ARTIGO PUBLICADO NA EDIÇÃO DE HOJE NO JORNAL MONITOR CAMPISTA
GRACIETE SANTANA
Insisto em dizer que há um ano das eleições de 2010 o interesse da maioria dos partidos políticos está em torno de nomes dos possíveis candidatos, além da corrida por alianças que possam garantir-lhes uma cadeira aqui ou acolá. A impressão nítida que temos é que estamos diante de um tabuleiro de xadrez, em que as peças são cuidadosamente movidas com a finalidade do cheque-mate. A democracia burguesa é assim, os interesses de uma minoria se sobrepõe as mazelas sofridas pela maioria da população.
O trabalhador brasileiro continua refém dessa política atrasada . O sistema capitalista brasileiro está, sem dúvida, completo. Os governantes a cada eleição tem reafirmado suas posições neoliberais , dando ênfase em seus governos à privatizações, terceirizações de serviços, etc. Estão cada vez mais distantes dos anseios populares. O modelo de eleição burguesa para estes caem como uma luva, pois fazem da política um balcão de negócios , descolados totalmente do compromisso de promover melhorias da qualidade de vida para a população.
A pergunta é: porque o espanto diante de toda violência da qual hoje somos vítimas?
A violência é fruto da desigualdade social vigente. Aliás, a desigualdade social por si só é uma grande violência . Poucos com muito e a maioria sem nada. Isso é violência.
Não precisamos ir longe para constatarmos os contrastes sociais existentes. Quem de nós já não se deparou com paisagens contrastantes, em que lado a lado coexistem realidades antagônicas, do tipo condomínio de luxo ao lado de uma comunidade de baixa renda? Ou um restaurante luxuoso com boa frequência rodeado de medicantes famintos a espera de uma esmola? Para enumerarmos todos os exemplos a fim de ilustrar a grave desigualdade social em nosso país seria necessário muitas páginas.
Hoje,no Rio de Janeiro, existe muito mais que violência urbana. É a bárbarie da qual Marx
falava. É consequência desse capitalismo selvagem e da irresponsabilidade dos governantes. De nada adianta tentar camuflar a realidade, empurrando o lixo para debaixo do tapete. A bárbarie está aí, e nela perecem principalmente os trabalhadores e seus filhos que são mortos todos os dias, ora vítimas de balas perdidas, ora sendo confundidos com bandidos, deixando inconformados amigos e familiares, além é claro, dos próprios policiais que tombam em serviço, como aconteceu neste final de semana no episódio no Morro dos Macacos.
O Brasil é um país de muitas riquezas, que precisam ser socializadas para todos os brasileiros. Uma sociedade justa deve ser defendida com unhas e dentes pelos proletários (trabalhadores) do nosso país. Não é mais possível permitir que a maioria dos políticos sejam movidos apenas pela ambição de poder e individualismo. Precisamos, nós proletários, construir um projeto de transformação para o Brasil, pautado numa sociedade fraterna , sem corrupção,com superação da bárbarie, garantindo à todos o pão de cada dia.
Graciete Santana
PROFESSORA
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