O Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado, PSTU, perdeu temporariamente seu registro em Campos. Pela legislação eleitoral o diretório foi dissolvido, mas só no aspecto frio da lei. O problema foi provocado por um número excessivo de filiados que formalmente não deu baixa das agremiações às quais estiveram filiados anteriormente. Resultado, configurou-se dupla filiação partidária, situação não permitida pela justiça eleitoral.
Com isso, hoje o PSTU está organizado em um núcleo e em processo de reorganização de seu diretório.
— Estamos vinculados ao núcleo do PSTU de Macaé — disse Claude Fereira Costa, presidente do PSTU local e prosseguiu: — Participaremos do processo político eleitoral de 2012. Ainda que não tenhamos candidatos ou que até não apoiemos um candidato de outro partido, como força política que somos, iremos mesmo assim participar das eleições. Uma coisa é certa, só existe a possibilidade de apoio a um candidato do Partido Comunista Brasileiro (PCB) ou do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), partidos que integram a Frente de Unidade Popular (Fupo). Não fazemos concessões aos partidos de direita — disse ele.
Ontem, o PSTU realizou sua primeira reunião ordinária deste ano eleitoral. Entre os pontos da pauta, estavam as eleições proporcionais e a majoritária, que foram debatidas. Quando questionado sobre a possibilidade de apoio ao candidato do PT, a resposta sai rápida e se restringe a uma só palavra: “inviável”.
O PSTU, segundo explicou o presidente Claude Ferreira da Costa, não faz nem prega o voto útil. Voto útil é um jargão utilizado na política e acontece quando um partido escolhe dentre as opções políticas aquela que julga a “menos pior” ou a melhor dentre as piores possíveis.
— Nossa história é de lutas, não de conciliações. Assim somos. Mesmo no campo das lutas sindicais participamos da Coordenação Nacional de Lutas (Conlutas), que é uma central sindical e popular criada em oposição a Central Única dos Trabalhadores, a CUT. Se não fosse assim, o PSTU não teria sido criado no ano de 1990. Defendemos o socialismo — reafirmou o presidente do PSTU, Claude Ferreira da Costa.
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