sábado, 24 de março de 2012

Educação de Campos não vai bem

Edição do Jornal Folha da Manhã

Mário Sérgio

Indícios mostram que o ano não começou bem para a Educação de Campos. Mesmo após anunciar construções e reformas de escolas, a Secretaria Municipal de Educação (Smec) publicou, em Diário Oficial, a locação de quatro prédios para instalação de unidades escolares. Além disso, algumas escolas estão sem aula por conta de reformas e uma, em Itereré, foi fechada por falta de demanda.


Os imóveis foram alugados em Custodópolis, para abrigar a C. E. Júlia Gomes Cardoso, no valor de R$ 905,08 mensais; em Santa Maria de Campos, para instalar a C. E. Henrique Jardim da Cruz, sob custo de R$ 1.398,02 por mês; na localidade de Baixa Grande, para alojar a C. E. Maria da Conceição dos Santos Tavares, com gastos de R$ 722,86 mensais; e no Parque Novo Mundo, para comportar a Escola Municipal Frederico Paes Barbosa, com custo de R$ 1.888,20 por mês.


Para a coordenadora geral do Sindicato Estadual de Profissionais de Educação (Sepe), Graciete Santana, ainda falta na cidade uma política de construção de novas escolas. “Estamos há muito tempo nessa luta, apontando as escolas que precisam de reformas e bairros que necessitam de novas unidades. Atualmente, existem cerca de seis mil alunas sem vaga nas escolas municipais. A carência é muito maior que o número de instituições”, afirmou Graciete, ao lembrar que as instalações alugadas atrapalham a aprendizagem do aluno. “Uma casa não tem a mesma estrutura de uma escola, portanto ela não atende adequadamente os alunos”, concluiu.


A secretária municipal de educação, Joilza Rangel Abreu, informou que, em virtude da demanda de alunos, o município ainda necessita da renovação de alguns aluguéis, conforme publicado no Diário Oficial do dia 19. “Devido às obras de novas construções e ampliações de escolas, nos últimos três anos, conseguimos reduzir, pela metade, o número de imóveis alugados”, disse.
Ontem, a Folha publicou a situação do Colégio Estadual 29 de Maio, que está sem aula desde o início do ano letivo. Há duas semanas, a escola Professora Maria Sebastiana também passou pelo mesmo problema. Já na última segunda-feira, os pais dos alunos da escola municipal Fazenda Sertão, em Itereré, denunciaram a intenção da Smec de desativar a unidade por falta de demanda.

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