domingo, 9 de maio de 2010

EDUCAÇÃO DO CAMPO

Por Marcelo Viana
A construção da política pública da educação do campo deve ser assumida como política de Estado. Muitos camponeses e camponesas possuem direitos à educação de qualidade, de dignidade humana.
O princípio da Política Pública não é uma política afirmativa de correção de dualismos entre campo-cidade, ela baseia-se nos princípios dos direitos humanos universais, como na manutenção das identidades camponesas, na reafirmação dos sujeitos coletivos organizados, na valorização da rica e secular cultura popular camponesa, no fortalecimento do processo formativo a partir do trabalho, na construção do currículo integrado e em alternância, assim como no processo de trabalho no campo.
Lutamos sim, para dizer que o campo não é espaço apenas de produção, mas sim de vida!
O campo nesta perspectiva da produção, já expulsou diversos trabalhadores e trabalhadoras para as periferias urbanas, desde a modernização da agricultra nos anos 50 num modelo de desenvolvimento de estado urbano-cêntrico. Esta lógica aprisionou por muito tempo os camponeses, tornando-os em especial neste espaço fluminense até em escravos.
Portanto, a educação do campo tem papel fundamental na construção de um novo projeto de sociedade: mais justa e livre no processo de democracia neste país. Em tese, seu princípio fundante é recolocar na agenda pública a discussão sobre a reforma agrária como elemento principal, na garantia de direitos, na função social da terra e no dever do Estado. Esperamos que os gestores municipais de todo o Brasil possam avançar nesta perspectiva.

c/ carinho
Marcelo C. Vianna
Geógrafo & Tecnologista em Geoprocessamento
55 21 78668800/ 55 22 99031363
Nextel: ID: 10*35235

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