quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

GRATIFICAÇÃO NÃO É SALÁRIO!!!

O governo estadual anunciou que vai pagar bônus de R$500,00 reais, sexta feira (23), para professores e funcionários administrativos Os aposentados não receberão o bônus.

Devemos estar atentos para o fato de que esse bônus faz parte do projeto meritocrático do Secretário de Educação Wilson Risolia. A meritocracia estimula o individualismo e acirra o espírito de competitividade dentro das unidades escolares e, mesmo entre elas. É um mecanismo em que há metas concretas a serem atingidas para que se faça jus ao "prêmio" sendo que os critérios de avaliação são subjetivos, considerando a realidade das escolas estaduais.

Enquanto um número mínimo de profissionais são "premiados" a maioria é "castigada". É o início da caça as "bruxas". Os supostos "culpados" começam a sofrer pressão por parte de seus colegas, pelas metas não atingidas. Enquanto o projeto do governo divide a categoria da educação entre os "bons" e "maus" o arrocho e retirada de direitos é intensificada.

Devemos pensar na importãncia da mobilização de TODOS profissionais de Educação para enfrentar a dura batalha contra o Plano de Metas do Risolia. Vamos dizer - JUNTOS - não a meritocracia.

Diante da precariedade dos salários da educação estadual muitos vão considerar um alívio o bônus a ser creditado dia 23/12 . Diz o adágio popular que "dinheiro é como chuva, a hora que chega é bom". Entretanto, tratando-se de uma categoria a quem compete formar opinião, faz-se necessário observar o ônus que a política de gratificaçõs traz.

Gratificação não é salário. Além disso, os profissionais de educação da rede estadual não podem contar com ela no seu orçamento mensal.

A luta da educação estadual consiste na mobilização contra o nefasto plano de metas - não á meritocracia - do Risolia. Não a privatização da educação pública.

As consequências negativas deste modelo para a educação se concretizam com o fechamento de escolas, fim de turmas do EJA e do ensino fundamental, etc. Professores excedentes, insegurança profissional, cumprimento da carga horária em até cinco escolas, retirada de direitos - extraclasse perdem direito a aposentadoria especial (25 anos de trabalho/51 anos de idade).

É necessário a implementação de politicas de valorização profissional, condições dignas de trabalho, respeito profissional, segurança, etc, como garantia de qualidade da educação pública e gratuita.

Para transformar a realidade imposta á educação estadual precisamos estar mobilizados e dispostos para a luta.

Ousar lutar. Ousar vencer!

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