sexta-feira, 5 de março de 2010

VIVA O DIA INTERNACIONAL DAS MULHERES

Em 8 de Março de 1857, na cidade de Nova Iorque, aproximadamente 130 mulheres morreram queimadas no seu local de trabalho.
O motivo?
Reivindicavam melhores condições de trabalho e equiparação de salário ao dos homens.
Esta data, mundialmente conhecida, não é de comemoração, mas de luta, principalmente quando, mais de um século depois, as condições ainda não são totalmente favoráveis às mulheres:

· Em 2008, a percentagem das mulheres economicamente ativas saltou para 43,1%, ante os 40,1% em janeiro de 2003, mas a mesma pesquisa mostra que, ainda assim, as mulheres têm salários um terço mais baixos que os dos homens, ao mesmo tempo em que são 60% da população com, pelo menos, o ensino médio completo frente aos homens, que são minoria com educação completa (fonte IBGE);
· A Lei Maria da Penha, em vigor desde 2006, garante o direito à não-violência, mas na prática as mulheres permanecem sendo alvo da violência física, psicológica e moral praticada por seus parceiros e patrões. As péssimas condições de trabalho e os frequentes assédios sexuais e morais também são formas de violência e não estão previstos na lei;
· A saúde pública permanece precária, mas a saúde das mulheres é totalmente esquecida. O número de casos de mulheres infectadas por doenças sexualmente transmissíveis é assustador, principalmente na faixa etária de 13 a 19 anos, quando as campanhas pelo uso dos preservativos são sempre contra o vírus da AIDS. Da mesma maneira, a assistência à mulher na gravidez não fica atrás. Vários casos casos de morte de mães e filhos por infecções hospitalares não foram noticiados, principalmente com relação à prática do aborto! A rede de hospitais públicos não oferece o serviço de maneira transparente, o que leva as mulheres a recorrerem às clínicas clandestinas, tendo sua gravidez interrompida de forma violenta e irresponsável;
· As condições de trabalho também não mudam muito. Trabalhadores são submetidos à horas intensas de trabalho, sobretudo aqueles que atuam na prestação de serviços. São horas à fio em frente ao computador e, no caso do telemarketing, no atendimento telefônico sem cumprimento dos intervalos necessários para o restabelecimento dos trabalhadores, gerando várias doenças relacionadas ao excesso de trabalho (síndrome do pânico, lesão por esforços repetitivos, problemas de circulação e coluna, assim como outras).

No centenário do Oito de Março, Clara Zetkin, comunista e lutadora social que fez reconhecer este dia o dia mundial da Mulher, saudaremos nossa luta com atividades onde o Coletivo de Mulheres Ana Montenegro discutirá a mulher como classe:

ü Descriminalização e Legalização do Aborto;
ü Garantia a Licença Maternidade e Isonomia na Assistência Maternidade;
ü Implantação de Berçários e Creches para todas as Trabalhadoras sem prejuízo salarial;
ü Atenção Integral a Saúde da Mulher
ü Nenhum Direito a Menos
ü Avançar na Luta das Trabalhadoras e Mulheres em Geral


Coletivo de Mulheres Ana Montenegro
Partido Comunista Brasileiro
Fundação Dinarco Reis
UJC- GT de Mulheres
Unidade Classista

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