Em 29 de novembro de 1947, a Organização das Nações Unidas – ONU aprovou a Resolução nº 181 que decidiu pela partilha do território da Palestina para a criação de um estado judeu sobre o Solo Pátrio da Palestina. Além de ser uma resolução arbitrária, foi realizada sem qualquer consulta aos habitantes locais. Como consequência, o Estado de Israel foi implementado em 15 de maio de 1948 e a permanência do estado da Palestina não foi assegurado, culminando na NAKBA (catástrofe), em que foram expulsos mais de 700 mil palestinos de suas casas e centenas de vilas foram destruídas.
O resultado são 63 anos de ocupação do Solo Pátrio da Palestina. Hoje, os palestinos tentam sobreviver sobre apenas 8% de seu território original. A NAKBA, que iniciou em 1948, se estende até os nossos dias..... Cotidianamente, no território palestino, é praticado, de forma mais vil, a limpeza étnica do povo árabe com violentas ações do governo israelense.
A NAKBA revela a existência de quase 4,5 milhões de palestinos dispersos por todo o mundo, além dos 1,4 milhões sob ocupação do exército israelense na Cisjordânia e 1,5 milhões em Gaza, uma faixa do deserto antes escassamente povoada agora cheia de sobrelotados campos e cidades de refugiados. Cerca de 1,5 milhões de palestinos continuam a morar no que se convencionou chamar de Estado de Israel como cidadãos de segunda classe. A população judia de Israel ronda cerca de 5,5 milhões. O estado sionista inclui agora cerca de 78% da Palestina histórica, sem contar as crescentes colônias israelenses que invadem, ilegalmente, a Cisjordânia.
O povo palestino tem seus direitos desrespeitados, como à autodeterminação, à saúde, à educação, a transitar livremente, pois a acessibilidade é negada através do MURO – uma barreira de concreto, com 800 km de extensão e com 8 metros de altura - e centenas de checkpoints, além de estradas proibidas a palestinos, são símbolos do apartheid que se configura no território ocupado.
Em Gaza, o lugar mais densamente povoado do mundo, com 1,5 milhão de pessoas que se espremem em cerca de 360km2, um bloqueio tem feito com que pulse a fome e a miséria, numa punição coletiva com a conivência dos governos capitalistas e imperialistas do mundo, inclusive dos governos corruptos e traidores árabes - que estão sentindo a força do povo árabe, nas ruas lutando pelos seus direitos e derrubando esses governos fantoches.
Nesta data, em que prestamos nossa homenagem aos mártires da NAKBA, convidamos a todos para conhecer a história de resistência do povo palestino! Um povo que luta pela Palestina Livre, com Jerusalém sua capital, que defende o retorno dos refugiados palestinos para viverem no seu país, pela libertação dos 11 mil presos políticos, por justiça, paz e liberdade!
A Palestina Livre é uma questão de justiça!
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