Por Liga Bolchevique Internacionalista 26/04/2011
Neste embate de duras polêmicas e ácidas críticas à conduta
oportunista da direção da Conlutas estamos plenamente
conscientes que atrairemos o justo ódio dos morenistas,
inclusive provocações de seus pequenos satélites revisionistas,
mas não nos intimidaremos nem tampouco utilizares a prática
burocrática de nossos detratores como pretexto para nos
eximirmos da necessária luta política no interior da Conlutas
até a conclusão integral deste processo de sua falência política
oportunista da direção da Conlutas estamos plenamente
conscientes que atrairemos o justo ódio dos morenistas,
inclusive provocações de seus pequenos satélites revisionistas,
mas não nos intimidaremos nem tampouco utilizares a prática
burocrática de nossos detratores como pretexto para nos
eximirmos da necessária luta política no interior da Conlutas
até a conclusão integral deste processo de sua falência política
CONLUTAS SEGUE ACELERADAMENTE OS PASSOS DA CUT
NA POLÍTICA DE INTEGRAÇÃO AO ESTADO BURGUÊS
O surgimento da Conlutas em 2004 correspondeu historicamente
ao esgotamento do ciclo cutista, iniciado em 1983, enquanto
uma referência de independência e superação do velho
sindicalismo getulista que perdurou até os últimos anos de vida
da ditadura militar. A ascensão da frente popular ao gerenciamento
do Estado burguês foi o golpe de misericórdia no espectro político
de uma CUT que já há algum tempo tinha consolidado seu
"espaço" burocrático, impermeável à luta das tendências
classistas que ainda habitavam seu interior. Nós, da LBI,
fomos pioneiros a caracterizar este processo e propor a
construção de uma nova central, classista e independente
dos patrões e seus capatazes da frente popular. Estávamos
balizados não só por um "desejo", mas sim pelo surgimento de
toda uma nova vanguarda sindical e popular em clara rota de
choque com os neopelegos da CUT que tinham transformado
a central em uma autarquia semi-estatal, conselheira de
"esquerda" do governo monetarista e pró imperialista do PT.
Neste contexto, surge a Conlutas, após um breve período
de vacilação do próprio PSTU em abandonar a parte que
lhe cabia no aparelho burocrático cutista, afinal passaram
anos de convivência pacífica com a "Articulação"
(direção majoritária da CUT), chegando até mesmo
a representarem a central no congresso internacional
da OIT, órgão imperialista a serviço das grandes transnacionai
s econômicas. Fundada a Conlutas sob a orientação
revisionista do PSTU, que declarava apenas uma autonomia
formal em relação ao governo da frente popular
(política de "oposição de esquerda" nos marcos do
regime vigente), estava colocada a tarefa para os
setores classistas de travar uma árdua luta política
no sentido de não permitir uma rápida reedição da
trajetória de integração da CUT ao Estado capitalista.
No congresso de 2006 já se delineava a inflexão a direita
da Conlutas colocada à serviço da candidatura reacionária
de Heloísa Helena sem ao menos um debate minimamente
democrático em sua base.
A precoce falência política da Conlutas, em estágio avançado
neste momento, não corresponde aos mesmos fatores históricos
do esgotamento da CUT. O PSTU, força majoritária da nova central,
está muito longe de assumir qualquer responsabilidade na gestão
estatal capitalista, não por sua própria vontade política e sim
por sua absoluta inexpressão eleitoral, mas isto não significa
que esteja isento de seguir os passos de colaboração de classes.
A falta do ascenso do movimento operário nestes últimos anos
e a consolidação da hegemonia do projeto lulista, superando
pela inércia os primeiros momentos de desgaste do governo
da frente popular, aprofundaram os desvios programáticos
que marcaram a gênese da Conlutas, fazendo com que os
sintomas de burocratização do organismo se
transformassem em uma orientação "regimental" e
política. No afã de unificar-se com outras alas
burocráticas "de esquerda", a Conlutas embarcou
em uma rota de completa descaracterização de um
projeto original classista, chegando mesmo ao fiasco
de um congresso de fusão com os sindicalistas reformistas do PSOL.
A estratégia de "crescimento" imposta pela direção
da Conlutas, controlada pelo PSTU auxiliado por
pequenos satélites, resultou em um estancamento
organizativo ou até mesmo em diminuição de sua
influência sindical. Ao contrário da própria CUT,
que em seu nascimento apostou fortemente
nas oposições sindicais, a Conlutas praticamente
cassou o direito de representação das oposições
em suas instâncias internas. Afinal, para os
morenistas do PSTU tratava-se de privilegiar
acordos com a burocracia sindical (situacionista)
para ampliar o "fundo financeiro" da Conlutas e
abrir um canal direto de interlocução com o próprio
governo Lula.
