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Os Partidos Comunistas e Operários que participamos no Encontro Internacional em Atenas, entre 9 e 11 de dezembro, expressamos nossa plena solidariedade com a luta da classe operária e dos setores populares pobres da Grécia, contra a dura ofensiva desatada pelo grande capital e seus governos com o apoio da União Europeia e do FMI. A linha política anti-popular que gestiona a barbárie capitalista, utiliza a crise e ataca os trabalhadores com a finalidade de reduzir o preço da força de trabalho e aumentar a competitividade e a rentabilidade do grande capital.
O governo do PASOK social-democrata, com o apoio da ND liberal e do LAOS de extrema-direita, implementou medidas anti-populares que haviam decidido de antemão. Estas medidas reduzem dramaticamente os salários e as pensões, saqueiam os fundos da seguridade social, derrocam direitos trabahistas e da seguridade social, promovem as relações trabalhistas flexíveis, eliminam os convênios coletivos, estabelecem impostos pesados sobre o povo, promovem as privatizações e degradam a qualidade dos serviços de Saúde, Bem-estar e Educação, aumentam a pobreza e o desemprego, generalizam a miséria.
Desde o primeiro momento, o KKE e o PAME têm desempenhado um papel principal, orientando a luta pelo bloqueio das medidas anti-populares, para que a plutocracia pague pela crise.
A PAME, a Frente Militante de Todos os Trabalhadores, agrupa forças obreiras firmes na direção classista militante contra o sindicalismo patronal que apóia a estratégia do capital, a UE, a colaboração classista. Um elemento importante que dá impulso à luta do povo é a luta coordenada da PAME com as organizações militantes dos trabalhadores autônomos (PASEVE), os trabalhadores rurais pobres e medios (PASY), os jovens (MAS), as mulheres (OGE).
Com palavras de ordem centrais “Que a plutocracia pague a crise” e “Sem os obreiros não se move nem sequer uma engranagem. Operários podem prescindir dos patrões!”, organizando vinte e três greves gerais, assim como muitas greves setorais, centenas de manifestações, muitas ocupações de edifícios estatais e outros, apesar da intimidação estatal e patronal, dos dilemas da chantagem mediante as quais o capital, seus partidos pretendem extorquir os trabalhadores.
Os sindicatos com orientação de classe, os comitês de luta nos centros de trabalho, os comitês populares nos bairros constituem armas poderosas nesta luta.
À vista da grande luta da classe operária e do povo trabalhador, as forças do capital que tem dificuldades na gestão da crise capitalista formaram o governo da “frente obscura” com o PASOK, a ND e o LAOS para golpear ainda mais duramente o povo.
As árduas lutas populares na Grécia receberam a calorosa solidariedade internacional militante dos povos de nossos países e isto é um elemento importante e útil que pode contribuir no fortalecimento da luta de classes contra a ofensiva anti-popular que se desenvolve em todos os países para atacar os trabalhadores e aumentar os lucros do capital.
O fortalecimento da luta em cada país e a solidariedade internacionalista são uma força invencível. Os comunistas de todo o mundo vão jogar um papel principal nas grandes lutas que temos por diante, para defender os interesses obreiros e populares, para derrotar o sistema de exploração, para que a classe otrabalhadora possua a riqueza que produz.
Tradução Daniel Oliveira – Partido Comunista Brasileiro
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