domingo, 28 de fevereiro de 2010

ESTA BLOGUEIRA TAMBÉM NO TWITTER...

Tentei resistir mas não deu para segurar. Esta semana esta blogueira adotou mais um endereço eletrônico : o twitter.
http://twitter.com/GracieteSantana
Nos encontraremos por lá!

TENHO DITO

EXCELENTE A REFLEXÃO, COM DADOS PRECISOS, DE RICARDO ANDRÉ, PUBLICADO EM EU PENSO QUE...

Royalties 1

O mau uso dos royalties do petróleo pelas últimas administrações e a resistência do atual governo em divulgar com transparência como se gasta esses recursos justificam a apatia de muitos campistas sobre a campanha pela manutenção das atuais regras.
Em 2008, o município de Campos recebeu R$ 1,2 bilhão da Agência Nacional do Petróleo.
Em 2009 o valor fou menor, cerca de R$ 850 milhões.
Nos dois primeiros meses de 2010 já entraram nos cofres municipais cerca de R$ 203 milhões.

O NOME DELA É...ANA JÚLIA

A família Dignidade está em festa. Finalmente descobriram o sexo do bebê que a Srª Dignidade está esperando. É uma menininha! E já tem nome!
Ela vai se chamar ANA JÙLIA.
Lindo nome!
Parabéns !

A JUSTIÇA NÃO DEVE TER PESOS E MEDIDAS DIFERENTES PARA SITUAÇÕES SIMILARES

Diz o ditado popular que, "pau que dá em Chico também dá em Francisco".
Penso que, nada deixa os campistas mais indignados do que perceber que a lei vale para alguns e que, outros tantos com práticas idênticas ou até mais graves continuam levando a vida na flauta.

Campos dos Goytacazes precisa passar por um processo de desintoxicação de vícios políticos.
Devemos estar atentos para não banalizar tudo de negativo que acontece na política local. Se a Justiça pesar sobre um, que pese sobre todos. Senão fica difícil acreditar numa saída para tantos escândalos que pairam sobre a doce Planície Goytacá!
Nisso, dentre outras coisas, concordo com a publicação de Jane Nunes ...
Por Jane Nunes, postado no blog Estou procurando o que fazer...

Justiça para quem precisa de Justiça!


Não quero aqui fazer a defesa de A ou B, muito menos reforçar a teoria de que "um erro justifica o outro" mais creio que estamos no nosso limite com a Justiça em Campos.
Até quando teremos que assistir a destruição de nosso município, os descalabros deste desgoverno e a Justiça se mantendo cega, surda e muda não pela imparcialidade que dizem ela tem, por isso o seu símbolo mas, pela melhor das hipóteses por sua omissão?
Não são as autoridades judiciais servidores públicos? Não são eles os defensores da Lei?
As Leis não valem para todos?
Por que temos a constante sensação de que a porta da Justiça está sempre fechada para os que não cumprem a "Lei" dos inhos?

Justiça para quem precisa de Justiça! É o que queremos! É o que temos direito ou não temos mais direitos?



O LULISMO E O PETISMO: MERVAL PEREIRA

O lulismo e o petismo:: Merval Pereira

DEU EM O GLOBO

O Partido dos Trabalhadores chega aos 30 anos ainda com o peso da crise do mensalão de 2005, marcado pela acusação do procurador-geral da República de ter organizado “uma quadrilha” para comprar votos dentro do Congresso Nacional em apoio ao governo Lula. Nada menos que 40 pessoas, entre elas os principais dirigentes do partido, estão arroladas como réus no processo que tramita no Supremo Tribunal Federal.

A candidatura da ministra Dilma Rousseff, saída da cartola de Lula, tem essa origem, segundo um dos principais líderes petistas, o ex-ministro da Justiça e candidato ao governo do Rio Grande do Sul Tarso Genro.

O vazio político criado dentro do PT após a crise do mensalão teria aberto, para Genro, o caminho para uma decisão unilateral de Lula, sem que o partido tivesse condições de reagir.

Outra liderança histórica petista, Gilberto Carvalho, chefe de gabinete do presidente Lula e um de seus principais interlocutores, admitiu em entrevista recente que a principal perda do partido desde a sua fundação foi ter adquirido “o vício da corrupção”, fato explicitado no escândalo do mensalão.

O que se viu no Congresso petista foi uma tentativa infrutífera de exorcizar esse fantasma, a começar pelo exministro José Dirceu, acusado de ser o chefe da quadrilha no processo do STF e que, prestes a reassumir um cargo no Diretório Nacional do partido e na campanha eleitoral da candidata oficial, disse que, para ele, o mensalão não é corrupção, mas financiamento eleitoral com caixa dois.

O próprio presidente Lula referiu-se ao episódio dizendo que os que queriam acabar com “a raça” do PT em 2005 estão, eles sim, acabados, numa citação indireta ao ex-presidente do DEM Jorge Bornhausen.

O fato é que, a partir desse episódio, o PT perdeu espaço político no governo para o surgimento do fenômeno do “lulismo”, devido ao protagonismo pessoal do presidente Lula, que conseguiu se distanciar do escândalo ora afirmando que fora traído, ora insinuando que o mensalão simplesmente não existiu.

Na entrevista publicada no “Estadão” na sexta-feira, Lula chegou ao ridículo extremo de dizer que, quando deixar o governo, pretende investigar pessoalmente “algumas coisas que eu não sei e que me pareceram muito estranhas ao longo de todo o processo”.

Perguntado sobre quem o traiu, Lula saiu-se com um enigma: “Quando eu deixar a Presidência, eu posso falar”.

É o caso de perguntar por que não utiliza todos os órgãos de informação e mais a Polícia Federal para investigar um caso tão grave, se acredita que há “coisas estranhas” no processo.

O fato é que o PT hoje, depois do mensalão e subordinado ao “lulismo”, é cada vez mais um partido igual aos outros.

O cientista político Paulo Roberto Figueira Leal, professor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), diz que o PT de hoje é, em alguns sentidos, mais parecido com as siglas que criticava e combatia: “Tornou-se um partido mais profissionalizado (vide o perfil daqueles que participam de seus encontros nacionais) e mais focado no pragmatismo em nome do sucesso eleitoral (vide a ampliação do arco de alianças a partidos notoriamente conservadores)”.

Para Paulo Roberto, se essa trajetória foi fundamental “para sacramentar vitórias no plano nacional, ao conseguir eleitores centristas que historicamente não votavam no partido, ela também cobrou um preço: o da percepção, por parcelas mais à esquerda, de uma tendência (em curso, ainda não totalmente consumada) à indiferenciação do PT em relação às demais siglas”.

Para ele, a radicalização ou não dessa tendência à indiferenciação dependerá, em grande medida, do resultado de Dilma em 2010. “Em caso de vitória, e obrigados o governo e o partido a assegurarem a governabilidade, nada sugere que o PT se afastará dessa linha de lançar pontes ao centro e de diálogo com partidos e segmentos do eleitorado para muito além daqueles que apoiaram o PT em seus primeiros anos”.

Já o cientista político Hamilton Garcia de Lima, professor do Laboratório de Estudos da Sociedade Civil e do Estado da Universidade do Norte Fluminense, a disjuntiva petismo x lulismo só será útil para o entendimento da dinâmica interna do PT “se não cair na tentação simplista de uma dicotomia que ignore a relação carnal siamesa entre ambos os setores, relação essa que está na base da conquista do poder pelo partido”.

Diante das vitórias conquistadas desde então, diz ele, “é pouco provável esperar o fim da parceria histórica a partir de uma iniciativa da esquerda”.

Hamilton Garcia acha que Lula está “fadado a brilhar sobre o cenário político nacional, quer como líder inconteste da oposição, quer como líder natural da situação”, e por isso não tem interesse em alterar o status de um partido “que parece ter encontrado seu ponto de equilíbrio no desempenho do papel clássico de um partido trabalhista”.

Garcia faz uma ironia dizendo que o cenário de “uma Dilma vitoriosa e pretendente ao papel de um Leonel Brizola dos anos 1960 pode não ser impossível, mas parece improvável diante de um Vargas, digo Lula, ainda vivo”.

O cientista político também não vê possibilidade de recuo petista do que chama de “pactos escusos e sombrios costurados no pântano da política nacional”.

O professor Paulo Roberto Figueira acha que “quanto mais depender desses setores do eleitorado e quanto mais caminhar em direção ao centro — ou seja, quanto mais indiferenciarse —, mais o PT pagará o preço de depender de líderes carismáticos como Lula, seja como candidato, seja como “transferidor de prestígio para seus apoiados”.

CONCURSO DE SÃO JOÃO DA BARRA

Amanhã, dia 01 de março estarão reabertas as inscrições para o concurso de São João da Barra, com a devida correção no edital de todos os pontos que foram questionados na Justiça.

AS INSCRIÇÕES PODERÃO SER FEITAS SOMENTE PELA INTERNET, ENTRE OS DIAS 01 E 30 DE MARÇO, PELO SITE : WWW.FUNRIO.ORG.BR

sábado, 27 de fevereiro de 2010

SHOW NO FAROL

O BLOG DIGNIDADE chama a atenção para o fato de que, hoje poderá estar se apresentando no Farol ,o último show pago com os recursos dos royalties. Confira no trecho que segue:

"Os milhões gastos em shows pela PMCG, com a possível perda dos royalties, deverá ser uns dos primeiros gastos a serem cortados. Sendo assim, este show de Alexandre Pires, que acontece hoje em Farol, poderá ser o último "grande show" que a PMCG banca."
Gostaria de acrescentar que, de qualquer forma, assim é que deveria ser. De que adianta os mega eventos milionários durante a estação de veraneio no Farol de São Thomé, às custas do sofrimento de uma população que convive diariamente com as mazelas ocasionadas pelo abandono por parte do poder público?

Não vai demorar para constatarmos a veracidade do que, de maneira intransigente tenho denunciado neste espaço. Com o fim da temporada de verão, o transporte coletivo voltará a ser precário, a E.M.Barra Velha continuará fechada, a menos que a Promotoria da Infância e Juventude interceda por ela, a iluminação pública se tornará precária, as condições de atendimento do único Posto Médico 24 horas do Farol tende a se tornar ineficiente, a insegurança pública se evidenciará, etc.

A população, hoje em torno de aproximadamente 25 mil habitantes, está cansada de ver este filme, portanto, isso é previsível. Tudo porque, o poder público local, continua com a lógica de tratar o Farol apenas como lugar de veraneio e ponto. O Farol de fato, nunca recebeu um investimento de peso para alavancar o necessário desenvolvimento da baixada campista.

A pergunta que não quer calar é: os recursos dos royalties no Farol deve se restringir à agenda de shows? Onde estão os investimentos efetivos no Farol de São Tomé? E se fosse para fazer indagações acerca deste tema, precisaríamos de um espaço sem fim.

No entanto, posso afirmar que, o povo do Farol não está tão iludido quanto imagina os governantes municipais. Eles sabem que, apenas o valor pago por um show seria suficiente para a contrução de uma escola modelo para abrigar as crianças do Lagamar, como também que, o que não foi feito até hoje, se deve a falta de vontade política e descompromisso dos governantes com as questões do interesse popular.

ACORDA FAROL!!!!

ROYALTIES COM RESPONSABILIDADE

"Os municípios produtores de petróleo do estado do Rio vão parar na próxima quinta-feira (4), às 16h, em defesa da manutenção dos royalties."(site da PMCG)

A Prefeita Rosinha Garotinho está liderando um movimento contra a redistribuição dos royalties o que, acarretaria uma queda importante dos recursos hoje pagos aos municípios produtores.
Temos sido intransigentes ,nos últimos anos, em relação ao uso dos recursos oriundos da extração de petróleo na bacia de Campos. Sempre houve questionamentos acerca da aplicação desses recursos e o que se entendia é que os sucessivos governos faziam-se de surdos quanto a isso.
Estava evidente que tanto o esbanjamento como investimentos aquém do volume de recursos recebidos em algum momento, seja pelo esgotamento dos poços de petróleo ou mudança na lei de distribuição dos royalties, implicaria no risco que hoje corremos. Os governantes do município eram os únicos céticos diante dessa possibilidade.

