sábado, 19 de março de 2011

do blog Estou Procurando o que Fazer...

Servidores municipais vão à luta

Unanimidade: servidores aprovam pauta
de reivindicações e ato público no dia 30
(Foto: Rose David)
Uma pauta de reivindicações com 24 ítens vai ser protocolada na próxima segunda-feira (21/3) no gabinete da prefeita Rosinha Garotinho, em todas as secretarias da PMCG e na Câmara de Vereadores. A pauta é um conjunto de reivindicações de trabalhadores das diversas áreas da prefeitura e foi discutida e aprovada na noite desta sexta-feira (18/3) em reunião encabeçada pelo Movimento Unificado dos Servidores Públicos Municipais (MUS). O encontro, que aconteceu no auditório da Universidade Federal Fluminense (UFF), durou mais de duas horas e aprovou também, por unanimidade, um ato público dos servidores municipais no próximo dia 30/3, às 16h, no Calçadão (centro da cidade).

Os funcionários públicos de Campos querem o fim das terceirizações e do assédio moral (alguns deles denunciaram que sofrem ameaças e perseguições em seus locais de trabalho), transformação dos celetistas em estatutários, implantação do Plano de Cargos e Salários, pagamento do auxílio-medicamento no valor de R$ 200,00 aos aposentados e pensionistas (a lei foi aprovada pela Câmara de Vereadores há dois meses mas até hoje não foi assinada pela prefeita), aplicação correta da verba do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), valorização dos servidores, entre outras coisas.

Tsunami de terceirizações

A prática de terceirização dos serviços da prefeitura foi duramente criticada pelos servidores. Depoimentos emocionados revelaram como as terceirizações estão afetando os funcionários:

- "Na secretaria de Obras você encontra, todos os dias, cerca de 90 funcionários - alguns com mais de 50 ou 60 anos de idade - parados, sem ter o que fazer, porque não lhes dão trabalho. Tudo é feito pelas firmas terceirizadas. Não temos mais máquinas ou outros equipamentos que antes usávamos para fazer os trabalhos básicos para a população. Não nos querem deixar trabalhar. Hoje estamos sendo tratados como cachorros. Eles preferem terceirizar os serviços porque o plano deles é acabar com o funcionalismo público do município" (depoimento de um funcionário da Secretaria de Obras).

- "Estão desqualificando os servidores municipais". (funcionário da Secretaria de Obras)

- "O funcionário investe, com sacrifício, em uma faculdade, pra tentar melhorar o salário e alcançar uma posição melhor dentro de seu local de trabalho, mas não tem reconhecimento. Aí chegam os empregados terceirizados, ganhando muito mais do que a gente e com menos conhecimento. Onde está a valorização dos funcionários públicos?" (funcionário da área da saúde).

Assédio Moral

- "Fui vítima de assédio moral na Guarda Municipal. Por conta disso tive problemas neurológicos que me levaram à surdez no ouvido esquerdo" .(depoimento de uma funcionária da Guarda Civil Municipal).

- "Recebemos denúncias de que funcionários de várias secretarias foram ameaçados caso participassem desta reunião de hoje". (integrante do Movimento Unificado dos Servidores Públicos Municipais)


Campos experimenta seu próprio tsunami.

Um comentário:

  1. Estimada Graciete, e com muita alegria que retorno a abrir seu blog e encontro matérias tão boas. Quanto aos constrangimentos que os tercerizados estão sofrendo concordo plenamente e com muito pezar relato que minha cunhada que presta(prestava) srviço desde 1990 como auxiliar de serviços gerais na tão estimada Fundação Municipal da Infência e Juventude e a seis anos encaminhada para SMEC atuando nas creches. No mês pássado, após uma ´perícia do INSS, foi comunicada que desde 2009 quando a FACILIT e outras empresas tercerizaram os serviços prestados a PMCG, a mesma encontrava-se desligada automaticamente.
    Acontece, que neste período a mesma estava encostada por motivos de doenças graves adquirida dentre elas bucite, tendinite e até LUPOS. Está recorrendo a tudo o que pode, seus remédios são caríssimos (alguns a farmácia popular e a Secretaria de Saúde fornecem), mas a resposta que obtem é que a firma que é responsável. Como pode ser responmsável se não existe mais??????????? E se bem sabemos pertencia a própria PMCG?????
    Por favor, sei da sua competência e espírito de justiça nos oriente a quem poderemos recorrer.
    Com muito carinho.

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