Jornal Folha da Manhã
Esperança no futuro
Baixos salários, condições adversas de trabalho e desvalorização da
carreira são alguns dos problemas enfrentados cotidianamente pelos
professores de todo o país, principalmente por aqueles que lecionam na
rede pública. Hoje, Dia do Professor, a pergunta que muitos se fazem é: O
que há para comemorar?
A professora Luciana Ribeiro Paiva, de 48 anos, com 25 dedicados ao magistério, já lecionou em escolas do interior do município de Campos (Baixa Grande e Rio Preto) e em escolas da rede particular do município, e atualmente dá aulas de Português, Redação e Literatura em turmas do ensino médio no Instituto Superior de Educação Professor Aldo Muylaert (Isepam) e em um colégio da rede privada de ensino. Ela comentou as dificuldades para a preparação das aulas, haja vista a necessidade que tem o professor de possuir mais de uma fonte de renda ou matrícula em instituições de ensino para equilibrar o orçamento doméstico. A desvalorização que se reflete nos baixos salários acaba chegando à sala de aula e à própria família do professor.
— É fato que a maior parte dos pro-fessores tem mais de um vínculo profissional. Sou parte deste grupo e reconheço que, muitas vezes, o trabalho torna-se um fardo muito pesado.
Temos a preparação das aulas, a prática delas e a correção. Neste processo, há o cansaço e a falta de tempo para outras atividades e, até mesmo, para a família que, muitas vezes, é deixada em segundo plano por termos que arcar com nossos compromissos — expôs Luciana.
Mudanças que aconteceram no comportamento social fizeram a escola perder a referência como a única responsável pela educação dos estudantes, o que revela a necessidade de uma nova concepção pedagógica. Exemplo disso é o uso das novas tecnologias e a influência da mídia.
“A educação no mundo moderno não é feita somente da participação da escola e da família na vida da criança. Outras instituições também estabelecem parceria na ação pedagógica e a mídia, com certeza, é uma delas. O ser humano se torna cada vez mais dependente da tecnologia. Um exemplo prático é o uso do celular que tem sido o “terror” de muitos professores em sala de aula”, disse Luciana, acrescentando que esse é um caminho sem volta, ressaltando que o professor deve estar atento e estimular o uso consciente e crítico das tecnologias para que a escola não se distancie dos apelos e necessidades desta sociedade excessivamente midiática.
Além dessa mudança, houve também uma ruptura na relação pais e professores. Luciana relatou que há cerca de 20 anos, “a educação era vista como algo promissor”, mas, com o passar dos anos, muitas famílias acabaram se tornando ausentes na vida dos filhos, fazendo a transferência da responsabilidade e do ônus do fracasso escolar para o professor. “Se a família se unisse à escola objetivando a educação de seus filhos, grande parte dos problemas enfrentados nas escolas estaria resolvida”, opinou.
Mesmo com todas essas situações expostas, espera-se uma resposta negativa para a pergunta sobre a comemoração da data que homenageia os educadores. Porém, a professora Luciana Paiva responde com esperança na mudança, na criação de novos paradigmas.
— Ainda que tantos entraves e problemas façam parte do processo educacional, o professor continua a ser aquele que busca transformar seu aluno. Costumo dizer a meu aluno que ele entra na escola para sair dela “diferente” e é expondo este tipo de ideia que percebo uma atitude proativa em relação às aulas. Isso sim é motivo de comemoração! — finalizou a professora.
Talita Barros
A professora Luciana Ribeiro Paiva, de 48 anos, com 25 dedicados ao magistério, já lecionou em escolas do interior do município de Campos (Baixa Grande e Rio Preto) e em escolas da rede particular do município, e atualmente dá aulas de Português, Redação e Literatura em turmas do ensino médio no Instituto Superior de Educação Professor Aldo Muylaert (Isepam) e em um colégio da rede privada de ensino. Ela comentou as dificuldades para a preparação das aulas, haja vista a necessidade que tem o professor de possuir mais de uma fonte de renda ou matrícula em instituições de ensino para equilibrar o orçamento doméstico. A desvalorização que se reflete nos baixos salários acaba chegando à sala de aula e à própria família do professor.
— É fato que a maior parte dos pro-fessores tem mais de um vínculo profissional. Sou parte deste grupo e reconheço que, muitas vezes, o trabalho torna-se um fardo muito pesado.
Temos a preparação das aulas, a prática delas e a correção. Neste processo, há o cansaço e a falta de tempo para outras atividades e, até mesmo, para a família que, muitas vezes, é deixada em segundo plano por termos que arcar com nossos compromissos — expôs Luciana.
Mudanças que aconteceram no comportamento social fizeram a escola perder a referência como a única responsável pela educação dos estudantes, o que revela a necessidade de uma nova concepção pedagógica. Exemplo disso é o uso das novas tecnologias e a influência da mídia.
“A educação no mundo moderno não é feita somente da participação da escola e da família na vida da criança. Outras instituições também estabelecem parceria na ação pedagógica e a mídia, com certeza, é uma delas. O ser humano se torna cada vez mais dependente da tecnologia. Um exemplo prático é o uso do celular que tem sido o “terror” de muitos professores em sala de aula”, disse Luciana, acrescentando que esse é um caminho sem volta, ressaltando que o professor deve estar atento e estimular o uso consciente e crítico das tecnologias para que a escola não se distancie dos apelos e necessidades desta sociedade excessivamente midiática.
Além dessa mudança, houve também uma ruptura na relação pais e professores. Luciana relatou que há cerca de 20 anos, “a educação era vista como algo promissor”, mas, com o passar dos anos, muitas famílias acabaram se tornando ausentes na vida dos filhos, fazendo a transferência da responsabilidade e do ônus do fracasso escolar para o professor. “Se a família se unisse à escola objetivando a educação de seus filhos, grande parte dos problemas enfrentados nas escolas estaria resolvida”, opinou.
Mesmo com todas essas situações expostas, espera-se uma resposta negativa para a pergunta sobre a comemoração da data que homenageia os educadores. Porém, a professora Luciana Paiva responde com esperança na mudança, na criação de novos paradigmas.
— Ainda que tantos entraves e problemas façam parte do processo educacional, o professor continua a ser aquele que busca transformar seu aluno. Costumo dizer a meu aluno que ele entra na escola para sair dela “diferente” e é expondo este tipo de ideia que percebo uma atitude proativa em relação às aulas. Isso sim é motivo de comemoração! — finalizou a professora.
Talita Barros
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