No afã de compreender o que acontece no município de Campos, movida pelo desejo de vislumbrar uma saída para a crise estrutural oriunda do modelo da política local incorporado ao cotidiano da população, uma cena comum chamou-me a atenção.
Hoje me vi observando uma criança diante do vídeo game. Sem entender direito a lógica do jogo, fiz algumas indagações sobre as regras do mesmo, ao que a criança respondeu que se tratava de um jogo em que havia muitos obstáculos e que ao iniciá-lo havia algumas chances (vidas) que ele recebia para tentar vencê-los para chegar ao final com os pontos que lhe garantiriam a vitória.
A esta altura, voltei a perguntar sobre o que acontecia se ele não conseguisse superar os obstáculos e prontamente respondeu: "aí, se não conseguir atravessar cada obstáculo eu "suicido" e perco o jogo."
Fiquei encantada com a resposta. O jogo tinha como objetivo levar a criança à superação e preservação das "vidas" para obter sucesso. Interessante!
Neste momento a comparação foi inevitável.
Aquela conversa despretensiosa me levou a uma reflexão sobre nosso município. A impressão clara é que há alguém segurando uma “manete”, como aquele garoto.
Os obstáculos são muitos e esta “pessoa” não está conseguindo alcançar os objetivos e sucumbe a cada tentativa de avançar. Está faltando sensibilidade para perceber que, ao não superar os problemas existentes na Educação, na Saúde, na Segurança Pública, etc. o fracasso é certo.
A conjuntura atual tem levado “aquele” que pensa estar no controle à operações suicidas. Até quando persistirá a decisão em cometer os mesmos erros?
Ou será que o acúmulo de derrotas não têm sido suficientes para “levá-lo” a despertar para a realidade?
Nenhum comentário:
Postar um comentário