DEU NA FOLHA

Matéria publicada no Jornal Folha da Manhã edição de hoje

Rede municipal faz paralisação de 72 horas

A volta às aulas, hoje nas escolas municipais poderá ser adiada por mais alguns dias. Profissionais da rede municipal de ensino optaram por uma paralisação por 72 horas. A decisão foi tomada no último dia 5 de julho, quando 500 professores optaram pela paralisação. Na pauta de reivindicação está o reajuste de 30%, maior transparência na aplicação do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), divulgação do calendário para eleição de diretores e melhores condições de trabalho nas creches. Já os professores da rede estadual, permanecem em greve desde o dia 7 de junho. Uma assembléia está marcada para a próxima quarta-feira, no Rio de Janeiro, onde serão discutidos os rumos do movimento. No mesmo dia os professores municipais vão realizar um ato público na Praça São Salvador.

A diretora do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) de Campos, Graciete Santana, informou que a paralisação deverá ter uma adesão de 85% e foi decidida pela categoria que está há tempos à espera de solução em muitas das reivindicações. Graciete disse ainda que apesar da secretária de Educação, Joilza Rangel, ter se reunido com o sindicato, as reivindicações não são atendidas e nem os esclarecimentos dados.

— Existem somente promessas de que as questões serão estudadas, mas não há sequer uma resposta coerente, principalmente no que diz respeito à aplicação do Fundeb. O município recebe R$ 100 milhões de recursos e 60% seria para ser investido na valorização profissional e isso nós não vemos. Por tudo isso a categoria está disposta a parar — declarou Graciete.

Segundo a secretária de Educação, Joilza Rangel, as reivindicações dos professores estão sendo estudadas e aos poucos atendidas. “Não vemos o porquê desta paralisação. Temos conversado com representantes do Sepe e estamos fazendo o dever de casa, atendendo de forma coerente as reivindicações. Os recursos do Fundeb estão sendo aplicados não só para pagamento dos professores, mas na construção e reforma de escolas, na capacitação de professores”, informou a secretária.