Um mar sem precedentes de centenas de milhares de pessoas participou no majestoso comício de greve do PAME, o qual encheu Atenas de um modo jamais visto nas últimas décadas, no primeiro dia da greve geral de 48 horas à escala nacional. Todas as ruas centrais de Atenas foram cheias num nível sufocante pelas enormes multidões de trabalhadores e durante muitas horas.
Comícios maciços e sem precedentes em dimensão e militância tiveram lugar em todas as cidades da Grécia.
Estas forças uniram-se de modo a que a proposta de lei com novas medidas anti-povo não será votada. As palavras de ordem foram: Abaixo o governo e os partidos da plutocracia, organização e aliança de trabalhadores por toda a parte, solução quanto à questão do poder. O slogan que ressoou no comício foi "Trabalhador, sem ti nenhum dente da engrenagem pode girar, tu podes actuar sem os patrões", "Desobediência à plutocracia", "Povo, uma frente para o poder".
O enorme êxito da greve baseou-se na paralisação de fábricas incontáveis, grandes unidades de produção e outros lugares de trabalho por parte de trabalhadores e empregados que experimentam pobreza, privação e o beco sem saída do desemprego. Sua enorme dimensão e militância também foram baseadas no encerramento de numerosos pequenos negócios e loja os quais enfrentam o perigo do encerramento permanente. Muitas novas forças de trabalhadores participaram pela primeira vez na greve dando uma dinâmica especial à luta contra a barbárie das medidas do governo, da plutocracia, do FMI e da UE.
Desde a alvorada as forças do PAME com suas linhas de piquete apoiaram decisivamente os trabalhadores em lugares de trabalho "ghetto" os quais decidiram avançar para a greve pela primeira vez, desafiando a intimidação do empregador e mesmo a mobilização civil, a qual governo impôs aos colectores de lixo em greve das municipalidades, bem como os outros mecanismos de ruptura de greve utilizados pelo governo.
Os grupos provocadores que saltaram fora dos contingentes das organizações sindicais comprometidas do GSEE e da ADEDY procuraram mais uma vez criar incidentes encenados. No entanto, eles não conseguiram esconder a enorme dimensão e as exigências do imenso comício da greve, a participação organizada e protegida do povo trabalhador nas manifestações do PAME onde não se verificou um único incidente.
No palanque do comício, Giorgos Perros, membro do Secretariado Executivo do PAME, declarou entre outras coisas: "não há governo pró povo não importa se é chamado de centro-esquerda ou esquerda, se ele não entrar em conflito com os monopólios, se o seu programa não incluir o derrube dos monopólios ou, por outras palavras, a sua socialização. Ou com o povo ou com os monopólios. O poder do povo trabalhador ou o poder dos monopólios. Não há nenhum outro caminho! Não desperdicem qualquer momento. Contra-ataquemos todos juntos! Amanha, quinta-feira devem vir todo para o cerco do Parlamento pelo PAME, de todos os lados e ruas.
Processos nos partidos burgueses para inibir a torrente de fúria do povo
O enorme êxito do primeiro dia da greve exerce pressão sobre os partidos da plutocracia e o seu governo. Portanto, nestes momentos há uma intensificação dos processos para a reforma do sistema político pelo PASOK, o ND e os outros partidos burgueses, com cenários de uma "grande coligação PASOK-ND" bem como esforços a fim de assegurar o consenso para a aprovação das medidas anti-povo contra a torrente da greve que hoje inundou Atenas e outras cidades.
Em relação a estes processos, a secretária-geral do Comité Central do KKE, Aleka Papariga, afirmou em declarações aos media: "Não penso que o sr. Papandreu espere a nossa tolerância e consenso. Talvez por razões que têm a ver com publicidade no exterior ele está a reunir-se com partidos a fim de demonstrar que tem o seu apoio. Ele não tem apoio de nós. Nenhum e de modo algum. O que ele tem de nós é a nossa confrontação radical, total, real e substancial".
Após a sua saída da reunião que teve com o primeiro-ministro, o qual efectuou uma série de reuniões com todos os líderes partidários, a secretária-geral do KKE declarou:
"A partir de agora as coisas serão decididas literalmente pelo poder do povo e não pelas negociações que o governo realiza ou pelos conselho e cimeiras com outros partidos". Aleka Papariga apelou ao povo para ir em frente sem medo, para abandonar ilusões até a vitória final e acrescentou: "Há uma solução: a riqueza que existe neste país deve tornar-se do povo. Devemos desligar-nos dos títulos da UE e cancelar unilateralmente a dívida. Não há solução intermediária".
Deveria ser notado que todas as forças com orientação de classe reunir-se-ão para a segunda batalha na quinta-feira e para o cerco do Parlamento o qual constituirá um novo marco memorável na luta contra as medidas anti-povo, em conflito com os monopólios e o seu poder.
O original encontra-se em http://inter.kke.gr/News/news2011/2011-10-191meraapergia/
Este comunicado encontra-se em http://resistir.info/ .
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