segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

UMA REFLEXÃO NECESSÁRIA

Os problemas com relação a SEGURANÇA vem, há algum tempo, afligindo a população campista. O município de Campos tem a cada ano, aumentado o número de homicídios, assaltos, sequestros relâmpagos, roubos de automóveis, etc.

Não há dúvida, de que neste momento, tudo veio à tona da maneira mais desodernada possível na única praia campista, causando verdadeiro pânico na população, acostumada a se deslocar com a família para passar as férias escolares, onde as crianças e adolescentes sempre puderam desfrutar de maior liberdade.

Entretanto, os últimos acontecimentos deixam claro que uma mudança brusca ocorreu, de maneira acelerada, deixando à todos inconformados com a situação. O que é natural e salutar para influenciar as mudanças necessárias. É preciso sim indignar-se e denunciar o que prejudica a maioria.

Este Blog tem recebido inúmeros comentários, de pessoas que atribuem o aumento da viloência no Farol ao programa do governo municipal em universalizar o acesso através da passagem de R$ 1,00. Quem pensa assim está em seu pleno direito de manifestar-se. Esse programa da passagem de R$1,00 merece uma análise mais aprofundada.

Não podemos afirmar que a passagem de R$1,00 é uma coisa ruim, mais o povo tem chegado à conclusão de que se por um lado houve a intenção do governo municipal em universalizar o acesso para todos,em contrapartida não foi criada nenhuma política pública para garantir a universalização da SEGURANÇA PÚBLICA também para todos. Essa é uma falha desse projeto que hoje toda a população antes iludida, está constatando de maneira traumática.

Outro aspecto, que desde o ínicio deste projeto estamos chamando a atenção, é para o que está imbutido neste programa da passagem de R$1,00, ou seja, não é nada barato para a população, já que somos nós que pagamos, e caro, por isso. Hoje temos a passagem de R$1,00, entretanto pagamos uma taxa de iluminação pública de R3,50 por residência e R$10,00 por prédio comercial,e nem sempre podemos contar esse serviço.

E ainda, temos uma situação que considero grave, que é o da transferência de verba pública para a iniciativa privada. Defendemos sim, a criação de uma EMPRESA MUNICIPAL DE TRANSPORTES, para garantir a mobilidade gratuita aos estudantes, idosos e aos portadores de necessidades especiais como também preço acessível aos demais usuários. Isso é defender uma política pública para o setor de transportes coletivo,com investimento público numa empresa pública com criação de novos postos de trabalho.

Quem trata o dinheiro público como se não tivesse dono, é no mínimo inconsequente. O dinheiro público é do povo e tem que ser usado em políticas públicas destinadas ao povo e não para favorecimentos do grupo de amigos, que assumem o compromisso de reverter as benesses recebidas em doações para as campanhas eleitorais. Isso só serve para sustentar um ciclo vicioso em detrimento das necessidades da população.

Os benefícios da criação de uma EMPRESA MUNICIPAL DE TRANSPORTES seriam imediatos a fim de regular o setor. Os donos de empresas alegam que o mal atendimento à população, e sucateamento de sua frota se deve à gratuidade dos estudantes, idosos e portadores de necessidades especiais. Se o poder público garante a mobilidade gratuita destes,investindo numa empresa municipal, esse argumento deixa de existir e os empresários não terão outra saída, se quiserem sobreviver no setor, de criar meios de melhorar o serviço para atender à população. O setor de transportes se regularia por si,sem que para isso os preços das passagens tivessem que ser obrigatoriamente majorados.

Ora, senhores! O que não dá é para cobrir um "santo" descobrindo o outro. O governo municipal transfere uma grande quantia de dinheiro público para a iniciativa privada, ou seja, e esquece de investir em políticas para garantir a SEGURANÇA da população, haja vista, o que vem acontecendo na praia de Farol de São Tomé.

TRANSPORTE PARA TODOS, COM O COMPROMISSO DE GARANTIR A SEGURANÇA PÚBLICA PARA TODOS!
VIOLÊNIA NO FAROL NUNCA MAIS!!!

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