segunda-feira, 3 de maio de 2010

NÓ NA GARGANTA

Ao ler o texto do Cristovam Buarque "O Brasil é um incinerador de cérebros" a minha primeira reação foi um nó na garganta, acompanhado de um enorme sentimento de perda.

Muitas vezes nos ocorrem pensamentos que não conseguimos expressar e este é um deles. Não precisamos ir tão longe, no "Brasilzão de meu Deus", para nos depararmos com o desleixo do governo com a Educação. Isto está mais próximo do que pudemos imaginar algum dia.

Basta olhar para a Educação do nosso município, em que 12 escolas foram fechadas. Quantos cérebros estarão sendo queimados com esta atitude insana?

Seja quem for o mentor do fechamento dessas escolas, certamente é alguém que não gosta da educação, não gosta de gente que se tivesse oportunidade, algum dia, poderia vir a ser um GRANDE SER. Só não o será por ter sido uma inteligência abortada na primeira infância.

Depois do nó na garganta o sentimento de indignação se manifesta. Indignação esta que se transformará em luta, sempre. Incansável, em denunciar os inimigos da educação.

Onde já se viu abandonar as crianças da zona rural do município? Justamente onde existe um alto índice de anafalbetismo, onde muitos jovens não concluíram seus estudos porque tiveram que se inserir no mundo do trabalho. Foi este o lugar escolhido para fechar escolas.

É um crime bárbaro contra a Educação, contra nossas crianças, contra tudo que consta na legislação que rege a educação pública. Sobretudo, é uma afronta as pessoas de bem do nosso município.

De qualquer forma, estaremos na luta por educação pública, gratuita e de qualidade, sempre. Doa a quem doer!

"Ao nascer, cada ser humano traz o imenso potencial de um cérebro vivo
e virgem. Como um poço de energia a ser ainda construído: pela
educação. No Brasil, treze porcento dos adultos são analfabetos,
apenas trinta e cinco porcento concluem o ensino médio; destes, só a
metade tem uma educação básica com qualidade acima da média. Portanto,
oitenta e dois porcento ficam impedidos de escrever, todos os livros
que escreveriam são queimados antes de escritos.

Como se o Brasil fosse um imenso crematório de inteligência."

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