06 Novembro 2012
Classificado em
Internacional -
Imperialismo
Correiodeuberlandia | |
Diante das eleições presidenciais nos
EUA - país que tem seu lugar no topo do imperialismo e das organizações e
instituições imperialistas (OTAN, FMI, Banco Mundial, etc) -, os
partidos operários e comunistas que aqui subscrevem declaram o seguinte:
A crise econômica do capitalismo marca
as eleições: a desvalorização da força de trabalho, o desemprego,
redução do padrão de vida da classe operária e dos imigrantes, ascensão
do discurso e de ataques racistas, bem como a tendência perigosa em
direção à guerra.
Entre os candidatos dos partidos
Democrata e Republicano, Obama e Romney, disputas inter-monopólios e
contradições sobre a administração do capitalismo e da crise são
expressas, mas nenhum deles é uma alternativa para a classe trabalhadora
e as camadas médias. Ambos têm o apoio dos grupos monopolistas. O
ataqueanticomunista do candidato republicano contra o democrata não
expressa nada além de demagogia populista apelando ao voto reacionário e
conservador, embora produza confusão na medida em que introduz a
posição liberal do chamado “mal menor”.
Durante o mandato de Obama na Casa
Branca, os monopólios têm se beneficiado de resgates para evitar a
falência, por meio do assalto aos trabalhadores, não só com o
empobrecimento e o desemprego, mas com o uso de fundos públicos em
detrimento das pensões, aposentadorias, seguros de saúde, fundos
sociais, etc.
Os matizes entre Obama e Romney não
devem impelir os trabalhadores norte-americanos para a falsa disjuntiva
de escolher o mal menor. A retórica das diferenças entre eles se
transforma em pó quando confrontada com os fatos.
Obama, o ganhador do prêmio Nobel,
continua com a política de guerra no Oriente Médio, com a intervenção
militar das tropas imperialistas para reorganizar o saque dos recursos
naturais e a exploração do trabalho que os monopólios praticam. Ligado
ao seu antecessor Bush, no Iraque e no Afeganistão, conduziu a agressão
militar à Líbia, à Síria e agora desestabiliza seriamente a paz mundial
com os planos contra o Irã.
Na América Latina, Honduras e Paraguai
são os sinais de retorno às tendências golpistas antidemocráticas. Ele
confirmou os laços com o governo de Israel, contra os direitos legítimos
do povo palestino. Ele persiste com o criminoso bloqueio contra o povo
cubano e com a ilegal base militar de Guantánamo, onde escandalosas
violações dos direitos humanos são cometidas todos os dias.
Na vida doméstica dos EUA, a política de Obama em torno do tão divulgado Medicare essencialmente
abriu novos campos para a exploração comercial da saúde e para a
rentabilidade dos grupos monopolistas, tal como demonstra a recente
compra do Amerigroup Corp. pela WellPoint, enquanto os cortes estão
sendo feitos para todos os serviços básicos das camadas mais pobres.
O ataque constante ao welfare e a
postura em relação aos trabalhadores imigrantes são elementos que nos
permitem assegurar que tudo se tratou de vãs promessas eleitorais para
atrair o eleitorado liberal, ao qual as forças da classe trabalhadora
infelizmente se juntaram.
O fato do poder monopolista dos EUA, o
Estado Norte-Americano, não admitir espaços em sua fachada democrática
para representantes da classe trabalhadora deve ser denunciado. É muito
negativo que uma posição autônoma e independente da classe trabalhadora
dos EUA não possa se expressar.
O caráter de classe de ambos os partidos
os impele, em vista da crise capitalista, a preparar um programa de
mais agressões contra a classe trabalhadora, o povo norte-americano e os
povos do mundo. Consideramos que o falso dilema de evitar o triunfo da
"ultra-direita", apoiando o menos direitista, deve ser rejeitado.
Seja quem for o ganhador, ganharão os
monopólios e ilusões não devem ser semeadas entre a classe trabalhadora
dos EUA. Pelo contrário, sabendo de antemão qual será o conteúdo do
próximo governo, a luta contra todos os selvagens ataques deve ser
preparada, uma luta contra os sacrifícios que o poder dos monopólios vai
tentar impor, um confronto que deve ser deflagrado desde o primeiro
minuto do próximo governo. Temos muita fé no proletariado dos EUA, em
sua capacidade de recuperar as gloriosas tradições da classe e do
movimento comunista, de John Reed, William Foster, Gus Hall, a luta
pelos seus objetivos de emancipação e de uma nova vida, pelo
socialismo-comunismo.
Trabalhadores do mundo, uni-vos!
Partido dos Trabalhadores da Bélgica
Partido Comunista da Grécia
Partido Comunista dos Trabalhadores Húngaros
Partido Socialista da Letônia
Partido Comunista de Luxemburgo
Partido Comunista do México
Partido Comunista Operário da Rússia - Partido Revolucionário dos Comunistas (RKRP-RPC)
Partido Comunista dos Povos da Espanha
Partido Comunista da Turquia
União dos Comunistas da Ucrânia
Partido Comunista da Venezuela
Partido Comunista na Dinamarca
Partido Comunista Brasileiro
Partido Comunista das Filipinas [PKP-1930]
Novo Partido Comunista da Iugoslávia
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