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Durante a madrugada de sexta-feira
(02/11), o MST - com apoio de outras organizações - ocupou as terras
pertencentes à extinta Usina Cambahyba. O complexo de fazendas (7) não
cumpre função social e acumula dívidas de milhões com a União. O
processo de desapropriação está parado há mais de10 anos, desde que o
Incra considerou as terras improdutivas e apontou para a possibilidade
de desapropriação para fins de Reforma Agrária.
O PCB saúda o MST e apoia a ocupação das
terras da Usina Cambahyba. É chegada a hora de cobrar das autoridades
ações concretas que garantam justiça social. As sete fazendas
pertencentes ao complexo foram consideradas improdutivas por decisão do
juiz federal Dario Ribeiro Machado Júnior, em decisão divulgada em 17 de
junho do corrente ano.
O complexo de fazendas de Cambahyba tem
violado a lei das mais variadas formas, tais como: exploração de
trabalho infantil, não pagamento de indenizações trabalhistas, crimes
ambientais e outros.
Entretanto, a dívida da usina não para
por aí. Recentemente, a confissão do ex-delegado do Dops Cláudio Guerra
em livro causou comoção nacional . As denúncias que constam na obra “Memórias da uma guerra suja”
revelam que os fornos da Cambahyba foram usados para incinerar corpos
de 10 militantes políticos durante a ditadura empresarial-militar
brasileira. Dentre eles, quatro eram dirigentes do Partido Comunista
Brasileiro (PCB). Neste momento histórico, de ocupação das terras da
extinta Usina Cambahyba, lembramos dos militantes e dirigentes do PCB
que tombaram na luta durante o período da ditadura militar e tiveram
seus corpos incinerados naqueles fornos:
Luís Maranhão, José Roman, João Massena e David Capistrano: presentes!
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