Graciete Santana
Professora
Artigo Publicado na Edição de hoje no Jornal MONITOR CAMPISTA
Os profissionais de educação da rede estadual foram surpreendidos dias desses com notícia bombástica de que o governador Sérgio Cabral divulgou que vai incorporar a gratificação do Nova Escola, que é reivindicação antiga do SEPE e promessa de campanha dele, mas em contra-partida vai acabar com os 12% entre os níveis, o que significa acabar com o plano de carreira do magistério estadual.
O plano de carreira foi criado em 1990, e só foi implantado em 2002, o que representou vitória política importante após um longo período de greve, quando o governo estadual teve que reconhecer os direitos dos educadores ao plano de carreira do magistério.
O anúncio de que para incorporar o Nova Escola, no seu valor mais alto que é de R$ 435,10 para professores e R$ 217,58 para os funcionários administrativos, vai implicar em alterações no plano de carreira , tem sido motivo de revolta da categoria, que atribui a isso a falta de compromisso do governador com os profissionais de educação da rede estadual.
Segundo declarações do secretário Sérgio Ruy, a incorporação do Nova Escola vai gerar um impacto na folha da educação estadual que só poderia ser coberto com as alterações no plano de carreira dos profissionais de educação, seja por meio de eliminação ou diminuição do percentual de 12% para cada um dos 9 níveis da carreira do magistério.
Isso é um despautério inominável! O governador quer dar com uma mão e tirar com as duas?
A categoria da educação já tem sido por demais massacrada pelos sucessivos governos. Ao que parece a diferença entre um governador e outro está apenas no aprimoramento dos requintes desse massacre. Os profissionais de educação precisam que o Nova Escola seja incorporada para corrigir uma grave distorção promovida pelas avaliações, que impuseram gratificações diferenciadas sem que os educadores tivessem conhecimento dos parâmetros em que foram avaliados. Além disso, esse mal fadado programa de gratificações deixou de fora os aposentados, como também, mais recentemente os convocados dos últimos concursos.
Subordinar essa incorporação a retirada, ou qualquer que seja a alteração , dos 12% entre os níveis, significa relegar ao profissional de educação o completo achatamento dos seus salários, fazendo com que um profissional no fim de carreira tenha o mesmo salário de um iniciante. Isso é indigno!
Todos os profissionais de educação devem estar unidos para defesa de seus direitos. Temos que exigir a incorporação do programa de gratificações do Nova Escola e nenhum direito a menos!
GRACIETE SANTANA
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