segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

CONFERÊNCIA DAS CIDADES

Nos dias 02,03 e 04/12 tivemos em Campos a 4ª CONFERÊNCIA DAS CIDADES, cujo credenciamento e abertura foi no auditório da Santa Casa de Misericórdia, presidida pelo Secretário de Meio Ambiente Dr. Humberto Nobre. No dia 03/12 o evento foi sediado no IFF-CEFET, com palestrantes na parte da manhã , apresentando cada um dos eixos a serem debatidos pelos grupos no turno da tarde, com propostas a serem apresentadas para aprovação da plenária no dia seguinte, no auditório da Santa Casa.

Sem dúvida, serviu para um debate qualitativo,apesar da resistência em aprovar propostas mais ousadas, como por exemplo, a criação de uma empresa municipal de transportes,para regular o setor de transportes coletivos. Há quem acredite no modelo implantado pelo atual governo municipal, pautado na transferência de recursos públicos para as empresas privadas, como se isso fosse suficiente para garantir a mobilidade e acessibilidade ao povo campista. A experiência tem mostrado o fracasso desse projeto, já que os veículos dessas empresas continuam sucateados, sem uma escala de horários para atender a demanda da população, principalmente do interior. O fato é que a população continua dependente do transporte alternativo,
que precisa de regularização.

Outra questão levantada foi a construção de um edíficio garagem em área próxima do centro da cidade, já que hoje o estacionamento no centro tem sido coibido, e os veículos rebocados para a Pátio Norte, cuja diária custa caro. Neste quesito, fui surpreendida pela fala de uma arquiteta ao dizer que não é possível construir um edíficio garagem porque a intenção é de tirar todo o trânsito da área central da cidade.

Como assim? A população foi consultada sobre isso? É óbvio que a preocupação com a revitalização do centro da cidade é pertinente. Mas será que deve começar pelo trânsito, ou antes disso outras ações são imprescindíveis?

Pior do que isso foi o argumento da moça ao querer comparar Campos com Paris. Já que Paris não tem veículos circulando em seu centro, por que Campos não pode?

Realmente, os recursos oriundos dos royalties do petróleo poderiam transformar nossa cidade numa vitrine para o Brasil, guiçá para o mundo. Isso não acontece porque essa fonte esgotável de recursos não tem sido bem aplicados. Esse é um dos motivos para outros estados e municípios desejarem uma divisão igual desses recursos. Um prefeito do Sul do país disse certa vez, que na cidade dele, que é bem administrada com muito menos, se recebesse os royalties que Campos recebe, seria uma cidade modelo.

Aqui, infelizmente, basta alguns remendos nas ruas asfaltadas, para que o governo faça propaganda para promoção pessoal, como se fosse favor. Isso é obrigação, e muito pouco diante de tudo que falta.

Sonho com o dia em que o povo de Campos ficará livre desse jugo coronelesco.

Venceremos!!!

Nenhum comentário:

Postar um comentário