Na verdade, nossos governantes locais não foram parcimoniosos com esses vultuosos recursos e não demonstraram a menor preocupação com o que era feito com eles.
Hoje, o governo alega que se os royalties forem redistribuídos o município de Campos vai falir. Penso que já teria dado tempo,diante da fortuna já recebida, de todos os serviços em Campos serem de primeiro mundo. Entretanto, o que temos é uma cidade suja, escolas sucateadas, muitas funcionando ainda em casas alugadas, rede hospilar precária, faltando postos de atendimento 24 horas em todo o município, e construção de um hospital para atender a baixada campista. Sem falar que ,vivemos num munícipio que nem o saneamento básico é uma realidade para todos os campistas.

O ideal é que, e torço por isso, os municípios produtores de petróleo não fiquem no prejuízo por conta da irresponsabilidade de governantes descolados do compromisso do interesse público, porém, se forem mantidos os valores atuais, que haja uma cobrança efetiva de toda a sociedade civil organizada , clubes de serviços, etc de que a partir daí os governantes do município tenham responsabilidade com a aplicação dos royaties a fim de preparar Campos para o crescimento econômico efetivo, com independência dos royalties. Que estes recursos seja utilizados como ponte para alavancar o crescimento local e não como bote salva-vidas.




sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

O CONCURSADO QUER SABER....

1 comentários:

Alecsandro disse...

Gostaria de saber se Rosinha vai se pronunciar realmente sobre o concurso

Apesar do ato público ocorrido ontem, em frente ao Palácio da Cultura, pela convocação dos concursados e prorrogação do prazo de validade do concurso, continua grande a espectativa dos professores do concurso de 2008 para a educação de Campos.

O que temos até agora é a palavra da Secretária de Educação e do Dr. Edson Batista, que se comprometeram com a comissão que foi recebida por eles, formada por diretores do SEPE e concursados, de que um ofício seria imediatamente encaminhado à Secretária de Administração para que o Dr. Fábio Ribeiro pudesse tornar isso um fato concreto.

É óbvio que nada acontece sem o aval da Prefeita Rosinha Garotinho. Quero crer que, as várias instâncias do governo agem em sintonia, assim sendo, não há porque duvidar de que o compromisso assumido pelos secretários serão honrados pela prefeita.

Entretanto, não podemos descartar nenhuma possibilidade. Caso isso não se confirme com a publicação da prorrogação do prazo de validade do concurso, estaremos mobilizados, SEPE e concursados, para uma nova investida.

A Secretária Joilza Rangel, se comprometeu ainda de, receber uma comissáo do SEPE para nova audiência na próxima semana, em dia e horário a ser confirmados, onde retomaremos a este assunto e trataremos de outros pontos tais como FUNDEB, PLANO DE CARGOS E SALÁRIOS, etc.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

CHOVE CHUVA, CHOVE SEM PARAR...

Enfim a chuva chegou. Momentos difíceis esses, de sua ausência. É assim que, na prática sentimos na pele o problema do aquecimento global. E pensar que o responsável por toda esta alteração do clima é o próprio homem, que com sua ambição e ganância não respeita a natureza que lhe provê a vida.

Quando já não esperava por ela, fui pega desprevenida na saída so supermercado e tomei um bom banho de chuva. Não fosse o incômodo da roupa molhada, eu diria que foi maravilhoso. Isso me deixou a sensação de alma lavada. Não faz muito tempo, quando chovia, eu punha a maiô para tomar banho de chuva no quintal de minha casa.

Neste momento, ouço o barulho da chuva lá fora. Como é bom ouví-lo! A sensação é de aconchego e relaxamento. A natureza é sábia. O homem deveria aprender com ela!

O ATO PÚBLICO ACONTECEU....

Conforme o planejado para o dia de hoje, 10 horas da manhã, em frente ao Palácio da Cultura, fizemos (SEPE) o ato público em defesa da convocação dos concursados e prorrogação do prazo de validade do concurso por mais dois anos.

Pudemos contar com a presença da maioria dos diretores do SEPE e, o mais importante, a presença de professores interessados nesta luta.

Debaixo de um Sol escaldante, muitas foram as falas que deixaram claro a importância desta mobilização. Um ofício foi protocolado, com a solicitação de que uma comissão, composta por diretores do SEPE e representantes dos concursados, fosse recebida pela Secretária de Educação Joilza Rangel.

A comissão foi recebida por volta de 11:30 da manhã, composta por esta blogueira, Prof. Amaro Sérgio, Renato Gonçalves e Edson(todos diretores do SEPE) e dois concursados. A Secretária Joilza Rangel e o representante do governo Dr. Edson Batista ouviram atentamente os argumentos apresentados em relação a necessidade de prorrogação do prazo de validade do concurso e afirmaram não haver nenhum problema em atender a reivindicação dos professores concursados.

Disseram ainda, diante de toda a comissão, que um ofício seria enviado naquele momento para o Secretário de Administração Dr. Fábio Ribeiro para que medidas fossem tomadas a fim de tornar realidade o pleito apresentado.

A imprensa local fez o registro tanto do ato como da audiência com a Secretária e a comissão saiu confiante diante da palavra empenhada pelos representates do governo. Entretanto uma coisa é certa, se em algum momento suscitar qualquer dúvida contrária ao compromisso do governo, continuaremos intransigentes na defesa dos concursados de 2008 da educação.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Ato Público quinta-feira, 10hs Palácio da Cultura. Todos lá!

O MINISTÉRIO PÚBLICO É A ESPERANÇA DAS CRIANÇAS DA E.M.BARRA VELHA

O site da PMCG divulgou nota na tentativa de explicar o motivo do fechamento de várias escolas da rede municipal, inclusive a da E.M.BARRA VELHA.

Lamentável! Isso é bom para que os leitores deste Blog entendam a gravidade da situação.

Alguém concorda que, na rica Campos dos Goytacazes, município que mais recebe recursos de royalties, haja alguma justificativa plausível para fechar uma escola a revelia da vontade de uma comunidade?

Penso que só eles, fiéis representantes da Prefeita Rosinha Garotinho, podem acreditar nisso.

Quanto a nós, pessoas de bem, só resta aguardar a decisão do MINISTÉRIO PÚBLICO a fim de garantir o direito dos alunos de Lagamar. Pois deste governo...

A COBIÇA GERA DISPUTA PELOS ROYATIES DO PETRÓLEO!

O BLOG DIGNIDADE publicou matéria sobre a expectativa em torno da votação do projeto de lei que versa sobre a mudança na distribuição dos royaties do petróleo.

É lamentável para nós campistas saber que, apesar de todos esses anos em que Campos recebe a verba compensatória pela extração de petróleo em nossa bacia, ou seja,o recurso dos royalties, o que efetivamente não representou nenhum avanço para o nosso município. Isso motivou a cobiça de outros estados e municípios da federação, que desejam partilhar desses recursos.

Para nós campistas, é vergonhoso constatar que, a corrupção a solta, governo após governo, desde o advento desta verba compensatória, além de representar o atraso político para Campos é acima de tudo um prejuízo sem precedentes para o povo que não sabe onde foi parar essa verba milionária.

O povo sabe que a educação vai de mal a pior, a saúde está caótica, emprego não existe. Sem falar no abandono de bairros inteiros, na falta de segurança,etc,etc...

Enfim, os objetivos a que se destina os royalties não foram de longe colocados na prática. O desenvolvimento que deveria ter sido alavancado, com a geração de emprego e renda não aconteceu.

Ora, senhores! Até agora os recursos dos royalties só serviu para patrocinar o "show dos milhões", obras com valores altíssimos, merenda escolar com preço estratosférico,etc,etc

E aí, agora os maus políticos do município estão desesperados com a possibilidade dessa farra acabar. Se a distribuição dos recursos dos royalties for aprovada, nas próximas eleições municipais de Campos pode ocorrer uma escassez de candidatos à prefeito.

Abaixo, segue trecho da publicação do Blog Dignidade:
"É grande a expectativa para a votação da emenda do deputado Ibsen Pinheiro (PMDB/RS) ao projeto de partilha de produção que tramita no Congresso Nacional, que pretende mudar o sistema de distribuição dos recursos dos royalties do petróleo.
Campos dos Goytacazes é usado como exemplo de má aplicação destes recursos, onde até hoje não houve melhoria na qualidade de vida da população. Áreas como saúde, educação, habitação e infra-estrutura em geral, continuam onde estavam antes de receberem os royalties, em algumas áreas está pior que antes.
Os royalties, principalmente em Campos, proporcionaram a corrupção e brigas de grupos políticos que usam de baixaria e oportunismo junto à população para ser detentores da administração dos milhões/ano depositados nos cofres do município.
Alguns políticos estão convocando a imprensa de modo geral e a sociedade civil para mobilização como tentativa de impedir que a emenda do deputado Ibsen Pinheiro (PMDB/RS) possa ser aprovada.
Concordo que a mídia sustentada pelos cofres públicos, empresas privadas beneficiadas com as terceirizações, empreiteiros, donos de construtoras, DAS (100% gratificação), os politiqueiros que se beneficiam com estes recursos, tem mesmo que sair à luta e defender os recursos que bancam suas regalias. Agora, a população que deveria ser a beneficiaria destes recursos, iria entrar nesta luta para quê, se até o momento a população não sentiu os royalties como melhoria em seu dia-dia?
Falar que a divisão dos royalties será a falência dos municípios que hoje recebem este recurso, isto significa nos valores e não na aplicação do mesmo, pois já estamos vivendo em um município falido há tempos, proporcionado pelas administrações que se revezam como gestores.
Para algumas pessoas, se os royalties do petróleo acabassem, Campos teria paz, onde os políticos aproveitadores não teriam mais motivos para infernizar os cidadãos de bem. Pode até ser!
Para outras, os politiqueiros querem aproveitar dos cidadãos para que façam números em defesa de seus interesses ($$$) através dos royalties. Pode ser também!
Mesmo não concordando com uma possível redistribuição dos royalties do petróleo, que área em Campos poderia falir?"

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

ATENÇÃO! ATENÇÃO CONCURSADOS DA EDUCAÇÃO MUNICIPAL DE CAMPOS EM 2008!

O SEPE (Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação), convoca os concursados de 2008, da Secretaria Municipal de Educação de Campos,para participarem do ATO PÙBLICO nesta quinta-feira(25/02), às 10 horas da manhã, em frente ao Palácio da Cultura.

Esperamos por todos lá!!!

MINISTÉRIO PÚBLICO É A ÚLTIMA ESPERANÇA PARA GARANTIR O FUCIONAMENTO DA E.M.BARRA VELHA

Hoje mais uma ação foi colocada em prática para garantir a continuidade de funcionamento da E.M.Barra Velha, no Farol de São Thomé.

Foi entregue à Promotoria da Criança e Juventude, documentação complementar que comprova a necessidade da escola para a comunidade de Lagamar.

Diante da insensiblidade da Prefeita Rosinha Garotinho, que até agora não respondeu à solicitação da comunidade, o que se espera é que a Promotoria da Infância e da Juventude, investidada da devida autoridade, exija da SMEC o funcionamento da E.M.Barra Velha, para que esta continue atendendo as nossas crianças.

NÃO SAIU NO JORNAL, MAS ESTÁ NA BOCA SO POVO...

O Blog da Profª Luciana diz:

"Não virou manchete de jornal, mas já está na rede blog, pelo caráter democrático que a blogosfera possui."

O comentário é referente a matéria publicada ontem, por esta blogueira, sobre a manifestação realizada ontem no Farol de São Thomé, contra o fechamento da E.M.Barra Velha, no bairro Lagamar.

Gostaria de acrescentar que, além da repercussão na blogosfera, pelo caráter comprovadamente democrático que tem, o fechamento da E.M.Barra Velha, que era assunto desconhecido pela maioria dos moradores do Farol, está na boca do povo.

Enquanto a maioria perplexa por saber que a Prefeita Rosinha Garotinho, a prefeita da mudança,está agindo contra o interesse popular, do outro lado, os puxas-saco afirmam que é tudo mentira. Será que estes últimos desconhecem as ações do governo do qual fazem parte?

