicação e faculta às emissoras a condição de convite ou não das candidaturas concorrentes, o TRE-MG negou nosso pedido na petição encaminhada, prejudicando dessa forma o debate político e o aprofundamento analítico da atual situação política em nosso Estado.

Os comunistas do PCB esperam fazer desse processo eleitoral um debate político sobre as contradições do sistema capitalista, inclusive sobre seus instrumentos de dominação e manipulação, que entre outros, cerceiam a liberdade de expressão e manifestação ideológica, numa clara tentativa de manter a ordem de classe vigente, que é justamente o status quo da burguesia.

É inadmissível que não tenhamos todas as chapas concorrentes ao processo eleitoral presentes em debates televisivos, que possuem um alcance territorial incontestável, ainda mais em se tratando de um Estado com mais de 800 municípios e com cerca de 20 milhões de habitantes, onde mais de 99% dessa população padece dia a dia do descaso do Governo e da cumplicidade deste para com apenas 1%, representada pela elite agrária e urbana.

Os meios de comunicação são concessões públicas do poder público federal (executivo e congresso) deveriam garantir isonomia de condições a todas as organizações partidárias em um momento de relevância como é o caso dos debates eleitorais. Mas o que vemos é uma restrição e com claro corte de classe, pois no debate que se seguirá nessa noite, apenas um Partido da oposição de esquerda estará presente, enquanto os demais convidados consubstanciam o mesmo projeto de classe e possuem as mesmas relações com as elites dominantes, ora com mais autenticidade liberal, ora travestidos de democratas e sociais democratas.

Mas continuaremos lutando, contra tudo e contra todos os que manipulam a realidade e exploram a classe trabalhadora.

O dia de hoje é mais um exemplo das restrições às quais os comunistas e todas as organizações proletárias têm que enfrentar diuturnamente na luta contra o modo operante do sistema capitalista. Essa carta é uma denúncia pública da desigualdade de condições às quais somos submetidos, mas isso não nos desanima da condição de tribunos do povo, de denúncia das falácias da democracia burguesa e da defesa de um novo patamar de governo e de sociedade.
Viva o Poder Popular.

Viva o socialismo.
Fábio Bezerra.
(*Candidato ao Governo de Minas Gerais, pelo Partido Comunista Brasileiro)
Belo Horizonte, agosto de 2010.

INCÔMODA PRESENÇA

“Acusado de atrair presença militar dos EUA e de tolerar abusos do Exército, líder colombiano (ex-presidente Álvaro Uribe) reunificou o país e garantiu direitos essenciais”. Essa afirmação da Folha de S Paulo, em editorial de 08/08/2010, mostra bem a displicência com que a mídia brasileira trata o problema colombiano. Primeiro, banaliza uma presença militar de sete bases distribuídas pelo país vizinho, com um aparato bélico que pode alcançar qualquer ponto da América Latina. Depois, chama de abusos do Exército, o Exército de Uribe, as ações militares criminosas que levaram aos cemitérios clandestinos mais de 2.000 jovens camponeses, fuzilados sem piedade para serem exibidos como se fossem guerrilheiros. Uma fossa comum jamais vista na história.

Por outro lado, como nossos jornais podem falar em reunificação do país, quando mais de três milhões de camponeses foram expulsos de suas terras pelas organizações paramilitares, com a cumplicidade do governo? Terras que foram redistribuídas no âmbito das forças de apoio ao uribismo, produzindo os “desalojados”, imensos contingentes de famílias que perambulam pelo país, em busca de sobrevivência. Como falar em garantia dos diretos essenciais diante do cotidiano assassinato de lideranças sindicais no campo e nas cidades? E o que dizer da ampliação do narcotráfico durante o governo Uribe, que levou os EUA a restringir o aporte de dólares para o suposto combate a esse tipo de crime?

A Folha de S Paulo, historicamente submissa aos interesses do expansionismo de Washington, “justifica” aliança da Colômbia com EUA como “também fruto da desarticulação e do desinteresse de governos da região em apoiar o combate à guerrilha”. Como se uma luta de mais de 40 anos entre governo colombiano e guerrilha, também colombiana, devessem ser objeto de apoio externo a um dos lados do conflito, sem que as forças litigantes fizessem qualquer movimento de agressão fora do seu país. A conta fácil da Folha é movida pelo caráter subserviente da imprensa ocidental, pronta a apoiar qualquer ação militar do Império para ocupar mais espaço estratégico na geopolítica internacional. A “justificativa”? A busca de improváveis armas de destruição em massa ou de urânio enriquecido. Ou o combate ao “terrorismo”.

Dez anos do Plano Colômbia, que consumiu mais de 7 bilhões de dólares dos EUA, não foram suficientes para tirar do país o título de maior produtor mundial de cocaína. Uma tese da oposição credita a falta de avanço ao próprio enredamento do presidente Uribe com o narcotráfico. Há pouco, cerca de 60 parlamentares da sua base de apoio sofreram processos e prisões, não escapando nem mesmo um senador primo do próprio presidente. É conhecida dos colombianos a fraternal relação do pai de Álvaro Uribe com o antigo chefão da cocaína, Pablo Escobar, do famoso cartel de Medellín. Tomás Uribe, filho de Álvaro, também está sendo investigado por tráfico de influência.

Ao querer transformar as guerrilhas colombianas em “narcoguerrilhas”, com a ajuda da mídia mal informada ou conivente, Uribe nada mais faz do que tentar esconder que a Presidência, diante do tipo de apoio que lhe sustenta, é uma narcopresidência. E o Congresso Nacional, um espaço propício à movimentação de narcosenadores e narcodeputados, base do uribismo. A imprensa ocidental não costuma fazer uma análise real do problema colombiano. Não sabe dizer porque o governo Bush não conseguiu levar a Colômbia para a Alça, nem porque a Comunidade Européia não quis dar o microfone ao presidente Uribe. O assassinato sistemático de sindicalistas já seria uma boa resposta.

