quinta-feira, 21 de junho de 2012

Torturador sofre "esculacho" no Rio



imagemCrédito: PCB


Rio de Janeiro
A Articulação Nacional pela Memória, Verdade e Justiça, que conta com a participação do PCB, além de movimentos estudantis e a Via Campesina promoveram o "esculacho", nesta terça-feira, do militar da reserva Dulene Aleixo Garcez dos Reis, acusado de torturar e matar o jornalista e secretário-geral do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR), Mario Alves.
Dulene foi capitão da Infantaria do Exército em 1970 e no ano seguinte serviu no Batalhão de Infantaria Blindada de Barra Mansa. Em 17 de janeiro de 1970, participou da tortura a Mario Alves, que foi morto dentro do 1º Batalhão de Polícia do Exército, na Tijuca, endereço onde funcionava o DOI-CODI.
Segundo reportagem da Carta Capital de março de 2008, Mário Alves foi torturado por um cassetete de madeira com estrias de ferro, o que causou hemorragia interna, perfuração dos intestinos e sua morte. Dulene mora numa confortável cobertura na na Rua Lauro Miller, 96, Urca, Zonal Sul do Rio de Janeiro.
O membro do Comitê Central do PCB Paulo Schueler falou durante o ato, num chamado à unidade para que ações como a ocorrida nesta manhã continuem ocorrendo, para pressionar a Comissão da Verdade a produzir um trabalho que seja digno dos torturados, mortos e desaparecidos. "Apenas com a pressão das ruas a comissão da Verdade produzirá efetivamente a verdade. Essa luta não durará os dois anos de funcionamento desse órgão, precisamos ir além, derrotar com nossa pressão a decisão do Supremo Tribunal Federal que manteve intacta a Lei de Anistia. Exigimos justiça", afirmou.

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