Nota do GTNM/RJ sobre o livro" Memórias de uma guerra suja"
Os militantes do Grupo Tortura Nunca Mais/RJ ficaram perplexos com o lançamento do livro intitulado
“Memórias de uma guerra suja”,
onde um ex-agente da repressão em depoimento a dois jornalistas revela
atrocidades cometidas contra opositores do regime militar.No
livro um ex-agente do Departamento de Ordem Política e Social/ES
(DOPS), revela que pelo menos dez corpos de militantes executados em
dependências militares teriam sido incinerados em uma usina de açúcar no
norte do estado do Rio de Janeiro, em 1973. De acordo com o depoimento
foram queimados os corpos dos seguintes militantes: João Batista,
Joaquim Pires Cerveira, Ana Rosa Kucinski, Wilson Silva,David
Capistrano, João Massena Mello, José Roman, Luiz Ignácio Maranhão
Filho,Fernando Augusto Santa Cruz Oliveira e Eduardo Collier Filho.
O GTNM/RJ mais uma vez é surpreendido com este tipo de notícia não oficial que
relata as circunstâncias das mortes dos resistentes ao arbítrio, então imperante.
Repudiamos notícias como essas que trazem horror, angústia e dor, já que até hoje os crimes cometidos pela ditadura civil-militar que controlou o Brasil por mais de 20 anos permanecem desconhecidos e os documentos que comprovam essas atrocidades continuam em segredo, assim como os testemunhos oficiais daqueles que cometeram tais crimes.
O GTNM/RJ se solidariza com as famílias dos companheiros citados, pois mais uma
vez são atingidos por informações não oficiais, causando dor e sofrimento.
É necessário que o Estado brasileiro adote medidas urgentes para que os agentes públicos envolvidos em crimes contra a humanidade sejam investigados e responsabilizados por seus atos bárbaros. Portanto, não podemos simplesmente aceitar relatos como esses e exigimos imediatamente: uma Comissão da Verdade, Memória e Justiça; o cumprimento da Sentença da Corte Interamericana de Direitos Humanos sobre o Araguaia; que todos os arquivos da ditadura sejam abertos e publicizados; que o período de terrorismo de Estado (1964-1985) seja efetivamente investigado, esclarecido e tornado público e assim, nossa história recente possa ser conhecida por todos.
O GTNM/RJ mais uma vez é surpreendido com este tipo de notícia não oficial que
relata as circunstâncias das mortes dos resistentes ao arbítrio, então imperante.
Repudiamos notícias como essas que trazem horror, angústia e dor, já que até hoje os crimes cometidos pela ditadura civil-militar que controlou o Brasil por mais de 20 anos permanecem desconhecidos e os documentos que comprovam essas atrocidades continuam em segredo, assim como os testemunhos oficiais daqueles que cometeram tais crimes.
O GTNM/RJ se solidariza com as famílias dos companheiros citados, pois mais uma
vez são atingidos por informações não oficiais, causando dor e sofrimento.
É necessário que o Estado brasileiro adote medidas urgentes para que os agentes públicos envolvidos em crimes contra a humanidade sejam investigados e responsabilizados por seus atos bárbaros. Portanto, não podemos simplesmente aceitar relatos como esses e exigimos imediatamente: uma Comissão da Verdade, Memória e Justiça; o cumprimento da Sentença da Corte Interamericana de Direitos Humanos sobre o Araguaia; que todos os arquivos da ditadura sejam abertos e publicizados; que o período de terrorismo de Estado (1964-1985) seja efetivamente investigado, esclarecido e tornado público e assim, nossa história recente possa ser conhecida por todos.
Pela Vida, Pela Paz
Tortura Nunca Mais!
Rio de Janeiro 09 de maio de 2012
Diretoria do Grupo Tortura Nunca Mais/RJ
Publicado em: 09/05/2012
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