Neste mês de agosto, o informe do Comitê de Direitos Humanos da ONU (1) questionou o ex-presidente colombiano Álvaro Uribe pela impunidade dos seus paramilitares e de não investigar as execuções extrajudiciais, torturas e desaparecimentos ocorridos em sua gestão. É um documento de nove páginas que recomenda à Colômbia que "cumpra com as obrigações contidas no pacto da ONU e de outros institutos internacionais, como o Estatuto de Roma e a Corte Penal Internacional, e comece a investigar e punir as graves violações de direitos humanos”.

Governos da América Latina, principalmente os vizinhos da Colômbia, como o Brasil, já começam a se incomodar com revelações de ONGs sediadas nos Estados Unidos (2). “Fellowship of Reconciliation” e “Coalición Colombia No Bases” demonstram uma coincidente relação entre o começo das atividades militares estadunidenses com intensas violações dos direitos humanos, como as execuções dos chamados “falsos positivos”, corpos de camponeses mostrados como se fossem de guerrilheiros. Revelações que incomodam governos e não parece incomodar a imprensa.

(1) http://operamundi.uol.com.br/noticias_ver.php?idConteudo=5549&__akacao=297263&__akcnt=e3e82fd2&__akvkey=cb4f&utm_source=akna&utm_medium=email&utm_campaign=Boletim+Opera+241

(2) http://redjuvenil.org/index.php?option=com_content&view=article&id=393:con-un-revelador-informe-fellowship-of-reconciliation-y-la-coalicion-colombia-no-bases-demuestra-la-relacion-entre-la-cooperacion-militar-norteamericana-y-los-falsos-positivos&catid=2:denuncias

VIOLÊNCIA INOMINÁVEL

Azelea Robles*

Há algumas semanas foi descoberta na Colômbia de Uribe e Juan Manuel Santos uma fossa comum com 2.000 cadáveres por identificar, perto da cidade de Macarena. Uribe e o seu ex-ministro da Defesa e actual presidente, Juan Manuel Santos, têm de explicar o monstruoso crime, que políticos e meios de comunicação de todo o mundo procuram, cumplicemente, silenciar.

Na Colômbia descobriu-se recentemente a maior fossa comum da história contemporânea do continente americano, o que foi quase totalmente silenciado pelos mass-media da Colômbia e do mundo. A fossa comum contém os restos de, pelo menos, 2.000 pessoas, está em Macarena, departamento de Meta. Desde 2005 que o exército deslocado na zona, ali sepultou milhares de pessoas sem nome.

A população da região, alertado pelas filtrações putrefactas dos cadáveres para as nascentes das aguas de consumo, e fustigada pelos constantes desaparecimentos já tinha denunciado a existência da fossa por várias vezes, durante o ano de 2009: em vão, pois o ministério público não investigava. Foi graças à perseverança dos familiares de desaparecidos e à visita de uma delegação de sindicalistas e parlamentares britânicos que investigava a situação dos direitos humanos na Colômbia, em Dezembro de 2009, que se conseguiu destapar este crime horrendo cometido pelos agentes militares de um Estado que lhes garante a impunidade.

Trata-se da maior fossa comum do continente. Mais de dois mil corpos numa fossa comum é o assunto grave para o Estado colombiano, mas os seus media e os media internacionais, cúmplices do genocídio, encarregaram-se de o manter sob um quase absoluto silencio, sobre um facto que só encontra atrocidade parecida se recuarmos às fossas nazis…
Este silenciamento mediático está indubitavelmente ligado aos imensos recursos naturais da Colômbia e aos mega-negócios que ali são feitos sob os massacres.

A Comissão Asturiana dos Direitos Humanos, que visitou a Colômbia em Janeiro de 2010 ( menos de um mês após a descoberta da fossa) interrogou as autoridades sobre o assunto… e as respostas foram preocupantes: na Procuradoria, no ministério do Interior, na ONU… todos querem esconder o assunto. Entratanto, «trabalham» na fossa para a minimizar, mas a delegação britânica verificou-a e as mesmas autoridades reconheceram pelo menos 2.000 cadáveres. Em Dezembro, «o alcaide próximo do governo também denunciou o facto junto ao necrotério», mas depois o número de corpos NN…

A delegação asturiana denunciou a vontade ostensiva de alterar a cena do crime: «ali ninguém está protegido. Ninguém está a impedir que se possam disfarçar as provas. Que um tractor entre por ali afora, carregue os cadáveres anónimos e os leve para outro lugar» [1]. «Solicitamos às instituições responsáveis do governo e do Estado colombianos que implementem as medidas cautelares necessárias para assegurar as informações já registadas nos documentos oficiais, que tomem as medidas cautelares necessárias para defender o perímetro e prevenir a alteração da cena, a exumação ilegal dos cadáveres e a destruição do material probatório ali existente (…), fundamental para a criação de um Centro de investigação Forense em Macarena, a fim de conseguir a individualização e a identificação dos cadáveres NN ali sepultados» [2].

A delegação Asturiana transmitiu às autoridades outra denúncia. As autoridades alegaram desconhecimento e incapacidade operacional, pois «há tantas fossas comuns no nosso país que»… Trata-se do município de Argélia em Cauca: um “matadouro” de gente, onde as famílias não puderam ir buscar os corpos dos seus desaparecidos, pois os paramilitares não as deixaram regressar às suas comunidades: deslocaram os sobreviventes. As vítimas sobreviventes relataram: «havia pessoas amarradas a que açulavam cães famintos para as irem matando a pouco e pouco.»

