Escrito por Atilio Borón
Para entender a atual crise que afeta a península coreana nada melhor
do que colocar a presente conjuntura em seu contexto histórico. E
ninguém melhor do que Fidel para oferecer-nos uma visão sintética e
didática do tema, dada a complexidade do processo que conduziu a esta
grave situação atual. Compartilhamos duas “reflexões” que o Comandante
escreveu, em julho de 2008, e que conservam toda sua atualidade.
Os acontecimentos que se sucederam depois dos seus escritos em nada
modificam as teses centrais que ali se apresentam. Pelo contrário, o
desenlace atual estava já escrito no jogo de forças que o imperialismo e
seus aliados estabeleceram depois da Guerra da Coreia com o propósito
de conter o "expansionismo" soviético e as "ambições territoriais" da
triunfante Revolução Chinesa.
Confio que com este material possamos compreender um pouco melhor as
características e implicações da crise que se está desenvolvendo nessa
parte do mundo que, para variar, foi apresentada de um modo brutalmente
desfigurado pelos meios de comunicação a serviço do imperialismo: uma
Coreia má, agressiva, beligerante, a do Norte; e outra Coreia boa, amiga
do Ocidente e amante da paz, a Coreia do Sul. Oculta-se que este é um
país ocupado pelos Estados Unidos e que cuja política exterior não é
decidida pelo povo sul-coreano nem em Seul, ela é determinada em
Washington, mais concretamente no Pentágono.
Tradução: PCB PARTIDO COMUNISTA BRASILEIRO
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