Tudo que esta blogueira e a comunidade do Lagamar deseja ouvir é que,tudo não passa de um lêdo engano e que a E.M.Barra Velha estará aberta para receber professores,funcionários e alunos no dia 01 de março de 2010.

Venceremos!

domingo, 21 de fevereiro de 2010

EXTRA! EXTRA! A NOTÍCIA QUE NÃO SERÁ PUBLICADA PELOS JORNAIS LOCAIS....

MANIFESTAÇÃO EM DEFESA DO FUNCIONAMENTO DA ESCOLA MUNICIPAL BARRA VELHA

Hoje pela manhã, entre 10 e 12 horas, pais e comunidade do Bairro Lagamar, em Farol de São Thomé, realizaram em conjunto com os diretores do SEPE, Professores Amaro Sérgio e Graciete Santana, um ato público em frente a rodoviária do Farol, pela continuidade do funcionamento da E.M.Barra Velha.

Num local de grande fluxo de pessoas, os oradores se dirigiram tanto aos moradores quanto aos veranistas do Farol, denunciando o descaso da Prefeita Rosinha Garotinho com a educação do município, onde, ao invés de construir mais escolas, já que existe uma demanda reprimida, origem das 1200 bolsas de estudo para as escolas da rede privada, a Prefeita manda fechar escolas.

O Profº Amaro Sérgio lembrou que, a comunidade do Lagamar é carente, os pais são trabalhadores que não têm como levar seus filhos para uma escola distante, como também não se sentem seguros em deixar suas crianças pequenas, com idade entre 03 e 05 anos, embarcarem num ônibus sozinhos. Nesse momento, o Profº lembrou também, que o ECA garante no seu Art. 53, V que "é assegurado à criança o acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência" e que, se esta escola já existe não há razões plausíveis para fechá-la.

A Profª Graciete chamou a atenção para o fato de estarem se instalando três grandes eventos locais tais como: Complexo Logístico de Barra do Furado, Porto do Açu e o Aeródromo da Petrobrás com capacidade de circulação de 1 milhão de pessoas/ano,o que como consequência aumentará e muito a população do Farol. Diante disso, as reivindicações dos moradores de Lagamar são pertinentes, exigindo que haja investimento na escola da educação básica e não o seu fechamento.

Na semana que antecedeu o Carnaval, representantes do governo Rosinha Garotinho, os diretores do SEPE, Amaro e Graciete, se reuniram com os pais de alunos da referida escola municipal. Os pais e os dois diretores do SEPE foram unânimes na defesa da continuidade de funcionamento da escola. Entretanto, ficou evidente a posição radical do governo Rosinha Garotinho, que por insistência dos moradores se comprometeu a reavaliar a decisão e dar uma resposta até o dia 12 de fevereiro, o que não aconteceu e isso levou à manifestação na manhã de hoje.

NA LUTA PELA EDUCAÇÃO

NA LUTA PELA EDUCAÇÃO
BEM UNIDOS FAÇAMOS
Uma mensagem a todos os membros de NA LUTA PELA EDUCAÇÃO

“Ao separar a luta econômica, e meramente sindical, da luta política mais
geral, a maioria dos sindicatos, ao longo do século XX no Brasil e no
mundo, deixaram de cumprir um papel, que apesar de limitado, era e é
imprescindível para a luta socialista. A partir da leitura do marxismo
clássico, é tarefa dos
sindicalistas revolucionários atuais fazer esse balanço e encaminhar
ações que procurem pôr em xeque o sistema capitalista como um todo, sem
se limitar a lutar meramente contra os seus efeitos, mesmo que estes
sejam bastante nefastos.”

Teones França

Visite NA LUTA PELA EDUCAÇÃO em: http://sepenuceosaogoncalo4.ning.com

PALESTINA, UM ESTADO SUI GENERIS COM A MISSÃO DE LIVRAR O MUNDO DO NAZISMO

Durante a cerimônia de comemoração ao Dia da Árvore Judaico (30/01), na Cisjordânia ocupada, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou que irá manter a Cisjordânia para sempre como parte de seu país “Nossa mensagem é clara: nós estamos plantando aqui, vamos construir aqui e ficar aqui. Este lugar será parte inseparável de Israel para toda a eternidade “, disse o primeiro ministro.

Como consequência da grande perda de tempo que foram as negociações com Israel, os palestinos estão começando a vislumbrar outros horizontes para além dessa discussão sem fim da solução de dois Estados: a luta pela igualdade de direitos para todos os habitantes da Palestina histórica, adotando o programa semelhante ao dos negros na África do Sul do Apartheid para lograr a igualdade civil, religiosa, social e econômica num Estado democrático, laico e não racista. Estatística recentes confirmam o crescimento dessa visão entre os palestinos.

Embora tenha exigido seu reconhecimento e se comprometido com a chamada solução de dois Estados, Israel fez o caminho contrário, destruindo todas as parcas possibilidades que existiam para isso. As orientações políticas e ideológicas que predominam na sociedade israelense tornam cada vez mais distantes as condições para Israel aceitar as fronteiras estabelecidas pela ONU antes de 1967. Israel não quer negociar nada. Quer todas as terras da Palestina. Então deve se conformar que essas terras continuam a ter um povo e que milhões deles, que foram expulsos, têm o direito de retornar.

Palestina, um Estado sui generis com a missão histórica de livrar o mundo do nazismo
Desde a fundação da OLP que foi, durante vários anos, a ferramenta que garantiu a sobrevivência e o reconhecimento da nacionalidade palestina em todo mundo, a Palestina tornou-se um Estado sui-generis - uma nação da qual roubaram as terras.Essa nacionalidade organizada em vários partidos conta com mais de 10 milhões de pessoas que vivem nos territórios ocupados de Gaza e Cisjordânia, nos acampamentos de refugiados em países do Oriente Médio e na Diáspora.

A capitulação de Arafat não mudou a essência da Nação Palestina, apenas postergou sua missão histórica, dando fôlego a Israel para implementar sua política genocida com um único objetivo: exterminar uma parte e expulsar outra parte dos palestinos que vivem nos territórios ocupados de Gaza e Cisjordânia, permitindo que um pequeno contingente de pessoas continue naquelas terras, um número bem reduzido que não ameace a superioridade populacional de Israel. É a serviço dessa estratégia que se criou a “solução de dois Estados”. Contra a existência de um estado israelense, os palestinos precisam se unir em torno da retomada da luta por um Estado palestino laico, democrático e não racista.

A luta inglória pela preservação de pequenos territórios palestinos ocupados por Israel acaba servindo a essa estratégia de Israel porque é uma luta sem fim. O circo chamado Autoridade Palestina também serve a este objetivo de Israel, ou seja proporcionar ao estado judeu-nazi-sionista o prazo que necessita para exterminar uma parte dos palestinos e escravizar a outra parte. O desmantelamento da AP em nada vai diminuir a representatividade da OLP e demais partidos junto aos povos e governos em todo o mundo. Não fará falta alguma, pois não possui poder algum, salvo o poder policial a serviço de Israel.

Em que pese a traição da Fatah, a OLP continua a ser, juntamente com o Hamas e outros partidos menores , os representantes políticos dessa nação, desse Estado sui generis. As diferenças políticas entre eles, que são profundas, devem se superadas democraticamente, através das eleições para o Governo da Palestina, e não para uma fictícia Autoridade Palestina. Este Estado sui generis, porque lhe roubaram o território, preservará assim as demais características de um Estado Nação: povo, idioma, cultura, tradições, Constituição e Forças Armadas. Sua luta será pelo direito de viver com igualdade de condições em seu território usurpado, onde será reconstruída a Palestina. Que ela seja laica, democrática e não racista é o desejo de todos os povos de consciência do mundo. Assim, os palestinos estarão livrando o mundo do nazismo- a mais horrenda face do imperialismo.

Este pode parecer um caminho longo e demasiado penoso, pois Israel jamais aceitará pacificamente repartir os frutos de seu roubo com suas vítimas espoliadas. Entretanto, terá que se render às evidências, à situação real que ele mesmo criou: a existência de um único estado judeu- nazi-sionista cujo objetivo é exterminar parte de sua população: os palestinos. A partir do momento que Israel não aceitou as fronteiras impostas pela ONU antes de 1967, ele criou, na prática, um único estado e jamais mudará de opinião.

De fato, a realidade tem demonstrado que Israel ,como um engendro racista e genocida do imperialismo mundial, jamais aceitará um Estado palestino soberano e viável economicamente. Depois de anos de negociações , de roubo sistemático de terras palestinas, de agressões, invasões, massacres, assassinatos, prisões, torturas, o máximo que Israel pensa em conceder são uns pedaços de terra isolados uns dos outros, totalmente militarizado, onde os palestinos serão trancados dentro dos limites do muro do Apartheid. Para Israel deixar claro ao mundo suas intenções, falta esmagar a legítima resistência dos palestinos: as brigadas do Hamas, da FDLN, da FPLN, do PPP e da Jihard e impor o mesmo regime da Cisjordânia em Gaza: construir o último bantustão no que, agora, é o maior campo de concentração do mundo. Não é preciso esperar para o mundo inteiro ver a cara do novo Hitler, porque será tarde demais. Ainda é possível detê-lo.

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Palestina livre!
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PARA NÃO ESQUECER DONA NOLINHA

Este texto foi retirado do blog urgente do jornalista Vitor Menezes

Para não esquecer dona Nolinha Fotos: César Ferreira/Reprodução

Trabalhadora rural que morreu queimada em canavial de Tocos, em Campos dos Goytacazes, Cristina Fernandes Santos [foto ao lado], a dona Nolinha, era uma guerreira mãe de sete filhos e que criava três netos. Quatro meses após a tragédia, caso continua sem desfecho nas investigações da polícia. Abaixo, reproduzo matéria que fiz para a Revista Imagem, que circulou semana passada nas bases da Petrobras na Bacia de Campos.

A morte trágica de Dona Nolinha

Após algumas palmas, a desconfiança em pessoa vem ao portão. Chama-se José Firmino, 60 anos [foto abaixo, com os netos]. E entende-se a razão das suas inicialmente poucas palavras e do incômodo diante da reportagem. É dele a dor de ter perdido a esposa, Cristina Fernandes dos Santos, 49 anos, queimada em um canavial próximo do distrito de Tocos, em Campos dos Goytacazes (RJ), em 29 de outubro deste ano. Também pesa a recomendação do advogado, igualmente compreensível, para que ele não fale sobre o assunto com estranhos.

Mas aos poucos Firmino se abre. E uma boa receptividade vai dando vez à dureza de um coração castigado pela injustiça de uma perda que considera assassina. Deve ser por essa característica, de não saber dizer não com muita convicção, que ele é conhecido na comunidade de Ponta Grossa, onde mora, pelo apelido de Amor, como sua mãe o chamava.
A Cristina Fernandes Santos, dos registros burocráticos dos documentos, da ocorrência policial e das pequenas e discretas matérias da imprensa sobre o caso, é, na verdade dos afetos, Dona Nolinha, famosa entre os vizinhos por ter liderado um grupo de trabalhadores sem nunca ter arrumado inimizade com ninguém, o que se comprova pelos constantes pedidos para batizar os meninos e meninas do lugar.
A família vai sendo conhecida aos poucos, entre os que estão na casa de Seu Amor e entre os que estão na casa da mãe de Nolinha, Maria Candido Fernandes, 80 anos [foto abaixo], próxima da primeira. Em alguns momentos, nos seus relatos, se referem à trabalhadora no tempo presente, protegendo-se da perda.
- Ela é muito alegre, vive brincando descreve o irmão Neivan Fernandes da Silva Dutra, 37 anos.
- Ela gosta do meu arroz-com-leite e da minha papa de abóbora. Quando faço, mando os meninos levarem pra ela na roça havia dito a mãe.
- Ela é guerreira, protegia a todos os filhos e netos e ajudava em tudo o que podia disse a filha Joice Dutra dos Santos, 23 anos.
Os filhos de dona Maria Candido são nove, incluindo Nolinha. Os filhos de Nolinha com Seu Amor são sete: Vitor, Monique, Thiago, Tarcísio, Joice, Micheline e Michele. E os filhos dos filhos do casal são cinco: Sâmela, Daniel, Ualas, Carlos Eduardo e Michael todos entre um e quatro anos de idade.
Três dos netos eram criados pela avó Nolinha. Os outros dois também sempre estavam por perto. E todos estariam, como lembrou Joice, em volta de Cristina no dia 29 de novembro, um domingo, para celebrar o seu aniversário de 50 anos. Recursos não havia para festa, mas a tradição na família é juntar todo mundo na casa do aniversariante.
O pagamento de um salário mínimo de Nolinha era empregado em outras prioridades. À frente da casa simples, de reboco falho e pálida cor amarela que emoldura portas e janelas de um vermelho castigado pelo sol, estão 700 telhas cerâmicas compradas com o dinheiro que ela e Seu Amor haviam juntado na última moagem.
Na varanda dos fundos, com chão de cimento cru, estão empilhados os pisos adquiridos há mais tempo ainda, três anos.
Ambos, telhas e pisos, faziam parte do sonho de Nolinha de reformar a casa, que tem o calor acentuado em alguns cômodos pela telha Eternit e nunca fica suficientemente limpa e apresentável, como gosta uma dona-de-casa zelosa, sem o piso adequado.

