O VERDADEIRO ESPÍRITO DA REUNIÃO COM O PREFEITO 03 DE DEZEBRO

A reunião ocorrida no dia 03 de dezembro entre o SEPE e - representado pelo Professor Amaro Sérgio, Dr. Alexandre e eu - o governo foi um verdadeiro balde de água fria sobre nossa expectativa quanto aos pontos de reivindicação da rede municipal de educação. Tanto que, até eu conseguir absorver minha decepção decidi não falar disso no blog para não desestabilizar o ânimo da categoria.

Primeiro que, marcamos a conversa com o Prefeito e chegando lá nos deparamos com vários segmentos do governo o que, foi bom no sentido de identificarmos que setor do governo vem travando os avanços na luta da categoria.

Nossa conversa começou pelo FUNDEB já que, reunimos contracheques de vários profissionais onde em alguns constava "FUNCIONÁRIO 100% PAGO COM FUNDEB" e outros nenhuma referência a isso. Logo de início o Prefeito se desculpou dizendo que foi um erro e que este seria consertado no próximo mês. Nos apresentou um relatório do que tem sido gasto na educação e nos informou que a verba do FUNDEB é usada para pagar parte dos salários dos professores e que a prefeitura em momento nenhum cogitou em pagar qualquer valor extra a título de abono.

Disse para ele que, a categoria quando cobra o FUNDEB é justamente no sentido de um pagamento extra e o Prefeito repetiu que, isso não é possível.

Sobre o PCCS da categoria o Prefeito disse que, acha difícil as emendas - necessárias- realizadas por uma Comissão formada por representantes do SEPE, da SMEC, da Secretaria de Administração e Siprosep, serem votadas antes do término deste ano. Neste momento expressamos nossa indignação pois, os entes envolvidos neste processo devem ser respeitados e a conclusão deste trabalho carece tão somente de vontade política. Se a Câmara votou em dezembro de 2009, às pressas, um PCCS que prejudica a categoria da educação porque então não se empenhar em votar num que representa uma perspectiva qualitativa para a categoria?

Neste sentido, reafirmamos nosso pleito para que tanto a SMEC quanto o Prefeito produzam um esforço para enviar o PCCS para Câmara em tempo hábil para que a categoria seja verdadeiramente beneficiada por ele.

Quanto a convocação dos concursados de 2008 o Prefeito manifestou o desejo que isso se torne realidade, desde que dentro da legalidade, e neste ponto Dr.Alexandre informou que o ambiente está criado para que a convocação seja viabilizada pois no dia 15 de dezembro tem uma audiência marcada na 5ª Vara Cívil onde o assunto será debatido pelo SEPE e o representante do governo municipal junto ao Juíz para que através do entendimento isso possa ser feito.

Durante a reunião o clima ficou tenso em alguns momentos sem, no entanto interferir no nosso propósito de discutir a pauta de reivindicações.

Abordamos a necessidade de reativação das escolas rurais fechadas no início de 2010, a necessidade de construção de novas unidades escolares para atender a demanda reprimida e por fim a política de transferência de verba pública para a rede privada através do programa de bolsas de estudo e solicitamos respeito ao Plano Municipal de Educação quanto ao limite do número de alunos por turma.

Sobre a eleição direta para diretores de escola Nahin afirmou concordar com a medida mas, prefere que esta ocorra de acordo com o cronograma aprovado pelo Plano Municipal de Educação, ou seja, final de 2011.

Único momento de aparente descontração pelos presentes na reunião do dia 03/12 foi o anúncio, pelo Prefeito, da liberação de bolsas universitárias para professores da rede municipal. Esta medida tem a sua importância apesar de grande parte da categoria já possuir formação universitária. Hoje é preciso pensar em como garantir prosseguimento nos estudos dos professores através de cursos de pós- graduação.

Enfim, a reunião nos proporcionou a oportunidade de apresentação da pauta de reivindicações da categoria apesar de concretamente nada ter sido resolvido. No momento em que tivermos a solução dos problemas que dependem exclusivamente da vontade política do Chefe do Executivo, aí sim, poderemos constatar, ou não, o avanço das negociações.

Por enquanto, resta-nos esperar e torcer para que as reivindicações sejam atendidas.