A verdade é que a estratégia política assumida pela Conlutas,
fincada em uma oposição institucional ao regime democratizante
cujo eixo é a pressão lobista ao corrupto Congresso Nacional,
determinou o fracasso organizativo deste projeto.
O governo da frente popular atravessou seus "piores"
momentos políticos e econômicos onde descarregou nas
costas dos trabalhadores o ônus da crise capitalista
sem enfrentar uma oposição revolucionária que pudesse
apresentar uma alternativa de classe ao movimento
de massas. Este elemento foi sem sombra de dúvida
um fator político que permitiu ao lulismo celebrar um
pacto social implícito, apresentando ao imperialismo
e à burguesia nacional seu governo como um modelo
internacional de "paz social" entre as classes.
Com a eleição de Dilma e a constatação de que a
"oposição de esquerda" saía das urnas ainda mais
reduzida do que em 2006, a Conlutas estabelece
uma guinada ainda mais "radical" em direção a sua
integração ao Estado burguês. Agora os morenistas
não estão mais "agitando" o fantasma do "colapso final"
do governo da frente popular como via de conseguir
pelo menos alguns postos no Parlamento. No momento
atual a Conlutas quer utilizar as revoltas operárias
contra a escravidão nos canteiros de obras do
"país das maravilhas" para cacifar sua presença
na "mesa de negociações" do governo Dilma conjuntamente
com as tradicionais centrais amarelas e chapa branca.
Foi a "forma" encontrada pelo PSTU para entrar pela
porta da frente no palácio do planalto! É um verdadeiro
"escândalo" a postura dos morenistas que participam
deste engodo com o governo das empreiteiras
na condição de "consultores" de esquerda
das reivindicações operárias.
Nós, marxistas leninistas da LBI, que estivemos na
linha de frente da ruptura com a CUT e no campo
da luta por dotar o surgimento da Conlutas como
um fenômeno classista, não assistiremos passivos
a destruição dos parcos elementos progressivos
da Conlutas e sua transformação em mais um
organismo burocrático de colaboração de classes a
serviço dos patrões. Neste embate, ainda que
desproporcional entre pequenos núcleos
combativos e a direção da Conlutas não pouparemos
esforços políticos no sentido de agrupar em torno de
uma plataforma revolucionária todas as oposições e
coletivos que estejam dispostos a estabelecer uma
frente única em defesa de uma Conlutas classista e
no caminho de apresentar -se como um canal de
expressão política às lutas dos setores operários
mais explorados. Neste embate de duras polêmicas
e ácidas críticas à conduta oportunista da direção
da Conlutas estamos plenamente conscientes que
atrairemos o justo ódio dos morenistas, inclusive
provocações de seus pequenos satélites revisionistas,
mas não nos intimidaremos nem tampouco utilizares
a prática burocrática de nossos detratores como
pretexto para nos eximirmos da necessária luta política
no interior da Conlutas até a conclusão integral deste
processo de sua falência política.
LIGA BOLCHEVIQUE INTERNACIONALISTA
NA POLÍTICA DE INTEGRAÇÃO AO ESTADO BURGUÊS
O surgimento da Conlutas em 2004 correspondeu historicamente
ao esgotamento do ciclo cutista, iniciado em 1983, enquanto
uma referência de independência e superação do velho
sindicalismo getulista que perdurou até os últimos anos de vida
da ditadura militar. A ascensão da frente popular ao gerenciamento
do Estado burguês foi o golpe de misericórdia no espectro político
de uma CUT que já há algum tempo tinha consolidado seu
"espaço" burocrático, impermeável à luta das tendências
classistas que ainda habitavam seu interior. Nós, da LBI,
fomos pioneiros a caracterizar este processo e propor a
construção de uma nova central, classista e independente
dos patrões e seus capatazes da frente popular. Estávamos
balizados não só por um "desejo", mas sim pelo surgimento de
toda uma nova vanguarda sindical e popular em clara rota de
choque com os neopelegos da CUT que tinham transformado
a central em uma autarquia semi-estatal, conselheira de
"esquerda" do governo monetarista e pró imperialista do PT.
Neste contexto, surge a Conlutas, após um breve período
de vacilação do próprio PSTU em abandonar a parte que
lhe cabia no aparelho burocrático cutista, afinal passaram
anos de convivência pacífica com a "Articulação"
(direção majoritária da CUT), chegando até mesmo
a representarem a central no congresso internacional
da OIT, órgão imperialista a serviço das grandes transnacionai
s econômicas. Fundada a Conlutas sob a orientação
revisionista do PSTU, que declarava apenas uma autonomia
formal em relação ao governo da frente popular
(política de "oposição de esquerda" nos marcos do
regime vigente), estava colocada a tarefa para os
setores classistas de travar uma árdua luta política
no sentido de não permitir uma rápida reedição da
trajetória de integração da CUT ao Estado capitalista.