O dia da tragédia

Do dia em que os sonhos da família se foram, pouco se sabe. A descrição unânime entre familiares é a de que Cristina, por volta das 10h, percebeu que o fogo de um canavial próximo se alastrara com muita velocidade, impulsionado pelo vento sul, e as chamas saltaram de uma roça para a outra, por cima de um aceiro um caminho feito para separar as plantações e atingiram a área onde havia trabalhadores.
Ela estava acompanhada de mais três cortadores de cana a um certo momento. Eles deixaram o local correndo. Cristina correu para avisar sobre o perigo, inclusive para orientar para que retirassem o ônibus do grupo do local, mas teria escolhido o caminho errado. Acabou rodeada pelo fogo.
Um dos primeiros a ver o corpo foi o irmão Neivan. Foi chamado pelos colegas de Nolinha e lá permaneceu, sob o sol, ao lado da irmã, até que chegassem a polícia e os bombeiros. A mãe soube um pouco depois, por intermédio de um farmacêutico meio médico e meio psicólogo da comunidade, que trouxe um calmante e um ombro amigo. Em pouco tempo, a notícia já havia se espalhado. Mas o corte da cana não parou. Nem as queimadaS. Apesar da repercussão ínfima na imprensa local, o caso mereceu o acompanhamento da Comissão Pastoral da Terra, que acionou o Ministério Público Federal. A família também busca a responsabilizaçã o pelo que considera um crime, por meio de ação judicial.
Dona Maria Candido é a que expressa com sentimentos mais intensos o que considera fato nessa história. Amparando-se em um muro, ainda enquanto apenas testemunhava a entrevista que concedia o filho Neivan, ela interrompeu para bradar a sua revolta de mãe:
- Mataram a minha filha. Nem com um animal fariam isso. Eles queimaram a cana em uma hora que não era para queimar, em que tinha gente trabalhando. Levaram a minha filha. Estou passada da vida, jogada há dois meses. Minha filha foi uma grande coisa que perdi. Só Deus sabe o que estou passando. Tem que haver providência para isso ? disse.

Jogo de empurra

A trabalhadora estava a serviço do Consórcio de Mão de Obra Agrícola (Comagri), uma figura jurídica criada pelos produtores de cana para prestar serviço a eles mesmos. No momento de sua morte, Cristina estava em terras de propriedade da empresa Feliz Terra Agrícola. Toda a cana colhida na região onde houve a tragédia é destinada à Coagro, uma cooperativa também de produtores que arrendou uma usina falida, a São José, em Goitacazes, para produzir açúcar e álcool por conta própria.
Por telefone, o presidente da Coagro, Frederico Paes, disse à Imagem que a cooperativa não pode ser responsabilizada pelo caso. Na sua opinião, eventuais demandas trabalhistas devem ser encaminhadas à Comagri. E eventuais responsabilizaçõ es criminais devem ser respondidas pelo proprietário da terra, a Feliz Terra.
Quando a reportagem de Imagem ligou para a Comagri, a simpática atendente respondeu com um Coagro, boa tarde. O que inicialmente parecia ser um engano, mostrou-se revelador da simbiose entre estas duas instituições. A Comagri funciona em um escritório dentro da Coagro.
O chefe do departamento de Pessoal da Comagri, Paulo Roberto de Souza Júnior, não foi encontrado pela revista em seu local de trabalho, durante duas tardes de tentativas telefônicas nos dias 3 e 4 de dezembro. Sua versão para o episódio, no entanto, foi registrada pelo jornal Monitor Campista, em matéria no dia seguinte à morte de Cristina.
Acredito que tenha sido acidental, pois todos sabem do perigo de se colocar fogo no canavial. Além de Cristina, outro funcionário estava no local, mas ele conseguiu fugir correndo em direção contrária, dissera Souza Júnior.
O consórcio arcou com as despesas de funeral e liberou o pagamento de um seguro, de R$ 20 mil, para a família.
Representante dos proprietários da terra, Marcos Júnior, que não quis dizer o seu sobrenome e alegou ser um operador da Feliz Terra, disse à Imagem, também por telefone, que a responsabilizaçã o deve recair sobre a Comagri, que cuida da mão-de-obra do corte de cana. Nós fazemos um contrato com a Comagri e ela passa a responder por tudo o que acontece na terra, disse.
O presidente da Coagro, que também defende a tese da fatalidade, afirmou que todos estavam chocados com a morte de Cristina. Ela estava no local errado, na hora errada. Estava com a gente há muitos anos. Era uma pessoa muito querida, afirmou, se traindo pela expressão ?com a gente.
Segundo Paes, a usina costuma ser foco nestes casos em virtude do passado de más práticas dos usineiros da região, de trabalho escravo e exploração de trabalhadores e de produtores. Nossa usina é diferente, somos uma cooperativa de produtores, justamente por termos sido massacrados pelos usineiros, disse.
A Coagro, ainda de acordo com Paes, se prepara, inclusive, para acabar com as queimadas, inicialmente com a aquisição de seis máquinas colheitadeiras que estarão em atividade na próxima safra. O lado ruim, segundo ele, é o desemprego. Cada máquina substitui 80 trabalhadores. Na região, cerca de dez mil trabalhadores atuam no corte de cana.
Mas este é um caminho sem volta. Precisamos eliminar de vez as queimadas. Mas também precisamos qualificar os trabalhadores, para que possam atuar em outras áreas. Ninguém corta cana porque quer, avalia o novo usineiro.
Sobre as circunstâncias da morte de Cristina, Frederico Paes também comenta algo que, aparentemente, busca amenizar a responsabilizaçã o dos empregadores. Soubemos aqui que ela não estava em seu local de trabalho, estava caçando preá. O fogo, inclusive, pode ter sido ateado por alguém com o propósito de espantar as preás, uma prática comum aqui. Isso também explicaria a razão de outros trabalhadores não terem sido atingidos, aventou.
A versão que reforça o princípio da fatalidade ou aquela interpretação usualmente utilizada pelos empregadores de que, no final das contas, o trabalhador acaba sendo considerado o responsável pela própria morte foi providencialmente parar também no Boletim de Ocorrência registrado na 134ª Delegacia de Polícia, no Centro de Campos.
O comunicante [o policial que esteve no local] relata que foi informado pela Maré 8 para proceder ao canavial na Fazenda de Tocaia, onde uma mulher queimada foi encontrada morta. O comunicante alega que procedeu ao local e constatou que se tratava de Cristina Fernandes dos Santos que se acidentou ao adentrar no canavial pegando fogo. O comunicante alega que populares informaram que a mulher entrou no canavial para caçar preá, no momento em que o mesmo estava pegando fogo?, registrou a polícia.
O caso está sendo investigado pelo Ministério Público Federal e por inquérito instaurado pela própria Polícia Civil.

Trabalho escravo

Enquanto isso, o setor sucroalcooleiro, de acordo com a Comissão Pastoral da Terra, segue na liderança de incidência de trabalho escravo no Brasil. Em 2008, a indústria do açúcar e do álcool mantinha 49% (2.553) dos trabalhadores flagrados em condições análogas à escravidão.
Na véspera da morte da Cristina Fernandes dos Santos, em 28 de outubro, uma operação do Grupo Especial de Fiscalização Móvel, formado por integrantes do Ministério Público do Trabalho, do Ministério do Trabalho e da Polícia Rodoviária Federal, resgatou 38 trabalhadores que atuavam em condições degradantes em propriedades que enviam cana-de-açúcar para a Coagro.
O emaranhado jurídico que embaça a responsabilizaçã o da morte de Cristina Santos também foi percebido pelo Ministério Público do Trabalho em relação ao vínculo dos trabalhadores resgatados.
Além das condições degradantes constatadas pelo Grupo Móvel, a Coagro, que é formada por produtores rurais, terceiriza mão-de-obra ilicitamente ao instituir o Consórcio de Mão-de-Obra de Empregados Rurais (Comagri) como responsável pelos trabalhadores, quando na verdade é a própria cooperativa que gerencia toda a mão-de-obra. Outra irregularidade jurídica apontada pelos procuradores trata-se da formação ilegal da Coagro e da Comagri. Ambos são constituídos por pessoas físicas e jurídicas. Segundo o procurador do Trabalho Marcelo José Fernandes da Silva, o artigo 25-A, da Lei 8.212, de 2001, estabelece que os empregados do consórcio só podem trabalhar em terras de produtores rurais, que são pessoas físicas?, registrou o site da Comissão Pastoral da Terra, em matéria sobre a operação.
Além de irregularidades trabalhistas, foram encontradas pelo Grupo Móvel ?a ausência de registro em carteira, não fornecimento de equipamentos de segurança, falta de instalações sanitárias nas frentes de trabalho, inexistência de local adequado para refeição e para o acondicionamento da comida levada pelos trabalhadores, e a não concessão de água potável?, relatou a CPT.
A Coagro foi obrigada pelos auditores a anotar os contratos de trabalho na carteira dos empregados encontrados sem registro, além de pagar verbas rescisórias e por dano moral individual estipulado em R$ 260 mil pelo Ministério Público do Trabalho ? que vão para o FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) .

Despedida

O corpo de Dona Nolinha foi sepultado sob forte comoção em um pequeno cemitério de área rural, a poucos quilômetros da sua casa e à beira da estrada entre Ponta Grossa e Tocos, por onde passam, todos os dias, os ônibus dos trabalhadores que comandava. Dona Maria Candido ainda aguarda vir da cidade a foto emoldurada que ficará sobre o jazigo da filha. No domingo que seria o de seu aniversário de 50 anos, seu túmulo foi visitado por parentes e amigos, que levaram flores e fizeram orações. Pediram que ela descanse em paz. E que seja feita justiça.
Postado por Vitor Menezes

OS DESAFIOS DO SOCIALISMO NO SÉCULO 21 NA VENEZUELA

Entrevista com Chronis Polychroniou, editor do diário grego Eleftherotypia

Por William I. Robinson

Há histórias preocupantes vindo da Venezuela. A situação na fronteira está tensa, há uma nova base militar colombiana próxima à fronteira, o acesso dos EUA a várias novas bases na Colômbia... Será que o regime se preocupa com uma possível invasão? Se sim, quem está para intervir?
Chronis Polychroniou - O governo venezuelano está preocupado acerca de uma possível invasão estadunidense. Contudo, penso que os EUA estão seguindo uma estratégia de intervenção mais refinada que podíamos denominar guerra de atrito. Já vimos esta estratégia em outros países, tais como na Nicarágua na década de 1980, ou mesmo no Chile sob Allende. É o que no léxico da CIA é conhecido como desestabilização, e na linguagem do Pentágono é chamado guerra política – o que não significa que não haja componente militar. É uma estratégia que combina ameaças militares e hostilidades com operações psicológicas, campanhas de desinformação, propaganda, sabotagem econômica, pressões diplomáticas, mobilização de forças da oposição política dentro do país, manipulação de setores insatisfeitos e a exploração de queixas legítimas entre a população. A estratégia é hábil em aproveitar dos próprios erros e limitações da revolução, tais como corrupção, clientelismo e oportunismo, os quais devemos reconhecer que são problemas sérios na Venezuela. É hábil também em agravar e manipular problemas materiais, tais como escassez, inflação dos preços e assim por diante.

