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Protesto de médicos
Correio Braziliense
Uma semana após a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS)suspender a comercialização de 301 planos de saúde, agora é a vez dos médicos paralisarem o atendimento eletivo dos pacientes. A partir desta quarta-feira, médicos e hospitais de pelo menos 16 estados brasileiros vão recusar o recebimento de convênios por até 15 dias, como forma de exigir aumento nos honorários pagos aos profissionais da área. Hoje, o Brasil tem 371 mil médicos em atividade, segundo Conselho Federal de Medicina (CFM). Aproximadamente 170 mil dentre eles atendem usuários de seguros saúde.
A paralisação anunciada pela categoria será a quarta em dois anos e irá afetar, principalmente, consultas e cirurgias que foram previamente agendadas pelos usuários. Segundo o CFM, serviços de urgência e emergência não serão afetados e todas as consultas desmarcadas no período serão reagendadas o mais rápido possível.
De acordo com o vice-presidente do conselho, Aloísio Tibiriçá, hoje os médicos recebem em torno de R$ 40 por atendimento realizado. Esse número representa entre 14% e 18% dos gastos das operadoras com consultas. “As receitas dos planos de saúde no Brasil crescem, em média, 14% ao ano, mas o reajuste não é passado aos médicos. O valor pago por consulta realizada já chegou a representar 40%. Hoje esse percentual está muito defasado, até mesmo aquém da própria necessidade de sobrevivência do médico no consultório”, afirmou Tibiriçá.
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