No congresso de 2006 já se delineava a inflexão a direita
da Conlutas colocada à serviço da candidatura reacionária
de Heloísa Helena sem ao menos um debate minimamente
democrático em sua base.
A precoce falência política da Conlutas, em estágio avançado
neste momento, não corresponde aos mesmos fatores históricos
do esgotamento da CUT. O PSTU, força majoritária da nova central,
está muito longe de assumir qualquer responsabilidade na gestão
estatal capitalista, não por sua própria vontade política e sim
por sua absoluta inexpressão eleitoral, mas isto não significa
que esteja isento de seguir os passos de colaboração de classes.
A falta do ascenso do movimento operário nestes últimos anos
e a consolidação da hegemonia do projeto lulista, superando
pela inércia os primeiros momentos de desgaste do governo
da frente popular, aprofundaram os desvios programáticos
que marcaram a gênese da Conlutas, fazendo com que os
sintomas de burocratização do organismo se
transformassem em uma orientação "regimental" e
política. No afã de unificar-se com outras alas
burocráticas "de esquerda", a Conlutas embarcou
em uma rota de completa descaracterização de um
projeto original classista, chegando mesmo ao fiasco
de um congresso de fusão com os sindicalistas reformistas do PSOL.
A estratégia de "crescimento" imposta pela direção
da Conlutas, controlada pelo PSTU auxiliado por
pequenos satélites, resultou em um estancamento
organizativo ou até mesmo em diminuição de sua
influência sindical. Ao contrário da própria CUT,
que em seu nascimento apostou fortemente
nas oposições sindicais, a Conlutas praticamente
cassou o direito de representação das oposições
em suas instâncias internas. Afinal, para os
morenistas do PSTU tratava-se de privilegiar
acordos com a burocracia sindical (situacionista)
para ampliar o "fundo financeiro" da Conlutas e
abrir um canal direto de interlocução com o próprio
governo Lula.
A verdade é que a estratégia política assumida pela Conlutas,
fincada em uma oposição institucional ao regime democratizante
cujo eixo é a pressão lobista ao corrupto Congresso Nacional,
determinou o fracasso organizativo deste projeto.
O governo da frente popular atravessou seus "piores"
momentos políticos e econômicos onde descarregou nas
costas dos trabalhadores o ônus da crise capitalista
sem enfrentar uma oposição revolucionária que pudesse
apresentar uma alternativa de classe ao movimento
de massas. Este elemento foi sem sombra de dúvida
um fator político que permitiu ao lulismo celebrar um
pacto social implícito, apresentando ao imperialismo
e à burguesia nacional seu governo como um modelo
internacional de "paz social" entre as classes.
Com a eleição de Dilma e a constatação de que a
"oposição de esquerda" saía das urnas ainda mais
reduzida do que em 2006, a Conlutas estabelece
uma guinada ainda mais "radical" em direção a sua
integração ao Estado burguês. Agora os morenistas
não estão mais "agitando" o fantasma do "colapso final"
do governo da frente popular como via de conseguir
pelo menos alguns postos no Parlamento. No momento
atual a Conlutas quer utilizar as revoltas operárias
contra a escravidão nos canteiros de obras do
"país das maravilhas" para cacifar sua presença
na "mesa de negociações" do governo Dilma conjuntamente
com as tradicionais centrais amarelas e chapa branca.
Foi a "forma" encontrada pelo PSTU para entrar pela
porta da frente no palácio do planalto! É um verdadeiro
"escândalo" a postura dos morenistas que participam
deste engodo com o governo das empreiteiras
na condição de "consultores" de esquerda
das reivindicações operárias.
Nós, marxistas leninistas da LBI, que estivemos na
linha de frente da ruptura com a CUT e no campo
da luta por dotar o surgimento da Conlutas como
um fenômeno classista, não assistiremos passivos
a destruição dos parcos elementos progressivos
da Conlutas e sua transformação em mais um
organismo burocrático de colaboração de classes a
serviço dos patrões. Neste embate, ainda que
desproporcional entre pequenos núcleos
combativos e a direção da Conlutas não pouparemos
esforços políticos no sentido de agrupar em torno de
uma plataforma revolucionária todas as oposições e
coletivos que estejam dispostos a estabelecer uma
frente única em defesa de uma Conlutas classista e
no caminho de apresentar -se como um canal de
expressão política às lutas dos setores operários
mais explorados. Neste embate de duras polêmicas
e ácidas críticas à conduta oportunista da direção
da Conlutas estamos plenamente conscientes que
atrairemos o justo ódio dos morenistas, inclusive
provocações de seus pequenos satélites revisionistas,
mas não nos intimidaremos nem tampouco utilizares
a prática burocrática de nossos detratores como
pretexto para nos eximirmos da necessária luta política
no interior da Conlutas até a conclusão integral deste
processo de sua falência política.
LIGA BOLCHEVIQUE INTERNACIONALISTA
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