O objetivo é destruir a revolução tornando-a não funcional, pela exaustão da vontade da população em continuar a lutar para forjar uma nova sociedade e, deste modo, minar a base social de massa da revolução. De acordo com a estratégia dos EUA a revolução deve ser destruída fazendo com que entre em colapso por si mesma, minando a notável hegemonia que o chavismo e o bolivarianismo foram capazes de alcançar dentro da sociedade civil venezuelana ao longo da última década. Os EUA esperam provocar Chávez de modo a que tome a posição de transformar o processo socialista democrático num processo autoritário. Na visão deles, Chávez finalmente será removido do poder através de um cenário produzido pela guerra de atrito constante – seja através de eleições, de um putsch militar interno, um levantamento, deserções em massa do campo revolucionário, ou uma combinação de fatores que não podem ser antecipados.

Neste contexto, as bases militares na Colômbia proporcionam uma plataforma crucial para operações de inteligência e reconhecimento contra a Venezuela e também para a infiltração militar contra-revolucionária, a sabotagem econômica e grupos terroristas. Estes grupos de infiltração destinam-se a provocar reações do governo e sincronizar a provocação armada com toda a gama de agressões políticas, diplomáticas, psicológicas, econômicas e ideológicas que fazem parte da guerra de atrito.

Além disso, a simples ameaça de agressão militar dos EUA que as bases representam constitui uma poderosa operação psicológica estadunidense destinada a elevar as tensões dentro da Venezuela, forçar o governo a posições extremistas ou a fortalecer as forças internas anti-chavistas e contra-revolucionárias.

Entretanto, é importante verificar que as bases militares fazem parte de uma estratégia mais ampla dos EUA em relação a toda a América Latina. Os EUA e a direita na América Latina lançaram uma contra-ofensiva para reverter a guinada para a esquerda ou a chamada "Maré Rosa". A Venezuela é o epicentro de um emergente bloco contra-hegemônico na América Latina. Mas a Bolívia, Equador e os movimentos sociais e forças políticas de esquerda da região são igualmente alvos desta contra-ofensiva tal como a Venezuela. O golpe em Honduras deu ímpeto a esta contra-ofensiva e fortaleceu a direita e as forças contra-revolucionárias. A Colômbia tornou-se o epicentro regional da contra-revolução – realmente um bastião do fascismo século 21.

A "Revolução Bolivariana" de Chávez tem sido muito popular entre os pobres. Poderia explicar como a sociedade venezuelana tem mudado desde que Chávez chegou ao poder?
Em primeiro lugar, vamos reconhecer que a Revolução Bolivariana colocou o socialismo democrático na agenda mundial depois de atravessarmos um período na década de 1990 em que muitos ficavam mesmo alarmados em falar de socialismo, quando parecia que o capitalismo global havia atingido o pico da sua hegemonia e quando alguns na esquerda compravam a tese do "fim da história".

A Revolução Bolivariana deu às massas pobres e em grande medida afro-caribenhas a sua voz pela primeira vez desde a guerra da independência do colonialismo espanhol. O governo Chávez reorientou prioridades para a maioria pobre. Ele foi capaz de utilizar os rendimentos do petróleo, em particular, para desenvolver saúde, educação e outros programas sociais que tiveram resultados dramáticos na redução da pobreza, eliminando virtualmente o analfabetismo e melhorando a saúde da população. Organizações internacionais e agências têm reconhecido estas notáveis realizações sociais.

Contudo, como alguém que visita a Venezuela regularmente, eu diria que a mudança mais fundamental desde que Chávez chegou ao poder não é a destes indicadores sociais mas sim o despertar político e sócio-psicológico da maioria pobre – um vasto processo popular de mobilização das bases, expressão cultural, participação política e participação no poder. A velha elite e a burguesia foram parcialmente substituídas no Estado e do poder político formal – embora não inteiramente. Mas o medo real e o ressentimento dos velhos grupos dominantes, o pânico e o seu ódio contra Chávez é porque eles sentiram deslizar do seu domínio a capacidade confortável de exercer dominação cultura e sócio-psicológica sobre as classes populares como o fizeram durante décadas, mesmo séculos. Naturalmente, ali ainda há outros muitos mecanismos através dos quais a burguesia e os agentes políticos do antigo regime são capazes de exercer sua influência, particularmente através dos meios de comunicação que em grande medida ainda estão nas suas mãos.

Quão avançados são os planos de nacionalização de Chávez? Há alguma evidência de que eles levam aos resultados desejados?
A grande mudança econômica óbvia foi a recuperação do petróleo do país para um projeto popular – e mesmo que haja ainda uma burocrática oligarquia PDVSA. Outras empresas chave, tais como a siderurgia, foram nacionalizadas. E o setor cooperativo – com todos os seus problemas – tem se ampliado. No entanto, o poder econômico ainda está em grande medida nas mãos da burguesia.

A estratégia da revolução tem sido erguer novas instituições paralelas e também tentar "colonizar" o velho Estado. Mas o Estado venezuelano ainda é em grande medida um Estado capitalista. A questão chave é: como pode um projeto de transformação avançar enquanto opera através de um Estado corrupto, clientelista, burocrático e muitas vezes inerte legado pelo antigo regime? Se forças revolucionárias e socialistas chegam ao poder dentro de um processo político capitalista como você confronta o Estado capitalista e os entreves que ele coloca nos processos de transformação? De fato, na Venezuela, e também na Bolívia, as instituições do Estado muitas vezes atuam para constranger, diluir e cooptar lutas de massas vindas de baixo.

Do meu ponto de vista, na Venezuela a maior ameaça à revolução não vem da oposição política de direita, mas sim da chamada direita "endógena" ou "chavista" e pertencente ao bloco revolucionário, incluindo elites do Estado e responsáveis partidários, desenvolverão um interesse mais profundo em defender o capitalismo global do que na transformação socialista.

A revolução tem mais de uma década. Está amadurecendo ou está chegando a uma etapa de declínio e deformação?
Eu não diria que a revolução está em "declínio" ou "deformação". A guinada à esquerda na América Latina começou como uma rebelião contra o neoliberalismo. Os regimes pós neoliberais empreenderam suaves reformas redistributivas e nacionalizações limitadas, particularmente de recursos energéticos e serviços públicos que anteriormente haviam sido privatizados. Eles foram capazes de reativar a acumulação. Mas o pós-neo-liberalismo que atualmente não caminha em direção a uma profunda transformação socialista, está rapidamente a atingir os seus limites.

O processo bolivariano enfrenta contradições, problemas e limitações, tal como todos os projetos históricos. Eu diria que tanto a revolução venezuelana como os processos boliviano e equatoriano podem estar a rebelar-se contra os limites da reforma redistributiva dentro da lógica do capitalismo global, especialmente considerando a atual crise do capitalismo global. O anti-neoliberalismo que não desafia mais fundamentalmente a própria lógica do capitalismo choca-se contra limitações que podem agora ter sido atingidas.

Pode ser que a melhor ou a única defesa da revolução seja radicalizar e aprofundar o processo, pressionar pelo avanço de transformações estruturais que vão além da redistribuição. O fato é que a burguesia venezuelana pode ter sido deslocada em parte do poder político, mas ainda detém grande parte do controle economico. Romper tal controle implica uma mudança mais significativa na propriedade e nas relações de classe. Isto por sua vez significa romper a dominação do capital, do capital global e dos seus agentes locais.

Recordemos as lições da Nicarágua e de outras revoluções. Alianças multi-classe geram contradições desde que a etapa da lua-de-mel da reforma redistributiva e dos programas sociais fáceis alcancem o seu limite. Então as alianças multi-classe começam a entrar em colapso porque há contradições fundamentais entre distintos projetos e interesses de classe. Nesse ponto, uma revolução deve definir mais claramente o seu projeto de classe; não apenas no discurso ou na política mas na transformação estrutural real.

A um nível mais técnico, poderíamos dizer que as contradições geradas pela tentativa de romper a dominação do capital global não são uma falha da revolução. A Venezuela ainda é um país capitalista no qual a lei do valor, da acumulação de capital, está operativa. Esforços para estabelecer uma lógica contrária – uma lógica da necessidade social e da distribuição social – chocam-se contra a lei do valor. Mas numa sociedade capitalista violar a lei do valor lança tudo na loucura, gerando muitos problemas e novos desequilíbrios que a contra-revolução é capaz de aproveitar. Isto é o desafio para qualquer revolução orientada para o socialismo dentro do capitalismo global.

William I. Robinson é professor de Sociologia, Universidade da Califórnia – Santa Bárbara

(Publicado originalmente em http://www.zmag.org/znet/ viewArticle/23797)

sábado, 20 de fevereiro de 2010

ELEIÇÕES DIRETAS PARA DIRETORES DE ESCOLA

PUBLICAÇÃO EXTRAÍDA NA ÍNTEGRA DO BLOG DIGNIDADE E EU ASSINO EMBAIXO:

O blog de Cleber Tinoco traz postagem onde um de seus leitores, morador do Rio Grande do Norte (RN), comenta sobre as eleições diretas para diretor de escolas.

Do blog Campos em Debate


Eleições para diretor de escola pública (leitor do RN compartilha experiências)
Em abril de 2009, abordamos a questão da eleição para diretor de escola pública, registrando várias opiniões sobre o assunto (veja aqui). Como o tema é recorrente e ultrapassa as fronteiras locais, damos destaque ao comentário do Prof. Maxwell Araujo do Rio Grande do Norte. São suas palavras:


"Debate bastante interessante....No meu Estado (Rio Grande do Norte) desde 2006 temos uma Lei Estadual que define eleições para diretor, antes dessa lei os cargos eram privativos da indicação do Governo (normalmente cabos eleitorais). Já tivemos dois processos eleitorais, onde houve uma boa participação de alunos (maiores de 12 anos), professores, funcionários e pais e responsaveis.O Rio Grande do Norte já teve uma Lei que vigorou entre 1956 a 1960 permitindo a escolha de diretores das escolas estaduais, contudo revogada em 1961. Entretanto, voltamos ter eleições em 2006. Como experiência de participante desse novo processo posso garantir que é uma excelente alternativa, pois o escolhido é alguém que conhece a escola, pois deve ser servidor com pelos 3 anos de escola, onde tem um mandato de 2 anos podendo ter uma re-eleição. Se for um bom gestor pode ficar até 4 anos. Possuindo também uma certa autonomia politica, administrativa e econômica. É lamentavel que o STF interprete a Constituição de forma fundamentalista, pois mesmo sendo uma prorrogativa legal do Governante nomear um Diretor em Cargo de Comissão, ele não pode nomear através de uma consulta na comunidade escolar, de forma num processo de escolha? Conforme comentários aqui, O Governante pode fazer uma escolha assim para um cargo de confiança, uma vez que ele concorda com o processo, nomeando e empossando os diretores. Aqui, proibir este tipo de Lei Complementar Estadual, através de ações no STF não interessa a ninguem, uma vez, que os mesmos politicos (até os demagogos) sabem que esse processo eleitoral mas escolas garante votos e não querem ser vistos como "politicos não democraticos e inimigos do povo". No município de Natal/RN, há uma Lei semelhante, mas a atual Prefeita (a única no Brasil do Partido Verde que administra uma capital) no ano de 2009 revogou a Lei, mas sua popularidade caiu bastante e agora, demagogicamente, promete fazer uma nova Lei para escolha de Diretores da escolas municipais. Acredito ser legal e constitucional Leis estaduais e municipais que tratem dessa maneira e sendo uma iniciativa do próprio executivo e se não houver questionamento no Supremo Tribunal, fica valendo tais leis. Não sou jurista, mas acredito que no RN estamos fazendo um bom trabalho democratico.

Prof. Maxwell Araujo Natal/RN"
Blogueiro Fala...

