Em minhas elocubrações esse tema tem me ocorrido com frequência: PODER SEM PUDOR. Fico analisando a dinâmica de natureza pobre, pelo menos para mim, da política que se desenha para mais um ano eleitoral.
As eleições burguesas são destituídas de elementos que possam causar surpresas. É tudo muito previsível. Ganha a eleição quem tem aporte financeiro para comprar o eleitor. Seja com programas eleitorais com muita animação e nenhum projeto para a sociedade ou literalmente com a compra de votos, de forma acintosa e tão profissionalizada que a Justiça não consegue coibir.
No período que antecede as eleições, já podemos perceber os novos arranjos políticos e e aí que começa a total falta de PUDOR. Tudo pelo PODER. Quem há pouquissímo tempo era desafeto, vira amiguinho de infância. Ideologia partidária? Eles nem sabem o que é. O período eleitoral vira uma sopa de siglas partidárias onde todos os "p" se juntam em nome daquilo que mais almejam: o poder pelo poder. E o povo? Esse não precisa entender essa salada russa. Basta que na hora H deposite seu voto naquele, que mesmo com a experiência de mandatos medíocres, faz promessas que jamais serão cumpridas.
Se o povo soubesse, ao menos, quanto custa aos cofres públicos um Presidente da República, um Senador, um Governador, um Deputado Estadual ou Federal e que é ele quem paga às custas de sua pobreza, de seu salário miserável, de sua falta de assistência médica, da falta de investimento em educação para seus filhos, etc, talvez tomasse um choque e procurasse conhecer o currículo do candidato em quem pensa em votar.
Em 2010 seria muito bom que os maus políticos fossem banidos da esfera de poder, pela expressão do voto popular. Talvez sobrassem cadeiras, o que não faria tanta diferença, pois seria trocar o quantitativo pelo qualitativo. E vamos combinar que, com muitos eleitos que se dedicam a negociatas e vantagens pessoais, 1/3 destes com o desejo de construir um projeto para a sociedade já seria um grande avanço.
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