terça-feira, 20 de julho de 2010

SALVE O LICEU DE HUMANIDADES DE CAMPOS!

Mensagem da professora liceísta aposentada,
Marly Chacur Hauaji, enviada, por e-mail, à coluna
"Ponto Final", da "Folha da Manhã" , em 18/07/2010.

Sou uma leitora assídua de sua coluna e o admiro muito.

Mas tenho lido umas abordagens sobre o caso do Liceu e gostaria de
me manifestar sobre elas.

.Sou professora aposentada do LHC, com 30 anos de magistério.
Conheci a clientela dos anos 70 e a atual. De fato, grandes nomes
passaram por essa escola. Mas, o descaso do governo pela educação
contribui para a atitude tomada pela Diretora Celina. Por isso,
defendo que, antes de ser tão criticada, deveria ser ouvida, pois
nada do que foi dito a favor dela foi publicado ou divulgado. Fica
uma estranha sensação de algo orquestrado, deliberadamente plantado
para tirar a Diretora da escola, juntamente com sua equipe! Não sei
não, mas tudo indica, pelo estardalhaço, que esta mãe estava
orientada ou a serviço de alguém.

Ela é uma boa administradora, interessada pelo bom desempenho da
escola. Somente quis proteger os alunos dos maus elementos que a
sociedade hoje fabrica.

As coisas não são bem assim como a mídia relatou. Entrevistas
com professores e pais que eram a favor de tal medida foram
ocultadas nas reportagens.

A câmera do banheiro não estava escondida e duas diretoras foram
de sala em sala avisando da colocação da tal câmera.

Uma funcionária que tem uma filha estudando em outra escola
pública disse que a filha não estava indo à escola pois estava
ameaçada de ser navalhada dentro do banheiro.

A atitude da mídia permitiu que vários blogs (felizmente, os mais
sérios nem trataram do assunto) difamassem a diretora e todos
sabemos da sua integridade. É uma profissional competente, dedicada,
que administra por amor, pois já poderia ter se aposentado! É
rigorosa no cumprimento de sua missão, pois se assim não fosse não
teria recuperado a escola, tirando-a da situação de caos
administrativo em que se encontrava!

São flagrantes e verdadeiros o sucesso de alunos do Liceu em
projetos do Governo do Estado (como o que premiou vários alunos com
laptops) e aprovação, em primeiro lugar, em escolas do Município,
como o IFF.

Acho que o caminho aberto para essa mãe foi muito bom, pois
notícias piores de Campos não são noticiadas tão rapidamente no
Jornal Nacional.

Ninguém levou em consideração que a intenção não era a de
ferir nenhuma lei e,sim, proteger os alunos.

Se não há chance de novas contratações de pessoal administrativo
para fiscalizar os banheiros, pois existe o famigerado
“quantitativo”, o jeito foi lançar mão de tecnologia de ponta.
Se o senhor visitar o Liceu, ainda vai encontrar lá o estrago
provocado pela última bomba estourada em um dos banheiros: duas
cubas e um vaso quebrados, além dos visíveis chamuscados causados
pelo fogo que se alastrou no interior do mesmo.

Apesar de ter me aposentado em 2006 ainda freqüento a escola( como
amiga da escola)por isso me sinto bem à vontade para expor o meu
ponto de vista.

Ratifico todas as suas palavras. Nem sempre o que parece,
é o que é, sendo interessante e democrático ouvir as partes envolvidas.
Pré-julgamento como forma
de alimentar sensacionalismo,
também não é exercício
de cidadania, nem preservação da honra!
Todos amamos o Liceu apaixonadamente, independente de tempo
e espaço!
Por issso mesmo, bom senso, serenidade,
solidariedade,
lucidez e equilíbrio é tudo que a comunidade
liceísta precisa neste momento!
É o mínimo que podemos oferecer ao nosso amado, por tudo "que fez" e ainda faz
pela educação (vejam resultado do último ENEM)!
Ao companheiro Fernando Leite, obrigada pela isenção e ética na postagem!
Aos amigos que não postaram, a certeza de que muitos liceístas se sentiram reconfortados pelo
silêncio!
Ao meu "guru" Sérgio Provisano, um puxão de orelhas, portador da certeza de que o nosso
hino continua de pé e entoado, em nossas almas, a todo instante como grito de resistência
na defesa implacável de nossos ideais educacionais, morais e afetivos!
"Liceístas, sempre avante
pela glória do Liceu!"
A todos, um forte abraço. Cristina Lima

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