Na Colômbia, a Estratégia Paramilitar do Estado Colombiano, combinada com a actuação dos polícias e dos paramilitares foi o instrumento de expansão dos latifúndios. O Estado colombiano fez desaparecer mais de 50.000 pessoas através de aparelhos oficiais (polícias e militares), e do seu aparelho encoberto: a sua Estratégia Paramilitar [3]. O Estado colombiano é o instrumento da oligarquia e das multinacionais para a sua guerra de classes contra a população: é o garante do saque, a Estratégia Paramilitar insere-se nessa lógica económica [4].

A invisibilização de uma fossa comum das dimensões da fossa de Macarena obedece aos negócios das multinacionais e das oligarquias e no facto da fossa ser o resultado de assassínios feitos directamente pelo exército nacional da Colômbia, o que é mais uma prova do carácter genocída do Estado colombiano, para além do presidente Uribe, cujos negócios e ligações com o narcotráfico e o paramilitarismo estão mais que comprovados [5]. A cumplicidade dos media é criminosa, tanto a nível nacional como internacional. Todos nós devemos romper a barreira de silencio com que se pretende ocultar o genocídio. É urgente um movimento de solidariedade internacional: a Colômbia é, indubitavelmente, um dos lugares do planeta em que o horror do capitalismo se plasma de forma mais evidente na sua violência mais absoluta.

Notas:


(4) Ver mais ssobre a fossa comum e o Terror Estatal:
www.lahaine.org/index.php?p=42954

* Jornalista, historiadora

Este texto foi publicado em www.kaosenlared.net

Tradução de José Paulo Gascão

terça-feira, 17 de agosto de 2010

UMA LÓGICA IRREFUTÁVEL


Os gurus do capitalismo “sabem perfeitamente que as reduções de salários, pensões e despesa pública, acrescentados à facilidade e à baixeza dos despedimentos e à subsequente precariedade, não criam emprego, nem tão pouco relançam a economia; ainda por cima, reconhecem-no publicamente. Utilizam o pretexto da racionalidade económica como cortina ideológica que encobre - sob a capa de cientismo - os seus interesses como classe dominante. Têm a consciência de que não podem deixar nem uma fresta aberta por onde os dominados - se se organizarem – os podem obrigar a capitular e a pagar as contas dos roubos, manipulações, enganos, artimanhas e demais delitos que conduziram a esta situação de crise.”

Na década dos noventa e em plena fabulação europeísta, economistas espanhóis integrados no status explicavam, sem equívocos, que o Tratado de Maastricht com os seus limites ao défice, era uma autêntica reforma constitucional pela via dos factos e à margem do Parlamento. E ainda se chegou a dizer que o sistema de Segurança Social «não devia ser demasiado generoso…outra coisa é o que diz a Constituição (que em todo o caso, não é um modelo de racionalidade económica)».

Quinze anos depois, Sarkozy pretende uma reforma que incorpore na sua constituição a obrigatoriedade de impedir o défice. Obama declarou algo semelhante. Rajoy aceitou-a sem rodeios e o Governo espanhol põem-na diligentemente em prática deixando à Constituição de 1978 em muitas más condições em matéria de Direitos Fundamentais.

Desde os quatro pontos cardiais em que se constituíram o FMI, a OCDE, a UE e o BCE que se insiste em realizar profundas e urgentes reformas laborais. Os governantes declaram perante os seus povos que se deve ganhar a confiança dos mercados (vocábulo exotérico com que se encobrem, escondem e se ocultam entidades tão concretas como bancos, financeiros, investidores, agiotas e governos que os acolhem no seu seio). Os poderes públicos aceitam aquela expressão de Tietmeyer quando foi presidente do Bundesbank: «os políticos devem acatar as decisões dos mercados». Onde está a Democracia?

Estes gurus sabem perfeitamente que as reduções de salários, pensões e despesa pública, acrescentados à facilidade e à baixeza dos despedimentos e à subsequente precariedade, não criam emprego, nem tão pouco relançam a economia; ainda por cima, reconhecem-no publicamente. Utilizam o pretexto da racionalidade económica como cortina ideológica que encobre - sob a capa de cientismo - os seus interesses como classe dominante. Têm a consciência de que não podem deixar nem uma fresta aberta por onde os dominados - se se organizarem – os poderem obrigar a capitular e a pagar as contas dos roubos, manipulações, enganos, artimanhas e demais delitos que conduziram a esta situação de crise. Querem deixar claro que não há alternativa ao seu poder, aos seus interesses, aos seus métodos e às suas montagens ideológicas. Conhecem melhor que ninguém que não há nada mais politico do que a Economia. Tratam que os outros não compreendam. Reconhecem, de facto, que existe a luta de classes e dedicam-se a ganhá-la sempre.

Isto tem sido possível por o mundo social, ideológico, sindical, político e ético, que diz representar os dominados, há já algum tempo que se alinhou com os valores e práticas do chamado pensamento débil, como a aceitação da lógica dos outros, apesar de esporádicos, débeis e inúteis protestos, de vez em quando. Pensem os leitores no apoio incondicional e acrítico de determinadas organizações e criadores de opinião ao processo de montagem de esta patuscada chamada UE. A lógica dominante carece, no momento actual, de um oponente estruturado e com suficiente entidade para exercer a réplica e a contra-proposta eficazes.

Porque uma lógica só se combate com outra diferente, de confronto, alternativa e organizada. Uma lógica que situe a ciência económica como um instrumento ao serviço das necessidades humanas e não como a realização absoluta de um logos externo e independente das decisões e vontades de cidadania.

Essa outra lógica, ligada à humanidade próxima e concreta, nega, consequentemente, todas e cada uma das três divindades do deus capitalismo. O mercado, a competitividade e o crescimento sustentável que, não só surgiram ao longo desta crise como mecanismos inúteis para a resolver, como também foram a causa dela e das anteriores. Mas além disso, a simples formulação de algumas delas, como é o caso da competitividade predicada para todas e cada uma das nações do planeta é, em si mesma, uma contradição insuperável ao extremo.

