O BLOG DIGNIDADE faz uma avaliação coerente sobre o possível fim do período do "garotismo" em Campos. Melhor do que o fim deste ciclo seria a possibilidade de ruptura com o modelo vigente, com condições dadas para o surgimente de uma terceira via para oxigenar a dinâmica da política local, com propostas que possam representar avanços para a municipalidade.
Entretanto, é certo que para isto se tornar uma realidade será necessário um trabalho persistente, que influencie uma mudança de mentalidade. Não basta promover arremedos de mudança, nem remendar aqui ou ali, a saída para a situação caótica em que vive o povo campista deve ser marcada por uma transformação profunda.
Eis o que pensa Dignidade:
"BAIXA POPULARIDADE (rejeição):
Para Garotinho assumir que sua popularidade não é das melhores, é porque a rejeição é muito maior do que podemos supor.
Vamos voltar à campanha de Rosinha para a prefeitura de Campos, lembrando que Garotinho manteve-se nos bastidores, preferindo praticamente esconder-se para não atrapalhar ou aumentar o grau de rejeição, o que poderia pôr a candidatura de sua esposa em risco. O êxito do grupo político em questão estamos sentindo na pele hoje, dentro do atual contexto político, porém, esse grau exacerbado de rejeição atualmente estende-se à Rosinha, não é mais privilégio de seu marido Garotinho. Supondo Garotinho como prefeito de fato e Rosinha prefeita de direito, pode-se projetar toda a rejeição de Garotinho à Rosinha, num processo de transposição de impopularidade.
O crescente índice de rejeição atribuído à Rosinha deve-se principalmente à característica insensível de lidar com os problemas da população, visto que a arrogância sobrepõe- se às questões que afetam o povo. O governo parece agir com mãos de ferro, não porque querem pôr ordem na casa, como afirmam alguns de seus partícipes, mas porque sobe num pedestal sob o argumento do poder instituído, esquecendo-se que esse “poder” deve-se ao anseio popular por dias melhores. Esquecem-se também, ao massacrar as categorias de trabalhadores, que estes somam muitos números que também contavam com dias melhores, com respeito e valorização que os foram prometidos, mas que futuramente sem esses números o grupo político passa a ter menos peso e menores possibilidades nos momentos eleitorais e em relação às vitorias que tanto almejam.
APOIO PARA 2010 E UMA GRANDE DEBANDADA ATÉ 2012
O apoio recebido pelo referido grupo político assim que assumiu a prefeitura não lhes confere a maioria até o final do mandato, até porque muitos que se aliaram hoje ao governo são os que se apóiam facilmente em quem estiver no poder. Numa possível e não muito distante derrota para o governo do estado, aqueles que os apóiam hoje mas pretendem uma vida política longa abandonarão o barco ao observarem o provável naufrágio, já que a derrota para o governo do estado implicaria na comprovação de um alto grau de impopularidade que pode estender-se a quem insista em continuar no mesmo barco.
O FIEL DA BALANÇA
Analisando as últimas eleições municipais, percebemos que é praticamente impossível termos um candidato eleito em primeiro turno, mesmo sendo um candidato tendo a máquina pública em mãos, somando-se ainda o grande índice de rejeição.
Sabendo que a cidade é dividida, em sua maioria, em dois grupos A e G, é fato que o grupo A permanece votando tanto no primeiro quanto no segundo turno em seu respectivo candidato, e a mesma regra vale para o grupo G. No entanto, há um terceiro grupo, menor, porém, que podemos chamar de fiel da balança. Este procura por uma terceira via que dificilmente consegue estabelecer-se em Campos, em âmbito político, no segundo turno os dois candidatos “eleitos” pelos dois grupos maiores têm a seu favor e contra esse terceiro grupo que enfim define o rumo das eleições.
Nessa hora, a impopularidade é fator preponderante e determinante para que o fiel da balança decida quem governará o município nos próximos quatro anos.
INAUGURAÇÕES DO GOVERNO E A MEMÓRIA DO POVO
É perceptível que uma das táticas de campanha em 2012 será a ampliação do show de inaugurações para, quem sabe, ludibriar o povo, no entanto, difícil é fazer o povo esquecer o tanto de desilusão e sofrimento que este tem vivenciado no cotidiano ao depara-se com a precariedade da oferta de serviços públicos fundamentais.
CONCLUSÕES FINAIS
Na verdade, quem precisa “abrir a cabeça” não é o povo, mas sim o chefe da cúpula para entender que a rejeição que o mesmo vem obtendo em Campos e no estado não é de hoje, mas sim de muitos anos e o exemplo disso foi a sua ausência na campanha de Rosinha. É importante que o ex-governador contente-se com os votos dos que fazem parte do grupo dos “garotistas” e não iluda-se com a pretensão de conquistar novos adeptos ao seu “carisma” de governar."
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