Rio de Janeiro, 04 de setembro de 2009.
Carta dos aposentados da rede pública estadual de educação
Senhora Secretária Tereza Porto,
Nós, aposentados, nos sensibilizamos ao receber sua carta. Por isso analisamos atentamente cada ponto e ficamos indignados. Embora se trate de uma reivindicação da categoria, temos que discordar quando a senhora diz que o projeto de Lei 2474 enviado a Alerj, sem negociação, representa um ganho real no vencimento e é resultado do empenho do governo em corrigir a injustiça gerada pelo programa Nova Escola – que não nos contempla.
Os profissionais da educação lutam, há mais de 30 anos, em defesa de um plano de cargos e salários que atenda a todos os segmentos desta categoria e garanta a paridade com integralidade para os aposentados e pensionistas.
Não podemos abrir mão de uma luta histórica, construída por milhares. Muitos desses já não estão entre nós. É um desrespeito à nossa memória.
A luta pelo plano começa com a histórica greve de 1979, quando legalizamos nossa carga horária e aumentamos o piso salarial. Nosso sindicato sofreu intervenção da ditadura e ficou fechado até 1984. Quando reaberto, construiu a greve de 1986 que conquistou a primeira versão do nosso plano de carreira. As lutas de 1987, 1988, 1989 e 1990 conquistaram melhorias no plano que foram concretizados na versão final de 1990. Fomos incluídos em 1987 quando garantimos a paridade com integralidade.
Não podemos aceitar a retirada dos 12% entre os níveis e muito menos que governos mexam na nossa conquista histórica.
Quanto à incorporação do Nova Escola, gostaríamos que a senhora entendesse que o governador nos fez uma promessa de campanha e que gostaríamos que fosse cumprida ainda em seu governo (que vai até 2010). E que para isso não retire nenhum direito conquistado.
Queremos a incorporação do Nova Escola já e a manutenção dos 12%.
Atenciosamente,
Aposentados da rede pública estadual de educação
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