Está na hora de determinar decididamente a preeminência da Democracia, dos Direitos Humanos e da Carta da Terra. Esta contém valores, atitudes e propostas radicalmente diferentes às que, fracassadas, são reiteradamente maquilhadas como verdades inquestionáveis. Somente a partir duma lógica e práticas alternativas, conceitos como austeridade, racionalidade, planificação, eficiência, produtividade, solidariedade, sentido comum e ética cívica têm o seu significado exacto.

E não é uma questão de grandes declarações, mas de organizar-se toda a Europa para dar a resposta alternativa, continuada e estrategicamente organizada. As tentativas angustiadas de mobilização circunscrevem-se a cada país enquanto a agressão provém da UE no seu conjunto. Onde está a Confederação Europeia dos Sindicatos?

Recordemos como nos prolegómenos da 1ª Guerra Mundial, o patrioteirismo chauvinista arrastou muitas organizações operárias para uma loucura bélica que objectivamente não lhes dizia respeito. Agora, é preciso e urgente organizar o calhamaço sócio-político de uma Europa unida institucionalmente, com um orçamento comum digno de tal nome, uma fiscalidade partilhada, uma economia coordenada e uma só voz no concerto internacional. Isso não virá deles.

Se a ditadura dos mercados não é contestada, se a alienação economicista se assume com fé de carvoeiro ou se a docilidade e as inércias eleitoralistas, que esbatem o conflito essencial, não é esquecida, só nos restará a reedição das lágrimas de Boabdil de Granada

[1].Nota do tradutor:[1]: Foi o último rei mouro (Abu Abd Allah Muhammad ibn Ali) de Granada e que chorou quando abandonou a cidade para ir para o exílio].

* Júlio Anguita foi secretário-geral do Partido Comunista Espanhol

Este texto foi publicado em www.rebelion.org

Tradução de João Manuel Pinheiro

COMBATE AO TRABALHO ESCRAVO

O comitê popular de erradicação do trabalho escravo NF estará realizando o VII Seminário sobre trabalho escravo e o seminário pelo limite da propriedade da terra.
Data- 25 e 26 de agosto de 2010
Local - IFF Centro
Hora - 18h às 22h

Todos lá!

NÃO A CRIMINALIZAÇÃO DO PRESIDENTE DA ADUENF

Uma sindicância foi aberta contra a ADUENF na pessoa de seu Presidente Prof. Marcos Antônio Pedlowski. O motivo para abertura desta sindicância se deve a uma matéria publicada no Jornal da ADUENF em Novembro de 2009.
Esta é uma tentativa de criminalizar representantes da ADUENF através de ato administrativo cuja intenção é intimidar trabalhadores e sua representação sindical. É sem dúvida um instrumento de cerceamento da liberdade de expressão de uma categoria.
Não a criminalização do movimento de trabalhadores da UENF!
Respeito ao direito de expressão!

UENF EM GREVE

Amanhã, dia 18, às 14:30, a ADUENF (Associação de Docentes da Uenf) está convocando os estudantes, professores e técnicos da universidade para realizar ATO PÚBLICO em apoio aos servidores da instituição que estão em greve desde segunda-feira(16/08).
Dentre as reivindicações estão a recomposição salarial dos servidores da UENF e a manutenção do modelo de sua implantação em 1993.
A concentração será em frente ao monumento ao expedicionário e em seguida os manifestantes sairão em caminhada pelas ruas do Centro da cidade.