Não podemos esquecer que em Campos os nobres vereadores votaram contra as eleições diretas para diretor de escola.
Abaixo os nomes dos nobres vereadores que votaram contra, a favor, os que ficaram em cima do muro e quem faltou a sessão.
Grande parte dos vereadores que votaram contra as eleições diretas para diretor de escolas são os detentores das indicações para o preenchimento das vagas de diretor, empregando seus cabos eleitorais.
VOTARAM CONTRA
MAGAL (PMDB)
PAPINHA (PP)
ALBERTINHO (PP)
GIL VIANNA (PSDC)
KELLINHO (PR)
ALTAMIR BÁRBARA (PSB)
JORGE RANGEL (PSB)
VIEIRA REIS (PRB)
VOTARAM A FAVOR
ABDU NEME (PSB)
RENATO BARBOSA (PT)
MARCOS BACELLAR (PT do B)
ROGÉRIO MATOSO (PPS)
DANTE (PDT)
Ficaram em cima do muro (não votaram):
DONA PENHA (PPS)
EDERVAL VENÂNCIO (PDT)
Faltou à sessão:
JORGE PÉ-NO-CHÃO (PT do B)
Postado por DIGNIDADE às 2/20/2010 07:37:00 PM

"LUTEI PELO JUSTO, PELO BOM E PELO MELHOR DO MUNDO"

OLGA BENARIO PRESTES

ÚLTIMA CARTA ESCRITA AO MARIDO E À FILHA, NO CAMPO DE CONCENTRAÇÃO DE RAVENSBRÜCK,
ANTES DE SER CONDUZIDA À MORTE EM CÂMARA DE GÁS

(ABRIL/1942)

Queridos:

Amanhã vou precisar de toda a minha força e de toda a minha vontade. Por isso, não posso pensar nas coisas que me torturam o coração, que são mais caras que a minha própria vida. E por isso me despeço de vocês agora. É totalmente impossível para mim imaginar, filha querida, que não voltarei a ver-te, que nunca mais voltarei a estreitar-te em meus braços ansiosos. Quisera poder pentear-te, fazer-te as tranças – ah, não, elas foram cortadas. Mas te fica melhor o cabelo solto, um pouco desalinhado. Antes de tudo, vou fazer-te forte. Deves andar de sandálias ou descalça, correr ao ar livre comigo. Sua avó, em princípio, não estará muito de acordo com isso, mas logo nos entenderemos muito bem. Deves respeitá-la e querê-la por toda a tua vida, como o teu pai e eu fazemos. Todas as manhãs faremos ginástica... Vês? Já volto a sonhar, como tantas noites, e esqueço que esta é a minha despedida. E agora, quando penso nisto de novo, a idéia de que nunca mais poderei estreitar teu corpinho cálido é para mim como a morte.

Carlos, querido, amado meu: terei que renunciar para sempre a tudo de bom que me destes? Corformar-me-ia, mesmo que não pudesse ter-te muito próximo, que teus olhos mais uma vez me olhassem. E queria ver teu sorriso. Quero-os a ambos, tanto, tanto. E estou tão agradecida à vida, por ela haver-me dado a ambos. Mas o que eu gostaria era de poder viver um dia feliz, os três juntos, como milhares de vezes imaginei. Será possível que nunca verei o quanto orgulhoso e feliz te sentes por nossa filha?

Querida Anita, meu querido marido, meu Garoto: choro debaixo das mantas para que ninguém me ouça, pois parece que hoje as forças não consegu em alcançar-me para suportar algo tão terrível. É precisamente por isso que esforço-me para despedir-me de vocês agora, para não ter que fazê-lo nos últimas e difíceis horas. Depois desta noite, quero viver para este futuro tão breve que me resta. De ti aprendi, querido, o quanto significa a força de vontade, especialmente se emana de fontes como as nossas. Lutei pelo justo, pelo bom e pelo melhor do mundo. Prometo-te agora, ao despedir-me, que até o último instante não terão porque se envergonhar de mim. Quero que me entendam bem: preparar-me para a morte não significa que me renda, mas sim saber fazer-lhe frente quando ela chegue. Mas, no entanto, podem ainda acontecer tantas coisas... Até o último momento manter-me-ei firme e com vontade de viver. Agora vou dormir para ser mais forte amanhã. Beijo-os pela última vez.

Olga

Fonte: Instituto Luiz Carlos Prestes (http://www.ilcp.org.br/)

PETKOVIC DEFENDE O SOCIALISMO...

A apresentadora global Ana Maria Braga adora o consumismo capitalista e nunca escondeu a sua rejeição às idéias de esquerda. Mas, geralmente, ela exagera nas suas paixões. No seu programa da TV Globo da semana passada, ela entrevistou o jogador sérvio Dejan Petkovic, atual campeão pelo Flamengo e craque reconhecido por todos os apreciadores do futebol. A entrevista até que ia bem, quando ela não se conteve e disparou: “Como foi nascer num país com tanta dificuldade?"

Petkovic, que é bom de bola e de cabeça, não vacilou e marcou mais um golaço: “Quando nasci não tinha dificuldade nenhuma. Era um país maravilhoso, vivíamos um regime socialista, todo mundo bem, todos tinham salário, todos tinham emprego. Os problemas aconteceram depois dos anos 80”.

A apresentadora engoliu a seco e prosseguiu a matéria. Sua assessoria devia, ao menos, ter pesquisado as posições progressistas do jogador para evitar mais esta pisada de bola.

PETKOVIC DEFENDE O SOCIALISMO ...

A apresentadora global Ana Maria Braga adora o consumismo capitalista e nunca escondeu a sua rejeição às idéias de esquerda. Mas, geralmente, ela exagera nas suas paixões. No seu programa da TV Globo da semana passada, ela entrevistou o jogador sérvio Dejan Petkovic, atual campeão pelo Flamengo e craque reconhecido por todos os apreciadores do futebol. A entrevista até que ia bem, quando ela não se conteve e disparou: “Como foi nascer num país com tanta dificuldade?”.

Petkovic, que é bom de bola e de cabeça, não vacilou e marcou mais um golaço: “Quando nasci não tinha dificuldade nenhuma. Era um país maravilhoso, vivíamos um regime socialista, todo mundo bem, todos tinham salário, todos tinham emprego. Os problemas aconteceram depois dos anos 80”.

A apresentadora engoliu a seco e prosseguiu a matéria. Sua assessoria devia, ao menos, ter pesquisado as posições progressistas do jogador para evitar mais esta pisada de bola.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

A SAÚDE AGONIZA...

É impressionante como o governo faz seus arranjos a fim de desviar a atenção da população do cerne de questões essenciais.

Exemplo disso, são as restrições impostas às farmácias, como se estas fossem as responsáveis pelos problemas da SAÚDE PÚBLICA no Brasil. Quero deixar claro que, não tenho o menor interesse em defender os empresários do ramo, porém não posso me omitir diante de tantas evidências do desvio de foco de uma discussão que deveria ser encarada com toda a seriedade.

O problema de Saúde Pública reside na falta de investimentos nos Hospitais públicos, sucateados, sem condições mínimas de atendimento, onde falta do médico à medicação. São hospitais que não dão conta de atender a demanda existente, já que Saúde no Brasil ainda é atrasada no sentido de não podermos contar com saúde preventiva. Aqui o sistema é voltado para cuidar da doença, que diante da precariedade do SUS, serve para corroborar a estatística de óbitos.

Ora, senhores! Considerando que o atendimento do SUS é caótico. Para marcar uma consulta, além de ter que enfrentar uma longa fila, o cidadão tem que esperar, às vezes, meses para ser atendido. Para fazer os exames necessários demanda mais um tempo. Nisso, quantas vidas não se perdem? E se em caso de boa sorte, chega o dia esperado para a consulta, faz-se os exames, e a medicação? Simplesmente, na maioria das vezes, o hospital não tem. Em casos de procedimentos cirúrgicos então, nem se fala.

E ainda querem alegar que tudo se resume nos medicamentos que estão a mostra nas farmácias? Nem de longe desejo aqui fazer a apologia da auto-medicação. Mais será que o pobre que já não tem atendimento digno e adequado no SUS não pode sequer ter a facilidade para amenizar a sua dor de cabeça, dor de barriga, suas náuseas, etc, enquanto aguarda o atendimento do médico?

Insisto em dizer que, o povo brasileiro necessita mais de um SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE de qualidade, que confira dignidade à todos que dele necessitam, do que de balelas. Se o povo pudesse contar com um SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE pleno, não haveria a necessidade de funcionamento de tantas farmácias, como temos atualmente.

SAÚDE PÚBLICA PARA TODOS, É O CERNE DA QUESTÃO!!!

EDUCAÇÃO É DEVER DO ESTADO...

Já foi o tempo em que os Professores, da rede municipal de Campos, agiam passivamente diante do descaso dos governantes em relação a Educação. Hoje muitas vozes têm se levantado para denunciar e cobrar do governo, que assuma a devida responsabilidade e respeito com a Educação.
A mudança de comportamento reflete a qualidade dos profissionais de educação que temos em Campos, e sobretudo o compromisso que estes têm com a EDUCAÇÃO PÚBLICA, GRATUITA E DE QUALIDADE que queremos, que é um direito Constitucional de toda criança e adolescente.
Penso que é hora de, professores, sindicato da categoria(SEPE, Sindicato do qual sou Coordenadora Geral), pais, alunos e a sociedade em geral, se unirem na defesa da escola pública da rede municipal de Campos, com a consciência de que a EDUCAÇÃO não é mercadoria e não deve ser permitido a nenhum governo tratá-la como produto em nenhuma das "negociatas" a que estão acostumados.

VAMOS DIZER NÃO A PRIVATIZAÇÃO DA ESCOLA PÚBLICA DE CAMPOS!
CONVOCAÇÃO DOS CONCURSADOS, JÁ!
CONSTRUÇÃO DE PRÉDIOS PARA ABRIGAR AS ESCOLAS QUE HOJE FUNCIONAM EM LOCAIS INSALUBRES!
CONSTRUÇÃO DE NOVAS ESCOLAS PARA ATENDER A DEMANDA EXISTENTE, PONDO FIM A TRANSFERÊNCIA DE VERBAS PÚBLICAS PARA ESCOLAS PRIVADAS!
PRORROGAÇÃO DO PRAZO DE VALIDADE DO CONCURSO DE 2008!
CONCURSO PARA OS PROFISSIONAIS ADMINISTRATIVOS, JÁ!

Segue abaixo publicação do Blog DIGNIDADE, que enfatiza a questão:

"Após fechar várias escolas a PMCG do governo Rosinha Garotinho, irá conceder cerca de 1.200 bolsas em escolas privadas para os alunos que não conseguiram vagas na rede municipal.
O fechamento de várias escolas foi uma jogada deste governo Rosinha Garotinho para transferir professores para outras unidades para suprir a carência de vagas e não convocar os concursados de 2008. Em contra partida a prefeita Rosinha irá agraciar as escolas privadas conveniadas com 1.200 alunos.
Terceirizar e conceder bolsas tornaram-se um grande negócio para os governantes, principalmente em Campos, além de lucrativo, geram muitos votos."

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

ENTREVISTA COM IVAN PINHEIRO, SOBRE AS ELEIÇÕES DE 2010

A Revista CAROS AMIGOS número 155, que está nas bancas, apresenta uma reportagem especial “ELEIÇÕES 2010 – Disputa de projetos ou falsa polarização?”, em forma de entrevistas com representantes de sete Partidos “do campo democrático-popular e da esquerda”, segundo classificação da jornalista Tatiana Merlino.
São entrevistados, com as mesmas perguntas, Brizola Neto (PDT), Ivan Pinheiro (PCB), Ivan Valente (PSOL), José Eduardo Dutra (PT), José Maria de Almeida (PSTU), Luiza Erundina (PSB) e Renato Rabelo (PCdoB).

Aqui estão, na íntegra, as respostas do Secretário Geral do PCB, camarada Ivan Pinheiro.
Secretariado Nacional do PCB

O que está em jogo nessas eleições?

Deveria estar em jogo um intenso debate sobre os grandes problemas nacionais, uma discussão ideológica, o confronto de projetos, a política externa brasileira, a integração da América Latina, a soberania nacional, a reestatização da Petrobrás, a redução da jornada de trabalho, a reforma agrária e outros temas sobre o presente e o futuro do país. Infelizmente, as oligarquias e a mídia podem, com a força que têm, fazer desta eleição um par ou ímpar entre dois projetos de administração do capital, um capitaneado pelo PT e outro pelo PSDB.
Há um risco de os candidatos deste campo, que disputam quem é mais eficiente para alavancar o capitalismo brasileiro, ficarem disputando qual mandato de 8 anos (FHC ou Lula) apresentaram os melhores indicadores macroeconômicos: quem mais deu confiança aos investidores internacionais, quem "destravou" mais a economia, quem criou mais e piores empregos, quem reduziu mais o "Risco Brasil" etc.

