As razões para os apagões estão na falta
de investimentos em geral e, principalmente, na falta de manutenção do
sistema de proteção da rede. O acionamento das termoelétricas, movidas a
óleo combustível e gás, se deve ao nível atual, extremamente baixo, dos
reservatórios das usinas hidroelétricas. Parte das termoelétricas não
pode entrar em operação, também por falta de manutenção.
O quadro reflete a forma como vem se
desenvolvendo o setor de energia no Brasil, em grande parte privatizado,
um negócio como outro qualquer, onde o lucro é perseguido no curto
prazo. O setor não tem planejamento estratégico adequado e investimentos
públicos na proporção necessária. Os problemas se devem, também, à
falta de preocupação e ação do Estado contra o desmatamento, uma das
causas da redução do volume de água dos rios que abastecem as usinas.
O setor elétrico, fundamental para a
economia e o bem-estar, não pode pautar-se pelo mercado. Deve, ao
contrário, ser de caráter público, apoiado por um projeto de
desenvolvimento voltado para as maiorias, para a inclusão, para a
igualdade social.
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