CARTA DA ADUENF AO GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Campos dos Goytacazes, 16 de Agosto de 2010.
Ao
Excelentíssimo Governador do Estado do Rio de Janeiro
Sr. Sergio de Oliveira Cabral
Palácio Guanabara
Av. Pinheiro Machado, S/N
Rio de Janeiro, RJ
Excelentíssimo Senhor Governador,
A Associação de Docentes da Universidade Estadual do Norte Fluminense (ADUENF) vem, ao longo dos últimos anos, buscando estabelecer um diálogo profícuo com Vossa Excelência assim como com outros órgãos do Executivo do seu Governo. Infelizmente, o pequeno diálogo realizado até o momento não promoveu qualquer avanço no tocante a uma das questões que hoje afligem todos os servidores da Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF), ou seja, a recomposição das perdas salariais acumuladas apenas na última década.
O que mais tem chamado atenção em nossas inúmeras tentativas de negociação com Vossa Excelência é que constantemente temos sido rotulados de intransigentes e de que nosso pleito está totalmente fora da realidade. Pois bem, abaixo listamos todas as correspondências enviadas ao Palácio Laranjeiras e entre elas consta a solicitação de racionalização dos valores salariais entregue a Vossa Excelência há um bom tempo. A análise da seqüência destas correspondências não nos permite admitir este tipo de rótulo e mais, demonstra que nossos salários estão totalmente fora da realidade das universidades federais e mais, compromete negativamente o Projeto de Universidade realizado pelo saudoso professor Darcy Ribeiro. Como Vossa Excelência já deve ter conhecimento, Darcy Ribeiro idealizou a UENF composta por um corpo docente com 100% professores doutores atuando em regime de Dedicação Exclusiva. A UENF foi a primeira universidade brasileira a ser criada com este perfil, e a degradação salarial hoje existente não mais torna atrativa a vinda de jovens pesquisadores, e menos ainda de pesquisadores seniores. Neste sentido é importante, mais uma vez, ressaltar que a manutenção deste modelo de sucesso, e agora copiado para algumas instituições no Brasil, a exemplo da Universidade Federal do ABC, passa pela manutenção sine qua nonde seu modelo conceitual.
A seguir, listamos os documentos que foram enviados a Vossa Excelência, a saber:
1. Envio de diversas correspondências ao Exmo. Senhor Governador do Estado do Rio de Janeiro e a Secretaria de Ciência e Tecnologia solicitando a abertura de negociações.
2. Entrega de abaixo-assinado Exmo. Senhor Governador do Estado do Rio de Janeiro contendo 160 assinaturas de docentes da UENF em apoio à reposição de 82% das perdas salariais. Este documento foi protocolado no Palácio Guanabara.
3. Participamos em quatro audiências publicas na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (ALERJ) onde foi apresentada a pauta de reivindicações dos professores da ADUENF.
4. Participação em duas rodadas de negociações na ALERJ em torno da extensão dos 22% de reposição aos docentes da UENF e da UERJ.
Estas duas últimas ações novamente têm sido usadas para rotular nossa associação negativamente, afirmando que nos aproximamos da oposição, e isto teria sido um equívoco de procedimento nas negociações junto ao Estado. No entanto, foi exatamente esta mesma comissão, que possibilitou a negociação dentro da ALERJ, que garantiu os recursos que estão sendo utilizados na construção do restaurante universitário, e para esta finalidade, com as mesmas pessoas, não houve qualquer tipo de associação negativa.
O fato é que, Exmo. Senhor Governador do Estado do Rio de Janeiro, este se apresenta como o momento de abrirmos uma linha de negociação, pois a comunidade universitária em assembléia geral das categorias, em face do que é amplamente percebido como sendo um total descaso do Vosso Governo, decretou Greve por Tempo Indeterminado a partir do dia 16 de agosto de 2010, data esta que marca o 17º aniversário da Universidade Estadual do Norte Fluminense. Deste modo, solicitamos respeitosamente que Vossa Senhoria nos indique as autoridades de seu governo com as quais os sindicatos representativos da UENFdeverão se reunir para garantir que este movimento grevista seja o mais breve possível, mas que alcance soluções duradouras para os graves problemas salariais que já causaram (segundo dados da Reitoria da UENF) uma evasão de 20% dos docentes da instituição, atraídos por melhores condições salariais nas instituições federais de ensino superior. Neste sentido, informamos que o salário inicial de um professor doutor, de 40 horas, em regime dedicação exclusiva, é atualmente 33% superior nas universidades federais ao que é praticado na UENF, e deverá aumentar ainda mais até meados de 2011 graças a uma política sustentada de recuperação salarial adotada pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Finalmente, o Comando de Greve da ADUENF vem convidá-lo a que aproveite o atual período eleitoral para que compareça ao campus Leonel Brizola para que possamos ouvir diretamente de Vossa Excelência quais são as propostas e planos que constam em Vossa plataforma de governo no tocante ao sistema estadual de ensino superior que expressa, em seu âmago, a política de desenvolvimento pretendida para o Estado do Rio de Janeiro. Acreditamos que esta seria uma excelente oportunidade para estabelecermos canais de diálogo que tornem desnecessários a quebra da normalidade institucional dentro da UENF, que também acreditamos ser um interesse comum de Vosso Governo e de todos os membros da comunidade universitária da instituição idealizada por Darcy Ribeiro, e que hoje já se transformou num importante instrumento para o desenvolvimento científico e tecnológico não apenas do estado do Rio de Janeiro, mas de todo o Brasil.
Sendo o que se apresenta para o momento, despedimo-nos no aguardo de Vossa pronta manifestação.
Atenciosamente,
Em nome do Comando de Greve
Prof. Marcos A. Pedlowski
Presidente

sábado, 14 de agosto de 2010

A DITADURA BURGUESA

A democracia burguesa, dentre suas muitas fissuras, evidencia no momento eleitoral suas nuances de ditadura.

Estamos num período eleitoral em que a grande mídia ousa determinar o que o eleitor deve ter de informação em relação aos candidatos e suas propostas tanto para Governador como para Presidente da República. Pior ainda é "eleger" com caráter excludente os candidatos para participar dos debates e entrevistas, que são sem dúvida aqueles que correspondem aos seus interesses . Eles privelegiam candidatos em detrimento de outros ferindo o direito do eleitor de fazer uma avaliação das propostas de cada candidato. Este é apenas um aspecto da ditadura burguesa.

PESQUISA DATAFOLHA

Pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira (13) com as intenções de voto na disputa pelo governo estadual do Rio de Janeiro.


Sérgio Cabral (PMDB) 57%
Gabeira (PV) 14%
Eduardo Serra (PCB) 3%
Cyro Garcia (PSTU) 2%
Fernando Peregrino (PR) 1%
Jefferson Moura (PSOL) 1%
Indecisos 14%
Brancos e nulos 8%
A pesquisa Datafolha foi encomendada pela TV Globo e pelo jornal "Folha de S.Paulo". As 1.246 entrevistas foram realizadas entre terça (9) e quinta (12) em 29 municípios.
A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.
A pesquisa está registrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ)

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

AGENDA ALTERADA

A agenda do candidato a governador do estado do Rio de Janeiro Eduardo Serra (PCB) que deveria ter chegado à Campos na manhã de hoje sofreu uma pequena alteração.

Eduardo Serra (PCB) deverá chegar à Campos hoje algo em torno das 18 horas já que foi impedido de sair do Rio hoje cedo por motivo alheio a sua vontade.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

QUEM PAGOU ESTA CONTA II?

O JORNAL EXTRA de ontem(10/12), na coluna de Berenice Seara estava assim:

"Pertinho...

*Ontem, um caminhão com placa de Campos desembarcou na Cinelândia com as estruturas metálicas do palco do comício do (...) que acontece hoje.

Perguntinha

* Não seria mais fácil (e, quem sabe, mais barato) alugar o material aqui, em vez de trazer lá do Norte do estado?

Coincidência

* A empresa é a mesma responsável pela estrutura do show da agropecuária de Campos este ano..."

Coincidência?! Ah, tá! Sim ...sei!!!

QUEM PAGOU ESTA CONTA?

De acordo com informações do blog do Cláudio Andrade ontem próximo de Ururaí "alguns ônibus foram retidos pela Polícia Federal na BR 101. Segundo informações dois deles foram conduzidos para a sede da Polícia federal de Campos. Aguns passageiros foram interrogados, CPFs e nomes cadastrados pelos agentes e uma pessoa foi detida e encontrava-se nas dependência da polícia até hoje pela manhã."

