O
quinto apagão em um mês e o acionamento da carga máxima das
termoelétricas, na última sexta-feira, mostra claramente a fragilidade e
os limites do sistema elétrico brasileiro. No Olhar Comunista dessa terça.
As razões para os apagões estão na falta
de investimentos em geral e, principalmente, na falta de manutenção do
sistema de proteção da rede. O acionamento das termoelétricas, movidas a
óleo combustível e gás, se deve ao nível atual, extremamente baixo, dos
reservatórios das usinas hidroelétricas. Parte das termoelétricas não
pode entrar em operação, também por falta de manutenção.
O quadro reflete a forma como vem se
desenvolvendo o setor de energia no Brasil, em grande parte privatizado,
um negócio como outro qualquer, onde o lucro é perseguido no curto
prazo. O setor não tem planejamento estratégico adequado e investimentos
públicos na proporção necessária. Os problemas se devem, também, à
falta de preocupação e ação do Estado contra o desmatamento, uma das
causas da redução do volume de água dos rios que abastecem as usinas.
O setor elétrico, fundamental para a
economia e o bem-estar, não pode pautar-se pelo mercado. Deve, ao
contrário, ser de caráter público, apoiado por um projeto de
desenvolvimento voltado para as maiorias, para a inclusão, para a
igualdade social.
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