quinta-feira, 29 de março de 2012

Av. 28 de março não é vista como presente pela população

Edição de hoje do Jornal Folha da Manhã

Mario Sérgio

Phellipe Moacyr
Apesar de ser batizada com a data do aniversário de Campos e utilizada como acesso de vários bairros ao Centro da cidade, a avenida 28 de Março não é vista como um “presente” pela população. Enquanto motoristas reclamam dos constantes trechos de engarrafamentos, pedestres queixam-se da deficiência de estrutura da calçada em alguns pontos e ciclistas sentem falta da sinalização voltada para eles.

Para a comerciante Maria Estela Gomes, de 34 anos, o caos no trânsito da 28 de Março é um transtorno diário. “Todo dia sou obrigada a encarar o fluxo de carros, para ir e voltar de casa para o trabalho. Tem dias que fico mais de cinco minutos parada, esperando o trânsito fluir. Não há paciência que aguente”, declarou. O motorista de táxi Pedro Pessanha, de 45 anos, fez coro às afirmações de Maria Estela. “É de estressar qualquer um, principalmente quem trabalha nessa confusão”, disse. Ele relatou ainda que algumas vezes atrasou-se para buscar clientes por conta dos engarrafamentos. “Acabamos perdendo crédito com passageiros por conta disso e, consequentemente, ficamos sem lucrar”, concluiu.

Quem tem que andar pela avenida, também reclama dos problemas. O porteiro Valdir Oliveira, de 40 anos, falou da dificuldade que tem em passar no trecho de calçada próximo a rua dos Goitacazes. “A calçada é tão pequena, que passo quase de lado ou, então, sou obrigado a andar no canto da rua e, mesmo assim, corro o risco de ser atropelado”, relatou. Os ciclistas também não estão satisfeitos com algumas irregularidades da via. O universitário Rodrigo Ferreira, de 21 anos, precisa usar a ciclovia todos os dias para chegar à faculdade e reclamou da falta de manutenção na sinalização para ciclistas. “Tem placa descascada, muitos semáforos não funcionam e, com isso, corremos risco de ser vítimas ou provocar acidentes”, afirmou.

Segundo o secretário de Obras e Urbanismo, Edilson Peixoto, o projeto de reforma e reestruturação da avenida 28 de Março já está pronto e, em breve, será licitado. “Todos os projetos do pacote de obras estão sendo licitados, gradativamente. Assim que as obras forem licitadas e for dada a ordem de serviço, os trabalhos começam”, informou o secretário.

A avenida 28 de Março não é a única a ser alvo de reclamações por conta de áreas de retenção do trânsito, nos horários de pico. Os condutores que passam pelas ruas José Alves de Azevedo (Beira-Valão), Tenente Coronel Cardoso (antiga Formosa) e Rocha Leão, no acesso a ponte General Dutra, também sofrem com os engarrafamentos. Segundo a enfermeira Flavia Antunes, de 33 anos, Campos não suporta mais a quantidade de veículos que circulam na cidade. “Chegar a ser desanimador, sair de casa para se estressar na rua”, disse.

De acordo com o presidente da Empresa Municipal de Transportes (Emut), Paulo Mósso, o município já está preparando-se para o futuro. “A Arthur Bernardes já vem desafogando bastante a 28 de Março e, quando for concluído o trecho até a Alberto Lamego, vai melhorar ainda mais”, afirmou ao lembrar que atualmente o fluxo de veículos está maior na 28 de Março devido o desvio da obra da avenida Sete de Setembro.

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