Este blog recebeu informações complementares dando conta que no dia de ontem muitos ônibus partiram de Campos em direção ao Rio de Janeiro levando funcionários terceirizados e contratados da prefeitura de Campos para participar de evento politíco.

Como se não bastasse o abuso, estes funcionários foram obrigados a participar da atividade politíca pressionados nada mais nada menos pelos ocupantes dos cargos de confiança do governo municipal. Dentre estes posso destacar os da diretora da E.M. Cláudia Almeida, Olivía e da E.M.Farol de São Thomé Cenilda, ambas responsáveis pela mobilização naquela localidade. Não foi por acaso que a rodoviária do Farol ontem ficou com grande concentração de pessoas a espera do ônibus fretado especialmente para a ocasião.

Essa é mais uma evidência do triste papel que cumprem as diretoras de escolas indicadas por vereadores.

ÌNDICE DE VALORES HUMANOS MEDE DESENVOLVIMENTO

Indicador novo avalia satisfação de brasileiros com educação, saúde e trabalho. Brasil tem nota 0,59, em escala de 0 a 1

Renata Camargo

O Programa nas Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) lançou nesta terça-feira (10) um novo índice para medir o desenvolvimento no Brasil. O Índice de Valores Humanos (IVH), indicador inédito no mundo, vai mostrar a satisfação dos brasileiros em relação à saúde, educação e trabalho. A iniciativa segue na mesma linha da proposta de emenda à Constituição que pretende incluir na Carta Maior o direito à felicidade. Numa escala de 0 a 1, o Brasil obteve um IVH de 0,59.

“Formalmente o índice de valores e o índice de felicidade não têm nada a ver. Mas a gente faz parte do mesmo movimento de pensar no desenvolvimento humano com qualidade. Há vários pontos em comum: a ideia de pensar os processos, de envolver as pessoas, de pensar multidimensionalmente. Essa busca por qualidade é sinal do tempo que a gente está vivendo”, disse o coordenador do Relatório do Desenvolvimento Humano (RDH) brasileiro, Flávio Comim, responsável pelo IVH.

Leia mais sobre a PEC da Felicidade

Para Comim, a mensagem principal do relatório do IVH é que políticas de valor – ou seja, aquelas que envolvem estratégias de formação ou de mudança de valores – são importantes para a melhoria da qualidade da educação, da saúde, das relações no trabalho e fundamentais para reduzir a violência no país. Segundo o coordenador, o índice não terá apenas o objetivo de traçar recomendação para elaborar políticas públicas governamentais, como também servirá de base para o dia-a-dia do cidadão.

“Com o IVH, nós damos aos cidadãos as informações para que eles possam saber o que demandar e como atuar. Na prática, o que fazemos é uma sistematização de algo que a gente já sabe, só que nunca foi dito que valores são importantes”, disse Flávio. “É importante salientar que, quando falamos de políticas de valor, não estamos falando de grandes políticas governamentais, mas da política do dia-a-dia que o cidadão faz para melhorar a educação, a saúde e o ambiente de trabalho”.

Tempo na fila

O tempo de espera de atendimento em postos de saúde é elevado? Qual o grau de prazer e de sofrimento no trabalho? Há respeito, tolerância e responsabilidade na escola? A educação serve apenas para abrir portas no mercado de trabalho ou serve para formar bons cidadãos? A resposta para essas e outras perguntas podem ser encontradas a partir da pesquisa do Índice de Valores Humanos.

Para elaborar o IVH, o PNUD realizou uma pesquisa com 2002 pessoas, em 148 cidades do país, em 24 estados. Foram aplicados questionários que pediam o relato das vivências pessoas de cada um na saúde, na educação e no trabalho. O principal resultado da pesquisa mostra que o IVH do Sul e do Sudeste do país é superior ao IVH do Norte e do Norte do país, onde os brasileiros esbarram em mais dificuldades.

“O baixo valor da região Norte pode ser atribuído principalmente à dimensão de saúde: o IVH-S da região Norte é de apenas 0,31, valor 0,14 pontos inferior à média nacional, indicando piores vivências dessa população com o seu sistema de saúde. Essas piores vivências são um indicativo de baixos níveis de respeito nos processos de busca por saúde”, revela o relatório do PNUD.

De acordo com a pesquisa, 66,9% dos entrevistados consideraram o atendimento de saúde demorado na região Norte. Na região Sudeste, esse percentual é de 43,1%. Proporções semelhantes aparecem no indicador de valores humanos na dimensão da educação. Segundo o PNUD, 40,4% dos entrevistados no Norte do país consideram que educação serve para ingressar no mercado de trabalho, enquanto a maioria dos entrevistados nas demais regiões do país consideram a educação importante para formar bons cidadãos.

“Pensar valores e pensar desenvolvimento de maneira nenhuma tira a importância dos recursos que se deve aplicar na saúde, na educação e na própria promoção do crescimento econômico do país. Quando um professor decide chamar o aluno por um número e não pelo nome, isso não depende de recursos. Da mesma forma, quando um chefe insulta ou ofender seu empregado. Pensar valor é pensar a qualidade na qual esses valores influenciam na vida das pessoas”, concluiu Flávio Comim.

