quarta-feira, 5 de outubro de 2011

A EXPERIÊNCIA VITORIOSA DO 1º SENUPI


Por todos os cantos do mundo é possível ouvir a voz da juventude. A inércia que por anos parece ter tomado conta do povo brasileiro teve de se render ao movimento, inerente ao viver. Os oprimidos aos poucos se erguem e juntos assumem, enquanto ‘ser revolucionário’, sua tarefa histórica de mudar o mundo. O silêncio foi finalmente rompido com um grito de esperança: “Criar, criar Universidade Popular”
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Ao mesmo tempo em que se realizava em Porto Alegre o primeiro Seminário Nacional de Universidade Popular, estudantes de todo o Brasil acampavam nas reitorias de suas respectivas universidades, denunciando as condições lastimáveis de nossa Educação e, dez dias antes, um milhão de pessoas marchava pelas ruas do Chile carregando a bandeira da Educação Pública. A convergência dos discursos não deixa dúvidas quanto ao que está em jogo, apesar das enormes distâncias que separavam os falantes. Não havia brechas para se imaginar que o que se passava era mera coincidência. O que aqueles jovens querem, está claro, seja em Porto Alegre seja no resto do Brasil e não menos no Chile, é um outro projeto educacional, e mais que isso, um outro projeto de sociedade.

Chegou o tempo de dizermos com todas as letras que não aceitamos que a Educação seja tratada como mercadoria, que não aceitamos sermos convertidos em números em planilhas econômicas e não aceitamos o projeto de educação imposto pelo capital, cujo intuito é tão somente formar trabalhadores para o mercado. Temos nosso próprio projeto de ensino, com o qual seja possível formar seres humanos integrais, que seja capaz de emancipar o homem de tudo aquilo que o acorrenta a uma vida miserável e egoísta. Queremos construir uma educação como prática da liberdade.

O primeiro passo em direção à construção desse sonho foi dado ainda quando da etapa estadual preparatória para o seminário, da qual tenho o orgulho de dizer que participei ativamente. Foi possível concluir ao final que estávamos todos contagiados pelo mesmo sentimento, de que além de uma universidade pública, gratuita e de qualidade, reivindicamos uma universidade ‘popular’, que esteja voltada para atender as demandas do povo, que trabalhe por ele e com ele. Com tais princípios reafirmados nacionalmente, nos colocamos numa posição claramente anti-capitalista e implacavelmente democrática. A educação, afirmamos, é direito universal – bem como a saúde, a cultura e o trabalho – não podendo, portanto, ser negada a qualquer homem ou mulher independente de cor, credo, classe social.

Uma Educação Popular possui dessa forma a missão de nos preparar para uma sociedade na qual não sejamos dominados por uma dinâmica que escapa ao nosso controle, se comprometendo em conquistar os corações e mentes que transformarão de forma radical a nossa condição de existência. A Universidade do Povo é o caminho para a construção da contra-hegemonia e a aliada por excelência do Poder Popular. É, neste exato momento, a via que se abre para uma sociedade mais igualitária, mais justa, mais humana.




William Magalhães-Militante da UJC e estudante de História da UFF
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Fonte: UJC/RJ

Um comentário:

  1. 30 menos 3!

    Depois do recorde nacional, quando temos 7 ou 8 prefeitos em 11 anos(desde 2004), passamos a registrar outro feito "notável": Temos uma prefeita com prazo de validade.

    O assustador é que essa decisão se deu motivada pela garantia da estabilidade e segurança jurídica.

    Eu confesso: Já li, vi e ouvi muita coisa estranha, mas essa supera todas, e por larga distância.

    O cerco se fecha, e os episódios de afronta à Lei e a Justiça que assistimos dão a medida do desespero. O tom da reação dos acólitos da Lapa, idem.

    Antes, havia certo tom triunfalista, como se a soma de votos fosse salvo-conduto para o cometimento de toda sorte de irregularidades.
    Hoje, repetem esse mantra, mas com pouca ou nenhuma convicção.

    Tudo indica que há novas investigações em curso, acerca de diversas licitações promovidas na PMCG, e que resultarão em mais turbulência.

    É o início do fim, e nem todo o "talento" de comunicador, nem toda a influência junto aos agraciados em instâncias superiores quando eram governadores, vão dar conta de impedir o que vem por aí.
    E não custa lembrar: Todo império que defende várias frentes, acaba por sucumbir.

    Não custa lembrar, a recente vida pregressa:

    01- Segurança S/A, condenação por formação de quadrilha, com dois ex-chefes de polícia presos e expulsos da corporação, a bem do serviço público(Lins e Hallack).

    02- Condenação por abuso de poder econômico, condenação a inelegibilidade e cassação de diploma da prefeita.

    03- Ações de improbidade.

    Como vemos, ninguém resiste a tantos problemas por tanto tempo.

    O outro mito, de que o deputado e sua esposa se mantinham imunes, chamado efeito "teflon", parece que vai escoando pelo ralo, também.


    Chegou a hora de pagar ao diabo o que se deve.

    http://planicielamacenta.blogspot.com/2011/10/30-menos-3.html

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