O que pode mudar no cenário político do país?

Se o debate for centrado na administração do capital vai mudar muito pouco. Podem mudar os comandantes da máquina pública, do balcão de empregos e interesses. Alguma mudança de estilo. Se as oligarquias conseguirem "americanizar" as eleições de 2010, ou seja, uma disputa entre a coca-cola e a pepsi-cola, as mudanças serão menores ainda. No mundo todo, a burguesia força a barra para estabelecer um bipartidarismo no campo da ordem, para afastar o risco de uma alternativa de esquerda. O que pode determinar mudanças no Brasil são fatores externos, como os desdobramentos da crise do capitalismo, a tendência do imperialismo a potencializar sua agressividade e outros fatores.
As mudanças serão pequenas até porque Lula, na questão principal (a política econômica) manteve a orientação do governo FHC. E este modelo não estará em debate. O que estará em debate é a forma de administrá-lo. Além do mais, as diferenças entre Lula e Alckmin eram mais notáveis e significativas do que aquelas entre Dilma e Serra.
O que pode provocar alguma mudança, na realidade, é o fato de Lula não ser o Presidente a partir de 2011. Ninguém, como ele, tem a capacidade de fazer a conciliação entre o capital e o trabalho. Nada melhor do que um ex-operário formado no sindicalismo de resultados para fazer um governo em que o capital aumente sua parcela no PIB em relação ao trabalho e este interprete isso como um mal necessário, para manter empregos, mesmo que a cada dia mais precarizados. Para a burguesia que pensa, que não é troglodita, o melhor cenário seria um terceiro mandato para Lula.

O que deve ser defendido pelas esquerdas?

Primeiro, temos que precisar o que significa esquerda hoje, nesta diluição ideológica e nesta manipulação de conceitos. Até o PPS (aliado do DEM e do PSDB) se considera "de esquerda". Os socialdemocratas e social-liberais que apóiam incondicional e sistematicamente o governo Lula se consideram "de esquerda". Aliás, no Brasil, ninguém assume que é "de direita".
Vou falar, portanto, do que considero como esquerda, um campo político que, à falta de definição melhor, posso chamar de esquerda revolucionária ou esquerda socialista, ou seja, aquela que não quer reformar o capitalismo, mas superá-lo.
Portanto, penso que a verdadeira esquerda no Brasil deve envidar esforços no sentido de criar uma frente, de caráter anticapitalista e antiimperialista, permanente, para além das eleições, voltada para a luta de massas. Não pode ser apenas uma coligação eleitoral, como foi a chamada frente de esquerda em 2006, que se dissolveu antes mesmo da realização do primeiro turno; e que não tinha programa, mas apenas candidatos.
Esta frente deve incorporar, além dos partidos políticos registrados no TSE, todas as organizações políticas, político-socias e movimentos populares que se coloquem no campo da superação do capitalismo, na perspectiva do socialismo. O programa desta frente deve ser conformado não pelas cúpulas das organizações que a compõem, mas a partir de um amplo debate a partir das bases.

O que pode significar avanço ou retrocesso para o processo de redemocratização do país?

O problema hoje no Brasil não é o risco de um golpe militar clássico ou de novo tipo, como o que se deu na Venezuela, em 2002, como tentativa, e agora em Honduras, como realidade. Os maiores riscos de retrocessos políticos são a criminalização dos movimentos sociais e da pobreza, as restrições ao direito de greve, as limitações aos partidos políticos de esquerda, através de cláusulas de barreira etc.
Os riscos maiores de retrocesso na questão democrática são principalmente os de âmbito mundial. Com a crise do capitalismo e a acirrada disputa por recursos naturais não renováveis, o mundo corre riscos de guerras e conflitos de todo o tipo, com o recrudescimento da agressividade do imperialismo.

Como os movimentos sociais podem interferir nesse processo?

Os movimentos sociais têm um papel fundamental a desempenhar no processo de mudanças sociais, desde que não se limitem à esfera de sua atuação específica, à parcialidade da luta. O MST é um excelente exemplo de um movimento social, a meu ver o mais importante do Brasil, que soube compreender isso. Hoje, o MST não é um apenas um movimento social, mas incide na questão política, como a luta em defesa da Petrobrás e até na solidariedade internacional.
Por isso, temos defendido que os movimentos populares participem da frente anticapitalista e antiimperialista, no mesmo espaço com organizações políticas.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

PORQUE NINGUÉM QUER SER PROFESSOR

DO BLOG WWW.VALDECYALVES.BLOGSPOT.COM
sábado, 13 de fevereiro de 2010
Pesquisa explica porque ninguém quer ser professor - A Profissão mais Desprestigiada do Brasil

Segundo recente pesquisa encomendada pela Fundação Victor Civita e realizada pela Fundação Carlos Chagas, apenas 2% dos alunos do segundo grau, atualmente, pensam um dia em ser professor. Pesquisa acessível em: http://revistaescola.abril.uol.com.br/politicas-publicas/carreira/ser-professor-escolha-poucos-docencia-atratividade-carreira-vestibular-pedagogia-licenciatura-528911.shtml.

E qual o perfil desses 2%? Minoria suprema, que ainda tem coragem de querer ser profissional da educação no Brasil? Segundo a mesma pesquisa os 2% tem o mesmo perfil dos atuais universitários que cursam Pedagogia ou outra licenciatura voltada para sala de aula, a saber:

1) 80% cursaram nível médio em escola pública;
2) 30% deles estão entre os que foram aprovados com as piores notas;

A conclusão é que: aqueles que serão professores são mal qualificados. Respondendo ainda a pesquisa, a área de Pedagogia ficou em 16% lugar na preferência dos alunos da escola pública. Já para os alunos das escolas particulares ainda mais distante, como desejo, ocupa o 36º lugar. Os pesquisadores fizeram a seguinte pergunta: Por que você não quer ser professor? Eis as razões, senhores prefeitos, senhores governadores, senhores secretários de educação:

1) É desgastante;
2) Desvalorizado socialmente;
3) Mal remunerado.

Para piorar, nem os alunos querem ser professores, nem a família quer que sejam professores. DESSA FORMA QUAL SERÁ O FUTURO DA EDUCAÇÃO NO BRASIL? QUE FUTURO TERÁ O BRASIL? Segundo os especialistas, urgentes medidas devem ser tomadas. Entre elas apontam:

1) Melhor remuneração, para atrair os melhores;
2) Bons planos de Carreira;
3) Investir na formação dos profissionais;
4) Resgatar a importância do professor para sociedade;
5) Tratar o professor como profissional;
6) Entre outros.

O que temos visto no Estado do Ceará, que não é diferente do resto do Brasil? Mesmo com o advento da Lei do Piso salarial para os profissionais da educação: Conseguiram reduzir a remuneração em alguns municípios; as propostas de planos de carreira são vergonhosas; os profissionais da educação são tratados como despesa; não há investimento na formação dos profissionais; o professor é cada vez mais humilhado e ridicularizado, mesmo quando no desespero faz greve; quando falta ao trabalho com várias doenças que variam de problemas vocais, depressão e até problemas mentais, pelo desgaste e desilusão com a profissão, são tratados pela mídia como irresponsáveis e pelo Ministério Público como criminosos; não são tratados como profissionais, tanto que até o instituto do concurso é sabotado e passam a contratar por politicagem, por apadrinhamento, não por critérios objetivos, pois o concurso selecionaria os melhores, mas qual melhor quer ser professor? A pesquisa apontou que é profissão que atrai uma minoria entre os piores alunos. No Ceará educação de qualidade é um sonho de uma noite de verão.

Como paradoxo, os repasses do FUNDEB, de janeiro de 2008 até janeiro de 2010, tiveram um aumento em média, em se tratando de mais recursos, da ordem aproximada de 70%, considerando a atualização do valor aluno para o ano de 2010. PARA ONDE ESTÁ INDO TODO ESSE DINHEIRO NINGUÉM SABE. Mas ninguém vê a mídia escrita ou televisiva investigando os desvios, muito menos o Ministério Público.


CASOS REAIS NO CEARÁ:

1º) No Município de Tabuleiro do Norte, há mais professores contratados que concursados;
2) No Município de Bela Cruz a proposta de Plano de Carreira previa que a formação contínua seria contada apenas como ponto para progressão da avaliação de desempenho;
3) No Município de Apuiarés o prefeito transferiu professores para escolas muito distantes, só porque votaram em outro candidato;
4) No Município de Fortaleza um professor leva anos para ter atendido um simples requerimento de progressão funcional ou um simples pedido de concessão de licença prêmio;
5) No Município de Ocara o prefeito lotou a mesma professora pela manhã numa escola e à tarde noutra escola a quilômetros de distância, sendo impossível mesmo em veículo motorizado chegar a tempo de dar aula e sem pagar auxílio transporte;
6) No Município de Itapajé, chamaram de plano de carreira, um projeto de lei onde só havia previsão de classe única. Como pode existir carreira onde há apenas uma classe se as classes são os degraus da carreira? Devendo no mínimo existir uma classe para nível médio, uma para nível superior e outra classe para especialista;
7) No Município de Quixeré, para cumprir a lei do piso nacional para os profissionais da educação, o Município cassa direito adquirido como o qüinqüênio;
8) No Município de Mucambo, o sindicato da categoria chegou a sofrer perseguição, porque ousou mobilizar a categoria para debater o plano de carreira e apresentou emendas;
9) No Município de Jijoca, a presidente do Sindicato teve retirada metade da jornada, perdendo metade do salário, por ousar mobilizar a categoria da educação para debater o seu plano de carreira;
10) Nenhum Município do Ceará, em suas propostas de planos de carreira, compradas de forma caríssima de assessorias da Capital do Estado, em alguns casos chegando ao valor de R$ 50.000,00 (cinqüenta mil reais), prevê política para formação contínua dos profissionais da educação, eleição para núcleo gestor das escolas, condições adequadas de trabalho, número de alunos por professor, atos que redundem em gestão realmente democrática...

Para finalizar, 03 perguntinhas, que você pode responder em forma de comentário:

I- Se é professor ou professora municipal, você é feliz com a sua profissão? Por quê ?
II- Se ainda cursa o segundo grau, sonha em ser professor(a) no seu Município?
III- Você deseja que um filho, uma irmã ou outro parente que você gosta venha a ser professor(a) municipal?

No dia que as três perguntas acima forem respondidas positivamente, cursar Pedagogia ou outras licenciaturas terá o mesmo Status que Direito, Engenharia e Medicina, os cursos mais desejados por aqueles que cursam atualmente o segundo grau, sejam em escolas públicas, sejam em escolas particulares. Segundo a citada pesquisa. Ah! Você viu quanto ganha um procurador municipal, um médico no Município, um engenheiro? Então compare com o piso de um professor. Depois avalie e reflita: EDUCAÇÃO DE QUALIDADE É UM DIREITO HUMANO FUNDAMENTAL? TERÁ QUALIDADE SE CONTINUAREM TRATANDO OS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO COMO OS TRATAM HOJE?

Refletir... entender... para agir... para mudar.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

LUÍZ CARLOS PRESTES

POR ANITA LEOCÁDIA PRESTES
Luiz Carlos Prestes (1898-1990), desde muito jovem, revelou indignação com as injustiças sociais e a miséria de nosso povo, mostrando-se preocupado com a busca de soluções efetivas para a situação deplorável em que se encontrava a população brasileira, principalmente os trabalhadores do campo, com os quais tivera contato durante a Marcha da Coluna (1924-27), que ficaria conhecida como a Coluna Prestes. Muito antes de tornar-se comunista, Prestes já era um revolucionário. Sua adesão aos ideais comunistas e ao movimento comunista apenas veio comprovar e confirmar sua vocação revolucionária, seu compromisso definitivo com a luta pela emancipação econômica, social e política do povo brasileiro. Como revolucionário, Prestes foi um patriota - um homem que dedicou toda sua vida à luta por um Brasil melhor, por um Brasil onde não mais existissem a fome, a miséria, o analfabetismo, as doenças, a terrível mortalidade infantil e as demais chagas que sabidamente continuam ainda hoje a infelicitar nosso país.

