Compromisso com a Educação Pública! Esta deve ser a bandeira da sociedade. Se não são investidos os 25% mínimos estabelecidos pela lei de Responsabilidade Fiscal, para onde os governos vão levar a educação pública?
Não há dúvida, que o sucateamento da escola pública esconde a intenção, que para nós educadores é clara, de privatizar. E a pergunta que não quer calar é: ONDE VÃO ESTUDAR OS FILHOS DOS TRABALHADORES?
A educação pública é uma garantia Constitucional, fortalecida pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação. A Lei tem sido grosseiramente desrespeitada. Os ataques vem de todos os lados. Se não houver um basta para esta situação, não tardará o dia em que não haverá mais professores. Exemplo disso é o que ocorre na UENF. Abre-se um processo seletivo para professores e não há candidatos suficientes para garantir a execução do concurso para preenchimento das vagas existentes.
Na rede estadual de ensino a situação é preocupante diante do número de pedidos de exoneração que ocorrem mensalmente, devido ao piso salarial alvitante, de pouco mais de R$ 700,00. Como se isso não bastasse, ainda nos deparamos com condições insalubres de trabalho, violência no âmbito do espaço escolar e ausência de investimento no que é prioritário para as garantias de uma escola pública de qualidade. Ou será que alguém acredita que a climatização das escolas públicas garantem ensino de qualidade?
Os investimentos devem começar na garantia de qualificação para os profissionais de educação e ainda, possibilitar um ambiente escolar propício para a construção do conhecimento e, sem dúvida em salários dignos para os profissionais de educação.
No que tange a esfera municipal,no caso de Campos, vivemos o total descaso do poder público com a educação. Escolas fechadas, crianças e adolescentes sem garantias de conclusão de seus estudos, escolas sucateadas,turmas lotadas e número de professores aquém para atender a demanda existente.
A solução dada pelo governo municipal para encobrir as mazelas da educação pública são insuficientes para que elas sejam solucionadas.
Ou será que há quem acredite que, merenda terceirizada, assessoria pedagógica terceirizada, profissionais administrativos terceirizados, carência de professores supridas por "dobradinhas", diretores indicados, escolas do campo fechadas,etc oferecem alguma garantia para uma educação de qualidade?
A sociedade deve acordar para esta realidade. Precisamos, todos, nos mobilizar para cobrar que, todas as crianças de Campos tenham um atendimento digno na educação, que os jovens e adultos, inseridos no mercado de trabalho, possam ter o EJA para
concluir seus estudos. E que, principalmente, haja ampliação da rede de escolas municipais.
Devemos dizer não ao abandono da educação de nosso município e ao fechamento de escolas.
Tenho dito!
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