De acordo com o coordenador da comissão, ministro Gilson Dipp, durante a
oitiva, Guerra sugeriu que o grupo ouvisse algumas pessoas citadas por
ele no livro. Em entrevista ao programa Observatório da Imprensa, da TV
Brasil, Guerra fez um apelo aos militares que atuaram com ele durante o
regime militar para que falassem sobre os crimes cometidos.
As denúncias de incineração de cadáveres feitas por Guerra estão sendo
investigadas pelo Ministério Público Federal e pela Polícia Federal.
Perguntado sobre a possibilidade de as investigações atrapalharem os
trabalhos da Comissão da Verdade, Dipp disse apenas que é necessário
esclarecer que o grupo não é jurisdicional ou persecutório, nem trabalha
visando a fornecer dados para o Ministério Público.
“O Ministério Público trabalha numa linha própria e eu não conheço
nenhum detalhe. Se vai prejudicar, em um momento desses as pessoas podem
ter algum temor”, disse o ministro.
Dipp informou ainda que pretende convocar o tenente-coronel reformado
Paulo Malhães, que em entrevista ao jornal O Globo nesta segunda-feira
(25), disse que jacarés e uma jiboia eram usadas para torturar presos
políticos. “Em uma conversa informal, demonstrei minha opinião de que
devemos ouvi-lo. [Malhães] é alguém que estará na nossa pauta para
oitiva”.
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