sexta-feira, 26 de junho de 2009

I CONFERÊNCIA LOCAL DE CONTROLE SOCIAL...

A palestrante Débora Santana, do movimento RIO COMO VAMOS, que pretende monitorar a gestão municipal do Rio de Janeiro, falou de sua experiência.

O Rio Como Vamos atua através de pesquisas , a fim de construir indicadores nas diversas áreas da administração municipal. Para este trabalho conta com a parceria da iniciativa privada, que contratou os serviços do INEP, uma empresa de São Paulo.

Sobre educação ela mostrou indicadores preocupantes. A escola pública aparece com um alto número de alunos com distorção idade/série e evasão escolar alarmante. Em seu relato ela apresenta dados comparativos com a escola privada. O que não é justo por não considerar para a avaliação todos os aspectos que envolvem a escola pública, tais como falta de investimentos, precariedade das instalações físicas,sucateamento da mão- de- obra dos profissionais de educação e o fato da clientela ser oriunda das classes populares, atingida por uma crescente desigualdade social. Sem considerar estes aspectos,o resultado da pesquisa perde a legitimidade .

Conhecemos bem a realidade por que passa a educação, haja vista em primeiro lugar, a ausência do Estado na aplicação de recursos neste setor. Diz a lei que o Estado deve aplicar 25% da arrecadação de impostos em educação, e o que temos é o descumprimento da lei e a tentativa de entregar a educação pública à iniciativa privada.

Neste sentido, nos causou preocupação o papel desempenhado pelo Movimento Rio Como Vamos, pois é possível que esteja contribuindo para o desmonte da Educação Pública, Gratuita e de Qualidade. O prefeito do Rio, assim que tomou posse, enviou projeto de lei à Câmara com a intenção de entregar as escolas e creches ao setor privado. Foi feita uma grande mobilização com toda a comunidade escolar e conseguimos evitar que a proposta em relação as escolas fossem aprovadas, no entanto, não tivemos a mesma sorte com as creches.

Mas essa luta ainda não acabou. Estamos atentos para que esta prática não se alastre para outros municípios.

Em CAMPOS, nossa luta é pelo concurso público, pondo fim as terceirizações,convocação imediata dos concursados de 2008 e investimento em educação. E ainda gestão democrática nas escolas, com eleição direta para diretores de escolas.

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