PRINCIPAIS NÚMEROS
Resultado da avaliação do IVH no Brasil

No Brasil
IVH geral = 0,59
IVH da Saúde =0,45
IVH da Educação = 0,54
IVH do Trabalho = 0,79

O IVH geral das regiões
Sudeste = 0,62
Sul = 0,62
Centro-oeste = 0,58
Nordeste = 0,56
Norte =0,50
Média do Brasil = 0,59

Leia aqui os resultados preliminares do relatório do Índice de Valores Humanos do PNUD

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

CONVITE

O Partido Comunista Comunista Brasileiro tem o prazer de convidar os militantes, simpatizantes e amigos para a seguinte programação:

- dia 12/08:

* a partir das 9h caminhada e panfletagem na área central da cidade (calçadão) com o candidato a Governador do Estado Eduardo Serra e com a candidata a deputada estadual Graciete Santana;

*a partir das 15h caminhada e panfletagem no calçadão com os candidatos Eduardo Serra e Graciete Santana;

*19h reunião no Clube Náutico no Farol de São Thomé com Eduardo Serra e Graciete Santana;

- dia 13/08:

* a partir das 9h da manhã caminhada e panfletagem no calçadão com o candidato a Presidência da República Ivan Pinheiro, a governador Eduardo Serra, deputado federal Hiran Roedel e a deputada estadual Graciete Santana;

* a partir das 15h caminhada e panfletagem no calçadão com os candidatos do PCB;

*19h reunião com os candidatos do PCB no Sindicato dos Bancários.

Contamos com a presença de todos.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

OXIGENANDO OS QUADROS DA PREFEITURA DE CAMPOS

No início desta semana li num blog que o Prefeito Nelson Nahin recebeu por parte de um vereador a sugestão de substituir dois secretários por não contribuirem em nada para a solução de problemas em suas pastas.

Penso que além destes é necessário mudar mais um quadro responsável por travar a máquina administrativa tanto por fidelidade ao antigo "patrão" como para mostrar serviço as custas do sacrifício alheio.

O nome em questão é o mentor intelectual, a título de economia, do fechamento de aproximadamente 20 escolas municipais localizadas na área rural, numa demonstração clara de insensibilidade em relação a educação pública.

Além disto, há indícios de que este mesmo quadro da governo municipal se enaltece com os demonstrativos que apresenta com "economia" de gastos públicos, só se esquece de dizer que a queda dos números são em decorrência do não pagamento aos prestadores de serviços na área de transportes e outros à Prefeitura de Campos. Tem prestador de serviço que não recebe há quatro, cinco meses consecutivos.

A pergunta que não quer calar é: desde quando fechar escola e ficar devendo aos outros é sinônimo de economia?

Segundo corre a boca pequena o nome dele é SULEDIL BELARMINO.

OPORTUNISTAS DE PLANTÃO

O blog DIGNIDADE...traz um post onde deixa claro a ação de oportunistas de plantão. Aliás, o comportamento destes são perfeitamente previsíveis. O que interessa é estar bem com o poder constituído, posando para foto e tudo mais. Para estes não importa o palanque desde que faça parte dele.
Pessoas assim desconhecem o significado da palavra ideologia, pois os interesses pessoais estão acima de qualquer coisa.
A vereadora Odisséia é um dentre muitos exemplos deste jogo de interesses pessoais e protagonista em evidência da política equivocada que pauta suas ações.
Leia o que diz DIGNIDADE...
"em uma inauguração do Centro de Referência da Assistência Social (Cras) do Parque Guarús, a vereadora Odisséia, teria sido vaiada após declarar que a população de Campos não estaria sentindo saudades da prefeita cassada Rosinha Garotinho.
Pois bem, a vereadora Odisséia parece estar acendendo uma vela a Deus e outra ao diabo, dias atrás a mesma participava de encontros que buscam uma nova alternativa política para Campos dos Goytacazes, onde o debate girou em torno de uma ruptura do modelo de gestão pública dos últimos 20 anos onde criador e suas criaturas se revezam no poder, administrando a cidade conforme seus interesses e ontem, a mesma estava no palanque prestigiando aqueles que estão dando continuidade ao modelo de gestão tão criticado.
Algum tempo atrás este blogueiro falou que faltava assessoria à vereadora Odisséia, mas parece também que falta inteligência e experiência política, onde erros primários são cometidos pela nobre vereadora constantemente.
Entendam:
Guarus é reduto eleitoral de quatro vereadores que dão sustentação a este governo, Magal, Kellinho, Altamir Barbara e Albertinho, que exaltam a prefeita cassada Rosinha a todo tempo, aí me aparece a vereadora Odisséia em um palanque que contradiz seus discursos e critica o ídolo daquele pessoal que ali se fazia presente na inauguração do CRAS.
Ingenuidade, contradição, falta de experiência e de assessoria?... Podemos dizer que tudo e mais um pouco, até porque a vereadora parece estar atirando para qualquer lado para tentar estar em visibilidade a qualquer preço.
Podemos sim dizer que o clima da cidade pode ser outro, mas também sabemos que este clima é passageiro, e o fogo logo irá nos consumir novamente, pois a mudança de prefeito não significa mudança e sim continuidade do que já havia sendo realizado com assinatura diferente.
A nobre vereadora Odisséia tem que descer do muro e decidir a quem realmente dedica as velas que ascende, a Deus ou ao diabo."

terça-feira, 3 de agosto de 2010

A CRISE DA CLASSE MÉDIA AMERICANA

ttexto enviado por Luis Cláudio Duarte

Cada vez mais me convenço que Clio [a musa grega da História] é mui vingativa e que a vingança tem realmente um sabor doce. Se os ianques não fossem em geral tão boçais [e o analista mais radial na análise] eles fariam como os europeus para entender as causas estruturais, mais profundas, do que lhes acontece: lançar-se-iam também na corrida para comprar e ler O Capital [que na Europa tem batido recordes de venda, especialmente na Alemanha]. A macro explicação para o fenômeno analisado, especialmente para o que está marcado em verde escuro encontra-se lá, no capítulo XXIV: A Lei Geral da Acumulação Capitalista que, como toda tendência pode sofrer os efeitos retardadores de contratendências, no caso, as decisões políticas da burguesia ianque pressionada pela Guerra Fria que ela mesma havia criado e pelo processo que então ocorria de crescimento do chamado "socialismo realmente existente" e pelos movimentos de libertação nacional. Esse tal de Karl Marx era porreta mesmo e esse negócio de materialismo histórico funciona. Como os ianques não leram Marx estão se deixando levar facilmente por agrupamentos fascistas, como o tal Tea Party e cresce o risco de um governo fascista nos USA, isso sim, um grave risco à segurança mundial.
coluna mensal do Belluzzo no Valor... se a análise não é grande coisa, as evidências por outro lado apontam num sentido claro de agudização das contradições nos EUA... e para respostas, digamos, mais para a direita...

