segunda-feira, 31 de maio de 2010

ATO DE COVARDIA:DE QUEM?

Por Eduardo Peixoto*
Artigo publicado na edição de domingo no Jornal Folha da Manhã
Não se escuta outra expressão do marido da prefeita de Campos, tentando se defender, que não seja: Isso é covardia!
Mas, segundo a Wikipédia, covardia “É o oposto de bravura e de coragem. É atacar sabendo que o adversário não poderá defender-se”. E então, cabe ou não cabe defesa? De que o ex-governador tem tanto medo? Casal, definitivamente, isso não é covardia.
Covardia é terceirizar a merenda escolar, a limpeza e até mesmo a segurança das unidades de ensino. Covardia é honerar os cofres públicos com todas essas terceirizações que transferem responsabilidades, beneficiam apadrinhamentos e soterram a proposta pedagógica das escolas.
Covardia é não permitir que a comunidade escolar eleja democraticamente a direção das escolas. Distribuir as escolas como feudos a seus senhores para que presenteiem os seus fiéis cabos eleitorais com um DAS... isso sim é covardia.
Covardia é deixar de oferecer condições mínimas de acesso à saúde pública e de qualidade. É deixar o pobre esperando meses, anos, na fila do hospital público por uma cirurgia de emergência... isso se ele aguentar esperar.
Covardia é tornar o DAS e a terceirização únicos atrativos laborativos de uma cidade que recebe uma fortuna de royalties. Os royalties entram em Campos e os desempregados saem para Macaé e regiões vizinhas em busca de emprego. Covardia é não ser transparente.
Covardia é fazer populismo com a miséria alheia. É dar o peixe (mísero e insuficiente) em vez de dar condições de pesca a quem necessita. Isso é formar cidadãos viciados e dependentes e não lhes dar acesso a nenhum tipo de recuperação. Não oferecer formação e emprego é covardia.
Covardia é realizar licitações nada transparentes beneficiando, em regime de revezamento, seus investidores de campanha.
E só mais uma curiosidade: em se falando em fanatismo pseudo-religioso – quem será Davi e quem será Golias? Quem será o bem e quem será o mal?

Artigo publicado na edição de domingo na Folha da Manhã

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