A descoberta da teoria marxista e a conseqüente adesão ao comunismo representaram, para Prestes, o encontro com uma perspectiva, que lhe pareceu factível, de realização dos anseios revolucionários por ele até então alimentados, principalmente durante a Marcha da Coluna. A luta à qual resolvera dedicar sua vida encontrava, dessa forma, um embasamento teórico e um instrumento para ser levada adiante - o Partido Comunista. O Cavaleiro da Esperança, uma vez convencido da justeza dos novos ideais que abraçara, tornava-se também um comunista convicto e disposto a enfrentar toda sorte de sacrifícios na luta pelos objetivos traçados.

No processo de aproximação ao PCB, Prestes rompeu de público com seus antigos companheiros - os jovens militares rebeldes conhecidos como os “tenentes” -, posicionando-se abertamente a favor do programa da “revolução agrária e antiimperialista” defendido pelos comunistas brasileiros. Seu Manifesto de Maio de 1930 consagra o início de uma nova fase na vida do Cavaleiro da Esperança. A partir daquele momento, Prestes deixava definitivamente para trás os antigos compromissos com o liberalismo dos “tenentes” e enveredava pela via da luta pelos ideais comunistas que passariam a nortear toda sua vida.

Pela primeira vez na história do Brasil, uma liderança de grande projeção nacional, a personalidade de maior destaque no movimento tenentista, - na qual apostavam suas cartas as elites oligárquicas oposicionistas, na expectativa de que o Cavaleiro da Esperança pusesse seu cabedal político a serviço dos seus objetivos, aceitando participar do poder para melhor servi-las -, recusa tal poder, rompendo com os políticos das classes dominantes para juntar-se aos explorados e oprimidos, para colocar-se do lado oposto da grande trincheira aberta pelo conflito entre as classes dominantes e as dominadas, entre exploradores e explorados. Prestes tomava o partido dos oprimidos, abandonando as hostes das elites comprometidas com os donos do poder, não vacilando jamais diante dos grandes sacrifícios que tal opção lhe acarretaria.

Tratava-se de um fato inédito, jamais visto no Brasil. Luiz Carlos Prestes, capitão do Exército, que se tornara general da Coluna Invicta, que fora reconhecido como liderança máxima das forças oposicionistas ao esquema de poder vigente no Brasil até 1930, talhado, portanto, para transformar-se no líder da “revolução” das elites oligárquicas, numa liderança política confiável dessas elites, usava seu prestígio para indicar ao povo brasileiro um outro caminho – o caminho da luta pela reforma agrária radical e pela emancipação nacional do domínio imperialista, o caminho da revolução social e da luta pelo socialismo.

Como foi sempre coerente consigo mesmo e com os ideais revolucionários a que dedicou sua vida, sem jamais se dobrar diante de interesses menores ou de caráter pessoal, Prestes despertou o ódio dos donos do poder, que se esforçariam por criar uma História Oficial deturpadora tanto de sua trajetória política quanto da história brasileira contemporânea.

Mesmo após seu falecimento, Prestes continua a incomodar os donos do poder, o que se verifica pelo fato de sua vida e suas atitudes não deixarem de serem atacadas e/ou deturpadas, com insistência aparentemente surpreendente, uma vez que se trata de uma liderança do passado, que não mais está disputando qualquer espaço político. Num país em que praticamente inexiste uma memória histórica, em que os donos do poder sempre tiveram força suficiente para impedir que essa memória histórica fosse cultivada, presenciamos um esforço sutil, mas constante, desenvolvido através de modernos e possantes meios de comunicação, de dificultar às novas gerações o conhecimento da vida e da luta de homens como Luiz Carlos Prestes, cujo passado pode servir de exemplo para os jovens de hoje.

Luiz Carlos Prestes dedicou 70 anos de sua vida à luta por um futuro de justiça social e liberdade para o povo brasileiro. Luiz Carlos Prestes foi um revolucionário, um comunista e um internacionalista, que jamais vacilou na luta pelos ideais socialistas e pela vitória da revolução socialista no Brasil e em nosso continente latino-americano. Prestes foi um defensor conseqüente dos países socialistas, tendo à frente a URSS. Esteve sempre solidário com as Revoluções Cubana e Nicaragüense. O legado revolucionário de Luiz Carlos Prestes deve ser preservado e desenvolvido pelas novas gerações de revolucionários latino-americanos. Este é o objetivo principal do Instituto Luiz Carlos Prestes (www.ilcp.org.br) recentemente criado no Rio de Janeiro.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

É ELA...

Após o encontro dos representantes da SMEC na última quarta-feira, dia 10/02, com os moradores de Lagamar, no Farol, que lutam para manter em funcionamento a E.M.Barra Velha, referência local por ser a mais antiga escola da localidade, hoje foi o prazo solicitado para que a SMEC se pronunciasse.

A supervisora Gisele, quando contactada por mim, disse que a Secretária enviaria a resposta oficialmente para o SEPE, ou seja, esta foi a maneira que a SMEC encontrou para tentar adiar a notícia de que se mantem firme no propósito de fechar a escola, mesmo que isso represente um grande prejuízo para os alunos, pais e comunidade em geral.

Diante dessa resposta, lembrei a Gisele que, acima de qualquer coisa, foi assumido um compromisso da SMEC com a comunidade e que, a despeito de qualquer coisa é a eles que a SMEC deve se dirigir.

Conforme o combinado, imediatamente comuniquei aos pais de alunos o que me foi passado e com certeza eles vão se mobilizar para ir adiante nessa luta.

A indignação da comunidade é grande e a todo instante lembram que a escola existe há 34 anos, que já passou por muitas dificuldades,e nem por isso nenhum prefeito anterior sequer pensou em fechá-la e ELA, A PREFEITA ROSINHA GAROTINHO,É QUE ESTÁ FAZENDO ISSO.

Não era para menos. Afinal,vale lembrar que, a PREFEITA ROSINHA GAROTINHO É A INIMIGA Nº1 DA EDUCAÇÃO!!!

ANÔNIMO DISSE...

Anônimo disse...

Esse governo parece ser uma viagem ao trem fantasma sem fim! Para que fechar uma escola? Pelo contrário... deveriam ser construidas muitas outras, uma vez que o 1ºsegmento é competência da prefeitura.
É muito triste, ver uma pessoa que estudou toda sua vida em escola pública e com muito esforço passou no concurso e está a 3 vagas de ser chamada e não tem nenhuma expectativa.
Agradeço a todos, em especial, à professora Graciete, que vem lutando para que esta injustiça chegue ao fim.
Que DEUS mostre o caminho e que muitas pessoas possam ter seu lugar ao Sol, pois emprego, para quem é oposição em Campos,está difícil.
11 de fevereiro de 2010 15:24

COMENTÁRIO....

CHUCKY disse...

Graciete,
ESTA ROSETA GARRUTINHA, É INIMIGA N. 01 TAMBÉM DO FUNCIONALISMO PÚBLICO MUNICIPAL.

CADÊ O PLANO DE CARGO E SALÁRIOS DO FUNCIONÁRIO PÚBLICO?

KELINHO, QUE PLANO DE CARGO E SALÁRIO ESTA SUA PREFEITA CONCEDEU AO FUNCIONALISMO PÚBLICO MUNICIPAL?

SOU DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, XÔ GAROTINHO
SOU DE CAMPOS DOS GOYTACAZES, XÔ ROSINHA GAROTINHO
SOU PELA MORALIZAÇÃO DO LEGISLATIVO. XÔ KELINHO GAROTINHO.

XO PEULO CALOTEIRO FEIJO
XO DAVI COVEIRO LOUREIRO
XO ROBERTO HORRIVEL HENRIQUES
XO NELSON MEDAUMAHIM GAROTINHO
XO CLARILSAN GAROTINHO
XO WLADORMIR GAROTINHO
XO MAGAL GAROTINHO
XO BISPO UNIVERSAL VIEIRA GAROTINHO
11 de fevereiro de 2010 14:20

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

PREFEITA ROSINHA GAROTINHO: A INIMIGA Nº 1 DA EDUCAÇÃO

Para os professores da rede estadual, não representa nenhuma surpresa o tratamento dispensado pela prefeita Rosinha à educação do município de Campos. Na ocasião em que a prefeita esteve à frente do governo do Estado do Rio de Janeiro, foi péssima para a educação. Nunca atendeu aos professores para audiência e a ordem era baixar o cacetete, soltar os cachorros, jogar gás lacrimogêneo e de pimenta nos Profissionais de Educação durante os atos públicos em frente ao Palácio Guanabara, etc. Portanto, a marca deixada na sua gestão no governo estadual foi muito negativa.

O mesmo está acontecendo hoje no governo municipal da Rosinha. Ela demonstra não ter a menor sensibilidade e nenhum conhecimento em relação à Educação. Ela trata a educação como se fosse uma mercadoria passível de ser adquirida em qualquer boteco. Ela desconhece o valor da educação como instrumento de emancipação da sociedade e não está nem aí para oferecer uma escola pública de qualidade. A escola está sendo tratada por ela, como um bom negócio para as terceirizações. Não se propõe a realizar concurso público para os funcionários administrativos, terceirizou parte da merenda escolar, está terceirizando a assessoria pedagógica, e por aí vai.

É possível que ela tenha tido algum problema sério em alguma fase da sua vida com professores, daí o seu desejo em massacrá-los.

Diante de tantas reclamações de maus-tratos e humilhações por parte dos professores durante a Jornada Pedagógica, parece que a SMEC foi remetida ao período da escravidão e contratou "feitores" para prestar a assessoria pedagógica . É assim que a maioria dos professores está se sentido em relação a EXPOENTE. A EXPOENTE está expondo os professores ao ridículo, com a prática recorrente de assédio moral.

Isso é responsabilidade da prefeita, inimiga da Educação.

O GOVERNO DA VINGANÇA

No slogan de campanha da prefeita Rosinha a palavra mais usada foi mudança. Pouco mais de um ano à frente do governo municipal o povo campista pôde constatar que se alguma mudança houve, foi para piorar o que já estava ruim.

O slogam mais adequado para a prefeita Rosinha seria o governo da vingança, já que as medidas tomadas até então, são contrárias ao interesse público, assemelhando-se a ações vingativas contra o povo.

Inicialmente o governo ficou paralisado. Não fazia absolutamente nada. A estagnação foi justificada assim: "a prefeita está arrumando a casa". Foi uma arrumação de casa tão longa que nas ruas o chiste do povo foi que a prefeita de Campos era "diarista".

Aí, quando a prefeita se sentiu satisfeita com a tal arrumação, o pior estava por vir.

Tiveram início as ações contra o interesse popular. O governo da vingança começou a mostrar a que veio. Daí a taxa de iluminação pública começou a ser cobrada, R$ 3,50 por prédio residencial e comercial R$10,00. O povo reclamou e não teve jeito.

Depois começaram as terceirizações milionárias, tais como aluguel das ambulãncias por R$13 milhões, da merenda escolar por R$60 milhões, etc,etc...

Ora, as terceirizações milionárias são um ataque ao direito do cidadão, à medida que o desperdício do dinheiro público implica na falta de investimento em bens e serviços que conferem ,verdadeiramente, dignidade aos cidadãos campistas, tais como melhoria das condições de atendimento nas áreas de saúde e educação,etc.

No ínicio de 2010 não foi diferente. O ano começou com a cobrança abusiva do IPTU. O povo chiou e a prefeita recuou. Se não fosse o clamor popular a situação ficaria insustentável.

O governo do município de Campos não deveria ter sido entregue nas mãos dos vilões do povo. Daqueles que, tem profundo desprezo pelos campistas. Governantes rancarosos, perseguidores, que só fazem tramar contra o interesse popular. Que relega ao abandono a gente pobre e sofrida deste município. Talvez, porque seja dessa gente sofrida que precisarão contar nas próximas eleições, para através da compra de votos se perpetuarem no poder.