A crise da classe média americana


Luiz Gonzaga Belluzzo
03/08/2010

O jornal "Financial Times" publicou, no fim de semana, uma extensa reportagem sobre a crise da classe média americana. A matéria de Edward Luce, chefe da sucursal do FT em Washington, relata as agruras da família de Mark Freeman, ameaçado de perder a casa por inadimplemento de três prestações e obrigado a pagar mais caro pelo plano de saúde. Esses percalços familiares acontecem em meio à deterioração da vizinhança, devastada por residências abandonadas, pela invasão de traficantes e pela constância de tiroteios entre bandos criminosos. A família Freeman, mãe e pai, faturam US$ 70 mil por ano, uma renda 30% superior à média das famílias americanas.

Edward Luce adverte que a crise da classe média americana não é fruto da Grande Recessão, iniciada em 2007, mas é um fenômeno de longo prazo. Desde 1973 até 2010, o rendimento de 90% das famílias americanas cresceu apenas 10% em termos reais, enquanto os ganhos dos situados na faixa dos super-ricos - a turma do 1% superior - triplicou. Pior ainda: a cada ciclo a recuperação do emprego é mais lenta e, portanto, maior é a pressão sobre os rendimentos dos assalariados. Até meados dos anos 70, é bom relembrar, o crescimento econômico foi acompanhado do aumento dos salários reais, da redução das diferenças entre os rendimentos do capital e do trabalho e de uma maior igualdade dentro da escala de salários. Em artigo publicado na revista "Science & Society" de julho de 2010, o economista Edward Wolff sustenta que a evolução miserável dos rendimentos das famílias americanas de classe média foi determinado pelo desempenho ainda mais deplorável dos salários. Entre 1973 e 2007 os salários reais por hora de trabalho caíram 4,4%, enquanto no período 1947-1973 o salário horário cresceu 75%. A despeito da queda dos salários, durante algum tempo, a renda familiar foi sustentada pelo ingresso das mulheres casadas na força de trabalho. Entre 1970 e 1988 elas aumentaram sua participação de 41% para 57%. A partir de 1989, no entanto, o ritmo caiu vertigiosamente.

Nos anos 90, americanos e europeus travaram uma acirrada disputa em torno das qualidades dos seus "modelos" de economia e de sociedade. Os americanos, apoiados por um incrível aparato de propaganda, divulgam as maravilhas do "american way": estavam crescendo mais rápido do que seus competidores e criando muito mais empregos. Enquanto os europeus amargam taxas de desemprego que chegam a 12%, calculada sobre a população em idade de trabalhar, Tio Sam podia orgulhosamente exibir ao mundo apenas 5% de desocupados. O desempenho ianque foi, de fato, impressionante, se avaliado pelos modestos padrões das duas últimas décadas. No entanto, se essas façanhas fossem comparadas com os anos gloriosos do imediato pós guerra - as décadas dos 50 e dos 60 - o sucesso de ontem seria o fracasso de anteontem.

Em seu livro "A Consciência de um Liberal", Paul Krugman apelidou o período que vai dos anos 30 ao início da década dos 50 de "A Grande Compressão". A despeito da precariedade dos dados, as estimativas de Simon Kuznetz ajudaram Krugman a concluir que a "grande compressão" envolveu não só o crescimento mais rápido dos rendimentos das categorias sociais situadas na base da pirâmide, como decorreu também do "empobrecimento" das camadas superiores. Esses dois movimentos foram sustentados por três forças, na opinião de Krugman: de baixo para cima, a sindicalização incentivada por Roosevelt impulsionou a elevação dos salários reais e, ao mesmo tempo, o Social Security Act de 1935 passou a proteger os mais débeis "dos sérios problemas criados pela insegurança econômica na sociedade industrial"; de cima para baixo, a brutal elevação da carga tributária e o caráter progressivo dos impostos surrupiaram a renda dos mais ricos; finalmente, a baixa intensidade da concorrência externa permitiu às empresas americanas abiscoitar os lucros proporcionados pela sustentação da demanda interna.

A arquitetura capitalista desenhada nos anos 30 sobreviveu no pós-guerra e, durante um bom tempo, ensejou a convivência entre estabilidade monetária, crescimento rápido e ampliação do consumo dos assalariados e dos direitos sociais. Entre 1947 e 1973, na era do Big Government, como a denominou o economista keynesiano Hyman Minsky, o rendimento real da família americana típica praticamente dobrou. O sonho durou trinta anos e, no clima da Guerra Fria, as classes trabalhadoras gozaram de uma prosperidade sem precedentes.

Nessa época de vacas magras para o emprego e para os rendimentos, os lucros foram gordos para os especuladores financeiros e para as empresas empenhadas no outsourcing e na "deslocalizaçã o" das atividades para as regiões de salários "competitivos" . Robert Kuttner escreveu no New York Times que Obama e seus economistas salvaram Wall Street da derrocada financeira, mas não responderam às preocupações manifestadas nas pesquisa de opinião pelos americanos atormentados, em sua maioria, pelas perspectivas de um crescimento pífio do emprego e dos salários. O superconservadorism o do Tea Party se apropria de uma parte do descontentamento popular, faz muito barulho, mas não consegue oferecer aos cidadãos americanos soluções críveis para atenuar as desgraças da anomia social e da destruição dos nexos básicos da sociabilidade, inclusive os familiares.