Comunistas temem que, apesar disso, os resultados se traduzam «em mais do mesmo»
Por:
Redacção /
MM | 6-
5-
2012 23:
21
O PCP considera que os
eleitores gregos e francesas votaram, este domingo, pela mudança e
condenaram as políticas europeias
«de exploração dos trabalhadores e dos
povos», mas teme que, apesar disso, os resultados se traduzam «em mais
do mesmo».
«Os resultados expressam sobretudo uma vontade de mudança, quer por parte do povo grego, que por parte do povo francês, e sobretudo uma condenação muito forte das forças políticas, independentemente da sua natureza ideológica, que têm defendido, assumido e executado as políticas da União Europeia de exploração dos trabalhadores e dos povos e de ataque à soberania dos próprios estados», afirmou Ângelo Alves, da Comissão Política do PCP.
Os comunistas portugueses consideram que este é o «traço mais marcante» das presidenciais francesas e das legislativas gregas, mas sublinham que «uma coisa é a vontade expressa» pelos eleitores e outra é «a incidência real e as mudanças políticas reais que vão acontecer» em França, na Grécia e também na Europa em geral.
«Em relação a França, [o socialista] François Hollande oscilou entre um discurso em que se tentou demarcar de uma política que o seu partido, e a família europeia a que pertence, defendeu e tem vindo a executar em outros países, e o chamado discurso da responsabilidade europeia, em que foi muito claro que nada seria posto em causa, nomeadamente, o tratado orçamental», explicou Ângelo Alves, em declarações à Lusa.
O dirigente do PCP destaca que, «aliás, uma das propostas mais emblemáticas de François Hollande pode resumir-se» desta forma: «Colou ou quer colar um autocolante que tem as palavras crescimento e emprego em cima de um tratado que impede esse mesmo crescimento e a criação de emprego, como está bem evidente na espiral recessiva e de austeridade que vive neste momento a Europa».
Quanto à Grécia, acrescentou, apesar da «forte condenação aos dois partidos do sistema», a questão é que «o próprio sistema eleitoral, com o bónus de 50 deputados ao partido mais votado, poderá vir a possibilitar um acordo entre a Nova Democracia e o PASOK».
«E poderemos vir as ter mais do mesmo. Um Governo chamado de unidade nacional cujo ponto comum, o fator de unidade, será cumprir o memorando [de ajuda externa] e as medidas de exploração dos trabalhadores e do povo grego, pelo menos, até 2015. Portanto, poderemos ver goradas as expetativas e a vontade expressa pelo povo grego de mudanças reais», sublinhou.
Para o PCP há ainda uma outra «leitura importante» das eleições deste domingo nestes dois países europeus: «É que a luta social e de massas, quer em França, quer na Grécia, mas com mais incidência na Grécia, teve uma influência direta nos resultados».
«Os resultados expressam sobretudo uma vontade de mudança, quer por parte do povo grego, que por parte do povo francês, e sobretudo uma condenação muito forte das forças políticas, independentemente da sua natureza ideológica, que têm defendido, assumido e executado as políticas da União Europeia de exploração dos trabalhadores e dos povos e de ataque à soberania dos próprios estados», afirmou Ângelo Alves, da Comissão Política do PCP.
Os comunistas portugueses consideram que este é o «traço mais marcante» das presidenciais francesas e das legislativas gregas, mas sublinham que «uma coisa é a vontade expressa» pelos eleitores e outra é «a incidência real e as mudanças políticas reais que vão acontecer» em França, na Grécia e também na Europa em geral.
«Em relação a França, [o socialista] François Hollande oscilou entre um discurso em que se tentou demarcar de uma política que o seu partido, e a família europeia a que pertence, defendeu e tem vindo a executar em outros países, e o chamado discurso da responsabilidade europeia, em que foi muito claro que nada seria posto em causa, nomeadamente, o tratado orçamental», explicou Ângelo Alves, em declarações à Lusa.
O dirigente do PCP destaca que, «aliás, uma das propostas mais emblemáticas de François Hollande pode resumir-se» desta forma: «Colou ou quer colar um autocolante que tem as palavras crescimento e emprego em cima de um tratado que impede esse mesmo crescimento e a criação de emprego, como está bem evidente na espiral recessiva e de austeridade que vive neste momento a Europa».
Quanto à Grécia, acrescentou, apesar da «forte condenação aos dois partidos do sistema», a questão é que «o próprio sistema eleitoral, com o bónus de 50 deputados ao partido mais votado, poderá vir a possibilitar um acordo entre a Nova Democracia e o PASOK».
«E poderemos vir as ter mais do mesmo. Um Governo chamado de unidade nacional cujo ponto comum, o fator de unidade, será cumprir o memorando [de ajuda externa] e as medidas de exploração dos trabalhadores e do povo grego, pelo menos, até 2015. Portanto, poderemos ver goradas as expetativas e a vontade expressa pelo povo grego de mudanças reais», sublinhou.
Para o PCP há ainda uma outra «leitura importante» das eleições deste domingo nestes dois países europeus: «É que a luta social e de massas, quer em França, quer na Grécia, mas com mais incidência na Grécia, teve uma influência direta nos resultados».
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