terça-feira, 6 de novembro de 2012

Sem Terras querem que governo desaproprie terras de Cambaíba

Folha da Manhã on line

Helen Souza
A ocupação de pessoas do Movimento dos Sem Terra (MST) nas terras da Usina Cambaíba cresce a cada dia. Hoje o número já passa das 180 famílias que estão montando suas barracas para garantir o lugar e estabelecer a reforma agrária no local. A ação, que começou por volta de 5h da última sexta-feira, contou com a presença de diversas famílias moradoras de Campos e localidades próximas à área ocupada. A ocupação aconteceu de forma pacífica após a 2ª Vara Federal de Campos conceder a autorização ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para a desapropriação dos 2 mil e 800 hectares de terra.
Ontem, o dia foi de muito trabalho para os assentados que passaram o dia montando suas barracas de forma bastante tranqüila já que não houve intervenção da polícia. Uma das coordenadoras do MST, Marina Santos, disse que a ocupação vai continuar enquanto tiver famílias interessadas em trabalhar nas terras.
— Estamos montando aos poucos esse novo assentamento e todas as pessoas que vieram para esse assentamento serão cadastradas na próxima semana. O local está abandonado e não exerce nenhuma função social. O objetivo da ocupação é pressionar o governo federal a concluir o processo de desapropriação, iniciado há 17 anos — informou.
Há 14 anos, o MST ocupou as mesmas terras, mas teriam sido despejados por não haver autorização para a ação. Desta vez, os manifestantes estão confiantes na justiça e esperam conseguir o que, segundo eles, é um direito, de acordo com o artigo 186 da Constituição Federal.

Jane Ribeiro

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