quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Sobre as eleições presidenciais nos EUA


06 Novembro 2012

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Diante das eleições presidenciais nos EUA - país que tem seu lugar no topo do imperialismo e das organizações e instituições imperialistas (OTAN, FMI, Banco Mundial, etc) -, os partidos operários e comunistas que aqui subscrevem declaram o seguinte:
A crise econômica do capitalismo marca as eleições: a desvalorização da força de trabalho, o desemprego, redução do padrão de vida da classe operária e dos imigrantes, ascensão do discurso e de ataques racistas, bem como a tendência perigosa em direção à guerra.
Entre os candidatos dos partidos Democrata e Republicano, Obama e Romney, disputas inter-monopólios e contradições sobre a administração do capitalismo e da crise são expressas, mas nenhum deles é uma alternativa para a classe trabalhadora e as camadas médias. Ambos têm o apoio dos grupos monopolistas. O ataqueanticomunista do candidato republicano contra o democrata não expressa nada além de demagogia populista apelando ao voto reacionário e conservador, embora produza confusão na medida em que introduz a posição liberal do chamado “mal menor”.
Durante o mandato de Obama na Casa Branca, os monopólios têm se beneficiado de resgates para evitar a falência, por meio do assalto aos trabalhadores, não só com o empobrecimento e o desemprego, mas com o uso de fundos públicos em detrimento das pensões, aposentadorias, seguros de saúde, fundos sociais, etc.
Os matizes entre Obama e Romney não devem impelir os trabalhadores norte-americanos para a falsa disjuntiva de escolher o mal menor. A retórica das diferenças entre eles se transforma em pó quando confrontada com os fatos.
Obama, o ganhador do prêmio Nobel, continua com a política de guerra no Oriente Médio, com a intervenção militar das tropas imperialistas para reorganizar o saque dos recursos naturais e a exploração do trabalho que os monopólios praticam. Ligado ao seu antecessor Bush, no Iraque e no Afeganistão, conduziu a agressão militar à Líbia, à Síria e agora desestabiliza seriamente a paz mundial com os planos contra o Irã.
Na América Latina, Honduras e Paraguai são os sinais de retorno às tendências golpistas antidemocráticas. Ele confirmou os laços com o governo de Israel, contra os direitos legítimos do povo palestino. Ele persiste com o criminoso bloqueio contra o povo cubano e com a ilegal base militar de Guantánamo, onde escandalosas violações dos direitos humanos são cometidas todos os dias.
Na vida doméstica dos EUA, a política de Obama em torno do tão divulgado Medicare essencialmente abriu novos campos para a exploração comercial da saúde e para a rentabilidade dos grupos monopolistas, tal como demonstra a recente compra do Amerigroup Corp. pela WellPoint, enquanto os cortes estão sendo feitos para todos os serviços básicos das camadas mais pobres.
O ataque constante ao welfare e a postura em relação aos trabalhadores imigrantes são elementos que nos permitem assegurar que tudo se tratou de vãs promessas eleitorais para atrair o eleitorado liberal, ao qual as forças da classe trabalhadora infelizmente se juntaram.
O fato do poder monopolista dos EUA, o Estado Norte-Americano, não admitir espaços em sua fachada democrática para representantes da classe trabalhadora deve ser denunciado. É muito negativo que uma posição autônoma e independente da classe trabalhadora dos EUA não possa se expressar.
O caráter de classe de ambos os partidos os impele, em vista da crise capitalista, a preparar um programa de mais agressões contra a classe trabalhadora, o povo norte-americano e os povos do mundo. Consideramos que o falso dilema de evitar o triunfo da "ultra-direita", apoiando o menos direitista, deve ser rejeitado.
Seja quem for o ganhador, ganharão os monopólios e ilusões não devem ser semeadas entre a classe trabalhadora dos EUA. Pelo contrário, sabendo de antemão qual será o conteúdo do próximo governo, a luta contra todos os selvagens ataques deve ser preparada, uma luta contra os sacrifícios que o poder dos monopólios vai tentar impor, um confronto que deve ser deflagrado desde o primeiro minuto do próximo governo. Temos muita fé no proletariado dos EUA, em sua capacidade de recuperar as gloriosas tradições da classe e do movimento comunista, de John Reed, William Foster, Gus Hall, a  luta pelos seus objetivos de emancipação e de uma nova vida, pelo socialismo-comunismo.
Trabalhadores do mundo, uni-vos!
Partido dos Trabalhadores da Bélgica
Partido Comunista da Grécia
Partido Comunista dos Trabalhadores Húngaros
Partido Socialista da Letônia
Partido Comunista de Luxemburgo
Partido Comunista do México
Partido Comunista Operário da Rússia - Partido Revolucionário dos Comunistas (RKRP-RPC)
Partido Comunista dos Povos da Espanha
Partido Comunista da Turquia
União dos Comunistas da Ucrânia
Partido Comunista da Venezuela
Partido Comunista na Dinamarca
Partido Comunista Brasileiro
Partido Comunista das Filipinas [PKP-1930]
Novo Partido Comunista da Iugoslávia

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