segunda-feira, 11 de abril de 2011

"O BAILE DE MÁSCARAS" DA EDUCAÇÃO PÚBLICA

A violência no interior das escolas - tanto municipais como estaduais - é algo recorrente. O dia de hoje foi marcado por mais uma cena de violência, desta vez na E.M. Fernando Andrade, onde pela manhã um aluno tentou entrar na escola portando uma arma.

Diante da ameaça professores, funcionários e alunos sentiram-se vulneráveis com a situação que causou medo e insegurança. Uma funcionária desmaiou e precisou de atendimento médico.

Segundo relato dos profissionais da escola, esta não teria sido a primeira vez que isto aconteceu. O mesmo aluno agrediu e causou ferimentos numa colega de turma e ameaçou arremessar uma carteira na professora.

Na E.M.Marlene Henriques Alves os professores sofrem - há mais de um ano - com agressões verbais por parte de alunos que esvaziam os pneus de carros das mesmas e afirmam que numa próxima vez elas serão o alvo da destruição. Com palavras de baixo calão, ameaçam diariamente os professores.

Duas escolas, duas histórias de violência em meio a muitas outras que convivem com a mesma realidade.

Professores adoecem e muitos têm desistido da profissão.

Nas mais variadas situações de violência nas escolas o governo se limita a esconder a situação, evitando a publicização dos tristes acontecimentos e, pouco ou nada fazem para resolver o problema.

É um verdadeiro "baile de máscaras" a educação pública, onde o professor solitário recebe toda a carga das mazelas sociais - acarretadas pela ausência do Estado - sem ter a quem reclamar e, muito menos quem os proteja de tanta violência.

O SEPE tem denunciado esta situação há algum tempo. É preciso abrir concurso público específico para inspetores de alunos, vigias, porteiros, auxiliar de serviços gerais e merendeiras. Estes profissionais devidamente preparados para lidar com alunos tem condições de identificar problemas de conduta ou qualquer ameaça antes que esta chegue a termo, diminuindo assim, tanto a violência no interior das escolas como a sobrecarga dos professores.

Professores, pais e alunos devem estar mobilzados junto com o SEPE para discutir a situação e juntos procurarem uma saída. O governo deve ser chamado à responsabilidade para que cumpra seu papel quanto a segurança nas escolas.





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