terça-feira, 18 de junho de 2013

NÃO BASTA SE INDIGNAR: É PRECISO MUDAR O SISTEMA!



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O PCB (Partido Comunista Brasileiro) saúda e se engaja de forma militante no vigoroso movimento surgido a partir de uma manifestação em São Paulo contra o aumento das tarifas de ônibus urbanos.
A estúpida violência policial aos manifestantes repete-se no Rio de Janeiro, Porto Alegre, Brasília, Belo Horizonte e em cada vez mais cidades brasileiras, independente do partido político do Governador ou do Prefeito. Na defesa da institucionalidade burguesa, não há repressão mais ou menos “democrática”.
Reparem que esta violência é exatamente a mesma em todos os países capitalistas onde os povos se levantam contra os cortes de direito e a fascistização do estado, necessária para garanti-los. Os mesmos uniformes de gladiadores, as mesmas armas cinicamente chamadas de “não letais”: balas de borracha, gás de pimenta e lacrimogêneo.
No Brasil, a crescente fascistização do estado tem a ver com a opção do governo por evitar a crise do capitalismo com mais capitalismo. É preciso muita repressão para aprofundar a privatização do nosso petróleo, dos portos, aeroportos, rodovias, para expulsar os índios de suas terras, “flexibilizar” direitos, adotar um Código Florestal para o agronegócio, desonerar e favorecer o capital.
Em nosso país, a explosão popular demorou a aparecer, em função das ilusões semeadas em 10 anos de um governo que se diz de “esquerda”, mas cuja principal preocupação é alavancar o capitalismo brasileiro.
Aqui, a fascistização do estado se acentuou para que o país acolha “em paz” o novo Papa e os megaeventos (Copas das Confederações e do Mundo, Olimpíadas).
É evidente que o aumento das tarifas foi apenas uma faísca para um movimento que tende a crescer e que tem raízes numa insatisfação sistêmica. Teve o mesmo efeito catalizador das árvores da Praça Taksim, na Turquia. Mas na raiz da indignação, estão o desmonte da saúde e da educação, as privatizações, a brutalidade policial, a corrupção, a injusta distribuição da renda, a inflação, a precarização do trabalho, a falta de perspectivas para a maioria dos jovens e sobretudo o sentimento de traição do governo e a farsa da democracia burguesa.
Não foi gratuita a vaia à Presidente na abertura da Copa das Confederações e o aparecimento de uma nova e vigorosa bandeira para as manifestações. Tratando-se o futebol de um esporte popular no Brasil, fica mais evidente a vocação capitalista desse governo, que promoveu, através de um Ministro dos Esportes que se diz “comunista”, a privatização dos estádios e da própria seleção brasileira (patrocinada por um banco e uma fábrica de bebidas) e a elitização do acesso aos estádios, tornando o futebol uma mercadoria de luxo.
Mas é importante chamar a atenção para as raízes dos problemas que nos levam a indignar e não apenas para as causas. Quanto mais capitalismo, mais injustiça, mais exclusão. O centro da luta tem que ser contra o sistema capitalista e por uma sociedade socialista.
PARTIDO COMUNISTA BRASILEIRO

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