domingo, 18 de março de 2012

NINA ARUEIRA (07-01-1917 --- 18 -03-1935)

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Nina Arueira


Maria da Conceição Arueira, melhor conhecida como Nina Arueira (Campos dos Goytacazes, 7 de janeiro de 1916Rio de Janeiro, 18 de março de 1935) foi uma escritora, jornalista, líder sindical e poetisa brasileira.


Filha de Lino Arueira e de sua esposa, Maria Magdalena Rocha e Silva, desde a infância demonstrou qualidades invulgares. A sua avó chamava-a de "Pequenina", e os familiares apenas de "Nina", pseudônimo que viria a adotar na adolescência.

Aos cinco anos de idade já teria lido um livro de Victor Hugo e ditava pequenas poesias que o seu pai anotava e que, mais tarde, seriam selecionadas e publicadas no periódico "Rindo", sob o pseudônimo de "Princesa de Vera Cruz".


Em 1928, então com doze anos de idade, perdeu o pai, passando a auxiliar a mãe no pequeno comércio da família. Este é um momento de grande amadurecimento da jovem e as observações que ali faz acerca da sociedade, das relações trabalhistas e da hipocrisia reinante na mesma, se refletirão nos seus futuros texto e poesias.

Aos quinze anos, ingressa no Liceu de Humanidades de Campos, onde a sua fama de articulista e crítica se difunde. Realizou conferências no teatro da cidade, nas quais criticou instituições como a Igreja Católica, o capitalismo e outras. É deste período o seu manifesto "À Mocidade de Minha Terra". Por suas ideias, enfrentou críticas e perseguições por parte de outros jornalistas e pessoas da cidade.

Ainda no liceu, conheceu Clóvis Tavares e Adão Pereira com os quais fundou um jornal estudantil. O grupo foi o responsável por apresentar à sociedade campista o Modernismo.

Abandonou o liceu por estar insatisfeita com a metodologia educacional ali utilizada.

A militância na UJC

Nos dias difíceis no início da década de 1930 no Brasil, e em meio às preocupações familiares, filia-se à União da Juventude Comunista, juntamente com seus dois amigos do jornal estundantil. Inicia-se para a jovem um período de lutas: cansado dos debates escritos, vai para a porta das fábricas, onde organiza comícios e funda sindicatos.

Em 1 de maio de 1934, durante o grande comício na Praça do Santíssimo Salvador em Campos, o casal foi convidado a discursar para os trabalhadores. Durante a fala de Clóvis, alguém na multidão ateou fogo à bandeira nacional, fato encarado pela polícia presente como uma afronta ao Governo. Na repressão resultante, Clóvis foi detido e Nina escapou.

Profundamente deprimida, a jovem contraiu tifo, transferindo-se para a residência de Virgílio de Paula, para melhor ser cuidada. Aqui continuou a escrever e debater com uma lucidez que espantava os poucos que tinha a coragem de ir visitá-la, vindo a falecer.

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