quarta-feira, 9 de maio de 2012

BASTA DE OMISSÃO! ELEIÇÃO PARA DIRETORES JÁ!


 FOLHA DA MANHÃ ON LINE

Aluna seria amarrada em cadeira

Familiares de uma criança de quatro anos, matriculada na creche escola do Parque Aldeia, em Campos, denunciaram que a menina, que tem necessidades especiais, teria ficado amarrada a uma cadeira durante o horário da aula. O caso aconteceu no ano passado, mas somente agora fotos da criança foram publicadas em site e blogs na internet e e-mails estão sendo veiculados pela rede, pedindo que a atitude seja repreendida. A secretaria de Educação informou que o caso está sendo apurado.

De acordo com o pai da criança, Luiz Carlos Leal de Souza, 30 anos, a menina teria sido amarrada com uma fralda por, no mínimo, três vezes.  Ele disse que, ao saber do caso, teria procurado a delegacia, mas não teria conseguido registrar a ocorrência por falta de provas. Ele também teria procurado a secretaria municipal de Educação há cerca de um mês. Posteriormente, ele foi chamado na escola para conversar. Logo em seguida, outra reunião teria acontecido na unidade escolar onde, segundo ele, teria sido informado que a filha foi amarrada por segurança, já que estaria agitada e querendo sair das dependências da creche.

— Não entendemos o motivo que levaram eles a agir dessa maneira. Se a minha filha estava agitada, poderiam ter me ligado que eu iria buscá-la, como já aconteceu outras vezes — disse o pai.

De acordo com o Conselho Tutelar, a família da criança não procurou os conselheiros, mas o caso está sendo averiguado para que as medidas sejam tomadas, baseadas nos direitos que estão presentes no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

A secretária municipal de Educação, Joilza Rangel, informou, através de nota, que foi instaurado processo administrativo para apurar o caso, com uma equipe multiprofissional. Ela diz que aguardará o resultado da apuração final, iniciada a partir das informações preliminares já reunidas, para determinar a aplicação das sanções cabíveis, como advertência ou dispensa da função de direção dos responsáveis pela unidade. Na última quinta-feira (3), outra reunião foi realizada na creche, com a presença da diretora e de membros da secretaria de Educação. Segundo a secretária, relatórios estão sendo feitos e as investigações continuam.

Menina recebe acompanhamento especial

Segundo o pai da menina, quando ela foi matriculada na creche, aos 6 meses, ainda não era de conhecimento da família a deficiência auditiva. Assim que os indícios apareceram, ela foi encaminhada a uma assistente social, que marcou consultas com especialistas. No entanto, de acordo com ele, a menina não estaria tendo o acompanhamento regular de profissionais especializados. A equipe da Folha questionou a secretaria de Educação a respeito das chamadas “salas de recursos”, especializadas no cuidado com crianças especiais. Esta informou que o serviço não está previsto para creches-escola, segundo o protocolo do Ministério da Educação. A diretora do Departamento Multiprofissional da Smec, Rita Chardelli, disse que desde 2011 a menina vem recebendo acompanhamento de assistentes sociais e professores itinerantes. Segundo ela, ano passado a criança foi encaminhada a um neurologista que teria atestado outras necessidades especiais, além da deficiência auditiva. Chardelli informou que estão sendo realizados trabalhos para que toda a assistência necessária seja disponibilizada à menina que, ao entrar na educação básica, será encaminhada para atendimento contínuo de psicólogos, fonoaudiólogos e psicopedagogos. Segundo ela, a partir de agora, os pais da menina ainda podem contar com aulas gratuitas de Língua Brasileira de Sinais (Libras) na sede da secretaria.

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